JUSTIN ON
O ar era seco e frio, o vento fazia meu cabelo tremular, a janela estava toda aberta e eu dava mais alguns tragos no meu cigarro, Jaden dirigia calmamente, o assalto dessa noite estava indo bem, atrás de nós haviam mais 3 carros de homens meus, e pelo fundo do banco haviam mais 2.
Senti meu corpo relaxar ao último trago, me encostei no banco do carro e joguei a bituca pela janela. Sinto meu telefone vibrar no meu bolço e atendo.
-Sr. Bizzle, o local está arrombado- Copper, O líder da equipe diz seriamente – Ryan esteve aqui.
Desligo o celular e olho para Jaden.
-Passa pra trás- digo gritando e imediatamente ele abandona o volante.
Saio do banco do carona e vou para o banco do motorista, seguro o volante com força e sinto o ódio tomar conta do meu corpo, meu pé direito vai fundo no acelerador, o som do pneu marcando o asfalto é alto e nítido, o carro foi de 60 para 370km/h.
Desviei dos outros carros que estavam na pista até achar a desgraça da bugatti cinza do desgraçado do Ryan, e uns 8 carros pretos que provavelmente eram dos seus homens, peguei o celular e liguei pro Copper.
-Não importa o que vocês tenham que fazer, eu quero a poha do meu dinheiro e quero o Ryan morto.
Desliguei o celular e voltei para a perseguição, mas Ryan parou no sinal vermelho, eu encostei do lado dele e pude ver um sorriso nojento na cara do filho da puta, estava pronto para esvaziar o pente da minha arma na cabeça dele, mas ele fez o motor de sua bgatti roncar e entendi que o desgraçado queria um raxa de tudo ou nada. Fiz o mesmo com o motor do meu carro e eu estava pronto para acabar com o viadinho nesse raxa, ele roubou o dinheiro que eu ia roubar e isso não ia ficar assim. O sinal ficou verde e nós dois demos partida, eu sai na vantagem, não sabia ao certo pra onde estávamos indo, mas ao fundo já podia ouvir as sirenes da polícia, precisava recuperar meu dinheiro e rápido, Ryan estava ao meu lado, pressionava com mais força o acelerador, já estava perto de 350 km/h minha respiração ficava ofegante a adrenalina tomava conta de mim, Ryan estava me passando e eu já estava quase quebrando o acelerador, ele estava bem a minha frente e os policias atrás de mim.
-POHA, POHA, POHA – Comecei a gritar sem saco.
Fiquei ao lado do Ryan e tentei encostar nele, ele diminuiu a velocidade e me deixou passar, eu acelerei e ele também, tomei a dianteira e deixei ele para trás, alguns quilômetros afrente olhei para trás e não vi a poha do bugatti.
-DROGA, AQUELE DESGRAÇADO ME ENGANOU- gritei esmurrando o volante que resultou no som da buzina- Eu mato esse filha da puta- minha voz saiu com ódio.
Dirigi enfurecido até a casa do meu pai, e essa noite cabeças rolariam. Deixei minha lamborghini na frente de casa e o resto dos carros chegaram atrás de mim. Copper foi o único a sair e veio até mim.
-E ai Bizzle, o que fazemos?
-Manda todo mundo pra boate, você vem comigo e traz sua arma engatilhada- Falei entrando na casa.
O cheiro de mofo e álcool invadia meu pulmão, entro e dou de cara com o nojento do meu pai com uma garrafa de whisk barato jogando poker com 4 homens tão nojentos quanto ele.
-Onde está a vadia da sua filha- Entro gritando.
-Olha como fala com sua irmãzinha- Ele diz rindo com os amigos.
-Aquela vagabunda não é minha irmã- começo a procurar aquela prostituta pela casa.
-As coisas não saiu como planejado meu bem?- ele diz ironizando.
-Eu mato ela. Rachel cadê você filha da puta, aparece desgraça- grito indo para o segundo andar.
- O que maninho?- Ela diz em um tom sarcástico, isso realmente me tirou do sério.
-Como você descobriu vadia?- digo furioso.
-Papai me contou- ela fala com um sorriso sonso.
- E você pensa que pode contar pro viadinho do seu namorado pra acabar com meus planos- falo segurando no pescoço dessa puta- Eu vou matar você e ele.
-Boa sorte- ela diz, pisca o olho direito, bota um pirulito no boca e sai.
-Eu vou te matar vagabunda- grito e ela continua indo em direção as escadas sem olhar pra traz.
-Também te amo mano- ela grita em resposta.
Já passava de duas da madrugada, e eu estava dirigindo sem rumo, poha 60 milhões não é algo que você supera da noite pro dia. Parei em um canto de baixo de uma árvore, me encostei no banco e acendi um baseado, traguei e prendi, senti a fumaça relaxando todos os músculos do meu corpo, fumei e senti a lombra. No final da rua havia uma das 4 boates que eu tinha.
Estava em um sofá, bebendo alguns drinks, não queria ser incomodado por ninguém a não ser as vadias gostosas que trabalhavam lá e as que não trabalhavam também. Fui para o quarto com 4 garotas, me joguei na cama e observei as 2 loiras, a morena e a ruiva tirar a roupa, a ruiva ficou em cima de mim e começou a me beijar, as loiras se beijaram e a morena tirou minha calça. A loira de cabelo curto caiu de boca na pika, a morena chupava o peito da outra loira enquanto ela batia siririca pra morena.
4 gemidos ao mesmo tempo estava começando a me encher o saco, até chegar ao ponto de não suportar mais aquilo, mandei as vagabundas caírem fora, vesti minha roupa e saí do quarto. Pedi a bebida mais forte no bar e voltei para o sofá onde estava, era o lugar mais calmo e reservado que tinha dentro da boate, sentei e bebi, e realmente era forte.
Estava verificando as outras boates pelo celular e uma garota veio e parou na minha frente, nem me dei o trabalho de olhar pra ela, mas ela ficou ali parada como quem espera alguma coisa, então bloquei o celular e olhei pra ela. Parecia uma garota de programa, mas era tão adorável, tinha olhos claros, rosto pequeno, lábios definidos, peito grande, cabelo longo e escuro, com certeza não trabalhava lá, parecia até uma criança. Vidrei meus olhos nela e só percebi isso quando ela fez uma cara de medo.
-O que você quer?- falei alto, porém sem gritar, pois a música não era tão alta onde estávamos.
-O lugar tá ocupado?- ela diz meio embolado.
-Senta aí- digo indo pro lado e oferecendo espaço pra ela sentar.
-O que cê ta fazendo?- ela diz ainda mais embolado com um sorriso enorme no rosto.
Seu sorriso era lindo, mesmo descabelada e com maquiagem borrada, o sorriso dela iluminava toda a boate e tudo que tinha nela, inclusive eu, sem querer deixei um sorriso de canto escapar mas fiquei serio logo em seguida.
-Coisa de trabalho- Respondo serio, ela me olha por um tempo depois abaixa a cabeça.
-Eu vim com uma amiga, mas eu acho que devia ter ficado no meu quarto tá muito chato aqui- dessa vez mal podia se entender o que ela falava.
-Por que tá chato?- Pergunto interessado.
-Perdi minha amiga e não conheço ninguém.
-Prazer Justin- ofereci minha mão. E ela apertou.
-Vick- ela deu uma pausa e voltou a falar- mas xiiiu, não conta pra ninguém, aqui eu sou Júlia.
-Trabalha aqui?- perguntei meio confuso.
-Eu não sou garota de programa- ela gritou rindo- mas quanto será que eu custo?
-Não sei- dessa vez deixo um sorriso escapar- alguns milhões talvez.
- Então da próxima pergunta- ela disse rindo alto- Você é bem gatinho, e bem gostoso, daria um desconto pra você.
Deixei um sorriso sair e senti meus olhos brilharem e pela primeira vez na vida o motivo era uma garota, percebi o quanto isso era errado e estranho, então parei de sorri e fiz meus olhos pararem de brilhar.
-Quer sair daqui?- perguntei com um sorriso de canto que era inevitável.
-Tá, mas eu não fumo, e não transo e nem nunca transei e nem nunca bebi porque eu sou de menor- ela parou pra pensar- ou quase isso.
Saí pra pegar meu carro e ela disse que ia ao banheiro. Ela estava na frente da boate me esperando. Ela vomitou provavelmente tudo o que tinha comido ontem, carreguei ela e a coloquei no banco ao meu lado, fomos para um hotel e peguei um quarto pra gente.
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