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História Criminal Love - Second Season - Catch Me If You Can


Escrita por: limalimao

Notas do Autor


AGORA O BAGULHO VAI FICAR LOOOOOOOCOOOO
preparem os corações e coletes a prova de balas que vem chumbo grosso por aí.
NÃO TO SABENDO LIDAR COM ESSE CAPÍTULO

prestem atenção nas partes em negrito, e vejam como tudo que aconteceu até aqui se encaixa perfeitamente. Nada foi baboseira gente, nada foi por acaso.

BOA LEITURA MINHAS DEUSAS <3

Capítulo 27 - Catch Me If You Can


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Second Season - Catch Me If You Can

Catch Me If You Can — Venha me pegar se você conseguir. 

 

NARRADOR POINT OF VIEW

Lola impaciente destrava a porta enquanto olha para os lados. Rapidamente ela entra logo a fechando e colocando a trava de segurança. Rafael e Lucas dentro do quarto ouvem e saem correndo carregando todos os equipamentos para a parte dentro do closet, que Rafael sabe que Lola não usa. Lola lança o cartão sobre a mesinha da sala e abre as duas grandes portas do quarto, dando-lhe a visão da bela e suntuosa cama perfeitamente arrumada. Joga a bolsa sobre ela e começa a despir-se enquanto caminha para o banheiro.

— Fudeu muito — Lucas sussurra passando as mãos no rosto.

Lola entra na ducha e quando a água quente entra em contato com sua pele ela sente um alivio abater seu corpo, o deixando relaxado.

— Ela está no chuveiro — Rafael sussurra para Lucas ao seu lado.

— Nossa chance de sair — ele responde no mesmo tom.

— Não, a porta faz barulho quando é liberada, ela vai nos ver saindo.

— Vamos ficar aqui até quando? — Lucas sussurra nervoso.

— Até ela sair de novo, ou então teremos que pedir para alguém tirar ela daqui.

Lucas resmunga encostando a cabeça na parede atrás dos dois. O chuveiro para, Lola se enrola na toalha macia branca e vai até o closet pegar uma lingerie, fazendo os dois homens dentro do armário ao lado pararem de respirar e ficarem imóveis. Lola sai usando uma calcinha de renda rosa e veste a camiseta que roubou de Rafael, logo inalando seu cheiro nela. Lucas abre o notebook e conecta-se com a câmera do quarto, então logo os dois estão observando a garota penteando os cabelos molhados.

Rafael sorri observando sua garota usando a camiseta que ele usou pela manhã. Os três ouvem o celular de Lola tocar e a garota logo fuça a bolsa ao seu lado logo o pegando, deixando os dois curiosos dentro do closet.

— Fala — ela diz atendendo a Alisson.

Porra, tentei te ligar inúmeras vezes hoje! Atende o telefone!

Lola resmunga revirando os olhos.

— Estava com o Rafael, não tinha como atender! — ela diz nervosa. Rafael e Lucas dentro do closet se entreolham curiosos.

— Com quem ela está falando? — Lucas pergunta sem entender.

Você está bem? Rafael perguntou do ombro? — Alisson diz mais calmo.

— Quando cheguei, ele estava do lado de fora do elevador — ela dá uma leve gargalhada — Caralho, eu travei na hora. Ele perguntou com quem eu estava.

Rafael se contorce de ódio dentro do closet, apertando os punhos.

Tenho uma coisa para te dizer — Alisson diz um pouco tenso.

— Fala logo.

Felipe fugiu.

— O QUE?! — Lola praticamente grita e passa a mão na cabeça — Como assim ele fugiu?! Mas que porra aconteceu?

Eu não sei! Encontramos o carro abandonado com os dois caras mortos dentro. Eu falei que iríamos levá-lo para o galpão e no meio do caminho ele deu um beijo de fugir.

— Caralho! Como isso pode acontecer! Tem certeza que ele fez isso sozinho? Meu Deus, ele vai vir atrás de mim! — ela grita e urra de ódio enquanto anda de um lado para outro.

Calma Lola, nós vamos encontrá-lo de novo.

— Ele ameaçou minha família — ela diz tentando se controlar respirando fundo em meio as lágrimas silenciosas — Ele vai matar a todos, ele quer me ver sofrer, depois ele vai me matar — ela diz baixo, mas os dois dentro do closet ouvem muito bem.

Vou colocar seguranças de olho na sua família até a gente encontrar aquele filho da puta.

— Agora vamos ver quem morre primeiro — Lola diz respirando fundo secando as lágrimas — Só não posso morrer essa semana — ela dá uma pequena gargalhada de nervoso.

Fique perto do Rafael, caso algo aconteça ele pode cuidar de você. Felipe não vai chegar perto com Rafael do lado. Ou venha me fazer companhia.

— Não, obrigada, ainda prefiro a companhia do Rafael — ela diz simples e Rafael dentro do closet tenta esconder um sorriso em meio a tanta raiva. Ele está com muita raiva agora, muita mesmo, mas não consegue odiá-la, por mais que queira isso.

Uma pena — Alisson diz rindo — Se eu o matasse o que você faria comigo? Ele roubou minha carga e eu estou morrendo de ódio.

— Encosta um dedo nele para ver se eu mesma não te mato, ainda faço uma visitinha pra sua amada. Lembra do nosso trato? — ela diz ainda caminhando em círculos lentos dentro do quarto, e agora paira ao lado da mesa onde sua Glock com silenciador está.

Isso é que é amor — Alisson debocha e Lola revira os olhos — Vê se toma cuidado, gostosa.

— Vai se fuder — ela diz rindo passando a mão na cabeça — E vê se acha aquele filho da puta. Eu vou meter uma bala na cabeça dele quando o ver, já deveria ter feito isso — ela diz sentindo sua ira voltar a percorrer suas veias, enquanto analisa minuciosamente a arma preta fosca em sua mão.

Okay. Toma cuidado — e Lola desliga e urrando lança seu celular contra uma parede.

Ela grita levando as duas mãos a cabeça sem se importar com a dor forte em seu ombro machucado. Surta batendo a mão fechada na mesa e jogando para o chão algumas de suas coisas que estavam sobre ela. Lola respira fundo se afastando passando as duas mãos no rosto, juntando as duas frente a face em forma de prece.

— Está tudo bem — diz baixinho para si mesma enquanto respira fundo.

Lola imagina que isso foi a pior merda que poderia ter acontecido na semana. Felipe fugiu e agora está louco para vir atrás dela. Ela sabe que precisa ficar perto de pessoas que possam te defender, e bem, Rafael vai fazer isso caso algo aconteça. Precisa ficar com ele. Ela vai para o closet arrancando a blusa, dando aos dois uma visão bonita, mas Rafael cutuca Lucas e o mesmo para de olhar para sua mulher nua.

Lola pega outra roupa e a veste rapidamente. Retoca a maquiagem, passa perfume. Abre um cofre dentro do closet, bem ao lado de onde os dois estão e troca o carregador meio cheio da arma, por um totalmente cheio de balas, troca o silenciador por um menor e ela observa a arma em sua mão direita enquanto Rafael balança a cabeça negativamente observando a tudo. Esconde a arma no cós da calça atrás e cobrindo com a blusa, celular, cartão da porta e enfim sai do quarto.

Os dois ouvem a porta bater, mas esperam um pouco para saírem. Lola entra em seu carro e volta para a festa. Os dois saem do closet e Rafael ainda se encontra um pouco atordoado por saber que a mulher que ele ama está tramando algumas coisas e querendo matar alguém.

 

RAFAEL SALVIATTI POINT OF VIEW

Eu ainda estou meio tenso, um pouco nervoso por tudo que ouvi Lola dizer. Caralho, a forma rápida como ela descarregou e carregou aquela arma, como ela foi rápida em ajeitar o silenciador me assustou, por que me diz que ela já fez isso outras vezes. Ela está fazendo algo com alguém. Eles estavam mantendo alguém em cativeiro, mas fugiu, como ouvi Lola dizer. Mas quem? Quem é esses dois? Expliquei tudo isso a Lucas para que ele tente clarear meus pensamentos.

Quem você acha que eles estavam mantendo em cativeiro? É um homem, por que Lola se referiu como ‘ele’.

Felipe — solto olhando para fora.

Por que acha que é ele? — Lucas desvia os olhos da pista para me olhar.

Na festa do Joseph, Felipe chegou com Aline e todos nós sabemos que eles nunca se deram muito bem — respiro fundo clareando a cabeça — Quando Lola foi perseguida, aquele dia quando botamos fogo nos corpos e nos carros, em uma das carteiras eu achei um cartão do Montenegro, e um dos telefones tocou e do outro lado era a voz do Felipe perguntando se eles tinham pegado Lola — já sinto meu corpo tremer apenas enquanto as coisas, os fatos que tentei não pensar vêm de vez em minha cabeça.

Felipe, Aline e Pietra? O que eles querem?

E-eu não sei! Mas acho que uma das duas derrubou Lola daquela escada na festa da Fernanda e a fez perder o bebê... — Está vindo tudo muito rápido — Não... Calma...

Mas a Pietra ficou com você no palco e depois que desceram ela ficou por ali, e depois a Gutierre disse que Jack passou com Lola nos braços. Pietra estava conosco.

Ah meu Deus! — digo alto por enfim entender e conseguir juntar as ultimas peças — Felipe sempre foi louco por ela e Aline sempre a odiou e sempre foi louca por mim. Aline derrubou Lola da escada por que estava com ciúmes!

Minha cabeça começa a latejar apenas por estar pensando e a forçando tanto a juntar essas peças horríveis. Por que não percebi tudo isso antes? Eu preciso colocar as coisas em ordem, por mais que seja horrível, eu preciso admitir algumas que ficaram entaladas na minha garganta. Eu decifrei Lola, decifrei desde o início, mas não tive coragem de aceitar, de pensar, de dizer!

Eu sei o que aconteceu com ela.

Hoje Mike me ligou logo cedo perguntando se eu tinha feito algo a Lola por que ele achou muito sangue no quarto dela no apartamento da família, onde ela pediu que eu fosse e eu acabei não indo por causa da Pietra. Foi depois daquela noite que ela começou a ficar estranha.

— Não cara... Ele... N-não faria isso — Lucas diz com a voz entrecortada, tão confuso quanto eu.

Ela ficou distante, não me deixava tocá-la. Lola tinha acabado de perder o bebê, ela não podia ter relações sexuais, por isso todo aquele sangue. Mike encontrou uma seringa no quarto, mas eu não sei o que tinha dentro — passo as duas mãos trêmulas no rosto, elas tremem muito enquanto meu estomago está embrulhado — Eu estou passando mal, para o carro — digo fraco e após sair do carro meu almoço inteiro jorra para fora de mim assim que chego ao jardim da pista, deixando-me ainda mais fraco.

Tento me recompor respirando fundo e Lucas me entrega uma garrafa com água que sempre tenho dentro do carro. Após parar um pouco do transito volto para dentro e seguimos para casa.

Lola foi estuprada e a culpa é minha — digo baixo com a cabeça encostada no encosto e assim que termino de dizer choro, simplesmente. — Ah meu Deus, eu não aguento isso — digo abafado com as duas mãos no rosto e choro soluçando muito sem me importar com Lucas ao meu lado, que continua em silêncio.

Lola não merecia isso. Eu não sei o que estou sentindo. Eu quero me matar, eu quero morrer por isso ter sido culpa minha. Se eu tivesse ido aquela noite isso jamais teria acontecido, ela estaria bem hoje, estaria feliz, assim como vinha sendo nossa semana.

Ela estava mantendo Felipe preso, estava o torturando por causa disso, era isso! — digo e respiro fundo tentando me controlar — Ele era meu melhor amigo, como ele pode fazer isso com a mulher que eu amo? — eu não aguento e torno a chorar. Urro de ódio batendo a mão no painel, logo chutando a parte de baixo sem me importar se quebrarei algo da minha Mercedes — Eu vou matá-lo! — grito urrando de ódio passando as duas mãos na cabeça — Eu vou matar a Aline por ter tirado minha filha de mim. Eu vou matar todo mundo!

Estou um caos.

— Ei, calma! Ela ta carregando um filho teu! — Lucas diz nervoso.

— Você entendeu a gravidade da situação?! — o olho nervoso — Ela matou minha filha por ciúmes! Lola ficou uma semana na UTI por causa dos ferimentos!

— Ta, Rafael, mas mesmo assim, ela está esperando um filho seu! Não pode simplesmente... Apagar a mina! — ele diz bravo comigo e eu respiro fundo.

— Eu só quero encontrar minha pequena e ficar com ela — digo passando a mão no rosto.

Fiquei vegetando até chegarmos ao casarão de novo tentando esquecer tudo isso que conclui. Saí do carro e entrei. A casa já está bem mais cheia que mais cedo, mas vou passando pelas pessoas sem darem atenção a elas. Olho em volta procurando por Lola, mas não a encontro. Lucas avista Valentina e ela diz que Lola está na cozinha. Vou para lá e logo a vejo, sentada quietinha numa banqueta um pouco escondida num cantinho.

— Hey — digo a olhando e ela levanta os olhos tristes para mim. Agora eu entendo toda essa dor que os olhos dela transmitem, sei por que o brilho deles sumiu.

— Você demorou — ela diz.

— Podemos conversar? — digo e ela assente, logo pegando minha mão já estendida para ela.

Caminho em direção aos corredores dos quartos e adentramos em um deles, logo fecho a porta.

— O que quer falar comigo? — ela pergunta um pouco aflita e eu a olho triste, lembrando de tudo que conclui, e imaginando tudo que ela passou.

— Me desculpa — digo quase como um sussurro, com um nó na garganta a olhando já com a visão turva — Eu sei o que aconteceu aquela noite que eu não fui te ver, me perdoa Lola — digo com um pouco de desespero a olhando, que continua impassível, mas seus olhos se enchem d’água.

— Quem te contou? — pergunta de braços cruzados — Foi o Pedro?

— Descobri sozinho.

Digo e Lola olha para o lado respirando fundo, e ela faz isso algumas vezes seguidas, abre os lábios querendo dizer algo, mas cala-se, respira fundo novamente e isso está me matando.

— Você não imagina o quanto eu pedi — ela diz baixo, mas firme — O quanto eu clamei para que você chegasse logo e me livrasse daquilo — percebo uma ira em seu tom, mesmo que baixo.

— Lola, eu...

Ela ergue os olhos marejados cheios de ódio para mim. Então eu percebo que ela era uma bomba prestes a explodir, uma granada, e aí eu puxei o pino que a libertaria.

Cala. A boca. — ela diz me interrompendo me apontando o dedo me olhando séria, com os olhos inundados por lágrimas — Enquanto eu estava lá morrendo dentro de mim mesma cada vez mais, você estava na cama dela — ela diz e eu fecho os olhos baixando a cabeça sentindo as lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto — Dando prazer para aquela maldita — ela aponta para o lado e leva a mão á cabeça enquanto solta um soluço — Você não sabe o que eu passei naquela droga de noite por sua culpa! — diz alto batendo em meu peito, e eu apenas deixo.

Lola chora alto, soluçando com as duas mãos no rosto e curva-se para frente. Dói vê-la desse jeito, e não aguento conter as lágrimas silenciosas que continuam a sair sem controle.

— Por favor, Lola, me perdoa, eu sei que eu errei, mas tenta me entender...

— Entender o que? — ela imediatamente para de chorar, me interrompe e me olha nervosa — Que você estava lá se satisfazendo enquanto a mulher que você supostamente ama estava sendo abusado pelo seu melhor amigo?!

— Não duvide do que eu sinto por você, Lola. — pego seu braço, mas ela o livra da minha mão, fazendo-me buscá-lo novamente e trazendo-a para meu peito a apertando em meus braços, tentando fazê-la parar de se debater — Eu te amo, Lola — digo e ela continua chorando se debatendo nos meus braços, que a seguram firme — Eu te amo como eu nunca amei nenhuma outra mulher, acredita em mim! — ela acerta socos em meu peito que doem, mas é suportável, enquanto grita com o rosto enterrado nele.

— Eu não acredito em você — ouço-a dizer em meio aos suspiros — Enquanto eu sofro você fica se divertindo com ela. É com ela que você dorme, é ela que te satisfaz — balanço a cabeça negativamente. Isso não é verdade.

— Me perdoa — digo baixinho alisando seu cabelo presa ao meu peito, logo sentindo-a balançando a cabeça negativamente.

— Não, não vou te perdoar — ela diz e suspira um pouco mais calma, já que parou de se mexer, mas eu não tirei meus braços de seu redor.

— O que eu preciso fazer para que você me perdoe? — pergunto e ela levanta os olhos para me olhar.

— Me esqueça — ela diz e eu sinto uma dor no peito — Do seu lado eu tive mais perdas do que ganhos. Não vale a pena me doar tanto e receber nada em troca. Só me machuquei com você do meu lado. Me esqueça, Rafael — murchei um pouco mais a cada palavra que ela dizia, e agora meus braços se soltam dela e caem sem vida ao lado do meu corpo. Doeu ouvir isso.

— Você sabe que eu não consigo.

— Tente — ela diz firme — Depois que eu terminar o que comecei vou seguir com minha vida... Se der — ela dá de ombros.

— Você não é uma assassina, Lola — balanço a cabeça a olhando — Você é uma pessoa boa, pura, não uma assassina!

Eu não sou mais aquela Lola que você conheceu! Não sou! E se você não se lembra, eu já matei alguém antes — ela diz alto, nervosa me olhando — Olha o que eu me tornei — ela aponta para si mesma chorando — Eu antes não conseguia nem matar uma mosca por dó, e hoje eu sentia prazer torturando um homem vendo-o clamar para que eu parasse, observando o sangue escorrendo pelo corpo dele — ela diz calma, mas firme, os olhos sem brilho algum, muito pelo contrário, uma sombra que apenas vi presente nos olhos de alguns psicopatas que tive o desprazer de conhecer.

Ela realmente não é a Lola que eu conheci, mas isso que ela é hoje é conseqüência do ódio que se instalou no coração despedaçado do Felipe. Ele nunca superou o fato de que Lola e eu nos aproximamos, nos gostamos e nos apaixonamos perdidamente um pelo outro. Um ódio de mim, dela, sabe lá Deus o que o levou a cometer tal ridículo ato com Lola. Já matei muito estuprador lá na favela, e por mais que queira colocar Felipe nessa lista, eu não sei se teria coragem. Por um lado ele machucou da pior forma a mulher que eu perdidamente amo, mas por outro é o cara que cresceu comigo, aprendemos tudo juntos, somos quase irmãos. É uma faca de dois gumes.

 — Eu continuo te amando do mesmo jeito, nada mudou — pego seu rosto em minhas mãos — Você ainda é a minha menininha e eu não quero que você se perca.

— Para de dizer essas coisas — ela diz segurando meu braço que ainda segura seu rosto.

— Para de se fazer de durona — aliso sua bochecha com o polegar — Eu estou aqui com você agora, ninguém vai te fazer mal algum — digo baixinho o roço o nariz no topo de sua testa, sentindo o cheiro gostoso de seus cabelos — Me deixa te ajudar, me deixa cuidar de você. Nós vamos superar isso, amor. Juntos! — digo a olhando nos olhos.

— Eu não vou conseguir — ela chora soltando um soluço desesperado, se rendendo a mim.

— Vai sim! — digo firme a olhando — Você é uma mulher forte! Eu sei que agora parece o fim do mundo, mas isso vai passar. Você tem muitas pessoas do seu lado para te dar força, muitas pessoas que se importam com você e que não deixarão você se destruir por isso — ela ainda continua chorando — Olhe para mim, amor — peço e ela respira fundo levantando o rosto. Limpo suas lágrimas e ela suspira entre soluços enquanto me olha — Isso vai passar, eu prometo — aliso seu queixo — Mas matar o Felipe só vai tornar isso mais difícil — ela aperta os olhos e eu continuo rapidamente — Eu não estou o defendendo, nunca, jamais! — ela desfaz a cara de mau — Eu pretendo não o vê-lo, por que só Deus sabe o que eu sou capaz de fazer com ele por ter feito isso com você — digo sentindo a ira voltar a tomar conta do meu corpo, mas ela se esvai aos poucos quando os braços finos me enlaçam o pescoço e sua respiração nele me faz arrepiar. Respiro fundo me acalmando.

— Obrigada — ela diz e eu aliso seu cabelo aspirando o cheiro deles — Eu deveria ter te contato antes, mas e-eu, sei lá — ela diz com um pouco de desespero e eu afago sua nuca a apertando ainda mais em meus braços tentando acalmá-la — Eu estava com vergonha — ela diz baixinho.

— Eu estou aqui agora, okay, vai ficar tudo bem — digo baixinho e Lola vai parando aos poucos de chorar, se acalmando.

Ficamos um bom tempo ali apenas abraçado, e nossa, como senti saudades disso. Lola sempre fez muita falta pra mim, mesmo ela estando do meu lado, sei lá, acho que me tornei um dependente dela, do seu carinho, da sua atenção. Eu nem me importo mais em ir para a festa, será ótimo se eu apenas ficar aqui com ela, sentindo o calor do seu corpo, seus dedos brincando com meu cabelo e sua respiração no meu pescoço.

— Ei, vocês não vão aproveitar a festa? — saímos da nossa bolha quando Fernanda abre a porta e diz — Mamãe está procurando por você, ela está brava.

— Já vou — respondo e ela torna a fechar a porta.

— Vamos? — digo olhando Lola a minha frente, que sorri passando as mãos no rosto.

— Vamos, eu só preciso dar um trato nesse rosto inchado — nós rimos — Mas pode ir na frente, sua mãe está te procurando.

— Okay, então não demore muito — digo e lhe dou um beijo na testa.

Sai do quarto e deixei a porta aberta, logo indo para os fundos.

 

LOLA THOMPSON POINT OF VIEW

Foi bom Rafael ter descoberto tudo. Eu sei que deveria ter contado, mas simplesmente não consegui, não é algo tão fácil de se dizer como um boa noite. Preciso dizer a ele muitas outras coisas ainda, mas sobre Alisson, não sei se ele irá reagir bem, então, preciso pegá-lo num dia bom, que não é hoje e não faço ideia de quando vai ser.

Jogo minha bolsa sobre o balcão e logo tiro minha nécessaire de maquiagem. Retoco e ouço meu celular tocar dentro da bolsa. Alisson.

— O que foi? — digo quando atendo.

Preciso te atualizar sobre algumas coisas — ele diz e eu continuo retocando meu batom me olhando no espelho, coisa que não conseguia fazer antes — Mandei uns caras irem atrás do Felipe e um deles o viu entrar numa casa próxima do parque, fachada amarela — fecho o batom e o guardo — Ele disse que está rolando uma festa.

Casa amarela? Festa?

É aí que minha cabeça funciona, cada pedacinho do meu cérebro entra em ação e principalmente alerta, enviando ondas de medo para todo pedaço e poro do meu corpo. Essa casa é próxima do parque, sua fachada é amarela e está rolando uma festa.

Ele está aqui, ele veio atrás de mim — levo minha mão até a arma nas minhas costas, a engatilho e vou caminhando lentamente até a porta com ela imposta — Liga pro Rafael, Alisson, por favor. O quarto é longe dos fundos da casa, se eu gritar ninguém vai me ouvir.

Minhas pernas já estão a ponto de me jogarem no chão.

Okay, já estou procurando o contato dele — ele diz.

Apoio o celular no ombro, abro a porta do banheiro com a mão esquerda e a direita continua segurando a arma apontada, pronta para atirar se for necessário. Meu corpo trava, por pouco não entra em colapso quando meus olhos se encontram com o homem sentado na cama, completamente descansado.

— Ele está bem na minha frente, Alisson, liga pro Rafael logo — sussurro e vejo Felipe se levantar da cama dando um passo à frente enquanto os olhos continuam em mim. Dou um para trás.

— Se você vier, eu vou atirar — digo o olhando ajeitando o dedo no gatilho, fazendo o máximo para tentar fazer passar a tremedeira nas mãos.

Entro numa batalha comigo mesma. Devo mesmo confiar que Alisson, o homem que um dia me sequestrou e jurou me matar, que é inimigo do homem que eu amo, iria me ajudar? Devo puxar o gatilho, cometer um homicídio e viver com isso pro resto da vida?

Ah, vamos Lola — ele diz meio debochado sorrindo feito um psicopata — Eu só vim me divertir amor, da mesma forma como se divertiu naquele galpão comigo.

 

"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."


Notas Finais


MEEEEEEEEEEEEEEEEEEOOOOOOOOOOOO GZUIS NÃO TO SABENDO LIDAR COM ISSSSSSO
Bom, agora, daqui pra frente o negócio esquenta muito e no próximo vai ter teste cardíaco, assim como nos outros também dhuhuaushaushas tá chegando na melhor parte, no ápice da temporada e eu to loca da vida! precisava postar isso hoje.

PELO AMOR DE TODOS OS DEUSES, ME DIGAM O QUE TÃO ACHANDO DISSO TUDO! PQ EU TO MORRENDO AQUI, NÃO É POSSÍVEL QUE ESTEJAM PLENAS COM TUDO ISSSSSO KSOAKSOASKASKASKA
ai mano, preciso me acalmar e ir fazer meus trabalhos hahahaha

amo vocês gente, sério, muito obrigada por tudo <3
Tudo isso é pra vocês!
UM BEIJÃAAAAAAAAAAO


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