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História Criminal - Missing


Escrita por: Moni-d

Notas do Autor


Hey Budies o//
Finalmente atualizando não é mesmo? :)

O capítulo tem muita coisa rolando mas vai já encaminhar pras coisas importantes acontecerem logo, e então, vamos lá?

Capítulo 8 - Missing


Fanfic / Fanfiction Criminal - Missing

Criminal

 

Capítulo 7. Missing

 

 

 

“Tae, eu te vejo na lanchonete, não demore.” A menina de cabelos pretos trançados cuidadosamente com uma fita falou sorridente lhe dando um beijinho na bochecha antes de sair da sala de aula acompanhada das amigas.

O garoto magrelo sentado na carteira escolar sorriu com a demonstração de carinho da namorada e se ocupou em pegar a marmita que havia preparado aquela manhã, vasculhando dentro da mala a procura do pote amarrado com um tecido.

Dentro da bolsa seus dedos escovaram em algo mais do que o pequeno embrulho do seu almoço. Algo frio e gelado; algo que não deveria estar ali.

 

“O que!?” Deixou a indagação assustada sair da sua boca sem perceber, enquanto dedilhava o objeto de metal dentro da mala. Misturada entre cadernos, livros e canetas jogadas tinha algo que não lhe pertencia.

Mas como fora parar ali?

 

 

+

 

 

A porta da frente bateu com força anunciando a chegada de alguém, Taemin sabia muito bem quem, dada as horas e que o único outro morador da casa era o seu tio. Mesmo lutando contra o sono que lhe consumia, o garoto saiu da cama, calçando seus chinelos de pano e se arrastando até a sala.

 

“Hyung? Está tarde... Como está o Ki-” Sua voz fora cortada pelo olhar severo que era lançado na sua direção. Já sabia o significado por trás dele, não deveria mencionar o professor de dança dentro daquela casa, talvez nunca mais. “Você estava bebendo?”

Resolveu perguntar ao se aproximar e sentir o cheiro forte de licor que se desprendia do mais velho. Torceu o nariz e tentou puxar-lhe pelo braço para se sentar no sofá, mas fora inútil, devido ao porte e força do mais velho.

 

“Taemin-ah... Eu comprei um pirulito...” Jonghyun falou baixo, como quem se sente culpado por algo vergonhoso que fez, e está prestes a ser repreendido.

 

“Um... Pirulito?” Não entendeu realmente o porquê de aquilo ser algo digno de repreensão. Afinal, o que tinha de mal em comprar um simples pirulito?

 

“Um pirulito de cereja...” O detetive falou novamente olhando para o nada, deixando sua mente ser preenchida de lembranças das quais Taemin fingia não saber.

 

Fingia a muito tempo não saber o que ele e o seu professor escondiam por trás da repentina amizade deles. No início realmente achava se tratar de uma amizade forte e que iria durar, Kibum era a única pessoa que conseguia fazer a carranca do mais velho desaparecer e com o tempo era fácil vê-lo sorrindo mesmo pelos cantos da casa.

Taemin fingia não ver o brilho nos olhos do mais velho quando ele recebia uma mensagem no meio do café da manhã, ou que ele passava mais noites fora de casa. Das risadas que ele dava ao ouvir as piadas toscas do seu professor; ou quando eles sentavam na sala num domingo pra ver o mesmo filme velho de comédia pela trigésima vez.

 

Fingia não ver que o seu tio era apaixonado pelo seu professor de dança.

 

“Hyung, acho melhor você ir se deitar.” O adolescente disse novamente segurando no braço do mais velho, tentando consolá-lo de alguma forma pobre e ineficiente.

Mas o detetive continuou ali, parado e imóvel encarando o nada; podia sentir os músculos tensos do braço apertando com força algo dentro do bolso do casaco.

 

Do lado de fora da casa um barulho de galhos quebrando finalmente o despertou, como um cão de guarda que ouve uma ameaça. As pupilas de Jonghyun pareceram se estreitar no escuro enquanto ele instintivamente encarava a porta e as janelas alternadamente.

“Taemin...” Sua voz disse num sussurro, a mão forte segurando na sua e tirando-a do braço que procurava algo no cós da calça. “Vá para o seu quarto.. Agora.”

 

Sem pensar duas vezes, Taemin seguiu a ordem e correu sem fazer barulho em direção ao seu quarto. O que estava acontecendo? Tinha alguém do lado de fora da casa?

Ele estava em perigo?

 

Não demorou muito para Jonghyun aparecer na sua porta para tranquilizá-lo, um sorriso falso no rosto e uma mão carinhosa em seu ombro.

“Não se preocupe, era o cachorro do vizinho que fugiu, eu já o levei de volta. Pode ir dormir, ok?” Dizia o empurrando de volta para a cama, ele não era uma criança, ele sabia que algo estava errado e alarmar ao seu tio de que desconfiava de alguma coisa não era a melhor opção.

Então deixou-se ser conduzido até a cama, onde se enrolou no cobertor e fingiu adormecer enquanto o seu tio ainda rodava pelo quarto bagunçado. Observando de vez em quando a janela que dava para a rua antes de continuar rondando sem perder um único ruído que vinha do lado de fora.

 

“Eles parecem estar só observando... por enquanto...” O sussurro cortou o vazio até os ouvidos quase abafados pelo cobertor. Quem estava só observando? E quem eles observavam? “Taemin-ah, eu sei que está acordado... se algo acontecer, se não conseguir me encontrar avise ao Jinki... Vou deixar uma coisa aqui para te ajudar caso precise.”

 

 

+

 

 

“Ta tudo bem Minnie?” A voz doce de Jiyeon o trouxe de volta a tona, estava sentado encarando sua comida a mais de dez minutos sem participar da conversa entre a namorada e o grupo de amigos. “Você ficou sabendo de alguma coisa do professor Kibum?” Ela parecia tentar esconder um pouco a ansiedade pela resposta.

Todo o grupo de amigos que estavam em roda na mesa almoçando parou para ouvir, conheciam o professor de longa data, e todos estavam chocados com a notícia de sua prisão. Ainda mais pela falta de notícias ou informações concretas. Restando-lhes somente perguntar incessantemente a pessoa com mais contato e envolvimento no caso.

 

“Você sabe por que ele foi preso?”

“O seu tio deixou escapar alguma coisa?”

“É verdade que ele resistiu à prisão e bateu em vários policiais?”

“Fiquei sabendo que ele luta bem!”

O burburinho na mesa começou quase instantaneamente, todos tentando descobrir o que aconteceu e perguntas e mais perguntas eram direcionadas na direção de Taemin. Todos contando fofocas e suposições que haviam ouvido por ai, informações e falácias que viram pela TV.

As vozes entravam por seus ouvidos sem ele realmente ouvi-las, sua mente estava muito longe. Seus pensamentos na arma que encontrou dentro de sua mochila e estava agora enrolada com o pano que usava para amarrar a sua marmita. O medo de alguém descobrir sobre ela o coçava por dentro, ele tinha que ligar para o tio e descobrir o porquê de estar com ela na bolsa.

Ele só podia estar muito bêbado na noite anterior para esconder uma arma dentro da mochila de um estudante do ensino médio.

 

“Pessoal..?” Tentou chamar a atenção dos amigos, que ainda discutiam mais fervorosamente sobre os recentes acontecimentos “PESSOAL!”

Gritou na segunda tentativa, chamando a atenção das pessoas reunidas na sua mesa, e nas mesas ao redor no processo. Depois de se desculpar brevemente com os outros alunos, voltou a falar:

“Parem de discutir isso, não vale a pena.” Disse quase num sussurro tentando despistar os olhares curiosos das mesas ao redor. E continuou sussurrando quando se virou para falar com a namorada sentada ao seu lado com uma expressão preocupada. “Ji.. Eu preciso fazer uma coisa, da uma desculpa pros professores por favor.”

Deu-lhe um pequeno beijo de despedida na testa antes de sair correndo, deixando a comida intocada em cima da mesa.

 

Correu pelos corredores abarrotados do colégio com o telefone pendurado na orelha, as chamadas caindo seguidas vezes na caixa postal sem se completarem. Seu coração já batia irregular quando chegou a sua a sala de aula, vazia àquele horário.

 

“Se algo acontecer, se não conseguir me encontrar avise ao Jinki...”

 

Discando um conjunto novo de números nas teclas do celular, Taemin esperava na linha enquanto jogava a mochila nas costas, não demorou muito para que a voz conhecida atendesse do outro lado num tom doce.

 

“Tae?”

 

“Jonghyun hyung desapareceu!”

 

 

+

 

 

74 manchas.

Kibum já havia contado 74 manchinhas no teto da cela em que estava preso, tamanho era o seu tédio. Deitado na pequena cama dura e sem colchão, ele ficou o restante da noite, durante toda a manhã e agora quase metade da tarde olhando para o teto contando cada manchinha ali.

Durante a manhã teve a companhia de um bêbado que havia causado distúrbios num bairro residencial e fora colocado ali até melhorar da bebedeira e poder ser indiciado, pelo que ouvira os guardas comentarem. O homem dormiu como uma pedra na cama de baixo do beliche e saiu sem sequer notar que estava lá em cima.

 

Ao todo foram três trocas de turno, seis policiais diferentes; nenhum deles sequer olhou em sua direção e ficavam sempre ali parados de costas para a parede do corredor olhando fixamente para as portas.

Durante a noite deixou que o restante de lágrimas que ainda tinha no seu corpo secassem na sua pele, marcando trilhas secas que cortavam o seu rosto. Mesmo com seus sonhos conturbados as lágrimas insistiam em sair, forçando seu caminho pelos olhos secos, vidrados e quase sem vida.

 

O velho hábito de roer os cantos das unhas e as cutículas voltara a lhe atormentar durante a noite, numa forma de acalmar o seu corpo que pedia para que a pele cicatrizada de seus braços voltasse a ser maculada por lâminas como fazia na adolescência. O cabelo tão sem vida quanto seus olhos; suas roupas estavam largas, ainda usava o pijama da noite anterior à que fora preso.

Estivera em seu apartamento por três dias, sem se alimentar direito ou sequer tomar um banho, definhando em sua solidão.

Sem ninguém ao seu lado, sem Jonghyun.

 

“Com licença, tenho um comunicado ao detento número 15 06 30, Kim Kibum. Poderiam nos dar licença por favor?” Um guarda que entrara pelo corredor pediu, lendo um papel timbrado. “Ordens do Capitão Lee.”

 

Os dois que estavam vigiando o corredor desde àquela manhã assentiram e seguiram pelo mesmo lugar que o homem veio. Deixando-os sozinhos.

“Kim Kibum... Quem diria que esse é o seu verdadeiro nome, Key.” O homem falou enquanto destrancava a cela e puxava o seu braço de cima da cama. Fazendo com que o professor de dança caísse do beliche em direção ao chão. “Que patético, e eles ainda acham que você é uma ameaça... Black Cat?”

Falava com escárnio e desprezo pelo homem magro no chão, um sorriso jocoso no canto da boca. Aquele cara não era um policial, não podia ser.

“Key, Key, Key... Não imaginei que logo você se deixaria ser pego.” Abaixou para ficar próximo a altura em que Kibum estava.

 

“Quem é você?” O ladrão sussurrou ameaçador, encarando o guarda nos olhos semi-escondidos pelo boné. Sentado no chão da cela, Kibum estava numa posição deveras vulnerável a qualquer ataque do estranho.

 

“Sou só um mensageiro.” Respondeu enfiando a mão no uniforme, de lá tirando três fotos as quais entregou a um Kibum muito confuso.

Na primeira viu Jonghyun saindo de casa e entrando no carro; Na segunda a entrada da antiga fábrica onde encontrou Mikum anos atrás; E na última podia ver claramente as costas castigadas e sem camisa do detetive que amava. Suas mãos estavam atadas às costas e seu corpo jogado num lugar sujo e escuro.

“Ele quer que você venha até a fábrica” Disse olhando as fotos por cima do ombro do ladrão, sua mão logo se embrenhou pelos fios claros e com um puxão fez a cabeça de Kibum se inclinar para trás dolorosamente. “Tenho certeza de que você se lembra onde fica, não é?”

 

Como resposta apenas um aceno positivo da face contorcida em dor de Kibum, que segurava as fotos em sua mão com tanta força que suas unhas causavam pequenos rasgos nas fotografias.

“E venha sozinho, ok?” Terminou largando a cabeça do professor a impulsionando para frente e se levantando para sair da sala, mas não sem antes fazer uma pausa dramática procurando algo em seus bolsos. Uma nova foto que fez questão de jogar no chão, onde Kibum teria que rastejar para pegar. “Não demore muito, ou pode ser tarde de mais.”

 

E saiu pelo corredor.

Na foto que era amassada com força, uma mão morena estava presa a uma madeira e já lhe faltavam três unhas. O alicate ao lado segurava uma delas como troféu de sua tortura.

 

 

+

 

 

“Você disse que o Jonghyun sumiu?” Jinki indagou segurando o telefone com mais força contra o ouvido “O que você está dizendo Taemin?”

 

“Ele saiu hoje de manhã e eu não estou conseguindo falar com ele. Ontem aconteceu uma coisa, parecia que tinha alguém observando a casa! Ele disse que se acontecesse alguma coisa era pra te ligar.”

A voz do garoto ao telefone soava desesperada e ofegante, como se ele estivesse correndo.

 

“Aonde você está?” Jinki perguntou com a voz grave, já fazendo sinal para que um dos oficiais que estava por perto viesse em sua direção. “Chame o Detetive Choi, e quero uma viatura de patrulha indo para o endereço do Detetive Kim agora.”

 

“Eu estou saindo da escola.”

 

“Vá para casa imediatamente. Estou mandando uma viatura, fique lá e não tente nenhuma gracinha, meu ouviu Tae?”

 

Estou indo para lá agora, não se preocupe.” O adolescente disse antes de desligar o telefone. Jinki mantinha uma expressão dura, de sobrancelhas franzidas enquanto andava em direção ao escritório. Seus dedos socando as teclas do celular atrás do número de Jonghyun.

Tentou quase uma dúzia de vezes antes de desistir, suas ligações caindo seguidas vezes na caixa de mensagens. Seus passos nervosos o levavam para todo lado dentro do escritório até que se ouviram batidas na porta.

 

“Pode entrar.” Anunciou, vendo o Detetive Choi esgueirar-se pela porta de madeira.

 

“Mandou me chamar Capitão?” Minho perguntou chegando próximo a mesa que os dividia na sala. A expressão preocupada de Jinki o atingindo na mesma hora, sabia que algo não estava certo.

 

“Jonghyun sumiu.”

 

 

+

 

 

Tenho quase certeza de que era aqui

 

Taemin estava parado em frente a um prédio baixo, de aparência velha e portões simples de metal. Não haviam muitas pessoas transitando àquela hora, já que não era uma área comercial.

Tinha certeza de que era o lugar certo, já fora até lá algumas vezes quando acompanhou seu tio dando carona ao seu professor de dança após as aulas.

 

“É aqui.” Tentou se convencer e engoliu sua saliva tentando ganhar coragem para entrar no prédio.

 

Os degraus pareciam infinitos depois do cansaço de correr até ali, mas o jovem estudante se obrigou a subir todos os lances de escadas até o andar certo. E a sua frente uma porta de madeira sem verniz meio descascada e mal cuidada surgiu.

Para a sua sorte estava meio aberta, a fita de proteção da polícia que a vedava estava rasgada pendendo dos batentes.

 

Empurrou a porta com certo medo, o rangido baixo fez os pelos do seu corpo inteiro se arrepiarem. E pé ante pé ele entrou no apartamento, sentindo o cheiro de madeira que desprendia do chão e dos móveis, observou assustado todo o apartamento.

A televisão no chão, todas as gavetas da cozinha e do armário do quarto abertas seu conteúdo espalhado pelo assoalho, roupas reviradas em cima da cama. Caos e desordem por todo o lado, haviam revirado o apartamento, mas a procura de que? E quem havia feito aquilo? Seriam as mesmas pessoas que estavam rondando a sua casa na noite anterior?

 

Desviou de algumas coisas que estavam no chão e caminhou até a cama, os lençóis estavam jogados no chão e o colchão estava fora do lugar mas não completamente fora da cama.

“O que eles estavam procurando?” Se indagou puxando o estofado para o lugar e sentando em cima da cama. Eles pareciam ter olhado todos os lugares, o banheiro, o armário do quarto que tivera as portas quase arrancadas das dobradiças, a sala e a cozinha.

Até o colchão continha um rasgo que deixava parte da espuma para fora, mas não pareciam ter encontrado o que procuravam, dado ao estado do lugar.

 

Após pensar um pouco e observar todos os lugares óbvios da casa em que haviam mexido, Taemin percebeu que o mais óbvio de todos não fora tocado.

“Em baixo da cama...”

 

Nervoso o jovem estudante de dança se ajoelhou ao lado da estrutura de madeira da cama, e tentou iluminar o chão empoeirado em baixo dela com a lanterna do celular. Sem obter muito sucesso mas ainda teimoso em sua única opção tentou tatear o espaço com o braço esticado.

Já quase desistindo e com a blusa branca do uniforme repleta de poeira e teias de aranha Taemin ia retirar sua mão do pequeno espaço entre o chão e o estrado da cama, quando sentiu uma protuberância na ripa de madeira do piso.

“Mas o que-”

 

Tirou o braço lá de baixo e fez alguma força sobre a estrutura da cama, tentando empurrá-la para o lado. Lhe exigiu um pouco a mais de força do que previra, sua testa e sua nuca estavam suadas a ponto de pingarem no uniforme já sujo, mas conseguiu abrir espaço suficiente para levantar a madeira que estava solta e protuberante.

Em baixo dela um compartimento cavado de tamanho estreito, mas grande o suficiente para que uma pequena caixa de madeira pudesse ser colocada lá.

 

“Então era isso...”

 

 

+


Notas Finais


Eeeeentão? Preparados pras cenas fortes dos próximos capítulos? Quem ja me conhece sabe que tenho apreço por cenas de tortura e coisas bem detalhadas, então preparem os seus estômagos~
Se a foto das unhas ja não foi um aviso espero que a cena da Mikum tenha sido :B

Té mais guys, deixem comentários amor, por favor <3


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