História Criminal - 3.

Mellanie 

  Bieber estava nos observando. Oliver sabia que o roubo precisava ser antecipado, só que não estamos preparados. Bieber estava tramando e precisamos agir rápido. Temos que estar na frente, temos que observar cada passo dele. 

  – Por que não tem fotos minhas? – Perguntei. 

  – Bieber e sua gangue não conhece você. – Caitlin respondeu. 

  – Precisamos agir rápido Oliver. – Carter alertou. 

  – Mas precisamos saber onde ele vai dar o próximo passo. Temos que estar na frente. 

  – Eu tenho uma ideia. – Nolan falou. – E se Mellanie se infiltrasse na casa de Bieber? 

  – Não, não e não. – Eu disse. 

  – Mas é uma ótima ideia. Ela pode entrar em uma das boates e tentar seduzir ele e entrar na casa. – Caitlin concluiu.

  – Porém tem que ser depois do roubo. – Carter disse. 

  – Mas vocês nem sabem se eu vou. – Respondi. 

  – Você tem que fazer isso. 

  – Ahhh. – Respondi em forma de rendimento. – O que vocês não me pedem rindo que eu não faça chorando. 

  – Sabia que ia aceitar. – Caitlin murmurou. 

  – O que? – Perguntei. 

  – Nada não. – Ela deu um sorriso falso. 

  – Limpa aqui ó. – Disse apontando para o canto da sua boca. – O veneno ta escorrendo. – Falei e sai dali. Mas, antes é logico, peguei meu celular. 

(...)

Abri meus olhos me arrependendo de tê-los abertos. Olhei no meu relógio ao lado da escrivaninha e ainda eram 3 da manhã. 

Me virei e tentei dormir novamente. Porém, sem sucesso. Sentei na cama e pisei no chão de mármore gelado. Procurei meus chinelos e para a garagem. Peguei a chave de um carro qualquer e sai. 

Minutos depois eu estava na rua onde era a minha casa. Entrei na mesma e estava tudo empoeirado. As folhas tomavam conta da estante. Tirei algumas e achei um quadro que estava eu, minha mãe, meu pai e a Sarah. Minha irmã. Subi as escadas que rangiam. Entrei no meu antigo quarto que tinha muitas teias de aranhas. Olhei em volta e estava tudo do jeito que deixaram naquela noite do massacre. Meu guarda-roupa estava no chão, minha cama destruída, brinquedos no chão...

 Mas os únicos que estavam intactos era a Dory e o Ted. Os dois eram meus brinquedos favoritos naquela época. Eu lembrava como se fosse ontem quando eu sai de casa, quando Jordan matou meus pais, quando Sarah desapareceu... 

Tudo dava errado pra mim. Mas, quando eu estava com Dory e Ted, parecia que minha vida era perfeita. Sem brigas, sem destruição. Sem nada. 

Peguei os dois que estavam em cima de uma prateleira. Virei Dory e puxão sua corda. 

  – Seremos amigas pra sempre. Eu te amo. – Essa era umas das frases que eu gravei quando compramos ela. Abri a parte de trás de seu vestido e tinha um papel. Coloquei Dory e Ted em cima de uma mesa e abri o papel. 

Mellanie minha filha. Você pode ou não achar esta carta. Provavelmente sim, por que você leva a Dory pra todo lugar. Mas, provavelmente não. Por que Jordan está vindo e ele quer você. Eu e seu pai erramos em apostar você. Mas, precisávamos do dinheiro. Espero que quando morremos, se você ainda estiver viva, nós perdoe. 

XXXX-XXXX

23/9/1999

Mamãe e Papai.

Terminei de ler a carta e meus olhos estavam marejados. Eles tinha me apostado. Olhei a data de que eles escreveram e foi um dia antes de Jordan vir. Como eu fugi ele pegou papai e mamãe. 

Eu não estou acreditando. Quando chegar na mansão eu vou ligar pra esse número.

Peguei Dory e Ted e sai da minha antiga casa. Entrei no carro e eram 5h45m. Acelerei e fui em direção a mansão.