História Criminal - Day 22- I'm back

*22 de Junho de 2016*

Karol Sevilla’s Point Of View

Acordei assustada com alguns barulhos vindos da sala, peguei meu celular vendo que ainda era seis da manhã, imaginei que Rugge tinha levantando mais cedo, me virei para ter certeza e o vi deitado ao meu lado em um sono profundo.

Pensei em levantar e ir ver o que era, podia ser o vento, alguma coisa que caiu, minha imaginação ou até um gato invasor, nunca se sabe. Mas minha ideia foi embora quando ouvi sons de gavetas serem abertas. Ok, com certeza é um ladrão.

- Rugge. Rugge. Rugge – Tentei o acordar sem fazer barulho e chamar a atenção de quem estivesse ali para o quarto.

- Ta cedo ainda, me deixa dormir mais um pouquinho. – Disse abraçando o travesseiro e virando para o outro lado.

- Tem alguém na casa. Ruggero, inferno, acorda. – Disse o chacoalhando.

- Oi?

- É, eu ouvi uns barulhos de gaveta.

- Fica aqui que eu vou ver se é alguém. – Assenti com a cabeça e me encostei na cabeceira, estava com medo, confesso.

Ruggero Pasquarelli’s Point Of View

Levantei, peguei minha arma e fui ver se tinha realmente alguém aqui em casa ou era só a gente ficando louco mesmo. Abri a porta do banheiro com cuidado e acendi a luz para iluminar a sala já que o interruptor ficava do outro lado dela. Dei alguns passos com cautela e consegui ver um corpo levemente curvado mexendo em uma gaveta, apesar de não ver o rosto senti que já o conhecia.

Em um movimento rápido apontou a lanterna que ele segurava na direção dos meus olhos, por alguns segundos não consegui enxergar nada, quando consegui estabilizar minha visão Karol estava do meu lado e olhava estática para frente, segui seu olhar até o loiro parado em nossa frente.

- Estou de volta, sentiram saudade?

- Lionel, o que você ta fazendo na minha casa?

- Não é obvio? Qual é Pasquarelli achei que você fosse mais esperto.

- Sai da minha casa.

- Sabe, eu fiz uns novos contatos esses dias, Robert Sevilla conhece?

- Cada dia a lista de “bons” contatos dele aumenta. – Disse fazendo aspas ao falar bons. – Será que o FBI aprovaria?

- Eu posso te propor um acordo, eu não entrego as provas que eu tenho e você me entrega a Karol, não é tão difícil assim.

Não conseguia acreditar no que ouvia e muito menos na possibilidade de Robert concordar com tudo isso, estava encarando Lionel já fazia alguns minutos, eu tinha uma arma mas não podia atirar, além de levar multa por barulho chamaria a atenção e eu prefiro passar longe de polícia, percebi que minha porta estava sendo aberta e após alguns segundos vi a imagem de Agustín só de bermuda com uma frigideira na mão, me segurei para não rir, soltando toda a risada presa assim que ele acertou Lionel na cabeça o fazendo desmaiar.

- Esse é seu look para ajudar amigos? – Disse rindo mais ainda. – Como você veio?

- De carro. – Disse me fazendo revirar os olhos. – Karol ligou pra Caro, eu não tive escolha, levantei da cama assim e vim.

- Era o Agustí... – Karol tentou falar mas começou a rir. – Eu queria muito ter visto essa cena, você devia ter me chamado. – Disse batendo em mim.  – Como vamos tirar ele daqui?

- Simples, nosso amigo bebeu demais. Vocês nunca ajudaram amigos bêbados? – Disse Agustín como se fosse óbvio.

- Sabe o que eu tava pensando? – Cortei o silêncio do elevador chamando a atenção de Karol e de Agustín. – O que o porteiro pensou te vendo entrar de bermuda com uma frigideira.

- Me poupe. – Saímos em direção ao carro do Agustín que estava fora do prédio com Karol rindo e ele ainda bravo.

- Senhor Pasquarelli aconteceu alguma coisa?

- Nada João, o nosso amigo só bebeu demais essa noite.

- Engraçado quando ele passou por aqui ele estava bem.

- Ferro sempre muito bom ator. – Respondeu Karol. – O Senhor não ta sentindo cheiro de álcool?

- É verdade, esse vai ter uma ressaca horrível. – Agradeci mentalmente à ideia de Agustín de jogar Vodka no cabelo do Lionel. – Bom, já os atrasei muito, até mais.

NARRADOR

Eram quase sete e meia da manhã quando finalmente conseguiram chegar ao escritório da máfia e amarrar Lionel. Ficaram alguns minutos esperando ele acordar mas nada acontecia, a pancada foi realmente forte. O trio ficou esperando a manhã toda algum sinal de vida por parte do Loiro, como nada aconteceu resolveram ir almoçar, passando na casa de Agustín antes para ele se trocar.

- E se ele tiver morto? – Ruggero perguntou esperando sua comida enquanto Karol e Agustín já comiam.

- E isso seria ruim pra você? – Agustín perguntou soltando seu garfo.

- Sim. – Ruggero disse fazendo seu amigo e namorada arregalarem os olhos. – Gente, acorda, ele não pode morrer sem eu dar uma torturadinha não é?

- Eu já tava achando que você tava com febre. – Agustín falou voltando a comer sua macarronada.

- Senhor, seu Carpaccio e um homem pediu para lhe entregar esse bilhete.

- Ele disse o nome?

- Não, apenas pediu para entregar diretamente à você.

- Ok, obrigado.

Toda a atenção de Karol e de Agustín estavam no moreno que não sabia se lia ou não o que estava escrito no pequeno papel, não sentia medo, mas desconfiava, bilhetes podem ser falsos, manipulados, não havia como saber de onde veio. Depois de pensar alguns minutos, abriu, o lendo e em seguida passando para o amigo e para namorada poderem ler.

Robert está próximo.
Eu não andaria com sua filha para todos os lados.
Se eu sou um inimigo ou aliado?
Fique com a dúvida.
-R

- Quem é R? – Perguntou Karol um pouco confusa.

- Não faço a menor ideia. – Ruggero respondeu e Agustín assentiu confirmando que também não sabia.

- O que fazemos com ele? – Agustín perguntou em frente à Lionel.

- Eu mataria.

- Se ele souber alguma coisa, pode ser importante. Deixa ele aí. Jorge, se ele acordar dê um calmante ou algo do tipo não quero voltar aqui hoje, mas me avise.

- Claro chefe.

Depois da rápida passado no escritório o trio foi para o apartamento de Caro, onde passaram o resto da tarde. Os dias de Karol na Itália já estavam acabando e por mais que ela e Ruggero ignorassem isso Caro já estava sofrendo por saudade, mesmo com o pouco tempo de convivência elas criaram um laço muito forte, elas se tornaram verdadeiras amigas.

Parte da tarde, Ruggero e Agustín ficaram conversando sobre negócios e as meninas ficaram vendo séries e conversando sobre coisas do dia a dia. Já a noite depois de pedir pizza os quatro resolveram fazer maratona de filme, que começou às cinco da tarde e se estendeu até três da manhã.

Karol e Ruggero voltaram para o apartamento do moreno já eram quase quatro da manhã, mal conversaram, estavam exausto, cada um tomou seu banho e finalmente depois do longo dia foram dormir.