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História Criminal Love - Second Season - Everything is Possible


Escrita por: limalimao

Notas do Autor


prepara, que agora, é a hora, do show da Lola poderosa!
Capítulo dedicado sem dúvidas alguma, a todas as minhas meninas que comentam sempre e estão comigo aqui, firmes e fortes!
BOA LEITURA <3

Capítulo 15 - Everything is Possible


Everything is Possible — Tudo é possível. 

 

NARRADOR POINT OF VIEW

O homem ao sair do prédio e ver Lola na esquina a reconhece da foto mostrada a ele pouco antes e começa a correr em sua direção, já Lola começa a correr em vantagem e suas pernas doem e faltam bater uma na outra que tão rápido que foge do homem desconhecido. Eles continuam correndo, o homem esbarra em pessoas durante o percurso e Lola percebe estar no bairro da faculdade. Ela não consegue pensar em nada, apenas quer se livrar, se esconder do homem, então corre em direção ao campus após virar uma rua. As pessoas em volta a olham correndo. Ela pega o celular no bolso e liga para Rafael. Ela se irrita quando o telefone chama por três vezes e ela continua correndo com certa dificuldade por já sentir dores nas pernas e nas costelas.

— Lola? — Rafael, que está no galpão onde Valentina ainda se encontra, pergunta sem entender o porquê de Lola estar ligando, mas feliz por poder ouvir sua voz.

— Rafael! — Lola diz ofegante, com voz de dor e segurando as lágrimas de medo — Tem alguém me perseguindo.

Rafael levanta-se imediatamente da cadeira que estava sentado, fazendo Gutierre, Lucas e Vitor o olharem curiosos. Rafael passa a mão na cabeça sem saber muito que fazer.

— O-onde você está?! — ele sente uma descarga de energia percorrer seu corpo e ser abatido pelo medo ao ouvir a respiração pesada de Lola enquanto corre.

Lola avista uma Range Rover branca saindo do estacionamento da faculdade frente a sua e suspira um pouco aliviada ao chegar a janela do carro, onde Gustavo já a olha assustado, mas feliz em vê-la novamente.

— Eu preciso do seu carro — Lola diz ofegante olhando para trás procurando pelo homem que ainda corre a sua procura no meio da multidão de jovens na saída das faculdades. Ela abre a maçaneta do carro, e puxa Gustavo rapidamente pelo braço, que sai do carro a olhando sem entender.

— Não acredito que está de volta — ele sorri, mas logo ele desaparece, dando espaço para uma feição de desconfiança — Mas por que quer o carro? Tem alguém te perseguindo? — Gustavo diz olhando Lola, e está contente pela sua volta, mas ainda sem entender o que está acontecendo com ela.

— Nós podemos conversar depois, eu preciso fugir o mais rápido possível — Lola diz um pouco impaciente e apressada, o olhando pela janela do carro aberta, onde ela já está sentada no banco do motorista.

Gustavo se aproxima rapidamente, tomando Lola de assalto, levando a mão pela sua nuca, adentrando seu cabelo colando seus lábios ao de Lola, a mulher que ele nunca conseguiu esquecer, mas está conseguindo. Ele se sente no céu, ela se assusta e até se esquece do que está acontecendo ao seu redor ao sentir os lábios molhados e quentes de Gustavo sobre os seus. Os dois se separam e faz até barulho.

— Lola não é hora para ficar beijando, porra, me diz onde está! — Rafael impaciente, preocupado e com uma leve pitada de ciúmes já grita com Lola após passar a ligação com a ajuda de Vitor para um sistema avançado onde ele e quem mais estiverem ao redor pode ouvir. Vitor mexe no computador, num mapa tudo que ele vê na tela do computador é duplicado na tela da gigante televisão à frente.

— Por que não me apaixonei por você, Gustavo? — Lola pergunta o olhando com a testa franzida, lhe fazendo a pergunta que vale um milhão de dólares, a mesma que ela se fez inúmera vezes.

Rafael ouvindo tudo revira os olhos.

— Me pergunto isso todos os dias — Gustavo responde sorrindo.

Então Lola avista o mesmo carro que estava parado em frente ao prédio no começo da rua, então ela sorri para Gustavo e arranca dali acelerando do jeito que ela sabe bem.

— Eu vou bater nessa garota! — Rafael diz nervoso por Lola não respondê-lo. Vitor na mesa mexendo no computador, e Gutierre logo atrás sorriem vendo o amigo todo estressado.

— Estou frente da minha faculdade e eu ouvi isso — Lola diz ao celular ofegante tentando regularizar a respiração.

Rafael faz um sinal a Vitor, que logo coloca o endereço no mapa. Ele mexe em algumas coisas, e pelo celular de Lola consegue rastreá-la e um pontinho verde aparece no mapa.

— Vira à esquerda — Vitor diz e Lola logo o a obedece entrando na curva em alta velocidade, ainda sendo perseguida pelo carro preto. 

Lola ainda continua vendo o carro atrás dela, manda marcha e pisa fundo no acelerador.

— Ahhh, eu vou morrer — Lola diz calma demais com os olhos no retrovisor vendo o carro crescer nele.

Valentina na UTI particular escuta de longe a voz da amiga e se assusta, logo fazendo Lucas a segurar.

— O que está acontecendo com Lola? — ela pergunta preocupada com os olhos arregalados olhando Lucas a sua frente, que já segura seus braços, impedindo-a de se levantar.

Os aparelhos apitam mostrando os batimentos acelerados de Valentina. Sua respiração sai pesada e seu coração aperta de preocupação com a melhor amiga.

— Não é nada que deva se preocupar — Lucas tenta acalmá-la, mas é em vão.

Lola continua dirigindo sendo guiada por Vitor, que diz onde virar, indica o melhor caminho a livrando do tráfego pesado, mas é em vão, Lola cai em uma avenida que logo a frente há um congestionamento. Ela acelera e joga o carro no canteiro indo para o outro sentido, ele chacoalha, ela grita e o coração de Rafael se aperta. O carro preto, maior que a Range que ela dirige, logo faz o mesmo, obrigando Lola a se recuperar e correr mais, fugindo dali.

— Caralho, eu não sei mais o que faço — Lola diz com a voz de choro, suspira fundo olhando o retrovisor. Seu corpo inteiro treme, tomando por aquele medo do que pode acontecer.

Rafael caminha de um lado para o outro enquanto Vitor invade um sistema para obter imagens via satélite, que logo consegue e urra de felicidade batendo a mão na mesa, fazendo Rafael levantar os olhos até o monitor gigante a sua frente. Lucas aparece preocupado, não tanto com Lola, ele ainda a odeia pelo que fez Valentina passar, mas quer ajudar por que sabe que Tina não suportará se algo acontecer à amiga, e logo fica ao lado de Vitor.

— O que temos? — pergunta levantando o olhar para o monitor que Rafael observa atentamente, onde mostra a imagem do alto de um carro branco sedo seguido por um preto.

— Vamos jogar ela pra rota de fuga até aqui — Rafael diz com o coração batendo dez vezes mais rápido, sem saber o que fazer.

— Mano, ela não vai conseguir manter na rua de terra, esse carro é muito alto, ela não vai segurar nas curvas e outra que é matagal, primeira oportunidade eles vão atirar contra ela — Lucas diz tentando clarear os pensamentos de Rafael, que respira fundo de olhos fechados tentando fazer isso, mas a respiração pesada alta de Lola na ligação não deixa.

— Meu Deus! — Lola grita.

— Direita, Lola! — Vitor diz e ela logo o abecede.

— Me diz que esse carro é blindado, Lola — Rafael diz com as mãos apoiada na mesa olhando o monitor.

— E-eu não sei! Espero que seja — ela responde preocupada.

O carro preto com três homens dentro não para de seguir Lola, os dois correm, cortam os carros em alta velocidade, e logo caem uma rodovia depois de sair de uma avenida. Lola mete o pé no acelerador sem medo, levando a velocidade a 160 km/h e aumentando. O carro preto cola na traseira de Lola, batendo nela, fazendo o carro branco dar uma leve chacoalhada. Lola segura o volante enquanto grita segurando o choro. Ela olha no retrovisor, então vê um homem colocar a cabeça para fora segurando uma arma.

— Ahhhh, mas que porra! — Lola grita e o carro é acertado por uma bala no vidro detrás, fazendo-a abaixar a cabeça com medo ainda mantendo os olhos na estrada.

Rafael segura a respiração quando a voz de Lola cessa e ele simplesmente não consegue dizer nada.

Ela olha para trás e vê apenas o vidro com o formato de um tiro, mas sem quebrar o vidro, e ela urra de alegria por perceber que o carro é blindado. Rafael solta a respiração num suspiro um pouco aliviado. Gutierre carrega Valentina numa cadeira de rodas para fora da caixa UTI e a leva para perto depois dela mesma se livrar de todos os aparelhos e tentar levantar sozinha mesmo com uma das pernas imobilizadas.

Valentina olha atentamente a tela com os dois carros correndo e se preocupa ainda mais com a amiga, e ela logo recebe um olhar de desaprovação de Lucas.

— Eu to com medo, porra! — Lola grita batendo no volante tentando esvair a raiva, o medo de seu corpo.

— Mais quatro quilômetros, Lola — Lucas diz apontando a Vitor a próxima saída no monitor a sua frente.

— Lembra que prometeu que veria meu parto? — Valentina diz e então Lola respira fundo ao ouvir a voz da amiga do outro lado da linha, lhe acalmando, lhe fazendo lembrar que ela precisa ser forte e que precisa voltar. Ela sente um arrepio percorrer seu corpo e uma vontade súbita e enorme de chorar de medo de não conseguir voltar.

— Não me faça chorar agora — Lola diz acelerando mais, mas com o carro preto ainda na sua cola. Ela ultrapassa os carros sentindo-se mais forte, avivada.

O homem troca de arma, pegando uma mais pesada, e então acerta mais cinco tiros seguidos contra o carro de Lola, e ela abaixa a cabeça trocando de faixa abruptamente, então vê que dois tiros acertaram o vidro da frente, então percebe que o de trás já foi atravessado, e isso a preocupa.

Rafael anda de um lado para outro impaciente, preocupado, passando as mãos na cabeça, sentindo-se fraco, com as pernas bambas e o com o coração na mão, sentindo um medo de perder Lola percorrer seu corpo.

— E-eu não consigo, eu não consigo — Lola diz já em prantos deixando a velocidade do carro cair, e o preto bate novamente atrás dela, fazendo-a gritar entre o choro.

— Para de chorar, Lola! Presta atenção, você consegue sim! — Rafael diz usando toda sua ignorância apoiado na mesa.

— Não, eu não consigo! — ela soluça e ele ouve cada um deles, assim como todos ali, fazendo um silencio dominar.

— Primeira saída, Lola! — Vitor diz quebrando o silêncio.

O barulho do carro de Lola acelerando junto com seus suspiros altos apavorados é ouvido em silêncio novamente por todos ali, e ela continua acelerando, cortando os carros após entrar numa saída. Todos têm uma agonia, uma vontade de fazer algo, mas não há nada a ser feito, a não ser o que já estão fazendo e torcer para que ela não desista.

Rafael aperta o pump freneticamente de uma caneta sem parar enquanto vê os dois carros no monitor.

— Eu não vou conseguir! — ela diz olhando o retrovisor.

Para de dizer que não consegue! — Rafael diz gritando jogando a caneta contra o chão — Você vai conseguir, eu to mandando você voltar pra cá, para Valentina, eu to mandando você voltar pra mim! — ele grita e dá as costas respirando fundo tentando se controlar enquanto exasperado passa as mãos na cabeça.

Lola ao ouvi-lo respira fundo e estala a língua feliz por ouvir isso, mas ainda muito preocupada se ainda conseguirá seguir, já que sente muita dor nas pernas por usar os pedais com tanta força e pelo medo que a domina também. Seu coração bate tão acelerado, seu corpo treme e mantém arrepiado, fazendo até mesmo seu rosto e seus braços formigarem.

— Você vai pegar a próxima saída à direita, Lola, assim que entrar vai ver outra numa estrada de terra, continua por ela e seja o que Deus quiser — Vitor diz e então leva um tapa na nuca de Rafael pelas últimas palavras.

Lola o obedece novamente, e então vê a saída de terra, e corre para lá. A poeira sobe, mas ela continua vendo o carro preto por ela. Os tiros continuam e ela grita de ódio sem saber o que fazer. Ela saca a arma do coldre debaixo do braço e atira olhando para trás mantendo o volante reto. Uma tensão e um silêncio no galpão é quebrado quando as portas de ferro são abertas por Branco e Negão, que logo correm até o centro onde todos estão concentrados.

— Arhg, acabaram minhas balas — ela diz nervosa e Rafael sorri de canto mesmo estando apreensivo.

— Lola?! — Branco pergunta assustado — Mano... — seu tom de voz é duvidoso, ele duvida que ela consiga chegar até aqui. Rafael lhe lança um olhar de fúria e o mesmo logo vai até Gutierre a abraça de lado, que continua imóvel de braços cruzados apenas observando tudo.

— Ela precisa conseguir — Gutierre diz baixinho com os olhos fixos na tela.

— A titia vai voltar, ela vai voltar — Valentina bem baixinho apenas para si mesma enquanto tenta regularizar a respiração e alisa a barriga.

— Vamos atrás, tem mais três lá fora. — Negão diz, então Rafael hesita um pouco por que não quer deixar Lola sozinha, mas pega seu celular após Lucas deixar a ligação de três pontos e ele sai ajeitando o aparelhinho no ouvido. Pega uma submetralhadora, carrega muito rápido e saí junto de Negão e Branco que também portam armas pesadas, sobem nas motos e vão ao encontro de Lola.

— Rafael, ela está chegando à linha do trem.

Lola e Rafael ouvem o que Vitor disse. Lola continua correndo do carro preto e Rafael dirige rápido até lá. Lola vê o trem que Vitor disse, seu coração se acelera muito mais ao vê-lo se aproximando.

Valentina se algo acontecer comigo procure meu advogado, tudo que eu tenho aqui e no exterior será seu, é o meu testamento.

No mesmo instante, Valentina balança a cabeça sem querer ouvir o que a amiga diz e começa a chorar. Vitor, Lucas e Ana se espantam com o que acabaram de ouvir.

— É para o seu filho. Não esqueça, eu amo muito você — ela diz chorando e suspira fundo — Caralho, esse trem — ela diz baixo, mas todos ouvem.

Valentina chora, e Gutierre tenta ser forte e morde o lábio tentando segurar algumas lágrimas sentindo o coração apertado de apreensão.

A comitiva buzina alto avisando do perigo, Rafael ouve tudo e apenas fecha os olhos por instantes com medo de Lola hesitar e parar o carro ou ela simplesmente se jogar na frente do trem na hora errada.

Vitor perde o sinal do satélite e as imagens somem da tela, fazendo a mesma ficar preta com uma mensagem de “no signal”, gerando em Lucas e Vitor uma raiva e inquietação maior ainda. Vitor levanta-se após bater na mesa urrando. Um clima de aflição, ansiedade, angustia e agonia atormenta a todos no galpão.

Lola grita então pisa fundo no acelerador ao ver o trem na lateral de seu carro. Ela grita ainda mais quando percebe a proximidade, quase em cima do carro, a comitiva buzina outra vez, fazendo todos no galpão apenas segurarem a respiração apenas a ouvindo.

Lola atravessa a linha do trem e por milésimos de segundos, pouquíssimos centímetros seu carro não é atingido pelo trem, que passa em alta velocidade. O carro voa, e tudo se mexe em slow-motion diante dos olhos de Lola, que apenas mantém a boca aberta num perfeito ‘o’ e ela tira as mãos do volante involuntariamente, então o carro se chora com asfalto, fazendo sua cabeça ir de encontro ao volante e ela logo sente seu nariz sangrar e sua cabeça girar. O carro derrapa, e por pouco não capota.

— Lola! — Vitor e Rafael gritam juntos, mas ela não consegue responder. Tudo em sua frente gira.

— Ah meu Deus! — Gutierre grita de aflição curvando o corpo para frente.

— Lola! Lola por favor, se está aí diz alguma coisa — Rafael diz com medo e muita preocupação então ele acelera mais e logo vê um carro branco parado.

Tudo que Lola consegue fazer é arrancar o casaco que a incomoda muito e geme de dor. A porta se abre e Lola cai batendo as costas no chão de terra e ela se remexe sentindo muita dor e tudo que ouve é apenas o barulho do trem pesado sobre os trilhos. Sua cabeça gira, dói e ela geme de dor. Vira-se ficando de bruços e olha para a comitiva que continua passando e então vira a cabeça para o outro lado e vê motos se aproximando. Ela tomba a cabeça na areia já sem forças.

Rafael já corre rápido na direção de Lola, sentindo um misto de emoções. Ele a toma nos braços enquanto analisa cada pedaço de seu pequeno corpo a procura de ferimentos graves, então suspira fundo a concluir que nada pior aconteceu.

Todos no galpão estão tensos ainda sem noticias, e Vitor não para de gritar por Rafael, que logo o responde e diz que está tudo bem, logo abrindo um sorriso para Lola a apertando em seus braços, e ela resmunga sentindo dor.

— Você não deixou pão para mim, e nem a chave para trancar a porta — ela diz mole de olhos fechados e sorri, logo sujando os dentes brancos com o sangue que escorre de seu nariz. Rafael resmunga sorrindo, e a voz de Lola faz todos no galpão suspirarem aliviados.

— Temos companhia! — Negão grita correndo para de trás do carro branco então uma rajada de tiros o atinge. Branco e Negão se escondem atrás dele, e os outros três homens atrás de árvores logo ali perto, começando uma troca intensa de tiros. Rafael puxa Lola para detrás da roda dianteira e deixa sentada.

Ela está cansada, dolorida demais para conseguir entender e fazer algo sobre isso, ela apenas observa Rafael a sua frente com uma submetralhadora na mão, atirando, vendo leve o chicoteio da arma apoiada em seu ombro, seus olhos azuis atentos na mira, ouvindo o barulho, e várias cápsulas de projéteis caindo entre eles. De uma forma estranha isso a encanta, todos os detalhes nele desta forma a atrai. Ela esboça um leve sorriso com os olhos fechados e Rafael abaixa-se e a olha enquanto tira o carregador e coloca outro, agilmente e com precisão. 

Eu te odeio, Lola! — ele diz nervoso, sentindo a adrenalina percorrendo suas veias como nunca antes.

E eu te amo — ela diz baixo com os olhos fechados sentindo a dor tomar conta de vez de seu corpo e ela tomba a cabeça para o lado, logo apagando.

Os tiros continuam, e pouco tempo depois os homens do carro preto cessam, Rafael e mais dois se aproximam mais quando dois dos três homens entram no carro, deixando o outro estendido no chão. Eles alvejam o carro e os corpos dos dois se remexem no banco sendo atingidos por vários tiros, sujando os vidros e tudo ao redor de sangue, uma chacina.

Rafael se aproxima do carro com Branco, Negão e os outros homens. O que está no chão resmunga e Rafael ao passar por ele, o olha e friamente apenas o acerta um tiro na cabeça, o matando de vez e continua caminhando até o carro.

Lola acorda um pouco atordoada e levanta-se com um pouco de dificuldade, logo vendo os meninos em pé ao lado do carro preto. Ela passa o braço pelo nariz, limpando o sangue que continua escorrendo e começa a caminhar um pouco melhor até lá, sentindo-se curiosa, querendo saber quem são os homens, mas com medo.

— Fica aí! — Rafael grita ao vê-la, não querendo que ela veja a verdadeira carnificina. Ela o ignora e continua dando passos na direção do carro, fazendo Rafael resmungar irritado e caminhar forte em sua direção.

— Eu mandei você ficar aqui! — Rafael diz rude segurando o rosto de Lola, apertando suas bochechas com uma das mãos, o puxando tirando seus olhos da matança, e ela faz isso, logo levando os seus até os azuis em fúria de Rafael.

O corpo de Lola está em combustão pelo toque bruto de Rafael, ela o odeia, mas o ama na mesma intensidade, e agora apenas quer um abraço do homem que achou que iria perder, e após ele a olhar furioso, se amolece ao ver aqueles olhos medrosos o olhando e a abraça forte, forte como achou que nunca mais poderia fazer, aliviado por sentir seus finos braços enlaçarem seu pescoço, seus dedos entrarem em seu cabelo e ela suspirar soltando o corpo em seus braços. Rafael aspira o cheiro que ele gosta dos cabelos de Lola e aquilo inebria seus pulmões, o fazendo abrir um sorriso com a testa franzida, o lembrando que quase a perdeu. Ela sente os braços fortes dele a apertando, alisando suas costas e ela sorri. Os dois fecham os olhos e suspiram felizes em terem um ao outro, mas nenhum dos dois diz isso, orgulhosos, duros feitos pedras, apenas continuam abraçados sem dizer nada, enquanto querem dizer tudo.

— Obrigada — Lola quebra o silêncio dizendo baixinho ao pé do ouvido de Rafael, o fazendo arrepiar instantaneamente e a apertar mais.

— Nunca mais faça isso, nunca mais se coloque em risco como fez hoje — ele diz lembrando-se do que lhe pediu quando estavam presos no cativeiro, quando ela lutou e matou aquele homem.

— Acho que vou pegar uma pipoca — Vitor diz atento ouvindo cada palavra dos dois ali, assim como Lucas, Valentina e Gutierre, que sorriem.

— Até que enfim esses dois se acertaram — Gutierre diz sorrindo de braços cruzados.

— Eu acho — Valentina diz sorrindo.

Rafael ouve tudo com o ponto ainda em seu ouvido, e o tira, logo o jogando longe, fazendo as pessoas do galpão soltarem um uníssono ‘Ahhhh’ desapontados por que não irão ouvir o restante da conversa.

— Você sabe que sou teimosa — ela diz e os dois sorriem e soltam uma gargalhada.

Rafael coloca a mão no rosto de Lola e se afasta um pouco para olhá-la novamente. Não dizem nada, apenas sentem seus corações baterem acelerados. Os dois se aproximam juntos e se beijam, se entregam um ao outro, em movimentos lentos e com mãos de Rafael apertando a cintura de Lola sobre a seda de sua camisola, e as dela alisando seu cabelo, se beijam sentindo no céu, sentindo como na primeira vez que seus lábios se tocaram, se beijam matando a saudade. Branco e Negão batem um na mão do outro ao verem o beijo, contentes por ver o amigo feliz novamente. Os dois somente param o beijo quando perdem o fôlego, colam suas testas e suspiram juntos com os olhos fechados.

— Que saudade — Rafael diz baixinho e logo abre um sorriso de canto e deposita um beijo demorado e terno na testa de Lola.

[...]

Todos acabam de retornar ao galpão não tão distante dali, ao entrar Lola corre em direção a Valentina na cadeira de rodas e ajoelha-se em sua frente e se abraçam forte, espantando de vez todos os sentimentos ruins entre elas.

— Me desculpa — Tina diz alisando o cabelo de Lola segurando o choro.

— Eu que peço desculpas — Lola diz sorrindo e beija Valentina na bochecha.

Os homens se aproximam mais, e Rafael percebe o olhar descarado de dois dos outros caras para as pernas expostas de Lola. Ele os olha furioso e os dois abaixam a cabeça enquanto Rafael caminha até uma cadeira, pega um jaleco branco e cobre Lola quando ela levanta-se.

— Rolou beijo? — Gutierre pergunta curiosa e animada a Branco quando ele se aproxima dela. Ele balança a cabeça positivamente sorrindo.

— Beijásso! — ele diz baixo e os dois sorriem batendo uma mão na outra sem chamar muita atenção.

— Dá uma olhada nesse nariz dela aqui, Ana — Rafael diz olhando Lola, que a olha de baixo. Ele se atreve a sorrir de canto a olhando e ela sorri envergonhada e abaixa a cabeça. Ele ama quando ela faz isso.

Rafael afaga rapidamente sua nuca e sai dali, indo em direção aos homens do lado de fora, que já pegaram gasolina e outras coisas para fazer aqueles corpos e os carros sumirem.

Ana guia Lola até a UTI móvel, onde ela senta-se na cama e Ana começa a analisar seu nariz, que já parou de sangrar, analisa também seu corpo já apenas de calcinha sobre a cama, tocando, mexendo nas articulações de Lola onde diz sentir dor.

— Que bom que conseguiu e não desistiu — Ana diz limpando uma esfoliação no joelho de Lola, já vestida na sua camisola.

— Precisava continuar, vou ser titia — as duas sorriem e Ana continua limpando o machucado de Lola, que resmunga ao sentir arder e faz cara feia.

— Mas não foi só por isso — Ana levanta os olhos sorrindo até Lola, que ao entender revira os olhos sorrindo e joga a cabeça para o lado, sabendo que ela se referia a Rafael.

— E-eu — Lola tenta dizer, mas não consegue por vergonha e suas bochechas ficam vermelhas enquanto ela sorri — Não foi por ele.

— Ah foi sim! — Valentina diz chegando sendo empurrada por Lucas, que após receber um olhar de sua mulher, sai dali com as mãos erguidas em rendição.

Enquanto as garotas conversam, Rafael e os homens já estão onde as coisas aconteceram. Rafael pega as coisas de Lola e algumas coisas que ele acha importe de Gustavo de dentro do carro e logo libera para que um dos homens o prenda no guincho. Depois de um bom tempo, Rafael já colheu pertences dos corpos e guardou em alguns saquinhos plásticos para investigar depois. Fotografou tudo, os rostos, pegou digitais, tudo, e também levaram os corpos e os carros para longe dali, recolheram cápsulas, apagando qualquer vestígio do que aconteceu ali.

— Pode meter fogo — ele diz aos homens e logo eles começam a jogar combustível nos corpos e nos carros enquanto Rafael olha a carteira de um deles e acha um cartão idêntico ao que Montenegro, então um celular começa a tocar dento de um dos sacos plásticos. Rafael olha para trás, para os sacos sobre o capô de um de seus carros e o pega rapidamente, hesita em atender, mas atende e não diz nada.

E aí, pegou a garota? — uma voz diz do outro lado, fazendo Rafael arregalar os olhos e abrir a boca, passar a mão no cabelo se controlando para não dizer nada, então ele apenas desliga o celular e soca o capô do carro urrando de ódio.

Não é possível! — ele diz passando as mãos na cabeça. 


Notas Finais


Meu novo trabalho gente, espero todas vocês lá ein, ou pelo menos algumas hahaha https://www.wattpad.com/story/99543259-everything-has-changed
deem uma conferida lá, está lindo meu livro!

Vamos ao capítulo babadeira de hoje!
eeeeeeeeeeeeeeita quanto tiro minha gente! Eu falei para se segurarem hahahaha
quero que comentem sobre todos os babados desse capítulo viu! Gustavo reapareceeeeeeu!

Rafael com ciúme, super-protetor e assassino gostoso é demais para um capítulo só né não? hahahaha

Quem aí queria o testamento da Lola levanta a mão! õ///// (eu levanto até as pernas se quiser hahaha) Muitos babados genty e olha, umas coisas vão acontecer, e pode ser que a princípio não agrade muita gente por que é bem pesado, mas prometo que os personagens darão a volta por cima. Mas enfimmmmmmm, até o próximo minhas meninas lindas, obrigada mesmo! <333


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