História Criminal - Day 6- I need it again

*06 de Junho de 2016*

Ruggero Pasquarelli’s Point Of View

Acordei com um sentimento estranho, queria que as horas passassem rapidamente, eu estava... Ansioso? Não, só devo ter acordado elétrico hoje.

Minha manhã foi bem calma, arrumei algumas planilhas, algumas contas, e mandei alguns e-mails que precisava. Sai do meu escritório por volta das cinco da tarde, fui para casa dei uma organizada nas coisas por lá e quando deu quinze para seis fui me arrumar.

Escolhi uma calça preta, uma blusa branca e uma jaqueta com estampa militar*. Era ainda sete e meia então resolvi ficar vendo um pouco de TV e mexendo no Whatsapp.

Rugge P. – Ouuuu dá pra você levar a Caro hoje?

Gustinzinho- Sim, mas por que? Aconteceu alguma coisa?

Rugge P.– Não

Rugge P.- O apartamento da Karol é longe do apartamento dela, vai ficar complicado para mim passar nos dois lugares

Gustinzinho- Ok, avisa ela que passo lá daqui a pouco

Rugge P.– Brigadão

Óbvio que eu podia passar nos dois lugares, mas assim não teria graça. Sai da nossa conversa e fui para da minha irmã para avisá-la.

Rugge P.– O Agustín vai te levar

Maninha- Por?

Rugge P.- O apê da Karol é longe

Não esperei a resposta para não correr riscos, levantei, peguei minhas chaves e fui para o apartamento da Karol. Assim que cheguei à mandei mensagem avisando que tinha chego.

Karol Sevilla’s Point Of View

Meu dia hoje foi bem corrido, acordei mais tarde do que o necessário e fui para a rua em busca de uma roupa para ir hoje à noite. Vale amou a notícia e ficou no FaceTime comigo praticamente o dia todo para me ajudar na escolha do look.

Voltei para casa, comi um pedaço de bolo que comprei no caminho, descansei um pouco e fui me arrumar.

Meu celular apitou quando estava terminando de calçar minha bota, fui ver quem era, era o Ruggero avisando que já tinha chegou. Saí correndo do apartamento em direção ao elevador.

Estava com um vestido preto, uma bota com o cano comprido que não sei o nome e meu cabelo deixei solto mesmo **.

- Olá Karolzita – Vi Rugger encostado no carro, e parei para reparar na sua roupa, em cinco dias ainda não tinha me tocado em como ele se veste bem.

- Olá Ruggerito – O cumprimentei com um beijo na bochecha e entramos no carro.

Carolina Kopelioff Pasquarelli’s Point Of View

Quando meu irmão me avisou que o Agustín iria me levar eu já estava pronto, esperei alguns minutos até ele chegar, foi bem pontual a propósito.

Eu não curto muito saias, mas hoje abri uma exceção, coloquei uma saia verde musgo com uma estampa quase da mesma cor, uma blusa laranja claro e um coturno com salto para completar***.

O caminho até o restaurante foi tranquilo, ficamos conversando sobre coisas do dia a dia o caminho todo. Quando chegamos o Rugge e sua amiga ainda não tinham chego, por algum motivo eu acho que isso tem cara de armação. Fomos para mesa já reservada e ficamos conversando, Agustín estava com um look todo preto e uma camisa xadrez vermelha amarrada na cintura****, ele está... lindo?

Karol Sevilla’s Point Of View

Chegamos ao restaurante e o amigo e a irmã do Rugge já estavam lá.

- Agustín, Caro essa é minha amiga Karol. – Cumprimentei os dois e me sentei ao lado do Ruggero.

- Então, Rugge comentou que você não é daqui ta passando as férias?

- Sim, eu moro nos Estados Unidos, sempre quis visitar a Itália acho um país incrível.

- Agora que me conhece é mais ainda – Rugge falou sorrindo me olhando com canto de olho.

- Ah, claro – Rimos.

- Vamos pedir? – Agustín perguntou.

Fizemos nossos pedidos e as entradas chegaram bem rápido, enquanto esperávamos ficamos só prestando atenção na televisão, estava falando sobre a máfia, o Agustín e o Rugge estavam muito interessados.

- Karol, que faculdade você faz? – Agustín perguntou desviando a atenção da TV.

- Direito, mas to pensando seriamente em parar, não tenho certeza se é o que eu quero.

- Entendo, mas porque começou então.

- Meu pai é investigador, e eu sempre admirei muito essa profissão então acabei colocando na minha cabeça que queria algo do gênero, mas agora que estou enfrentando isso por mim mesma já não tenho tanta certeza.

- Eu fiz isso – Caro falou – Comecei a faculdade de medicina e percebi que não era pra mim, mesmo com a insistência da família – Olhou para Rugge que ergueu as mãos em sinal de rendição – Resultado, parei com a medicina e comecei a cursar Design de Interiores que é minha paixão.

- Faculdade é bem confuso pra mim, eu gosto de direito mas não me vejo fazendo isso pra sempre.

Nossa conversa foi interrompida pelo garçom que chegou com nossos pratos principais, o Ruggero passou o caminho todo falando que aqui era maravilhoso, que eu iria amar a comida, dito e feito. Estou apaixonada. É o melhor restaurante “ever”.

- Rugge você conseguiu falar com o Lionel? – Caro falou para seu irmão, ele me olhou assustado e fez cara feia para a irmã, fiquei confusa mas decidi não comentar.

- Ah sim, falei, ele vai passar lá no escritório para assinar o papel que falta – Constatei que era assunto de trabalho.

- Vai ficar aqui quanto tempo Karol? – Agustín perguntou rápido aparentemente para mudar de assunto.

- Um mês, só vou embora dia 30.

- A gente pode marcar de sair juntas então.

- Claro Caro.

Comemos a sobremesa e ficamos conversando mais um pouco, já era onze da noite quando saímos do restaurante, passei meu número para a Caro para mantermos contato. Eu ia pegar um táxi para voltar para casa mas o senhor Ruggero não deixou, dizendo que era muito perigoso.

Ruggero Pasquarelli’s Point Of View

Insisti em levar a Karol até seu apartamento, afinal eu sei o quanto Lionel é louco e esse é um ótimo horário para ataca-la. O caminho foi silencioso, ambos estávamos com sono e queríamos dormir.

- Chegamos, eu te acompanho até o portão.

Descemos e fui com ela até o portão, que para abri-lo precisa subir um degrau, ela subiu nele e virou para mim para se despedir.

- Tchau Rugge e obrigada pela carona – Disse me dando um abraço e um beijo na bochecha.

- Tchau Karolzita – Retribui seu abraço.

Quando ela se virou, escorregou e caiu do pequeno degrau, a segurei instantaneamente e acabamos ficando muito próximos.

Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância e indo contra todos os meus instintos a beijei. Ela abriu os olhou assustada mas em poucos segundos os fechou e correspondeu abrindo levemente sua boca me dando passagem, coloquei minha mão em seu rosto e a outra em sua cintura a trazendo mais para mim. Era um beijo calmo o que talvez não faça bem meu tipo mas por algum motivo eu estava adorando aquilo. A maldita falta de ar nos fez nos separarmos.

- Desculpa, eu... – Tentei me desculpar mas perdi as palavras quando meu olhar encontrou seus olhos verdes.

- Não precisa se desculpar Rugge – Disse calma, pera... ela queria isso? – Vou subir, tchau, a gente se vê.

- Tchau.

Fui para o meu carro e segui para meu apartamento.

O caminho todo a cena do beijo voltava a minha cabeça, a sensação de tê-la para mim, seu cheiro... Não sei o que t acontecendo comigo. Nunca pensei que pensaria assim mas... Eu preciso disso de novo.