História Creepypasta - Novo amigo

Já se passavam meses, seus cabelos nunca estiveram tão grandes, ela passou todo o tempo sem sair do quarto nem para comer, não respondia a ninguém, não fazia anda, só ficava na cama, até que um amigo... 

Ela se encarava em seu quarto, encarava a algema que prendia seu tornozelo na casa, encarava seus incontáveis curativos alguns se arrastavam ao chão de madeira que mesmo bem cuidado podre de sangue de outras pessoas, encarava seu olho falso azul, e encarava sua instabilidade física e emocional. Seu corpo tão pálido como uma vela por se conter a abrir as janelas, ela derretia em seu próprio desespero silencioso, tinha acabado de sair do banho observando seu corpo desejando ser como aquelas lindas mulheres, mas era apenas uma criança perdida em pensamentos indiscritíveis de uma ideologia monótona, tocou o cabelo raramente solto, o enrolou as pontas dos dedos e o puxou, fazendo o cair em suas costas nuas sempre odiando seu cabelo inexplicávelmente cor de arco-íris e  volumosamente crespo.
"Odeio meu rosto... Por que preciso ser desse jeito? Por que tenho que parecer uma criancinha?"
Ela arrastou os dedos sobre sua superfície, sua mão fechou em um punho no qual desferiu um soco, os braços magros não tiveram força o suficiente para partir seu rosto:
-odeio meu corpo, odeio...
-eu gosto do seu corpo.- afirmou uma voz às suas costas.
Uma silhueta de um palhaço monocromático cresceu ao lado dela, a garota mal teve tempo de identifica-la, se apressou a ocultar seu corpo, seus pés molhados a fizeram escorregar e ela caiu, tentando ainda cobrir seu corpo com as mãos. 
-Já lhe disseram...- Ele perguntou tentando conter o riso, ele parou e respirou- Já lhe disseram que você é adorável? Como... Como uma bonequinha?
Ela sem saber se deveria ou o que responder, decidiu ficar quieta e se ocupou em manter suas partes devidamente ocultas, a menina se afastava cada vez mais, até se encontra junto a parede.
-Está com medo pequena?- Indagou o homem aproximando-se lentamente, como quem tenta se aproximar de um animal selvagem.
Ela analisou se deveria gritar ou procurar algo para se cobrir. Não viriam ou se importariam se gritasse, ninguem ouviria, ou daria a devida atenção, é caso fosse procurar algo teria que se levantar. Porém de um jeito ou de outro não podia parar de pensar no que o estranho havia lhe dito, "eu gosto do seu corpo", ela se sentiu estranhamente lisonjeada.
-N-Não...- sua voz não queria sair, era como se algo estivesse a reprimindo, engoliu o nó que havia se formado e disse- Não... olhe... para... mim...
-E por que não? Eu adoro seu corpo- seus lábios tremeram com um prazer doente, ele riu baixo, tentando manter esse prazer oculto- Eu poderia...
-Eu não quero que você me veja!- Falou pela primeira vez decididamente de modo repentino.
Isso pareceu o surpreende-lo, se aproximou e estendeu a mão com o dedo mindinho em sinal de promessa:
-Eu prometo não olhar, pode confiar em mim.
A garota hesitou mas logo retribuiu, ela teve cuidado em manter o corpo oculto enquanto estendia a mão. O palhaço se afastou e cobriu os olhos com as mãos.
-Você não está olhando não é?- A garota assegurou-se ao certificar.
-Eu prometi não foi? Eu não mentiria a você.
Ela lentamente saiu de sua posição, e apoiando-se na cama se levantou; pôs suas roupas íntimas depressa, mas se pegou questionando que roupa usar, decide usar a primeira coisa que se visse, um pijama listrado preto e branco, se vestiu e olhou esperando o palhaço.
-Posso?
Perguntou o alto, a voz rouca a fez que se desse um salto, mas murmurasse em confirmação.
-Po-pode...
O homem olhou por cima das mãos com um olhar curioso, depois retirou-as de seu rostos disse boquiaberto:
-Agora, por que tão triste? Você é tão fofa! Acho que poderia te espremer agora mesm...
A menina hesitou em responder por alguns instantes, e então gaguejou a resposta:
-P-pareço uma criancinha, queria parecer mais adulta, c-crescer...
Ele ao ouvir a resposta engoliu seco, odiava essa palavra e qualquer significado á ela "crescer", mas prontou-se a não exaltar tal assunto:
-Você é tímida não é?- Perguntou o palhaço, se aproximando a passos largos e ruidosos.
-N-Não... E-eu só...- ela engoliu engoliu seco, havia algo que a impedia.
-Quantos anos... am...- o homem perguntou e se indagou a não saber o nome da menina- tem se nome?
-R-Rain Weinsz, tenho doze a-anos...
O palhaço pareceu surpreender-se com a idade da garota poderia jurar que a possui  no máximo nove anos, ele se aproximou e pousou suas mãos pesadas em seus ombros, elas deslizaram para baixo.
-O que pens... o que está fazendo?
Perguntou ela do modo mais educado possível desvencilhando dele.
-Desculpe- pediu desconcertado, gesticulou com as mãos enquanto tornava a pedir.
-Quem... Quem é você?- a menina parecia cada vez mais assustada.
-Minha nossa! Cabeça de vento!- ele diz sorrindo batendo levemente a mão em sua própria cabeça como se o fizesse lembrar. Ele se curvou e retirou uma bexiga colorida de lugar nenhum, levou até a boca e a encheu, depois a dobrou em formato de cachorro, a menina observava maravilhada a "mágica", enquanto o palhaço manteve a bexiga diante de seus olhos, quando a menia decide pega-la a bexiga se estourou e uma porção de diversos doces caíram, ela aplaudiu entusiasmada.
-VENHAM TODOS! SENHORAS E SENHORES, PARA VER O MELHOR PALHAÇO DE TODOS OS TEMPOS, O ÚNICO... JACK RISONHO!
A menina batia palmas sorrindo enquanto ele se curvava em agradecimento.
*alguns creepys ouviram e encostaram-se sobre a porta alguns tentando espiar e ou ouvir o que acontecia*
-Sr. Weinsz, um nome bonito a uma menina bonita, posso chamá-la apenas de Rain?- perguntou, curvando para beijar a mão da menina, feliz, supresa e corada por um gesto desconhecido de gentileza; Jack se abaixa e pega um doce, depois o assegurou a menina, que pega e come.
-Então?
-É... É tão bom!
Admitiu terminando de mastigar o doce, aquilo derreteu em sua boca em instantes.
-Bem...- ele se afastou com os braços atras do corpo é uma certa ansiedade- Somos amigos agora Rain?
-Somos!
Ela disse prontamente sorrindo.
Ele retribuiu o sorriso entusiasmado, porém, ao notar presenças atras da porta, se faz olhar para o chão em receio.
-Algum problema?- disse ela
-Eu preciso ir- Rain demonstrou-se decepcionada
-Já? Acabou de chegar.
Ele ficou feliz com a preocupação de sua nova companheira, e a acalmou pondo a mão em sua cabeça.
-É uma pena, mas nós nos veremos de novo, eu prometo.
Ela faz uma cara realmente fofa demonstrando-se de sombrancelhas franzidas, o que o fez ainda soltar um sorriso largo, ela estende a o dedo mindinho:
-promete?
-prometo- tirou a mão do cabelo da menos e selaram o acordo.
O palhaço se virou e foi deixando-a, quando teve suas roupas agarradas, não que o impedisse de prosseguir, parecia que um pano havia o segurado, mesmo assim o homem se virou e perguntou:
-sim, minha pequena?
-Jack, você...- ela hesitou por alguns instantes- você gosta mesmo do meu... corpo?
O palhaço sorriu e disse com um olhar de óbvio:
-É claro minha pequena. Seu corpo é lindo!
Havia algo em sua voz que a deixava inquieta, ele parecia sentir um prazer estranho, mas aquilo a fazia sentir bem, ela tentou mas não conteve um sorriso:
-ainda mais com esse sorriso, devia sorrir mais, combina com você.
Estava tudo tão calmo, ele a surpreende pondo a mão rapidamente em seu cabelo fazendo um cafuné e o bagunçando:
-Jack!
Ela diz revidando, ele sorri e se vai, abre a porta e a fecha deixando-a.
-E aiiiii, palhaço do amor!
Fala Toby desmanchando totalmente o sorriso de Jack o deixando vermelho.
-Cala a boca Toby!
-Olha, tá até vermelhinho!
Completa Sally que também estava atras da porta.
-vcs dois, o que estão fazendo aqui?
O palhaço pergunta tentando afastá-los do cômodo, mas é interrompido por Jeff:
-A gente mora aqui, mas fala,- ele sorri maliciosamente e continua- o que você estava fazendo no quarto da Ray-Ray?
-eu am você... veja bem, é que...- ele dizia desconcertado, até que-
Você conhece ela?!?!?- ele pareceu espantado.
-É claro que sim.- fala E.Jack, ele estava apoiado na parede suja do lado da porta.
-Quanta curiosidade... Aposto que... você ado-ra-ria que ela "brincasse" com seu "joystick"....
Diz Ben sorrindo maliciosamente, ao terminar os 5 creepys dão risada, a não ser Jack R. que fica MUITO vermelho e grita:
-VÃO SE FUDER!- todos da mansão olham para ele, até mesmo Rain que olha curiosa para a porta, então Jack sussurra baixo saindo de perto do quarto:
-eu aprendi a muito e por muito tempo a não sentir algo por alguem entenderam?!?!?