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História Criminal Love - Levyrroni - 6


Escrita por: RaquelLopes_

Capítulo 7 - 6


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Levyrroni - 6

"Você construiu um mundo mágicoporque o seu real era trágico."

•••

William 

O sol brilhava forte no céu, o que deixava o dia quente e abafado. Descemos do carro e observamos a praia por um instante. Estava lotada, havia pessoas por todos os lados. Algumas crianças brincavam no mar, outras na areia. Algumas pessoas preferiam ficar em baixo de seus guarda-sóis, outras apenas ficavam tomando banho de sol.

— Parece que todos tiveram a mesma idéia que a nossa - comentou Ximena, observando a multidão.

Essa é a terceira vez que saímos desde que nos conhecemos naquela noite. E estou cada vez mais encantado com ela. Ximena é tão bela, e aos poucos pude ver que sua beleza não é só na aparência, mas também como pessoa.

— Era de se esperar no dia quente como esse. Quer tomar um refrigerante, suco, ou então, um sorvete?

— Depois, agora o que acha de dar um mergulho? - sugeriu ela, sorrindo.

— Está bem, te carrego até lá.

Ximena me olhou confusa, me aproximei dela aos pouco.

— Como assim me carregar?

Antes que ela pudeeu e dizer mais alguma coisa, a peguei em meus braços e fui caminhando em direção ao mar.

— William, me coloca no chão!

— E por que eu faria isso? - provoquei.

— Porque eu estou mandando! Me coloque no chão, por favor. Olha está todo mundo olhando.

Quando chegamos na beira do mar, a coloquei no chão novamente. Ela me encarou com uma expressão séria e depois olhou para as pessoas nas praia, fiz o mesmo, era verdade que tinha algumas pessoas nos olhando, mas não eram tantas. Voltei meu olhar para Ximena, que também me olhava, ficamos em silêncio por um instantes, depois começamos a rir.

— O que acha de agora dar aquele mergulho que você disse? - sugeri.

Ela assentiu e correu em direção ao mar me deixando para trás, quando à alcancei, a mesma já estava em uma parte funda do mar, fiquei de frente para ela, apenas admirando-a.

— O que tanto olha? - brincou ela.

— Sua beleza é tão grande que não canso de admirá-la.

— Me elogiando dessa maneira vai me deixar sem jeito.

Ela sorriu e se aproximou de mim, colocou seus braços em meus ombros, deixando nossos rostos bem próximos.

— A propósito você também é dono de uma beleza incomparável.

Sem esperar mais, a segurei pela cintura e a beijei. Ximena retribuiu envolvendo seus braços em minha nuca, deixando o beijo mais intenso e prazeroso.

— Isso foi...

— Ótimo. - completou ela, sorrindo.

— É, foi ótimo - sorri meio bobo, feliz por ela não ter achado muito atrevimento da minha parte.

— O que acha de irmos tomar alguma coisa? Estou com sede.

— Claro, vamos.

•••

Três meses se passaram e posso dizer que foram os melhores meses até agora. A morte do meu pai foi uma dor tão imensa, que cheguei a pensar que iria durar para sempre e que passaria a minha vida inteira infeliz, mas eu estava errado. E como em um passe de mágica, Ximena Navarrete chegou em minha vida, me mostrando que eu posso voltar a ser feliz.

E eu já não podia mais negar; eu estou completamente apaixonado por ela.

Enquanto preparava panquecas para o café da manhã, ouvi passos leves vindo em minha direção, em seguida braços me abraçaram por trás.

— Bom dia, meu amor! - disse Ximena, animada.

— Bom dia, amor!

Me virei para ela e a envolvi em meus braços dando-lhe um longo beijo.

— Como sei que você adora comer panquecas no café da manhã, decidi fazer algumas para você. - falei e coloquei uma panqueca em seu prato, e deixei ela mesma colocar a cobertura.

— Que namorado mais dedicado que eu tenho. - disse ela, sorrindo — Obrigada.

— De nada, meu amor.

Me sentei junto a ela na mesa.

— Meu tio Erick me ligou, quer que eu vá a casa dele, irei depois que terminar o meu café da manhã. Você quer ir junto comigo?

— Não sei, Erick não gosta de mim.

— É o jeito dele, tenho certeza que ele gosta sim de você. Aliás, quem é que não gosta de você, meu amor? Você é encantadora.

— Está bem, eu vou. Irei ignorar o olhar intimodador do seu tio e mostrarei que não importa o que ele acha de mim.

— É assim que fala, minha garota.

•••

Ximena tinha razão em relação ao olhar que meu tio lançava para ela. Comprovei isso quando ele entrou na sala e a viu, sua expressão ficou séria e quando ela estendeu a mão para comprimenta-lo, ele ignorou completamente sua mão estendida e disse apenas um "Oi" forçado, depois disso me pediu que o acompanha-se até seu escritório, deixou bem claro que deveria vir sozinho.

— O que foi aquilo com a Ximena? - perguntei, quando fechei a porta do escritório.

— Não sou obrigado a comprimentar quem eu não quero.

— O que tem contra ela?

— Primeiro: sente-se.

Fiz o que meu tio pediu e voltei meu olhar para o mesmo, que parecia extremamente calmo.

— Quer mesmo saber o que acho dessa mulher?

Apenas assenti meio incerto se queria mesmo.

— Essa mulher não me agrada nem um pouco, é apenas um rostinho bonito e mais nada.

— Não vou admitir que a ofenda.

— Desde de quando dizer a verdade é ofender? Ela só está te atrapalhando, William.

— Atrapalhando? Depois que meu pai morreu, Ximena foi a melhor coisa que me aconteceu, ela me mostrou que eu posso ser feliz de novo.

— Que bom que tocou no nome do seu pai, vamos falar dele agora, ou melhor, vamos falar do que ele foi. - ele fez uma breve pausa e prosseguiu — O poderoso e temido, Victor Levy, o ex-chefe da máfia. Eu não sei se você se lembra, mas como o meu irmão morreu e você é o filho dele, isso o torna herdeiro da máfia.

— Eu sei perfeitamente disso.

— Pois não é o que parece. Até quando pretende ficar se aventurando com essa mulher?

— Isso não é uma "aventura", como o senhor disse. Eu a amo. Ximena é a mulher da minha vida. - afirmei.

Ele me encarou e depois soltou uma risada amarga. Erick já estava me irritando com aquele sarcasmo dele, estava vendo a hora em que me esqueceria de que ele é meu tio e partiria para cima dele.

— Ah é, mesmo? Não me diga. Agora prende se casar com ela e depois alguns meses de casados terem seu primeiro filho. Já pensaram em um nome?

— Foi para isso que me chamou para vir aqui? Para falar da minha relação com a Ximena? Ou para fazer com que eu termine com ela? ANDA ME DIZ! QUAL FOI A DROGA DO MOTIVO PARA EU VIR ATÉ AQUI? - aumentei o meu tom de voz, pois já estava irritado com toda aquela enrolação.

— Eu não iria nem se quer tocar no nome dessa mulher, você perguntou o que eu achava dela e eu respondi. Se não gostou, o problema é seu!

Me levantei disposto a ir embora, já estava farto daquela conversa. Coloquei a mão na maçaneta, quando comecei a gira-lá, Erick me chamou:

— Onde pensa que vai? Eu não terminei! Volte aqui e sente-se.

Caminhei novamente até a cadeira e me sentei de para ele, o esperando dizer algo.

— Mesmo que não queira ser o novo chefe da máfia, você deverá colocar alguém em seu lugar.

— É, eu sei.

— Escolha alguém de confiança, pense em quem o Victor escolheria, além de você.

— Já tenho uma pessoa em mente. - respondi, e notei a curiosidade em seu rosto.

— Posso saber de quem se trata?

— No momento certo saberá. Era só isso o tinha a me dizer ou tem mais?

— É, era só isso mesmo. Espero que faça uma escolha sábia.

— E farei, disso não tenho dúvidas.

•••

Se a intenção do meu tio era me deixar pensativo, ele a conseguiu com sucesso. Mas, Erick não me deixou apenas pensativo, também conseguiu me deixar irritado.

Eu odeio toda essa pressão que ele coloca sobre mim, eu sei que devo colocar alguém para comandar a máfia, mas ele não tem o direito de me pressionar daquela maneira. Tampouco o direito de opinar sobre minha relação com a Ximena. Ele não pode achar que só por ser o meu tio, tem autoridade sobre mim.

— Aconteceu alguma coisa?

Estava tão perdido em meus pensamentos, que nem notei quando Ximena se sentou ao meu lado. Eu não podia dizer a verdade a ela, pelo menos não agora.

— Não, por quê?

— Você está estranho. Tem alguma coisa haver a conversa que teve com seu tio?

— Não aconteceu nada, amor. - virei-me para ela e a olhei por tempo.

Ela pareceu não acreditar muito no que havia dito. Então, fiz algo que já estava com muita vontade de fazer; a beijei. Um beijo calmo e apaixonado.

— Eu te amo, Ximena. Nunca se esqueça disso.

— Como vou esquecer? Se sinto o mesmo. Te amo demais, Will.

— E o que aconteceria se um dia você descobrisse que eu não sou quem imagina? Ficaria comigo mesmo assim?

Ela arquiou as sobrancelhas, confusa. Talvez como se pergunta-se porque eu havia feito aquela pergunta. Acho que nem eu mesmo sabia ao certo.

— Por quê está perguntando isso?

— Primeiro me responda, por favor.

— Você não como eu imagino, você é muito melhor. Jamais imaginei encontrar alguém tão maravilhoso e encantador como você em minha vida.

— Você não tem idéia do quanto eu te amo, Ximena. Nunca amei ninguém dessa maneira.



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