História Criminal - Capítulo 12

Elsa se aconchegou ainda mais no colchão puxando o cobertor rente ao corpo, ainda com os olhos fechados sentiu uma leve carícia em sua coxa o que a fez sentir um leve arrepio e um corpo quente contra o seu, esticou a perna e os dedos dos pés encostaram em Jack. Abriu os olhos se rendendo aqueles toques e virando o corpo em direção a ele. Assim que o encarou, percebeu que ele estava sendo iluminado pela fraca luz da manhã que atravessava a cortina.

- É hora de acordar? - ela sussurrou enquanto se aninhava ainda mais em seu corpo o sentindo quente como na noite anterior.

- Temos o final de semana para nós dois - ele sussurrou em troca e ela sorriu.

Eles estavam deitados, um de frente para o outro, sem se mover, apenas se encarando, tantos pensamentos, tantas coisas para falar, mas nenhum dos dois queria ser o primeiro, ela queria perguntar o que aconteceria com esse relacionamento novo e conturbado deles, se tudo aquilo havia sido apenas diversão ou um pulo para um novo começo, mas o medo de conseguir estragar tudo falava mais alto.

-Vamos aproveitar antes que algum caso apareça - ela sussurrou e Jack riu.

Ele respondeu movendo-se sobre ela na cama, colocando suas mãos em cada lado do rosto dela, a encarando fixamente antes de beijá-la. Uma de suas pernas entre as dela encostou próxima a sua intimidade e ela não pôde impedir de fechar as pernas em torno dele empurrando seus quadris contra os seus músculos das coxas tensas.

- Elsa - Jack sussurrou seu nome em um tom de necessidade contra seus lábios.

- Jack - ela sussurrou contra seu ouvido enquanto ele distribuía beijos entre o vale de seus seios - Meu detetive - sua voz soou extremamente sexy antes dela morder o lóbulo de sua orelha.

Ela poderia ter jurado que um grunhido retumbou em seu peito quando ele deslizou uma mão em seu cabelo, a outra sob seus quadris para pressioná-la mais firmemente contra ele.

Sua boca era quente, mas suave, ao longo dela, os beijos deixaram os seios e os lábios se encontraram desesperados, as línguas em uma batalha enquanto as mãos tentavam acariciar todas as estruturas do corpo um do outro, as mãos cumpridas de Elsa como a de uma pianista pousaram sobre a bunda de Jack cravando as unhas sobre a pele clara, o que fez o separar os lábios de ambos. Elsa o encarou com um meio sorriso e os olhos azuis recoberto de desejo.

Ela o empurrou para o lado e Jack a encarou ainda confuso quando ela passou uma perna sobre seus quadris, quase não teve tempo de segurar suas coxas antes de sua intimidade envolver seu membro, ambos gemeram simultaneamente.

– Deus – ele gemeu.

Elsa parou, ofegante, olhou para Jack, deitado embaixo dela, tão lindo, os cabelos bagunçados, um fio de suor escorrendo pelo canto do rosto, estava corado, olhos arregalados, boca aberta. Incapaz de resistir, ela segurou sua nuca e o beijou. A sensação de sua língua, sedosa e quente, a fez estremecer e se apertar envolvendo a ereção que pulsava dentro dela. Ele gemeu em sua boca e a abraçou gentilmente. Jack impulsionava os quadris em longos movimentos, golpeando fundo dentro dela.

– Jack – sussurrou, cheia de um desejo voluptuoso e ardente, ela se ergueu e remexeu os quadris, depois se abaixou em sincronia com a investida para cima de Jack, recebendo-o tão fundo que estremeceu com o prazer que sentiu. Cada toque, cada rugido de sua garganta mostravam a ela o quanto Jack a desejava, e ela se sentiu completa com isso.

A intensidade do olhar dele era como uma carícia. Ele adorava observá-la, disso ela sabia. Jack a encarou apertando as coxas claras com força, não se importando se aquilo deixaria marcas na pele clara ou não, percebeu que adorava ouvir seus gemidos e sentir sua necessidade. O corpo dela se ondulava sobre o dele, como se estivesse separado de sua mente e perdido em seu desejo.

As pontas dos dedos dela pousaram no abdômen dele, sentindo músculos que se contraíam com suas investidas. Então, seus olhos se encontraram.

– Me abrace - ela pediu entre um sussurro.

Jack a puxou para baixo, beijou sua boca, impulsionando a língua no mesmo ritmo que

impulsionava seu membro. Ela estava tão molhada, tão excitada, cada estocada ecoava alto pelo quarto. Ela separou suas bocas e gritou quando atingiu o clímax, Jack enterrou o rosto no pescoço de Elsa e gemeu com rouquidão enquanto os intermináveis espasmos do orgasmo dela apertavam sua ereção. Contra sua vontade, ele também chegou ao clímax, inundando-a com seu sêmen. Foi tudo muito intenso e muito rápido.

Provavelmente passaram-se apenas alguns minutos, mas pareceram horas até ela conseguir rolar seu peso de cima dele. Jack puxou o corpo dela sobre o peito, as pernas enlaçando suas coxas, seus corpos ainda unidos.

– Meu Deus – ele sussurrou enquanto a apertava contra seu peito.

Elsa respirava fundo tentando recuperar a maior quantidade de ar que conseguia, a mão de Jack ainda em suas costas fazia um carinho sútil.

- Agora estou acordada - ela falou, o hálito fazendo cocegas na pele de Jack e ele riu como resposta.

- Nunca lhe imaginei fazendo piadas - ele sussurrou e ela levantou a cabeça o encarando.

- Não sabe muita coisa sobre mim detetive - Elsa falou em tom brincalhão, com um pequeno sorriso nos lábios.

- Sei o suficiente para afirmar que me apaixonei por você.

Sua resposta fez Elsa arregalar os olhos e se desencostar de Jack se levantando, ainda atordoada com sua resposta piscou os olhos tentando processar. Era isso que ela queria certo? Alguém que a aceitasse do jeito que ela era, com todos seus defeitos, e ali estava ele, a olhando um tanto confuso. E por mais que quisesse não se sentia culpada pelo o que ocorrera, se sentia satisfeita e uma nova emoção que ela estava com medo de sentir novamente. Medo de se magoar novamente. Afinal, uma mesma ferida aberta demora mais para cicatrizar.

O levantar de sobrancelha de Jack foi o suficiente para ela lhe lançar um sorriso e capturar seus lábios novamente, enquanto tentava empurrar qualquer dúvida para o seu subconsciente, estava disposta a se entregar de corpo e alma e lidar com as consequências do destino.

- Vamos tomar café - ela sussurrou assim que os lábios se separaram, jogou a coberta para o lado e o cheiro de sexo subiu, quando as pontas dos dedos tocaram o piso frio quase voltou para o lado do corpo de Jack, ignorando essa sensação pegou a camisola que estava caída no chão a colocando, prendeu os cabelos em um coque mal feito e voltou o olhar pra Jack que continuava deitado na cama de bruços lhe permitindo ver marcas de unhas em suas costas, ele lhe lançou um sorriso de lado ainda abraçado ao travesseiro.

- Não podemos ficar mais alguns minutos na cama? - ele perguntou fechando os olhos e ela riu baixo.

- Vou preparar o café - ela falou antes de lhe dar as costas desaparecendo pela porta.

Jack suspirou escondendo a cabeça no travesseiro de Elsa aspirando fundo seu perfume.

(...)

Quando terminou de descer as escadas o cheiro de café recém-passado tomava conta da casa, seguiu o aroma até a cozinha, onde Elsa retirava duas torradas já prontas da torradeira, encostou próximo a porta cruzando os braços a observando enquanto ela se concentrava em quebrar dois ovos na frigideira e mexê-los, esse simples movimento a fazia mexer o quadril delicadamente, sem perceber um leve sorriso brotou de seus lábios, ele andou em direção a Elsa a abraçando por trás, ela apenas sorriu encostando a cabeça em seu ombro enquanto continuava a mexer os ovos.

- Estou quase terminando, pode pegar o jornal lá fora - ela sussurrou enquanto sentia os beijos quentes de Jack em seu pescoço, com um grunhido de afirmação ele se separou dela indo em direção a sala.

Tomaram café da manhã juntos, deram comida um na boca do outro como um casal em lua de mel, após o café se sentaram no sofá, e leram o jornal em silêncio enquanto Jack acariciava as pernas de Elsa que estavam sobre seu colo.

- O que acha de saímos e aproveitarmos nosso descanso? - Jack perguntou e Elsa levantou o olhar das palavras que lia para o encarar, ele parecia relaxado encostado no estofado de seu sofá enquanto uma das mãos estava pousada sobre sua perna.

- Aproveitarmos como?

Jack sorriu enquanto tirava o jornal de suas mãos e se arrastava em sua direção ficando sobre ela e lhe arrancando um beijo, fato que fez Elsa sorrir.

- Podemos jantar fora - ele a respondeu encostando o nariz de ambos - Ainda tenho que passar na minha mãe e passo para te pegar por volta das oito.

- Onde iriamos? - ela sussurrou enquanto acariciava sua nuca, ficando a centímetros do rosto dele.

- Deixe eu lhe surpreender.

- Me surpreendeu quando apareceu na minha porta ontem.

- E você adorou a surpresa - Jack sussurrou de forma brincalhona enquanto sua mão descia pelas coxas de Elsa por debaixo do pequeno vestido que ela colocara, ela riu como resposta.

- Está bem detetive - ela sussurrou baixo - Me surpreenda.

Fizeram amor novamente antes de Jack a deixar ainda com seus protestos avisando que logo voltaria, se despediram com um beijo demorado e ela fechou a porta após acenar com um sorriso no rosto, se encostou na porta suspirando, percebendo pela primeira vez que sorria de verdade após muito tempo.

(...)

Jack estacionou o carro na entrada da garagem, andou a passos tranquilos em direção a porta e tocou a campainha, demorou apenas alguns segundos para que a porta fosse aberta e um rosto cansado sorri-se em sua direção.

- Olá mamãe - ele falou antes de beijar a bochecha da mulher e ela lhe dar passagem para entrar.

- Veio almoçar? Estou terminando o almoço agora, Sophie me ligou falando que vai vim com Nathaniel, parece que Will foi trabalhar e ela não quer ficar sozinha.

- Não vim para isso, queria vê-la.

A mulher sorriu em sua direção, o som de um chiado ecoou a fazendo lhe dar as costas andando apressadamente em direção a cozinha, Jack a seguiu se sentando na pequena mesa.

Ela levantou uma das tampas e o vapor foi em direção a seu rosto suado, Jack a observava atentamente, relembrando de quantas vezes chegava em casa louco para comer a comida da mãe.

- É um milagre você não estar no trabalho hoje - Angela falou enquanto se virava para o filho - Não tem nem ligado para saber como estou.

- Sei disso, mas estive ocupado ultimamente.

- Você vive ocupado com seu trabalho, quando vai parar de se dedicar tanto a ele e começar a viver? Passar mais tempo com a família? Conhecer alguma garota nova - ela falava enquanto mudava sua atenção para as batatas cozidas as amassando.

- Já conheci.

A resposta de Jack a fez desviar o olhar das batatas amassadas e encarar o filho que tinha um leve sorriso no rosto.

- Não estou falando qualquer garota, estou falando de alguém para você se casar.

- Também não estou falando de qualquer garota - Jack a respondeu sorrindo, um segundo após ela estava sentada ao seu lado na pequena mesa.

- Quem é ela?

- Onde está Dean? - ele perguntou tentando mudar de assunto, era difícil chegar na casa da mãe e não encontrar o homem sentado no sofá, após tantos anos sozinha a mulher encontrara alguém que a fizesse sorrir novamente, e essa nova notícia fora bem recebida pelos filhos.

- Ele foi ao mercado - ela o respondeu rapidamente - Mas não tente mudar de assunto.

- Não estou - ele se defendeu enquanto levantava as mãos em forma de redenção - Apenas acho que é cedo demais para conversar sobre isso, estamos nos conhecendo.

Angela encarou o filho atentamente, ele permanecia com um leve sorriso nos lábios, conhecia Jack muito mais do que ele podia imaginar, conhecia todos seus filhos como a palma de sua mão, sabia quando estavam mentindo ou quando algo os incomodava. E dessa vez conseguia ver a alegria nos olhos de Jack.

- Quero conhecê-la - ela falou segurando a mão do filho e ele revirou os olhos.

- Olha quem encontrei - a voz grossa de Dean o fez erguer a cabeça, ele estava usando sua melhor roupa de final de semana, ou, pelo menos, a melhor que era capaz de combinar com sua camisa amarelo chocante, ao seu lado uma mulher loira segurava um bebê de quatro meses no colo.

- Jack, que milagre - ela falou e Jack revirou os olhos como resposta antes de se levantar e retirar o sobrinho dos braços da irmã.

- Não posso vim visitar minha mãe? - ele perguntou enquanto tentava ajeitar a criança no colo a melhor forma que conseguia.

- Não foi isso que disse - ela o respondeu antes de lhe dar um beijo na bochecha.

- Como está Jack? - Dean o cumprimentou antes de se sentar ao lado de Angela.

- Não teve nenhum caso hoje? - Sophie perguntou enquanto limpava a boca do filho que babava no colo de Jack.

- Não.

- Jack está namorando - a voz de Angela ecoou e Jack sentiu todos os olhares sobre si.

- Parece que sou um adolescente ainda - ele comentou um tanto irritado pela atenção que estava recebendo.

- Não disse isso - a mãe se defendeu e ele preferiu permanecer calado.

- Coitada dela - Sophie sussurrou baixo e ele a encarou.

- Querida me ajude a colocar a mesa - a mãe falou antes que os dois começassem com implicância, a fazendo esquecer que ambos eram adultos.

- Como está o trabalho Jack? - Dean perguntou e Jack desviou o olhar do sobrinho para o encarar.

- Não tivemos nenhuma evolução sobre nosso caso e isso está acabando com todos nós.

- Deve ser difícil de lidar, nunca consegui me imaginar trabalhando com essas coisas - ele falou e Jack o encarou, fixando o olhar sobre a enorme barriga, com toda certeza Dean não conseguiria fazer um bom trabalho ao correr atrás de algum suspeito.

- Está aproveitando a aposentadoria?

- Já estou me cansando dela - ele comentou e Jack riu baixo - Estava falando com Angela para viajarmos, mas ela detestou a ideia.

- Disse apenas que tenho que cuidar de Nathaniel - Angela falou enquanto entrava na cozinha.

- Posso contratar uma babá - Sophie comentou enquanto retirava o filho dos braços de Jack.

- Sabe que não confio nessas garotas, podem não cuidar bem do meu neto.

Todos se sentaram na mesa de jantar, uma conversa calma e tranquila se seguiu enquanto todos saboreava o nhoque, o frango assado e o purê de batatas que Angela havia feito, mesmo durante o almoço Jack se pegava relembrando da manhã que passara com Elsa.

- Sabe, eu e a mãe de vocês gostaríamos de dar uma notícia - a voz de Dean o fez levantar o olhar e encarar a mãe.

- Que notícia? - Sophie perguntou.

- É uma coisa que a gente vem conversando já há algum tempo - disse Angela - Dean e eu.

Jack olhou para a irmã, Sophie parecia surpresa e ele conseguia identificar a pequena ruga que aparecera em sua testa.

- Vocês sabem que Dean e eu já estamos juntos há um bom tempo - começou Angela.

- Mamãe vocês estão a dois anos juntos - Sophie a interrompeu.

- E isso é tempo suficiente para se conhecer uma pessoa - disse Angela, sorrindo para Dean e os dois se inclinaram para trocar um beijo estralado na boca - Podia dar essa notícia em um próximo jantar com todos reunidos, mas sei que Jamie ira entender - ela deu um longo suspiro - Estamos pensando em nos casar, ter um longo e belo noivado e queremos fazer as coisas a moda antiga, encomendar convites, alugar um salão de festas grandes e alugar um serviço de bufê, podemos sair juntas para procurar um vestido querida - ela falou alegre segurando a mão de Sophie por cima da mesa.

Jack olhou para Dean a fim de ver como ele estava reagindo àquela lista de compras, mas ele apenas sorria em direção a mulher.

Frost suspirou enquanto observava o sorriso feliz da mãe, claro que Dean nunca tomaria o lugar do pai naquela casa, não tinha motivos para intervir na decisão deles, e ver a mãe sorrindo e animada como a anos não via era o suficiente para ele.

(...)

Elsa passou sua tarde estudando algumas imagens de autópsias para adiantar seu trabalho na segunda, embora fora difícil de se concentrar, sentada no centro da cama com o notebook sobre o colo e o cheiro de Jack ao redor, um momento ou dois se pegou relembrando dos acontecimentos que ocorrera naquele quarto o que a fazia ansiar ainda mais a chegada do horário marcado, se repreendera mentalmente por estar se comportando como uma adolescente.

Ela tomou um banho demorado, se enrolou na toalha e parou em frente ao guarda-roupa tentando decidir o que vestir. finalmente se decidiu por uma saia curta rodada e estampada, uma camiseta cinza, colocou meias pretas por conta do fino vento de outono e retirou um blazer cinza do armário, colocou uma bota de cano curto de salto e se olhou no espelho satisfeita com a combinação.

Depois de secar e arrumar os cabelos, pôs uma leve maquiagem e pegou o perfume sobre a cabeceira da cama, um pouco no pescoço e nos cabelos, depois um toque no pulso, que esfregou um no outro, remexeu na caixa de jóias retirando um brinco de pérolas.

Em pé na frente do espelho do banheiro, ela se avaliou, satisfeita com sua aparência. Nada exagerado ou simples demais, a campainha tocou no momento que ela apagava a luz do quarto, desceu as escadas com calma abrindo a porta tendo a visão de Jack sorrindo para ela. Trocaram um demorado beijo após sorriso de ambos e seguiram caminho.

O restaurante que ele a levara era quente e aconchegante, com um bom atendimento e pratos variados o local era popular entre casais que procuravam comemorar aniversários de namoro ou casamento.

Eles estavam sentados a uma pequena mesa no canto, ele bebericando uísque com soda e ela saboreando um vinho tinto.

- Você já comeu aqui? - perguntou Elsa, examinando o cardápio, por mais que ela estivesse gostado do local, não sentia o mesmo em relação ao menu, embora tentasse não demonstrar a Jack.

- Algumas vezes.

- O que você recomenda?

- Tudo, a comida daqui é maravilhosa, você não vai se arrepender.

Estudando a lista das entradas, ela entrelaçou uma mecha de cabelo nos dedos. Jack a observou com uma mistura de fascínio e divertimento.

- Já disse como você está bonita essa noite? - Jack perguntou e Elsa levantou os olhos do menu lhe lançando um sorriso.

- Apenas duas vezes - ela o respondeu e ele sorriu de lado.

- Posso falar isso a noite toda.

Elsa riu como resposta.

- Como foi na sua mãe?

Jack deu de ombros antes de a responder.

- Recebi a notícia que ela vai se casar.

- E isso lhe incomodou?

- Ela parece feliz, não tenho com o que me preocupar.

O jantar foi maravilhoso em todos os detalhes, a comida deliciosa e o ambiente inegavelmente íntimo. Dividiram uma sobremesa, juntos, e durante esse momento Jack pegou a mão de Elsa e não a soltou por toda a hora seguinte.

Com o passar da noite eles se aprofundaram na vida um do outro, Jack comentou com Elsa sobre seu passado no distrito policial e alguns dos casos mais difíceis que conseguira, evitando o máximo relembrar do atual, sabendo que o simples mencionar traria Thooty na conversa, também falou sobre sua família. Elsa contou histórias sobre a época de sua universidade e comentou sobre a perda dos pais, fato que fez Jack apertar ainda mais sua mão e ela lançar um sorriso carinhoso em sua direção. Para ambos essa noite pareceu marcar o início de sua vida como um casal, e agora eles sabiam que era ali que queriam estar.

(...)

Elsa abriu a porta de casa e ambos entraram, ainda com sorrisos estampados enquanto conversavam, ela colocou a bolsa sobre o sofá e Jack fechou a porta.

- Sabe, minha mãe quer lhe conhecer - ele comentou enquanto a observava retirar o casaco - Ela vai gostar de você.

Elsa sorriu enquanto balançava a cabeça, conhecer a mãe de Jack não estava em seus planos, agora, mas não conseguiria inventar uma boa desculpa ou ao menos negar, ao invés disso se aproximou dele lhe dando um demorado beijo antes de segurar seu rosto entre as mãos.

- Obrigada - ela sussurrou baixo e ele levantou uma sobrancelha como resposta.

- Por quê?

- Porque, você me fez mais feliz em um único dia do que fui nos últimos anos.

Jack só conseguiu encarar Elsa, percebendo toda a verdade por trás daquelas palavras, percebendo o modo que ela sorria para ele. Ela era tão linda, tão distante e fria, mas agora estava ali, com a parede de gelo desmoronada.

Estava ali a sua frente, sorrindo, e foi naquele momento que Jack Frost percebera que as palavras que dissera naquela manhã eram verdadeiras, foi naquele momento que ele viu que estava realmente apaixonado por Elsa Snow.

Ele não falou nada ao invés disso a puxou lhe dando um beijo apaixonado, ela enroscou os dedos em seu cabelo e ambos sorriram entre o beijo enquanto ele a pegava pelo colo subindo a escada.