História Creeping - Atividades Paranormais - Início

Horas Antes

JunMyeon

O silêncio sepulcral que jazia dentro do veículo estava me sufocando, eu estava consciente que havia agido errado e tinha que me redimir com Yixing, pigarriei quebrando o silêncio.

- Yixing - comecei - me desculpa pelo tapa, eu realmente não queria - concluir suspirando.

- Você não sabe quando parar ? - Ditou sem me olhar - Você realmente iria agredir seu filho na frente dos amigos deles ? - Finalizou me fitando.

Não respondi as suas perguntas, porque eu realmente iria agredir Baekhyun na frente de todos. E novamente o silêncio dominava entre nós. Dirigi até em casa sem trocar uma palavra sequer com o ômega ao meu lado, e este também não forçou tentativa alguma. Chegando em casa, estacionei o carro na garagem, logo Yixing saiu batendo a porto do veículo. Suspirei e sai as pressas atrás do ômega.

- Yixing vamos conversar - Pedi segurando o pulso do ômega.

- Não há oque conversar JunMyeon - Ditou soltando seu braço com brutalidade - Você é um idiota como todos os alfas. Pensam que nós ômegas temos que obedecer vocês, caso contrário usam a força física - Finalizou.

- Eu iria bater nele sim, mas foi porque ele me desobedeceu diante de seus amigo - Gritei, logo me acalmando - e se você reparou, tinham alfas no meio e principalmente havia um estagiário do meu hospital - Terminei suspirando.

- Sério ? Você se preocupa com seus status de alfa dominate, e por isso resolveu levantar a mão para o seu filho mais novo - Ditou o ômega - Vai a merda JunMyeon - Gritou.

- Me respeita Yixing, eu ainda sou seu alfa - Ditei ficando enfurecido.

- Meu alfa ? - Indagou me olhando com os olhos marejados - Acho que não é mais - Desviou o olhar.

- Oque está querendo dizer Yixing - Ditei me colocando a frente do Ômega.

- Lembra oque você disse aos seus filhos ? - Pediu.

- Para me esquecerem como seu pai ? - Perguntei franzindo o cenho.

- Sim, faço de suas palavras as minha - Ditou se colocando a minha frente - Quero divórcio JunMyeon - Concluí me deixando sem reação.

- Não, não, para com isso Yixing - Ditei o segurando.

- Já tomei a decisão - Concluiu se soltando de minhas mãos - Não voltarei atrás.

O ômega se virou indo em direção à escadas para o segundo andar, corri em sua direção e o segurei, o mesmo tentou me empurrar tento êxito. Segurei seu pulso novamente. O estalo se fez presente rompendo o silêncio, meu rosto ardeu e puder sentir a ardência dos cincos dedos certinho no local. Com o rosto virando por causa do impacto, fitei o chão por alguns segundos, logo voltando minha atenção ao ômega que me olhava sem emoção.

Rosnei alto jogando o corpo do menor contra a parede, dando um soco extremamente forte na parede bem ao lado da cabeça do ômega, fazendo-o se encolher com o susto, abaixei a cabeça esperando minha irá se diminuir. Ficamos no mesmo lugar por alguns minutos, levantei meu rosto para fitar a face alheia. Meus olhos foi de encontro com os do Ômega, este que me olhava chorando sem som.

Logo minha visão se tornou turva e senti lágrimas escorrendo pelo meus rosto. Fiquei fitando o ômega, este que agora me olhava com espanto.

- Jun-JunMyeon - Ditou o ômega.

- Fique quieto Yixing - Ditei com a voz embargada - Eu não posso viver sem você. Me desculpe se sou um alfa de merda, um alfa que liga para status como você disse. Me desculpa se não sou o alfa maravilhoso e perfeito que você sempre sonhou. Mas eu não posso viver sem você, sem meus filhos. Eu apenas disse aquilo na hora da raiva. Me perdoa Yixing - Ditei o fitando.

- JunMyeon - Ditou chorando, me abraçando em seguida - Você é meu alfa maravilhoso. Eu nunca quis me casar com um alfa perfeito. JunMyeon se você não fosse o alfa que eu sempre quis, porque eu me casaria com você ? - Pediu - Eu sempre te amei, e sempre vou te amar. Eu te perdoa, mas você me perdoa por ter feito todo esse drama e pelo pedido de divórcio ? - Ditou me fitando.

- Perdoo - Sorri - Eu te amo tanto Yixing.

- Eu também te amo tanto Junma, sem você e meus filhotes, eu não existo. - Sorriu selando nosso lábios.

Formamos um ósculo calmo e repleto de amor. Eu estava arrependido e quando meus filhotes voltasse eu iria me redimir com eles. Não sou perfeito e nem o melhor alfa, mas garanto que para aquele que eu amo, eu mudarei por eles, pela minha família.

Acampamento Crystal Lake

Mesma noite

MinSeok

Acordei com um barulho estranho de vozes. Abri meus olhos e olhei para trás, vendo jongDae dormindo calmante. Ainda podia ouvir as vozes, estas que murmuravam coisas sem sentindo ao meus ouvidos. Já com o desespero a ponto de tomar conta de mim, me virei e chamei o Alfa.

- Dae-ah - Chamei - Dae-ah acorde.

Em resposta, apenas recebi um "Só mais cinco minutos". Bufei frustrado, peguei meu celular e mandei mensagens para os ômegas.

"Meninos, eu estou ouvindo

vozes, acho que tem mais

alguém aqui.

Vamos ver quem é - Minnie"

- Espero que eles acordem - Sussurrei pra mim mesmo.

Após alguns segundo os mesmos responderam a mensagem. Sai da barraca encontrando todos ali com cara de sono.

- Oque aconteceu Minnie - Pediu KyungSoo.

- Eu ouvi vozes - Ditei olhando em volta - Acho que tem mais alguém aqui.

- Aigoo, e se for fantasma - Ditou Tao.

- Ains, claro que não é - Dissera Baekhyun - É melhor vermos quem está aqui.

- Peguem as lanternas e levem os celulares, caso aconteça alguma coisa - Ditou LuHan.

Concordamos e fomos pegar os objetos citados. Com tudo em mãos, saímos investigar. O clima em cada corredor parecia variar entre frio e calor, isso é estranho, porque em filmes e séries quando a temperatura muda, quer dizer que há espíritos no local, ou até algo pior, demônios.

Decidi ficar com esses pensamentos somente pra mim, já que os meninos estavam todos com medo, assim como eu. Estávamos entrando em um quarto, e acabamos ouvindo um barulho de algo caindo no final do corredor, fazendo assim, nós mudarmos nossa rota até o final do corredor. Chegando no local, não havia nada, apenas uma mesa caída, não demos bola e estávamos pronta para sair dali e voltarmos, quando ouvi um resmungo estranho, fazendo um calafrio percorrer minha espinha.

- Aigoo, vocês ouviram isso - Ditei não conseguindo mais esconder o medo.

- Ouvimos - Disseram sussurado em uníssono.

- Oque é isso Minnie-hyung ? - Pediu Tao, com seu medo ao nível extremo.

- Não sei Taozi - ditei - Mas calma deve ser alguma janela aberta. Vocês sabem que quando ventos passam por frestas eles fazem barulhos estranho - Tentei acalma-los.

Eles pareciam pensar e logo concordaram com o meu raciocínio. Estávamos nos virando novamente, quando vimos uma pessoa correr até a janela e parar diante ela. Ficamos apenas olhando para ver se ela faria alguma coisa. A pessoa se apoiou sobre a janela na intuição de se jogar, andei até ela com certo receio pedindo para que a pessoa se afastasse dali.

- Ei, não faça isso - Ditei receoso - Saía daí é perigoso.

A pessoa nada fez, quando estava à uns 2 metros dela, pude ver que era uma mulher com roupas de hospital, isso acabou me deixando confuso, será que ela fugiu do hospital e veio se esconder aqui, mas não havia nenhum hospital próximo daqui. Percebi os meninos atrás de mim todos receosos com a mulher. Me aproximei mais ainda da moça segurando seu braço esquerdo, este que jazia frio como uma pedra de gelo.

Imediatamente a soltei e dei um passo para trás. A mulher se virou lentamente para nós, nos fazendo ficar paralisados com seus rosto. Ela nos olhou com seus olhos negros, opacos e sem vida alguma e seu semblante foi de cinza para preto e demoníaco, soltando um grito estridente. Tapamos nossos ouvidos por tamanha potência do grito, e sem hesitar saímos correndo dali, todos chorando de medo.

Só então percebemos que estávamos no segundo andar, quando avistamos a escada grande e vermelha. Descemos correndo, me fazendo quase cair por tamanho desespero. Logo, chegamos perto das barracas, gritando os alfas, estes que saíram afoitos e vieram ao nosso encontro perguntando oque havia acontecido, sem conseguir falar apenas choravamos. Me acalmei um pouco e comecei a narrar oque havíamos visto.

- Yahh, isso é sério Minnie ? - Pediu JongDae.

- E porque eu inventaria isso Dae-ah - Ditei voltando a chorar - Todos nos vimos.

- Essa mansão é assombrada, vamos sair daqui - Ditou Tao, este que estava em um estado de choro mais compulsivo.

- Se acalma Taozi, amanhã de manhã vamos sair daqui - Ditou Kris afagando as costas do ômega loiro.

- Channie, foi horrível. O rosto e o grito estridente - Ditou Baek apavorado - Foi horripilante.

KyungSoo era o único que chorava mais contido nos braços de JongIn. O ômega olhudo era forte e nunca se assustava com coisas do tipo, mas vê-lo chorar, isso só dizia uma coisa, aquela mulher não era apenas um fantasma errante, aquilo de fato era um poltergeist perigoso e deveríamos sair dali o mais rápido possível.

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BaekHyun

Dentro de minha barraco com Chanyeol, eu não consegui pregar os olhos um momento sequer. Eu estava apavorado após ter presenciado aquela cena horrenda. Eu particularmente nunca acreditei firmemente nessas histórias de fantasmas, mas oque eu vira algumas horas atrás, definitivamente mudou todo meu pensamento sobre o assunto, me fazendo crer em todos os possíveis seres que na escuridão habitam.

03:00 AM

Sem conseguir dormir, peguei meu celular para checar o horário, eram exatas três horas, e segundo oque ChanYeol havia me dito, esse horário pertencia aos demônios. Com medo dominando meus sentidos me agarrei ao braço do Alfa e fiquei quietinho. Alguns minutos em total silêncio pude ouvir algo se mexendo, vindo do corredor ao lado de nossa barraca, fiquei em silêncio para tentar ouvir melhor oque era.

O som continuou, passando pela minha barraca, e pude ouvir o som parar no meio da sala, entre todas as barracas. Logo um grito alto e estridente rompeu o silêncio, me fazendo encolher tapando os ouvidos com as mãos. Vi Chanyeol acordar assustado e me olhar, vendo meu estado o alfa logo me abraçou fechando os olhos. Segundos depois o grito havia cessado, saí da barraca com Chanyeol, vendo todos os meninos ali fora.

- Meu Deus, oque foi isso ? - Pediu JongDae.

- Isso foi assustador - Ditou Minseok.

- Gente temos que ir embora daqui agora mesmo - Ditou Tao assustado.

- Sim, não podemos ficar um minuto a mais aqui - KyungSoo ditou percorrendo com o olhar por todo o local, parando em mim, porém seu olhos não estavam focados exatamente em mim, mas sim em algo atrás de mim. KyungSoo então apontou em minha direção - Oque é a-aquilo ? - Ditou me fazendo virar lentamente.

Ao focar meu olhar no ser atrás de mim paralisando imediatamente, era a mesma mulher que havíamos visto no andar de cima, porém agora ela estava coberta de sangue que saia de sua boca. Minha respiração ficou ofegante, e Chanyeol que estava ao meu lado, pegou em minha mão me fazendo recuar lentamente sem fazer movimentos bruscos. Quando estávamos pertos dos outros o poltergeist correu em nossa direção gritando, nos fazendo gritar junto em pavor.

Corremos até a porta tentando a abrir, em vão, ela estava trancada, mas como se a mesma não tinha fechadura.

- Abra logo essa merda KRIS - Gritou ZiTao chorando.

- Estou tentando - Começou Kris - Mas ela está trancada.

O poltergeist estava se aproximando, então saímos correndo para a escada que daria para o andar de cima. Corremos juntos e o mais rápido possível, logo adentrando um cômodo e nos escondendo entre as mobílias velhas que ali jaziam. Ficamos em total silêncio, tentando regularizar nossas respirações ofegantes. O silêncio voltou a reinar na mansão velha, saímos de nossos esconderijos e nos olhamos silenciosamente.

- Acho que ela foi embora - Ditou KyungSoo.

- E se ela estiver escondida ? - Dissera Tao.

- Não estará - Dissera Chanyeol - Porque senão ela já teria aparecido quando saímos de nosso esconderijo.

Andamos até a porta do cômodo, não havia nada. Descemos novamente para o andar do ocorrido, pegamos nossas bolsas e lanternas, logo seguimos para os cômodos envolta procurando uma saída, já que a porta de entrada parecia estar trancada. Eu me tremia todo, e podia ver os outros ômegas se tremendo também.

Entramos na cozinha em total silêncio, somente ouvindo nossas respirações. Seguimos em frente, na esperança de encontrarmos uma porta aberta. Encontramos a porta da cozinha, e a mesma se encontrava trancada.

- Yaaahhh, merda - Praguejou Yifan - Todas essas portas estão trancadas.

- Pessoal - LuHan chamou a todos - Antes haviam grades nas janelas ?

- Que eu lembre não - Dissera Sehun.

- Ains, isso está ficando cada vez pior - Ditei me agarrando a Chanyeol.

Ficamos parados no cômodo conversando e tentando bolar um plano para sairmos da mansão. Estávamos alheio a nossa volta, quando ouvimos uma voz gritar, nos fazendo cessar o falatório.

- Vocês ouviram ? - Ditou SeHun.

Concordamos com um aceno positivo silencioso. Ficamos um olhando para o outro, logo ouvindo um som de copos caindo. Olhamos para o armário, vendo um único copo cair, nós fazendo ficar alertas. Estava com muito medo e queria sair o mais rápido possível desse lugar. Parado no lugar senti um ar quente em meu pescoço, sem mexer a cabeça percorri com os olhos envolta de mim, sentindo algo puxar meu cabelo, me fazendo correr na mesma hora sendo acompanhado pelo outros.

Entrei em um cômodo, que parecia ser um sala de hospital, me escondendo atrás de uma maca caída. Logo tento Tao, Minseok, KyungSoo e LuHan ali comigo. Ficamos em silêncio, não ouvindo mais nada, ficamos ali sentados apreensivos.

- Cadê os meninos ? - Perguntei.

- Não sei - Dissera Tao sussurando.

- Estávamos correndo juntos e quando me dei conta, estávamos apenas nós - Dissera LuHan em um sussurro.

Praguejei e fechei os olhos, rezando para que nada mais acontecesse. Saímos do nosso esconderijo, ficando dentro da sala. Comecei a percorrer com os olhos por todo o cômodo, vendo alguns objetos cirúrgicos dentro de uma bandeja hospitalar.

- Que diabos era esse mansão ? - Pediu KyungSoo, também olhando os objetos.

- Que louco possuía um mini hospital na própria casa - Ditou Tao.

- Desse mundo podemos esperar qualquer tipo de loucura e de loucos - Dissera LuHan em um canto da sala - Ei venham ver.

Andamos até o Ômega mais velhos. Chegando ao seu lado, LuHan nos apontou uns vidros sobre uma estante de madeira com fetos humanos e alguns com fetos de animais. Olhei entre a fresta da estante vendo um desenho estranho no chão. Dei a volta, me deparando com uma cena horripilante.

- Meninos - Chamei - Olhem isso aqui - apontei para o chão.

Ficamos por minutos encarando aquilo em total silêncio.

- Oh Meu Deus - Ditei horrorizado com aquilo em nossa frente. Tínhamos que sair desse lugar o mais rápido possível.