História Criminal - Day 18- Just a game?

*18 de Junho de 2016*

“Quero informar a todos o desaparecimento das provas contra a máfia que estavam devidamente guardadas no FBI.  Sobre o sumiço, ainda não tenho provas que minhas teorias estão certas, mas nós acreditamos se tratar de um roubo, efetuado pelos únicos que ganhariam algo com isso, a própria máfia italiana. Não sei se esse foi um ato para justificar o ego do Pasquarelli que se feriu ao ser descoberto e agora quer provar a si mesmo que consegue passar por cima de nós. Nós não temos medo de você e estamos mais perto do que imagina. E sobre o fato dele e de minha filhas estarem tão próximos, vocês realmente acham que aquilo passa de apenas um jogo?”

A declaração de Robert estava estampada na capa de todos os jornais por toda parte do mundo, nos Estados Unidos e na Itália jornais de tv já mostravam a declaração postada pelo FBI nessa amanhã.

Ruggero e Karol ainda nem tinham acordado e o mundo já cai nos jornais e em suas redes sociais, a última frase de Robert conseguiu impactar mais que todo o resto, o casal tinha conquistado muita gente, que se chocou vendo aquilo. Ruggero acordou com o toque repetitivo de seu celular, era Agustín que já havia ligado outras 7 vezes.

- Fala.

- VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR NA DECLARAÇÃO DO ROBERT.

- Não grita cara, acabei de acordar.

- Vou te mandar o link pelo whatsapp.

Ruggero esperou poucos segundos até receber o link enviado pelo amigo, abriu e começou a ler, tudo que lia ele já esperava, achou até que Robert tinha demorado para falar sobre o roubo das provas, mas aquela última frase o impressionou, ele não aceitava a forma que Robert havia jogado as palavras e principalmente como ele estava expondo a própria filha.

- Aconteceu alguma coisa? – Karol falou ainda com voz de sono.

- Então, aconteceu, mas não sei se você vai querer ver.

- Foi meu pai né. Deixa eu ver. – Pegou o celular da mão de Ruggero e começou a ler. – O que eu tenho a ver com vocês, por que ele tem que me mencionar?

- E-eu não sei. – Ruggero se perdeu quando percebeu o tom confuso e triste da morena. – Mas esquece isso, vou te levar em um lugar hoje, você veio pra conhecer a cidade então vai conhecer a cidade.

Após o café da manhã Ruggero levou Karol para conhecer o museu Ara Pacis, ele tinha um sentimento pessoal com esse museu, sua vó sempre o levava lá, era como o lugarzinho deles em Roma, o esconderijo não tão secreto, era difícil para ele entrar ali sem se emocionar, eram lembranças incríveis de cada parte dali.

(...)

- As investigações não levaram a lugar nenhum, então acreditamos que alguém daqui de dentro que sumiu com aquelas provas. Portanto, será aberta uma investigação interna, caso tenha sido um de vocês eu indico que se entregue, seria muito mais fácil. Andrew vai me ajudar, só voltem para suas mesas quando eu mandar.

- Chefe, o Robert começou uma investigação pelo FBI, não tenho muitas informações ainda.

- Assim que souber de alguma coisa me avise, acho que não vou pro escritório então ligue direto aqui.

- Pode deixar Pasquarelli. Volto a ligar quando descobrir algo útil.

(...)

- Aconteceu alguma coisa de novo? – Karol perguntou preocupada.

- Não, eram só informações sobre novas investigações.

- É tão estranho saber que essas investigações são feitas pelo meu pai, saber, eu me sinto dividida, eu queria poder ajudar mas se eu ajudo um eu machuco o outro, e eu não quero isso.

- Eu nunca te pediria ajuda Ka, a última coisa que quero é você brigada com seu pai por minha causa.

- Você não pediria, mais ele... Ele ainda acha que pode me usar contra você, ele ainda espera o dia que vou ligar pra ele e contar tudo sobre seus planos, ele meio que age como se eu não fizesse isso eu não respeito minha família e essas coisas

- Ele não tem esse direito.

- Não tem mais acha que tem, desde que ele entrou no FBI ele é assim.

- O poder subir à cabeça?

- Sim, de mais. Mas chega desse assunto, vamos tomar sorvete que é mais legal.

E assim foi toda a tarde deles, baseada em histórias de infância, sorvete e muitas risadas. Por uma tarde conseguiram esquecer a pressão de suas vidas e se divertirem um pouco, sempre alguma coisa os preocupava quando saiam e pela primeira vez tudo deu certo, depois de conversarem sobre o pai de Karol o dia pareceu se iluminar. Depois de ficarem o dia todo fora, foram para casa, tomaram banho, jantaram a lasanha que o próprio Ruggero preparou com a receita de sua avó, e depois ficaram jogando vídeo game.

Ruggero Pasquarelli’s Point of View

Karol foi dormir antes de mim, fiquei na sala arrumando algumas coisas no computador, eu precisava dar um jeito de manter a identidade do meu informante secreta mas também não podia deixar aquelas provas voltarem para as mãos de Robert.

- Alguma novidade?

- Robert acha que ta chegando perto do culpado, ele nem desconfia de mim. – Disse rindo

- Você me surpreendeu, foi melhor que eu imaginava.

- Mas de qualquer forma, já sumi com suas provas e com qualquer coisa que me incriminasse, é como se esse roubo nunca tivesse acontecido, como se as provas tivessem simplesmente sumido.

- Muito bem, mas pode ficar tranquilo, se ele se aproximar de você me avise, não vou deixar você ser pego, sua identidade e seu trabalho estão protegidos.

- Ok, te ligo qualquer coisa. Boa noite chefe.

- Boa noite cara, e obrigado, não sei o que faria sem você.

- Não precisa agradecer, máfia é bem mais legal que FBI. – Riu e desligou.

Eu posso ter falhado em esconder minha identidade, mas com as de quem trabalha para mim não irei, de certa forma eles se arriscam para me ajudar, mesmo ganhando muito bem, é muito arriscado, e alguns dos meus informantes tem família e carreiras para proteger não posso deixar que tudo isso se perca. Terminei de responder alguns e-mails e fui dormir, tentando fazer o menos de barulho possível para não acordar Karol que dormia feito um bebê.