*13 de Junho de 2016*
Karol Sevilla’s Point Of View
Acordei meio triste, tava com uma sensação ruim um mal pressentimento. Decidi que ficaria em casa o dia todo, não queria sair e morrer. Resultado, uma manhã perdida em séries na cama. E como não queria perder a tarde assim também, fui para a sala e resolvi perder minha tarde no sofá. A única coisa que me levantou foi o interfone.
- Senhorita Karol, um moço chamado Agustín ta aqui embaixo, posso mandar subir?
- Pode sim.
Alguns minutos passaram e a campainha tocou, ainda me perguntava o que o Agustín estaria fazendo aqui. Levantei para abrir a porta, mas assim que ela revelou a figura do loiro que me persegue a fechei bruscamente, mas fui impedida por seu pé. Me afastei da porta como uma forma de me proteger.
- Olha quem eu achei.
- Como você sabe onde eu moro?
- Eu sei tudo sobre você. – Disse se aproximando me fazendo afastar. – Sabe o que eu acho a melhor coisa?
- Não me interesso.
- Você ta brigada com o babaquinha, ele não pode vir te ajudar.
- Será?
- Tenta. – Ficamos quase brincando de pega pega, pela sala, até que consegui pegar meu celular, liguei para o Ruggero, deveria? Não. Eu ligo pra isso agora? Não.
- Alô? – Coloquei no viva voz e me preparei para o drama.
- SAI DE PERTO DE MIM. SOCORRO. ALGUÉM ME AJUDA.
- Aaa que graça. – Disse me alcançando. Fudeu.
Ruggero Pasquarelli’s Point Of View
- Alô. – Se eu to surpreso com a ligação? To, muito.
- SAI DE PERTO DE MIM. SOCORRO. ALGUÉM ME AJUDA. – Lionel. Desliguei a ligação.
- Agustín, vem, vamos pra casa da Karol.
- O que aconteceu? – Não o respondi, não tinha tempo.
- Moço, nos deixa entrar é urgente.
- Só com a permissão da proprietária.
Não tinha o que fazer, ela não atendia o interfone, resolvi ligar para ela. Era burrice mas era o único jeito.
- Karol, o porteiro não deixa a gente subir.
- Não é que você veio? Não queria falar nada mas o corpo da sua Karolzita é bem bonito.
- FALA QUE EU TO MORRENDO, DOENTE, ME AJUDA POR FAVOR RUGGERO. – Sua voz agora soava assustada e claramente chorosa. Ele desligou na minha cara, voltei para falar com o porteiro, se ele não deixasse eu ia invadir.
- Vem vamos.
- Que? Como...
- Resgate primeiro, explicações depois.
Fomos pelo elevador contra a minha vontade, queria ir pela escada, muito mais rápido, mas não, o nojento do Agustín não deixou. Finalmente quando chegamos no andar da Karol, fomos correndo para seu apartamento, Agustín estava na frente enquanto eu arrumava minha arma, vai que, ele arrombou a porta e me deu passagem. Assim que olhei para dentro vi uma das piores cenas da minha vida. Karol completamente nua, amarrada em uma cadeira, com cortes no braço, perna e barriga, ela tentava afastar Lionel com chutes enquanto o mesmo insistia em tentar tocá-la e beijá-la.
Agustín voou para cima do Lionel com a intenção de tirar seus movimentos. Eu tirei minha camiseta e entreguei para Karol que estava em choque para ir até o quarto buscar peças suas.
- Eu te avisei Lionel. E você não fez o que eu mandei. Vou te dar cinco minutos pra sumir daqui. Eu poderia te matar aqui mesmo, adoraria ver sua linda cabeça estourada no chão, mas não quero sujar o apartamento da Karol com merda. – Eu estava sendo eu mesmo, e agora não me sentia culpado. – SOME.
Assim que vi Lionel passar pela porta fui até ela e a tranquei. Virei e fui em direção a Karol que agora chorava loucamente sendo amparada pelo Agustín que tentava acalmá-la a fazendo ver que já havia acabado.
- Ei. Fica calma pequena, ele já foi.
- Mas e se voltar? Ruggero eu não quero, eu não consigo, um minuto a mais aqui le tinha me estuprado.
- Me deixa te proteger.
- E quem garante que vou estar segura com você?
- Eu sou o chefe da máfia, aqui ninguém se atreve a se meter comigo. Karol me deixa te proteger por favor. Eu não consigo pensar que alguém pode te fazer mal.
- E meu pai? E seus inimigos? Meu pai pode até não saber lá, mas aqui saberão.
- Seja minha namorada, esse mês. Veja isso como um pedido se quiser, mas pode ser só por aparência, você vai estar segura comigo.
- Rugge, eu quero mas a gente vai conseguir lutar contra tudo? Só pra ta junto? Por perto?
- Vocês conseguem. Vocês só tem querer. – Eu já falei que amo meu amigo?
- Só me promete que ele não vai voltar.
- Eu prometo. Mas tem outra coisa. Vem morar comigo? Você fica no quarto de hóspedes se quiser, só pra ta por perto. Quanto mais perto mais segura. – Sorri maliciosamente e ela riu.
- Ta, ta. Qualquer coisa eu fui morar com uma amiga. Mas isso é hoje?
- Agora. Quer ajuda com as coisas?
- Só preciso fazer as malas.
- Os cortes foram graves?
- Não, só preciso passar uma água.
Karol Sevilla’s Point Of View
Ok, eu me mudei pra casa do chefe da máfia italiana que o meu pai investiga, talvez eu esteja louca, mas alguma coisa não me deixa me afastar dele, eu gosto de estar por perto.
Me instalei do quarto de hóspedes, e fui para a sala, ele disse que precisava falar comigo.
- Pequena, eu tenho que te pedir uma coisa.
- Você pediu duas em menos de duas horas.
- Só mais uma. – Fez sinal de pouco com os dedos e cara de cão abandonado.
- Pode vai.
- Aprende a atirar.
- Oi?
- Agora vai ser necessário, se antes você era minha garota, agora é minha namorada, tem que saber matar uns inimigos né.
- Ruggero.
- Só pra se defender. Topa aprender amanhã?
- Eu vou tentar, mas não te prometo que vou conseguir, olha meu tamanho.
- Eu sei que você consegue.
Vi um sorriso bobo se formar em meu rosto e ele me acompanhou. Não foi assim que cheguei aqui, e nem assim que o conheci, o que ta acontecendo? Não Karol. Ninguém se apaixona em 12 dias. Ou se apaixona?
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