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História Crazy Obsession - Voracious eyes


Escrita por: BellaMellark_ e Ana-Bugg

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 59 - Voracious eyes


Fanfic / Fanfiction Crazy Obsession - Voracious eyes

Ando de um lado para outro com os pensamentos a mil dentro desse quarto com cheiro de morte. Nem mesmo a maravilhosa noite que tive com Katniss me fez esquecer de tudo que está acontecendo, nada nunca esteve bem depois dos inúmeros acontecimentos que nos levaram até aqui, isso eu tinha que aceitar por mais que queira fugir da realidade, tentando me perder no corpo da minha namorada para nos fazer ter forças, mas no fundo nós dois sabemos a infeliz verdade. Preciso fazer algo antes que as coisas piorem, Katniss e eu não poderemos nos esconder aqui para sempre, Finnick continua com vida e tramando um contra ataque esteja onde estiver.

No que eu estava pensando para não ter estourado os miolos dele no momento em que ele me viu matando Coin afinal? 

Porra, aquilo foi o maior descuido que já tive na vida, não posso deixar que ele continue vivo depois do que viu e fez, esse canalha merece morrer e eu não vou mesmo ficar parado aqui assistindo o seu triunfo.

Me aproximei da cama vendo Katniss debruçada em um profundo sono, ela estava tão linda e serena com todos aqueles machucados cobrindo o seu corpo nu, mas eu não podia fazer nada, a única coisa que está ao meu alcance agora é botar um fim no seu sofrimento, somente após a morte do seu querido amigo, mesmo que isso a desepcione, esse é o único jeito para poder seguirmos em frente e sem problemas, para que em fim nós possamos voltar a ser felizes.

–Eu prometo acabar com tudo isso, meu amor. Eles não vão conseguir nós separar. – Me abaixo para deixar um carinhoso beijo em sua testa, então saio do alojamento, começando minha rota de vingança em cima de um certo Odair.

Eu já perdi tempo demais deixando ele impune, Finnick está ciente do que de muitos eu venho escondendo, ele viu do que sou capaz e não irá perder tempo em ir direto a polícia para dizer tudo que sabe sobre mim.  

Ah, droga ele não pode fazer isso. Só pioraria tudo. Ele não pode fazer com que tirem minha Katniss de mim! Nós precisamos ficar juntos. Ela é minha! Eu não posso vê-la com mais ninguém além de mim! Certamente Finnick está fazendo tudo isso para tê-la só para ele no fim, mas eu não vou deixar. NUNCA!

Dirijo em alta velocidade estrada a fora, bolando um plano sobre como eu irei agir apartir de agora. A essa altura é provável que a polícia não tenha achado que nós dois morremos no acidente – com certeza pela falta dos nossos corpos –, então é preciso cautela, cada movimento que eu der de agora em diante terá que ser cuidadosamente estudado, eles não podem me pegar, não posso deixar que me reconheçam ou me encontrem nesse processo, mas sei que para que a minha vingança saia do jeito que eu quero vou ter que precisar de ajuda. Posso ter feito tudo sozinho esse tempo todo, mas a essa altura o orgulho não ganha espaço, eu realmente estou fodido, nunca pensei que pudesse chegar a esse ponto e eu não irei descansar até que isso esteja resolvido.

 

A primeira pessoa que me veio a mente como aliado, é claro, meu braço direito, Cato. Parei a alguns metros da sua casa e puxei meu capuz sobre a cabeça, indo até a residência a pé mesmo, toda hora olhando em volta por precaução.

Assim que estou de frente para a porta desisto de bater por ouvir vozes vindo de dentro, e não apenas a de Cato, uma outra voz muito familiar e que em hipótese alguma poderiam me ver agora.

–Oh, eu estou tão preocupada... Cato, e se ela estiver mesmo morrido naquele acidente? Ah, meu Deus eu não iria suportar! – Era Clove, dizendo em prantos e quando espiono pela janela ao lado da casa eu consigo vê-la entre os braços de Cato, ele a consolava dizendo que ia ficar tudo bem e que ele iria estar sempre com ela.

Aquilo me fez sentir algo estranho, por um momento Katniss e eu me veio a mente, estava na cara que Cato realmente gostava de Clove e mesmo que ele seja a minha melhor opção, eu sabia que Cato não aceitaria me ajudar a essa altura, ele só iria acabar me atrapalhando ou até mesmo me entregando, mas quem sabe lá no fundo ele realmente não mereça se sujar por minha culpa. Não existe nenhuma prova que diga que ele tenha me ajudado em meus crimes, até porque sou eu mesmo quem faço tudo e fico muito feliz com isso. Por todas as vezes em que ele esteve do meu lado eu não desejo o seu mal.

Nossa, mas o que foi isso? Pareci até um viado pensando no bem de Cato dessa maneira, mas o pior é que estou mesmo necessitando de alguem como ele. Droga, isso só está me fazendo sair do meu foco principal e me deixando meio burro, não existe só ele como meu ajudante, tenho muitos outros capangas que poderiam me ajudar e até tenho em mente o próximo a quem recorrer.

 

Já era noite, provavelmente 20hrs00min quando aperto a campainha de Brutus.

–Chefe? Meu Deus, chefe você está vivo! – Ele arregala os olhos de boca aberta.

–Mas é claro que estou, eu não vou morrer até acabar com a vida daquele desgraçado! – Brutus continuava me encarando espantado e sem dizer uma só palavra –Porra, por acaso eu estou tão mal assim ou é só saudade das minhas ordens? – Ele então finalmente me pede para entrar e eu não perco tempo dizendo de uma vez toda a minha situação. 

Fiquei mais aliviado por ter procurado Brutus logo, ele estava bastante disposto em me ajudar e ficaria com ele até ter tudo planejado.

Aguarde seu fim Odair, pois ele está muito próximo!

 

 

(...)

 

 

Abri um sorriso nos lábios enquanto limpava o cano da arma com um pano liso, a leve iluminação do ambiente a fazia brilhar o suficiente, assim como os olhos desesperados do homem preso na cadeira de metal reluzente. Dessa vez ele não tinha para onde fugir, sua superioridade não existia mais e tudo que Finnick Odair conseguia transmitir era o tamanho do medo que sentia por se ver naquela situação, completamente sob minhas garras. Lá estava ele, chorando e implorando pela morte, eu já havia me divertido tanto em nossas sessões de tortura, mas era chegada a hora de dar um basta em sua vida medíocre.

Andei pelo quarto pensando nas milhares de coisas que me trazem cada vez mais ódio para aquele momento, mas a principal de todas era imaginar ele e Katniss juntos. Cerrei meus punhos ficando cara a cara com o mesmo, meus olhos mais vorazes do que nunca avaliando-o, sua boca tapada por uma fita grossa e cinza, e as cordas o apertando, não deixando nenhuma chance de escape, mesmo sabendo que era algo impossível para ele.

–Você não sabe o quanto me irrita só por respirar. – Cuspo em seu rosto o fazendo fechar os olhos e então eu me afasto, me virando lentamente e engatilhado a arma –Eu avisei para ficar longe de nós, agora você irá pagar por não ter me ouvido! 

Então no instante em que eu aperto o gatilho tudo acontece muito depressa, a sensação de êxtase por matar Finnick se desfaz em um passe de mágica, por assistir a bala perfurando aquele corpo, o corpo por quem eu tanto anseio na vida, vendo o sangue começar a jorrar sem parar e então Katniss desabar no chão por ter entrado na frente daquela bala. 

O desespero toma contar de mim, eu corro até ela mais cada passo parecia deixa-lá mais distante, eu nunca conseguia alcança-la, estava correndo em uma esteira que não levava a lugar nenhum enquanto ela ia embora, eu gritava para aquilo parar, minha voz emitia um eco sem fim e quando minhas forças se acabam eu caio no chão, exausto e perdido, quando ouço uma risada abafada. Levanto meu olhar e encontro Finnick, ele estava em pé, livre das minhas amarras e sem nenhum arranhão, suas risadas eram como facas perfurando cada parte do meu crânio, eu me contorcia em agonia, mas o ódio que sentia me dava forças para encara-lo. A sua fisionomia estava mudando aos poucos, o cabelo crescendo sobre seus ombros em um tom mais loiro vivo, e o seu rosto sendo desfigurado em uma nova face, que eu nem mesmo tive tempo para distingi-la, pois em um salto eu finalmente acordo daquele terrível pesadelo.

Tento controlar minha respiração, mas era algo totalmente impossível, estava muito abafado, eu suava como um porco, aquele porão escuro e sem vida cada vez mais lembra de minhas vítimas e como elas passavam os últimos dias de suas vidas, sempre em um lugar assim, e agora eu estou em seus lugares.

Como o jogo pôde ter virado dessa forma? Estou enfraquecendo, me auto torturando com pensamentos inúteis, e esses pesadelos? Ah... E quanto a Katniss? Como será que ela deve estar? Eu a amo tanto, não queria que nada disso estivesse acontecendo, mas me imaginar em um futuro onde não exista nós é uma possibilidade nula, então que o esforço seja feito apesar dos inúmeros sacrifícios em apenas tê-la distante de mim.

Ao menos sei que ela está segura e que uma hora a recompensa virá para ambos.

Me esticava no colchão velho que Brutus havia me oferecido, ele era mofado e me fazia espirrar. Merda, que saudade da minha cama gostosa, quentinha e macia... Que saudade da minha Katniss com seu cheiro de rosas deitada no meu peito, as mesmas rosas que tinham no quintal de casa, minhas preferidas sempre foram as brancas que ficavam próximas a janela do meu quarto quando criança, todas as vezes em que Snow me batia eu ia chorar na janela do quarto e sempre que inalava o cheiro das mesmas me vinha uma sensação de calmaria, a mesma sensação que Katniss me dava quando estávamos juntos, até quando eu era atentado pelos meus piores pensamentos, sempre que Katniss dominava minha mente eu me acalmava e só conseguia pensar nela.

Oh, eu queria tanto ela para me acalmar aqui e agora.

Mas não adiantava, eu sabia que essa era só mais uma tortura que me impedia de conseguir agir. Eu preciso parar com isso.

Bagunço meus cabelos, tentando despertar e a "ajuda" para isso acabou vindo de Brutus quando ele invade meu espaço aos berros.

–CHEFE, CHEFE? – Ele estava muito nervoso.

–O que foi? – Digo meio sonolento.

–O senhor precica ver uma coisa! Ligue a TV, estão falando do senhor. 

Então apanho o controle remendando de fita da televisão velha que ficava no porão, e ligo a TV, imediatamente me deparando com a jornalista falando o meu nome:

"Peeta Mellark, o jovem milionário, dono das empresas Mellark's, está sendo procurado pelo FBI em toda cidade de Nova York. Recentemente, o galã havia sido acusado por vários crimes, um deles voltado ao sequestro da já formada atriz Katniss Everdeen, que ficou conhecida através da peça, Clary e Nick: Um amor além da vida, com estréia de grandíssimo sucesso após outro trágico acontecimento em sua pré-estréia, onde ela chamou bastante atenção de vários agentes teatrais e iniciaria uma turner mundial com o espetáculo. Segundo os amigos da jovem, Peeta Mellark era controlador e não havia gostado da exposição que a namorada estava tendo. Fora o sequestro, o milionário é acusado de assassinato por várias vítimas, e está envolvido em um grande desvio de dinheiro de padarias pequenas onde ele era sócio. Curiosamente uma testemunha anônima vinha seguindo todos os seus passos e recolheu todas as provas necessárias para que o empresário tivesse uma prisão perpétua. Foi informado que o milionário cometia crimes dês dos 13 anos de idade. Fotos e objetos que o incriminam foram levados ao FBI, após a analise dos dados, atualmente Peeta Mellark é o fugitivo mais procurado, e o mais perigoso de todo os Estados Unidos..."

Fico em estado de choque, por um instante não sabia o que fazer ou para onde ir. "O mais procurado de todo os Estados Unidos." Em outros tempos eu lidaria com essa situação como pura diversão, mas agora não estou em condições para brincadeiras, tenho que pensar em mim e em Katniss, eu não sou mais sozinho como antes, o que deixar tudo ainda mais complicado.

Quem será que arranjou tanta prova assim para me incriminar e como souberam que eu matei pela primeira vez ao 13 anos? Quem foi o filho da puta? Será que estou esquecendo de algo ou alguém? Ah, mas o calo que estou lidando tem sido aquele infeliz mesmo. Sem duvida nenhuma foi o Finnick. Aquele desgraçado!

Chuto o armário velho de Brutus com força, esse verme vai ter o que merece, depois dessa eu não perderei mais nenhum segundo.

Se passa a noite e eu só consigo pensar nas infinitas formas de arrancar a cabeça de Finnick, elaborei estratégias, com sangue nos olhos eu planegei cada detalhe, até cheguar ao ponto do meu corpo não aguentar tanto cansaço, estresse e eu adormecer de volta ao colchão.

 

 

(...)

 

 

O sol está mais ardente do que nunca e hoje finalmente é o dia que eu vou acabar com toda a porra que me atormenta. 

Odair você é um homem morto, ninguém que entra no meu caminho sai vivo para contar história! 

Me levtanto com as costas doloridas, meus olhos quase não abrem pelas olheiras, e vou até a cozinha.

–Olá, chefe. Aceita um café? – Pergunta Brutus da mesa.

–Um pouco. – Ele então despeja o líquido em uma xícara velha me oferecendo.

–Você vai me ajudar não vai? – Digo com a voz rouca.

–Eu não sou o Cato, não sou um traidor.

–Por favor, Cato não me traiu, apenas se apaixonou e eu o entendo por isso, bom, nós nos apaixonamos... Mas enfim, se você vai me ajudar então vamos logo.

Era chegada a hora de botar meu plano em prática, dei a Brutus a função de ser um mandante falso de Katniss, ele é quem atrairia Finnick para a armadilha, trabalho difícil mais não impossível se fosse feito direito. Peguei o carro e fui até a outra casa de Brutus onde tudo ocorreria. Ela era mais afastava da cidade, quase dentro da floresta, mas isso não deixava de ser um lugar valorizado, a propriedade serviria para um novo negócio que ele pensava em abrir, não muito legal aos olhos das autoridades e por isso o isolamento, e é óbvio, Brutus sendo um amigo fiel não ficaria desamparado, eu o levaria comigo para onde fosse, sua casa ia ficar um caco depois, mas é por um bem maior. Muito maior. 

Brutus saiu com seu objetivo, ele diria que tinha encontrado Katniss abrigada em sua casa depois que ela havia fugido do suposto cativeiro em que eu a botei após o acidente que sofremos. Já passava das 18hrs30min e a demora era absurda, eu não aguentava mais a espera, estava ao ponto de explodir por ansiedade, o tic tac do relógio não parava de ecoar na minha cabeça, minha garganta estava seca e eu andava para todos os lados sem parar, não aguentava mais essa angústia. 

 

Agora o relógio batia 19hrs00min e nada. Cadê aquele incompetente do Brutus? Será que ele não conseguiu acha-lo ou não conseguiu persuadir Finnick a vir até aqui, ou pior, será que ele havia sido preso e agora, neste exato momento está dando seu depoimento contra mim? Merda, se mais meia hora se passar e ele não aparecer eu vou embora, não vou ser pego assim, minha promessa é sair dessa apenas com a vitória e nada mais.

Ouço alguém bater na porta interrompendo meus pensamentos, e fico na indecisão de ir abrir. Seria a Polícia ou eles? Resolvo abrir de uma vez e me dou de cara com um Finnick apreensivo e inocentemente iludido.

Alí, toda aquela adrenalina volta com tudo, lembro-me de todos os meus sonhos matando esse verme e dos pesadelos também. Esse foi o combustível que me fez sorrir de verdade, ele esperava encontrar Katniss e ao me ver noto o ar de espanto em sua face, Brutus dá um empurrão em suas costas fazendo-o cair aos meus pés.

Nada mais que o seu devido lugar. — Sorriso mais com o pensamento.

–Seu desgraçado! Vocês me enganaram! – Diz ele tentando se levantar, mas eu logo piso nele para que continue no mesmo lugar.

–E você caiu como um patinho, seu inútil. – Ele se irrita com meu deboche e num solavanco consegue se levantar, acertando uma cutovelada no olho de Brutus o fazendo cair para trás e logo em seguida avança em mim, me empurrando contra o sofá da sala enorme.

Como eu odiava a ideia de Finnick sempre conseguir me atacar, ele não é mais do que eu, mas consegue me bater em sua melhor defesa, todas as vezes me causando uma baita humilhação por perder pra esse merdinha. Que raiva! Me levanto na mesma hora o encarando, Brutus lá atrás tenta se levanta, noto que ele vinha atacar Finnick pelas costas, mas antes que ele o faça eu grito:

–NÃO! Brutus, sótão. – Ele vai correndo imediatamente para o local, ele sabia o que tinha que fazer, o plano seria mais rápido do que eu realmente queria, mas não podeia pôr mais nada a perder por me satisfazer de outra forma.

Será aqui o palco para o seu grande fim, Odair, e não se preocupe, teremos vários fogos de artifício para isso!

Usei o tempo que Brutus precisava para chegar até os explosivos e lutei com Finnick com toda minha fúria e sede de vingança, trocávamos socos e chutes, minha boca estava estourada de tantos socos, e Finnick não estava nada diferente, apesar da minha mão estar mais dolorida do que devia. 

Brutus vem correndo de volta do sótão, e grita:

–Chefe, chefe rapido! Nós precisamos... 

De relance eu olho para Brutus, ele parecia mais desesperado do que nunca e eu ainda consigo pensar em que merda ele fez dessa vez, quando antes mesmo que eu consiga me livrar das garras de Finnick, uma explosão enorme acontece.


Notas Finais


Bjss


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