“Eu me perco em seus olhos...
Será amor o que estou sentindo?
Um rápido olhar me deixa frágil.
Não é isso que se chama romance?
Não me importo de não saber qual o meu destino
Você pode me levar aos céus
É como estar perdido no paraíso
Quando estou perdido em seus olhos
E se eu não consigo encontrar o meu caminho
Se a salvação parece a milhas daqui
Ainda serei encontrado, quando estiver perdido em seus olhos”
Harry sorriu enquanto Louis murmurava isso contra seu pescoço. Era a tentativa do garoto de cantar uma antiga música romântica que tocava no rádio, embalando aquele silencio gostoso que havia entre eles naquele momento.
Não se desgrudavam desde que Louis confessou estar apaixonado por ele e o menino encaracolado ainda tinha certa dificuldade para acreditar nisso. Apesar de poder sentir aquele corpo quente e cheio de curvas contra o seu. Apesar de sentir aquele carinho gostoso em seus cabelos. Apesar de poder inalar aquele cheiro doce e marcante do outro. Apesar da nítida lembrança dos vários beijos compartilhados ali naquela cama. Apesar daquela voz baixa e suave sussurrando pedaços de uma música qualquer em seu ouvido...
- Sabe o que mais gosto em você? – Louis perguntou de repente.
- Meus olhos? – arriscou rindo.
- Tem lindos olhos, Hazz. – Louis sorriu de volta e acariciou o rosto dele – nunca tenho certeza se são verdes ou azulados. As vezes parecem duas esmeraldas de tão verdes, mas ainda assim posso ver os pontinhos azulados se estiver bem perto...
Louis estava totalmente sobre Harry e seus rostos muito próximos.
- Quando está tão perto assim, só consigo pensar em te beijar...
- Então beija... – Louis provocou.
E Harry beijou. Sempre começavam com um leve roçar dos lábios, então as bocas se moviam, buscando o encaixe perfeito, até que um deles abria os lábios e recebia a língua do outro. E era quando tudo ficava mais intenso. As línguas se entrelaçavam e se acariciavam. Da mesma forma que Louis se agarrava aos cabelos encaracolados de Harry, repuxando-os de leve, como se fosse uma maneira de conter seus outros instintos. Isso só servia para deixar Harry ainda mais excitado e apertar a cintura do pequeno.
- Lou... – se afastou ofegante – estou ficando sem ar.
- Você me deixa sem ar apenas me olhando... – Louis confessou e rolou para o lado – desculpa, se me empolgo as vezes.
- Não estou reclamando. – Harry o olhou com aquele sorriso de covinhas.
- Você é tão lindo. – Louis acariciou o rosto dele – sabia disso? Eu desejei estar assim com você, por tanto tempo, que agora quero recuperar todo o tempo perdido.
- Me sufocar em seus beijos não vai trazer de volta o que perdemos Lou. – Harry segurou a mão dele que estava ainda em seu rosto – nos apaixonamos sem perceber e tivemos medo de confessar isso. É natural. Somos amigos demais. Somos adolescentes. E vivemos em um mundo bastante preconceituoso.
- Você não devia ser mais maduro do que eu! – Louis fez bico – é apenas um menino de 16 anos e eu já tenho 18!
- Grande coisa. – Harry debochou – tem 18 mas eu tenho o dobro do seu tamanho!
- Ei, mas que negócio é esse? – Louis o encarou indignado – tamanho não é documento! E eu garanto que sou maior que você...nas partes que realmente interessam.
- Eu não sei se dou risada disso ou me apavoro! – Harry tentou ficar sério, sentindo o rosto queimar de vergonha – não vamos discutir tamanhos aqui, mesmo porque isso não importa. O importante é saber usar seu tamanho a seu favor.
Louis o encarou de rabo de olho, tentando captar a zombaria nessas palavras. Mas sorriu ao ver a carinha safada de seu anjo. Estavam falando de coisas com duplo sentido, com uma tranquilidade espantosa. Era verdade que Harry estava mais corado do que o normal, mas não parecia incomodado com a ideia de, algum dia, terem algo mais intimo.
- Já imaginou como isso seria? – Louis disse olhando pro teto – quero dizer...já pensou realmente como seria fazer sexo com outro garoto?
- Não. – Harry o olhava – eu nunca tinha prestado atenção em nenhum garoto antes de me apaixonar por você.
- Mas já se imaginou transando comigo? – Louis o olhou.
- Você já se imaginou transando comigo? – Harry devolveu a pergunta, envergonhado.
- Mais vezes do que gostaria de confessar! – Louis admitiu e Harry sorriu grande – não sorria desse jeito. Você deu um nó na minha cabeça!
- Desculpe... – disse ainda sorrindo.
Louis estava encantado com aquele sorriso, cheio de covinhas. E aqueles olhos verdes brilhantes, que eram sua perdição. Seus olhos se focaram naqueles lábios vermelhos e que Harry mordia, quase sem perceber, ou se dar conta do quanto aquilo parecia sexy.
Segurou o rosto de seu anjo e o puxou pra si, tomando seus lábios com paixão, mordendo-os, sugando-os, chupando sua língua quando a alcançou e adorando os gemidos manhosos que ouvia do outro garoto.
Não conseguiu deter suas mãos que deslizaram pelo corpo de Harry, ainda que timidamente. Sentiu o menino trêmulo quando levantou sua camiseta de leve e tocou a pele quente e suave de seu abdômen.
- Lou... – Harry se agarrava a ele e gemia rouco.
- Um dia...Harry Styles...vamos fazer amor.... – Louis dizia entre os beijos no pescoço do outro – não quero sexo com você! Quero te amar...com carinho...com cuidado...com delicadeza...te sentir todinho...sentir seu sabor...saber dos seus desejos...suas fantasias...
Harry se perdeu em algum lugar em meio àquelas palavras sussurradas contra sua pele. Louis estava dizendo que queria amá-lo...aquilo era fofo e excitante ao mesmo tempo. Seu corpo imediatamente respondia a cada toque e era como se estivesse em chamas, como se lava quente corresse em suas veias e seu coração tivesse perdido o ritmo porque batia descompassado.
O garoto queria Louis com desespero. Não tinha certeza de como aquilo iria funcionar entre eles. Mas naquele momento ele queria poder sentir aqueles lábios por todo seu corpo, queria mais daquelas sensações despertadas. Estava tão excitado que não se importaria de ser fodido sem nenhuma delicadeza naquele momento. Era um pensamento assustador, levando em consideração que Louis havia dito que poderia ser maior do que ele. E Harry conhecia o próprio corpo muito bem. O que significava que ele sabia que tinha um membro...avantajado, por assim dizer. Imaginou Louis sendo maior do que ele nesse quesito e querendo entrar em seu corpo desbravar lugares nunca antes explorados dessa forma. Isso era assustador!!
Quase riu de si mesmo por esses pensamentos idiotas em um momento desses. E se Louis preferisse ser o passivo? Harry imaginou que delicia seria invadir aquela bunda maravilhosa que o pequeno tinha. Gemeu, sentindo seu pau ficando duro e os dedos de Louis correndo por sua pele não estavam ajudando em absolutamente nada.
Louis ainda o beijava preguiçosamente, saboreando seus lábios e Harry se remexia inquieto, entre gemidos, sentindo seu pau cada vez mais duro, sendo sufocado pela calça jeans que ele usava.
- Está excitado, não está? – Louis estava com a pequena mão sobre sua ereção e nem podia negar as evidencias – isso tudo por mim?
- Lou... – Harry fechou os olhos, envergonhado.
- Olhe pra mim, curly boy! – Louis pediu e Harry abriu os olhos – me deixe tentar uma coisa...
Harry sentia que ia parar de respirar a qualquer momento, quando perceber os dedinhos de Louis abrindo os botões de sua calça e a puxando pelas suas pernas. Quis fechar os olhos novamente, por sentir-se exposto, mas Louis segurava seu rosto e olhava firmemente em seus olhos, hipnotizando-o de alguma forma.
Mordeu os lábios com força quando sentiu as unhas de Louis raspando em suas coxas, perigosamente perto de sua virilha. Os olhos ainda presos um no outro e um gemido escapou de seus lábios, quando Louis acariciou seu membro devagar, ainda protegido pela cueca. Seu peito subia e descia rápido e ele ofegava, com dificuldade para respirar.
Louis não perdia nenhuma das reações de Harry a sua ousadia em tocá-lo. Harry era tão lindo e parecia um anjo torturado enquanto seus olhos verdes ficavam cada vez mais escuros de desejo. E ele insistia em morder aqueles lábios vermelhinhos para conter os gemidos. Louis sabia que ele queria fechar os olhos, mas continuava o encarando, mesmo que envergonhado por estar tão exposto.
Louis sequer estava olhando para aquele corpo maravilhoso. Estava apenas perdido no verde de seus olhos e nas expressões de seu lindo rosto. Mas suas mãos pareciam ter vontade própria e queriam explorar e conhecer aquele lindo corpo. A pele de suas coxas eram macias, com poucos pelos. A pele estava trêmula quando ele passou a mão por seu membro endurecido. Harry era grande e isso o deixou curioso sobre como seria sentir aquele membro pulsante dentro de si. Sabia que a primeira vez ia doer como o inferno, mas Louis não se importaria, porque ele queria ser de Harry, inteiramente. Queria senti-lo dentro de si e poder estar dentro dele. Numa entrega completa de ambos. Mas não tinha pressa, porque sabia que isso aconteceria quando fosse a hora certa, quando estivessem confortáveis com isso.
Naquele momento, queria apenas sentir Harry pulsando em suas mãos e dar prazer ao seu anjo encaracolado.
- Lou... – ele arqueou as costas quando sentiu um apertão mais forte – está me torturando...
- Quer que eu pare? – Louis se inclinou e tocou seus lábios.
Harry não respondeu, mas seus olhos deram a resposta que Louis buscava, enquanto o menino mordia os lábios vermelhinhos novamente.
- Me pare quando achar que estou indo longe demais, ok?
Harry resmungou algo que mais parecia um gemido. Louis sorriu e foi retirando a cueca do outro devagar. Logo pode sentir a ereção pulsante em suas mãos e Harry finalmente fechou os olhos, perdido de prazer.
Louis então se permitiu olhar o que tinha nas mãos. Wow! Harry era mesmo grande! A glande avermelhada e as veias saltadas em todo o membro. Passou o polegar pela fenda que expelia pre gozo e o menino choramingou, ainda de olhos fechados.
Começou a mover a mão com movimentos de vai e vem, dando leves apertões. Olhou Harry ainda ofegando de olhos fechados e aqueles lábios vermelhos o atraíram como um imã. Beijou –o devagar porque sentia que o menino mal podia respirar. Deslizou os lábios pela pele sensível de seu pescoço e foi deixando pequenas marcas em seu peito, sem parar os movimentos entre suas pernas. Passou a língua pelos mamilos que estavam eriçados e Harry se agarrou aos lençóis quando Louis passou a mordiscar sua barriga, seguindo a trilha perigosa de pelos que tinha ali e ia direto para seu membro.
- Oh puta merda...Lou...socorro!
Louis riu e para provocar, passou a língua pela fenda naquela glande inchada e Harry realmente gritou depois disso. Louis o calou com seus lábios, compartilhando seu próprio sabor com ele. Aumentou os movimentos em seu membro até que o menino em seus braços estremeceu e veio em jatos quentes que sujou seu estomago e escorreu pelos dedos de Louis.
Harry resmungou e ainda tremendo se escondeu embaixo do travesseiro. Aquilo tinha sido insano e ele estava morrendo de vergonha agora. Louis apenas sorriu, satisfeito.
- Isso é pra você nunca esquecer a quem pertence. – disse baixinho em seu ouvido.
Harry sentia que ia morrer a qualquer momento. Observou Louis sair da cama e ir até o banheiro, onde lavou as mãos e voltou com uma toalha de rosto úmida, que usou para limpar a meleca toda de Harry. Aquilo foi cuidadoso e excitante, porque Harry ainda estava muito sensível pelo orgasmo recebido. Levantou o quadril quando Louis vestiu novamente sua cueca e puxou sua calça para cima.
Sabia que Louis estava duro em seu jeans também, mas não encontrava forças para retribuir. Não naquele momento. Então continuou escondido embaixo do travesseiro.
- Se importa se eu usar seu banheiro para um banho gelado? – o pequeno o tirou de seu esconderijo.
- Ahn...fique a vontade...se quiser alguma de minhas roupas emprestadas...pode pegar o que quiser...
- Obrigado, anjo. – Louis afastou o travesseiro e o beijou de leve, antes de ir para o banheiro.
Harry sentou-se na cama assim que ouviu a porta do banheiro ser fechada. Ainda estava processando o que aconteceu ali. Levantou-se e sentiu as pernas bambas, logo voltando a se sentar. Riu de si mesmo. Louis havia o tirado totalmente de órbita, com aqueles beijos e aqueles toques ousados...parecia injusto que ele estivesse em seu banheiro agora, se aliviando sozinho.
Sem medir muito seus atos, Harry se livrou das roupas e entrou no banheiro lentamente. Louis estava mesmo tentando se aliviar sozinho embaixo do chuveiro, de olhos fechados e gemendo baixo enquanto era banhado pela água gelada que caía sobre seu corpo.
O encaracolado entrou no box sem fazer movimentos bruscos e se colocou atrás de seu amado, tomando para si o trabalho de masturba-lo. Louis abriu os olhos assustado, mas depois soltou um gemido ao sentir o corpo quente de Harry atrás de si. Virou-se naqueles braços e agradeceu silenciosamente quando Harry trocou a água gelada por uma ducha morna.
Mais uma vez estavam perdidos, um nos olhos do outro, e Louis sentia as pernas bambas com aqueles movimentos em seu membro. Não ia durar muito e sabia disso.
- Gostoso! – Harry disse mordendo seu pescoço – e meu!
- Siiiimmmmmm... – Louis gemia e se agarrava ao outro para não desabar ali mesmo.
Harry já estava ficando excitado novamente, e por isso mesmo passou a masturbar os dois ao mesmo tempo, esfregando os dois membros um no outro em uma gostosa fricção. Louis se agarrava a ele, marcando suas costas sem piedade e os beijos eram molhados e intensos. Até que ambos não aguentaram mais e gozaram juntos e depois riram da bagunça que haviam feito por todo o box do banheiro.
Lavaram-se devidamente e após se vestirem, resolveram sair para comer alguma coisa. Encontraram boa parte da turma em uma lanchonete que costumavam frequentar.
Niall logo percebeu que tinha algo diferente no ar. Primeiro estranhou os dois chegarem juntos e com cabelos úmidos. Não seria nada demais, se Louis não estivesse vestindo roupas que Niall tinha certeza de que pertenciam a Harry. E aqueles olhares cumplices e cheios de significados era a prova definitiva de que estavam se pegando. Muito mais evidente até do que a enorme marca arroxeada no pescoço de Harry...
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