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História Criminal Love - Second Season - I Wanna See You Begging


Escrita por: limalimao

Notas do Autor


+1 com amor

Capítulo 21 - I Wanna See You Begging


I Wanna See You Begging — Quero te ver implorando.

 

Point of View Narrador

Lola está sem saber o que fazer, confusa, com o corpo em choque, as pernas fracas, o coração faltando sair pela boca e lágrimas amedrontadas de tanto medo que percorre seu pequeno corpo. Felipe está encostado à porta do lado de fora do quarto impaciente, louco para fazer o que fez da última vez com Lola. Alisson já está em seu carro dirigindo rápido em direção ao hotel que Lola passou o endereço.

Vamos, Lola, abra logo. Quanto antes começarmos, mais cedo terminará — Felipe diz revirando os olhos.

Lola corre pelo quarto, procurando algo para se defender caso Felipe entre, já que Rafael levou sua arma e a mesma quis matá-lo quando percebeu a ausência dela em sua bolsa, mas Lola sabe que ele não conseguirá entrar a não ser que ela tire a trava. Ela logo ouve o tilintar de seu celular e corre para pegá-lo.

Onde ele está? — Alisson pergunta, já atravessando o hall do enorme hotel, se escondendo da vista de um segurança por detrás de um ajudante que carrega um carrinho com várias malas.

— Do lado de fora do quarto — Lola diz apreensiva.

Deixe ele entrar, se ele me ver no corredor ele vai atirar e chamar mais atenção que o necessário.

— Alisson, não me deixa na mão, por favor — ela diz com a voz trêmula, temendo a Felipe.

Já estou chegando ao andar, vai Lola — Alisson diz olhando a numeração dos andares subindo logo acima da porta do elevador.

Ela caminha até a porta e coloca o cartão da mesma no chão. Destrava com a mão tremendo tanto que quase a impede de conseguir fazer isso. Felipe a olha encostado ao batente e logo entra. Lola empurra com o pé o cartão para fora sem que ele veja e deixa a porta encostada, mas Felipe a fecha. Ela se afasta do homem a sua frente com passos para trás então o mesmo sorri feito maníaco e tira a seringa do bolso. É a mesma coisa que da ultima vez, mesmo efeito, mesma cena e o mesmo medo percorrendo as veias de Lola e a mesma perversão e vontade em Felipe.

— Não acha melhor deixar isso daí de lado? — Lola diz apontando com o queixo para a seringa na mão do fanático obstinado a sua frente — Assim poderei te tocar, vai ser bem melhor, mais prazerosa — ela cospe com nojo as palavras para ele, que sorri e coloca a seringa sobre a mesa de cabeceira.

— Eu sabia que você ia gostar — ele sorri de canto e Lola simplesmente para quando percebe o limite.

Felipe a toma nos braços e Lola mantém os dela lado a lado no corpo, sem reação, sem conseguir fazer nada. Uma das mãos dele sobe as costas de Lola e a outra agarra seu cabelo, faz ela o olhar, mas ela abaixa os olhos como da ultima vez, então ele a beija, cola os lábios e Lola mantém os olhos abertos enquanto uma lágrima solitária desce pela sua bochecha e ela alisa o cabelo do homem. Ela sente nojo, repulsa e agora está ainda mais determinada a acabar com a vida desse homem, que um dia ela admirou, que um dia ela gostou como um amigo, que lhe deu o melhor beijo, que lhe arrancou sorrisos, gemidos, e agora lhe arrancou a vida.

Alisson abre a porta devagar, sem fazer barulho e Lola o vê se aproximando e suspira aliviada na boca de Felipe. Ela segura seu cabelo, o impedindo de virar a cabeça enquanto desce mão pelas suas costas e sente uma arma no cós da calça, que ela logo a pega, mas Felipe coloca a mão sobre a dela.

— Só vou tirar daqui, calma — Lola diz o olhando sorrindo, fingindo bem, e ele relaxa e a deixa tirar a arma de suas costas e volta a beijá-la, apertando, alisando seu corpo.

Alisson imediatamente se aproxima sorrindo, nem acreditando que está fazendo isso com Felipe, então Lola se afasta um pouco parando o beijo então Alisson dá uma coronhada no homem a sua frente. Lola pega a arma de Felipe, num movimento rápido engatilha e os dois lhe apontam as armas. Felipe os olha sem acreditar, ainda extasiado pela surpresa e então levanta as mãos em rendição com um sorriso pequeno no rosto olhando a Thompson. A garota medrosa, agora está mais que corajosa, está louca para fazer esse homem podre sofrer.

Se o Rafael souber disso... Sua cabeça vai rolar, Lola — Felipe diz a olhando e dá uma gargalhada tentando esconder o receio do que os dois farão.

Pena que você não vai conseguir falar isso pra ele — ela diz sorrindo vitoriosa, com um leve traço de insensatez e um tanto desequilibrada.

 

Point of View Lola Thompson

Foi foda sair com Felipe daquele hotel. Alisson teve que arrumar uma mala bem grande para colocar o babaca já desacordado. O levamos para um galpão abandonado onde Alisson leva algumas pessoas.

 

Galpão Alisson — Dia 1 de 23

É madrugada, já é sábado, 3h35 da manhã. Estou cansada, mas obstinada a torturar Felipe. Ele já está preso em correntes nos pés e nas mãos, o impedindo de andar sequer um metro à frente. Arrumei com Alisson alguns instrumentos de tortura que trouxe, alguns ainda com sangue seco neles, e é um pouco assustador.  

[...]

06h38 da manhã

— Você sabe quanto tempo durou toda aquela tortura que fez comigo? — estou sentada a sua frente numa cadeira segurando um controle com um botão que estou louca para testar e saber o que faz.

— Menos que o merecido — ele diz me olhando levantando uma sobrancelha então aperto o botão.

Ele treme na cadeira, e agora percebo que levando um choque elétrico dos fortes. Ele cerra os dentes me olhando enquanto o corpo treme. Sorrio o olhando e aperto novamente o botão para parar. Agora entendi todos os fios. Amei.

— Sua filha da puta, desgraçada! — ele diz nervoso, urrando de ódio tentando se soltar da cadeira onde está preso pelos pulsos e tornozelos.

Eu dou risada.

— Continua me xingando pra ver se eu não aperto isso daqui de novo — balanço o controle na mão o olhando rindo.

— Por que está fazendo isso comigo? Eu amo você, Lola — ele diz um pouco ofegante — Você deveria ficar comigo, não com ele.

— Você não aguenta perder mesmo não é? — rio pelo nariz — Estou com ele, estou feliz, coisa que nunca fui perto de você.

— Ele não vai te fazer feliz, ele vai casar com outra, ele transa mais com ela do que com você! — ele diz nervoso, irritado com minhas palavras.

— Mas transamos! — digo dando de ombros escondendo completamente minha irritação por ouvir aquela maldita verdade — Por livre e espontânea vontade — cruzo as pernas e me aconchego à cadeira — Ele não precisa me sedar para poder ter prazer, eu dou prazer a ele! — digo e ele urra de ódio, tentando se mexer na cadeira.

— Eu te odeio garota, eu te odeio! Eu vou te matar! — ele diz e eu bocejo de verdade batendo os dedos nos lábios fazendo cara de pouco caso o deixando ainda mais puto.

— Vinte e três minutos. Eu contei cada um deles. Você vai ficar aqui vinte e dois dias, no último, no dia seguinte você morre — digo o olhando sem expressão.

— Você não teria coragem de me matar — ele diz a olhando.

— Depois do que você fez, sim, eu consigo — digo normalmente, como se estivesse lendo um jornal, e eu até me assunto em como as palavras saíram com tanta facilidade da minha boca.

Meu celular começa a tocar. Aperto o botão mais uma vez e tiro o celular do bolso e olho quem me liga enquanto de canto de olho vejo Felipe se debatendo. Rafael me liga. Desligo o botão, enfio sem dó um pano na boca de Felipe e saio o deixando urrando de ódio de mim. Fecho a porta de ferro grande e vou para um lugar quieto. Vejo que o sol começa a nascer.

— Oi amor — digo e Alisson me olha levantando a cabeça sorrindo. Reviro os olhos para ele e dou as costas caminhando um pouco para mais longe dali.

Tudo bem? — ele diz com uma voz um pouco sonolenta.

— Sim, e você? — digo e bocejo sem querer.

Bem também. Acordou agora?

— É, dormi mais cedo ontem e acordei mais cedo hoje.

Que bom que descansou bastante. Hoje iremos sair para fazer algumas coisas bem legais.

Não, por favor, não, eu não descansei, grita meu inconsciente.

— Ah é? Vamos para onde? — pergunto curiosa.

Segredo. Meia hora estou passando ai no hotel para te pegar.

— Meia hora? Só? — digo preocupada.

Sim, temos que pegar a estrada, vai tomar banho logo.

— Ta bom, já estou indo.

Não demore.

— Okay — digo e franzo a testa — Beijos.

Desligo e Alisson me olha.

— Preciso ir. Agora! — digo o olhando.

Desço as escadas novamente e abro a porta de ferro. Felipe me olha.

— Pode contar os dias. Volto mais tarde para terminar isso daí.

[...]

Apenas vinte minutos depois eu cheguei no hotel, e não preciso nem dizer que corri bastante, até por que esse galpão fica a quase quarenta minutos do hotel. Subi correndo depois de ver se o carro do Rafael não estava lá. Alisson deixou um capanga cuidando do Felipe e pretendo voltar lá para torturá-lo mais.

Subi para a suíte o mais rápido que consegui e assim que fechei a porta meu celular tocou e é o Rafael. Atendo e ele diz que está na porta do hotel e que já vai subir. Droga! Vejo algumas gotas de sangue do Felipe no carpete do quarto. Porra! Café da manhã. Me cortei com a faca e caiu sangue aqui. Cadê o café da manhã? Corro até a porta, olho no corredor e vejo uma bandeja na porta de um dos quartos. Corro até lá, a pego e volto para o quarto. Rafael é investigador, sem falar que repara em todos os detalhes, se eu disser que me cortei e ele não ver o machucado vai ficar estranho. Pego a faca da bandeja, a coloco na mão esquerda e fecho os dedos. Respiro fundo e puxo a faca, logo sentindo aquele ardor e solto um pequeno urro de dor e deixo algumas gotas caírem sobre as de Felipe. Limpo a faca e corro para o banheiro direto tomar um banho rápido. Ouço batidas na porta, mas ignoro e continuo rápido e faço minha higiene.

Saio enrolada na toalha e vou olhar a porta. Rafael. Abro e ele logo me olha de cima a baixo. Ele está de camiseta, bermuda e tênis, todo despojado, lindo e cheiroso.

— Estamos atrasados — ele diz e eu corro para dentro novamente, indo até o armário onde guardei minhas roupas — Que roupa devo usar? — pergunto o olhando.

— Uma confortável para passar o dia todo — ele diz se aproximando da cama e então vê o sangue no chão e franze a testa e já espero a pergunta.

Pego um short, uma camiseta e um tênis.

— E esse sangue?

— Me cortei — digo e sento na beira da cama para calçar o tênis.

Termino de me arrumar colocando um relógio, e passar um perfume bom. Pego minha carteira, dinheiro no cofre do quarto, celular e pronta.

— Linda — ele diz me olhando de cima a baixo.

— Vamos logo — digo saindo de sua frente, mas ele me puxa já de pé e nossos corpos se chocam um contra o outro, então ele junta nossos lábios num beijo bom, gostoso, mas me lembro que beijei Alisson noite passada e interrompo o beijo de uma forma abrupta demais.

— O que foi? — ele pergunta sem entender.

— Nada — digo e sorrio pequeno.

O abraço e lhe dou um selinho rápido para tentar amenizar as coisas. Saímos dali e vamos para o carro ele, onde já dentro já esta Valentina e Lucas.

— Que demora! — Valentina diz. Reclamona como sempre.

— Essa dona aí estava tomando banho ainda — Rafael reclama e eu reviro os olhos.

Não faço ideia para onde estamos indo, mas Fernanda, Vitor, Branco, Gutierre e Tom estão num carro atrás de nós. Vamos seguindo, pegamos a estrada e eu capotei durante o caminho.

Acordei sentindo um beijo molhado no pescoço e me assustei um pouco, fazendo meu coração quase saltar pela boca. Quando olho em volta, estamos no parque de diversão. Ah droga.

— Não sei o que estou fazendo aqui, não vou em nenhum brinquedo mesmo — Valentina diz emburrada quando caminhamos para a entrada do parque.

Já estou cansada e fomos apenas à montanha russa. Todos estão tão animados, tão alegres e eu um poço de desanimo, mas estou tentando não demonstrar muito. Na verdade estou com sono e fome. Fomos a outros brinquedos, já é uma hora da tarde. Senti uma leve tontura, mas continuei andando de mãos dadas pelo parque com Rafael. Não vou estragar o passeio. Comemos algo e eu devorei dois hambúrgueres e recuperei as forças. Meu celular começa a tocar sobre a mesa. Meus olhos lêem o nome e rapidamente, tão rápido que chama atenção, pega e o abaixa debaixo da mesa, logo o desligando. Rafael me olha sem entender e eu sorrio, logo voltando a conversar sobre o assunto que estávamos falando.

— Vou ao banheiro, já volto — digo me levantando.

— Também vou — Vitor levanta-se e então eu começo a caminhar em direção ao banheiro.

— Você precisa disfarçar garota — ele diz chegando ao meu lado — Rafael está começando a desconfiar de algo.

— Não sei o que aconteceu, foi reflexo — digo e balanço a cabeça.

— Tive que bloquear o sinal do rastreador ontem. Vi que saiu do hotel, e assim que vi fiz isso já que o Rafael está te rastreando — rapidamente eu parei, segurei seu braço e o olhei furiosa.

— Você me rastreou pra ele! Ta louco, porra! — digo furiosa o olhando com os olhos arregalados já pensando no pior.

— Eles estão nos olhando, dá um sorriso e continua andando — ele diz rindo e eu logo o obedeço.

— Seu filho da putaaa — digo rindo disfarçando e então voltamos a caminhar.

— Eu vi que foi pro meio do nada — ele diz — Estava com Alisson e Felipe, não é?

— É. Você não pode contar pra ninguém onde aquele galpão fica — lanço-lhe um olhar firme e entro no banheiro.

Ligo para o babaca e é só pra falar que Felipe está dando problemas, não para de gritar então os caras tiveram que bater um pouco nele. Dei risada. Quero mais é que ele apanhe mesmo.

— O que está rindo ai? — Vitor diz quando me encontra na frente do bebedouro.

— Ahn — digo saindo do transe — Nada — guardo o celular — Na verdade Alisson ligou para avisar que Felipe está dando problema e que os caras tiveram que bater nele pra ele se acalmar — rio pelo nariz e Vitor balança a cabeça negativamente me olhando.

Voltamos para onde o pessoal estava e então voltamos a ir aos brinquedos. No caminho Vitor disse para eu descansar, aproveitar e parar de pensar nos problemas, então isso que farei. Um dia para esquecer todas as desgraças que me perseguem, tiram meu sono e minha paz.

Foi um dia ótimo! Achei que não conseguiria esquecer as coisas ruins e focar na diversão, mas consegui e em diversos momentos eu tive a certeza de que éramos uma família, uma verdadeira família. 



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