História Criminal Love - Right at You

“Somos lentos para nos declarar, somos apressados para brigar, somos relutantes na reconciliação"

 

Fabrício Carpinejar

 

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Se quando eu acordei tinha a sensação de que o dia não era para mim quando cheguei ao trabalho só tive a certeza, além do fato de eu estar com uma tremenda dor de cabeça o meu dia começou com reunião. Reunião na qual eu fui severamente cobrado por não ter escolhido os parceiros que me ajudariam no encalço da Akatsuki e convenhamos ouvi sermão de uma pessoa já é chato, mas de duas ao mesmo tempo é pra cair o cu da bunda.

E para piorar tive que escolher os parceiros em cima da hora dentre as opções que eles me ofereceram as únicas pessoas que se salvava era Kisame e Sakura eu não sei por que a Sakura estava na lista, mas também não me importa se eu não leva-la fico só com o Kisame e infelizmente por hora apenas ele não basta, no entanto eu precisava seguir padrões de segurança afinal esse era um caso complicado então eu precisava no mínimo de três pessoas comigo bem como foi combinado com Kakashi há dias atrás.

Rolei os olhos pela lista de nomes e nenhum deles era bom o suficiente só iria me atrapalhar eu teria que explicar o que estava acontecendo no caso desde o início desde o tempo do guaraná com rolha e eu realmente não estou com saco pra isso, por fim parei meus olhos em um nome conhecido “Uchiha Sasuke”.

Sim meu querido irmãozinho mais novo, não tão querido assim já que nosso relacionamento não é dentre os melhores, mas claro que eu preciso agir profissionalmente e deixar nossas desavenças pra trás afinal águas passadas não movem moinhos, no entanto Sasuke sempre foi meio imaturo e isso pode me atrapalhar, mas de qualquer modo dentre todos os nomes ele é o mais apto para o trabalho já que sabe muito bem o que está acontecendo pelo menos teoricamente.

Com a reunião finalizada pude finalmente me retirar à reunião acabou por pegar toda a minha manhã e quando saí da sala já estava na hora do almoço no caminho para a minha acabei trombando com Konan como um dejavú do apartamento dela, no entanto havia algo de diferente nela e quando me dei conta do que era eu não consegui não ficar surpreso com o que estava na minha frente.

Konan por sua vez tentou mais uma vez sair pela tangente, mas desta vez não ela pode me ignorar e ser grosseira comigo o quanto quiser não me importo, mas isso? Isso eu realmente não vou aceitar numa boa então pedi que me acompanhasse até a minha sala iria tirar aquela história a limpo, no entanto mais uma vez ela saiu pela tangente não me dizendo nada e eu com muita reluta aceitei e a dispensei pelo resto do dia para evitar questionamentos chatos para mim e para ela.

Pouco tempo depois que ela saiu Kisame aparece a minha porta me chamando para o almoço como de praste e então seguimos para o restaurante e é claro que ele estava curioso quando o que estava acontecendo a Konan já que os burburinho era grande.

 

— A Konan está com algum problema de vista? — ele me questiona curioso.

— Não — respondo impassível.

— Porque ela está trabalhando de óculos escuros, então? — ele me questiona fitando-me.

— Ahm — murmuro pensativo, conto a verdade ou não? Bom em todo o caso nunca houve segredos entre mim e ele então decido por contar — Ela se envolveu com algum filha da puta ai que acabou batendo nela — digo respirando fundo tentando conter a irritação.

— O que? — bradou Kisame exasperado — Quem? Quando?

— Eu não sei — suspiro frustrado — Ela não quis me contar disse que já havia resolvido e que isso não irá se repetir.

— Avá e você não vai se garantir de que isso realmente não se repita? — ele me questiona arqueando uma sobrancelha.

— Eu bem que tentei, mas ela não quis me contar quem foi o filho da puta que bateu nela, então eu estou de mãos atadas, amigo — digo me sentindo inútil.

— Mas... — ele começa, porém o interrompo.

— Mas o que? — digo irritado — Você queria que eu fizesse o que? A obrigasse a falar? Ela tá toda estranha comigo — digo revirando os olhos.

— Ah, isso ainda? — ele questiona sorrindo e olhando para frente.

— Qual a graça? — digo o fitando.

— Você sabe que isso é tudo sua culpa né? — ele diz voltando a me olhar.

— Minha? — digo indignado.

— Sim — ele confirma — Totalmente sua.

— Ãh? Porque minha?

— Se você tivesse ficado com ela, ela não teria se envolvido com esse cara e consequentemente não estaria com o rosto machucado poderia apresentar algumas outras marcas, mas nenhuma como aquela que tem agora — ele diz sorrindo maliciosamente.

— Tsc... — suspiro.

— E não se atreva a negar sabe que é verdade — ele diz abrindo a porta do restaurante — Porra achei que estava rolando um clima entre vocês que você ia ficar com ela lá na boate.

— Achou é? — digo entrando após ele.

— Só você não percebeu isso ainda seu idiota — ele diz revirando os olhos — Ela está parada na sua desde o início é só você pegar.

— Pegar? — murmuro — Na verdade — sorrio — nós, eu a beijei — confesso.

— O que? — ele quase gritou chamando a atenção mais do que necessário.

— Você ouviu — digo me sentando em uma das mesas do restaurante.

— Não entendi — ele diz confuso também se sentando.

— Não entendeu o que sardinha? — questiono revirando os olhos

— Me contaram que você foi embora acompanhado — ele diz sorrindo maliciosamente.

— E eu fui — digo dando de ombros.

— Você a beijou, mas não foi embora com ela? — ele diz arqueando uma sobrancelha.

— Não — respondo impassível

— Qual é o seu problema? — ele diz dando um tapa na minha testa — Como pode fazer isso com ela?

— Eu não pensei na hora — me defendo honestamente.

— Vá se foder Itachi, você realmente merece a grosseria que tem recebido por parte dela. Você a beija e vai embora com outra? Merece é umas porradas nessa sua cara seu safado — ele diz irritado.

— Eeeh, calma caralho — digo tentando acalmá-lo.

— Calma? Eu tô calmo, mas você é um tremendo filho da puta e isso que aconteceu com ela é sua culpa literalmente sua — ele diz apontando o dedo pra mim.

— Eu não podia leva-la para minha casa ela trabalha pra mim Kisame.

— E daí? — ele diz impassível.

— É antiético — digo suspirando.

— Ética de cu é rola para de inventar desculpas. Se você não quer ficar com a garota chega nela e fala não fica de mimimi.

— Nossa que você está com a palavra cú na boca hoje ein — provoco

— Vai tomar no cú Itachi, não muda de assunto — ele diz fazendo sinal para o garçom.

 

E por mais que aquele papo estivesse me chateando, por mais que as provocações do Kisame estivessem realmente me irritando eu tinha que admitir que de certo modo ele tinha razão, fizemos nossos pedidos e Kisame me deu mais alguns sermões pelo que eu havia feito e eu saí de lá me sentindo pior do que quando cheguei.

O resto do dia se seguiu naturalmente, avisei Kisame sobre a operação que faríamos e ele concordou, mandei uma mensagem a Sakura falando do mesmo e ouvi movimentação eufórica do lado de fora era finalmente fim do expediente sorri maroto a esse fato estava finalmente livre e amanhã seria minha folga arrumei minhas coisas satisfeito e segui para casa.

No caminho para casa involuntariamente me lembrei do beijo que eu e Konan demos na boate.

 

"Nos tocamos, eu sinto um arrepio
Nós pegamos, não chega a tanto
Mas é suficiente para me fazer perguntar o que há reservado para nós?"

 

Em meio a esses pensamentos sequer notei quando foi que cheguei em casa, por mais que eu tentasse me concentrar em outra coisa eu não conseguia o pensamento era repetitivo o que será que seria de nós agora? Seria esse jogo de gato e rato? Essas provocações? Essa troca de grosserias?

Ela estava tão diferente do que eu estava acostumado era como se eu não há conhecesse mais, como se ela não fosse a Konan, como se ela não fosse mais a minha Konan eu não conseguia entender o que estava acontecendo por mais que eu tentasse achar uma resposta eu não conseguia e em meio a esses questionamentos sem respostas acabei dormindo.

 

○ ○ ○

 

Se eu dormi em meio a questionamentos acordei com as respostas de alguma forma, acordei bem disposto, de bom humor e mais cedo do que o habitual fiz higiene matinal vesti uma bermuda preta, tênis também preto peguei minha carteira e sai de casa como de costume iria correr na praia começar a aproveitar a folga desde cedo.  

Passei na Starbucks tomei café e coloquei a cabeça em ordem eu poderia ter acordado com todas as respostas para os meus problemas, no entanto eu precisava colocá-las em ordem eu realmente não iria deixar as coisas como estavam eu queria a normalidade de antes, mesmo gostando um pouco desta Konan a outra me é bem melhor e eu iria deixar rolar chega de desculpas, chega de fugir não dá mais pra negar que eu também a quero pela primeira vez iria baixar as barreiras que eu mesmo criei mesmo sem saber se ela ainda me queria.

 

"Me prometa que se eu entrar nessa e me abrir
Isso não será um erro

Eu sou um foguete espacial e seu coração é a lua
E eu estou mirando em sua direção
Em sua direção
Em sua direção"

 

 

Space Bound — Eminem ( ♫ )

 

Cheguei à casa do Kisame e aquele Sashimi ainda estava dormindo bati na porta com força e ouvi um urro do lado de dentro provavelmente ele se assustou eu apenas ri com isso enquanto ele abria a porta ainda tropeçando de sono.

— Bom dia sereia adormecida — provoco sorrindo de canto.

— Porra Itachi é 08h00min da manhã de um dia de folga — ele resmunga coçando os olhos

— Ah, para de ser chorão Kisame — digo estendendo a ele o café que havia comprado.

— O que você quer? — ele se sentando no braço do sofá e pegando o café bebendo-o.

— Vim te buscar pode ir tirando essa sua barbatana do sofá e ir se lavar — digo encostando as costas na porta.

— Me buscar pra que? — ele diz bocejando.

— Nós vamos dar uma volta na praia.

Kisame parece ter algum tipo de botão liga e desliga em um momento ele está todo sonolento, falando devagar e do nada “Paah”  liga no 220 volts e quando dei por mim ele já estava me empurrando porta a fora do apartamento.

Nos alongamos e começamos a correr em ritmo sincronizado até a praia enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias até que por fim novamente o assunto chegou em meu “relacionamento” com Konan

 

— Então o garanhão como vai ser agora? — ele questiona fitando-me.

— Eu vou me retratar — digo sem olha-lo.

— Ah, agora sim é você — ele sorri — Vai se desculpar ou pretende fazer algo a mais?

— Eu não sei preciso pensar sobre isso ainda — digo suspirando.

— Pois então é melhor pensar rápido — disse Kisame parando e andando até um dos quiosques.

— Porque? — o questiono confuso e então tenho a minha resposta.

— Eeei Konan — ele grita e eu a procuro com os olhos

Droga tinha que ser justo agora? — penso enquanto me aproximo também.

— Kisame — ela diz sorrindo

— Ah, veio aproveitar a praia também é? — ele diz sentando-se na aareia ao lado dela.

— Ah, sim sou filha de Deus também né tenho que aproveitar a minha folga — ela sorri — Mas e você?

— Ah, eu vim correr com o Itachi — e sim somente agora que ela notou a minha presença.

— Itachi? — ela diz fitando-me e dando de ombros — Olá Uchiha.

E claro que o Kisame caiu na gargalhada com isso e eu suspirei frustrado as coisas seriam mais difíceis do que eu imaginava ela não estava me dando nenhuma brecha.

Me sentei do lado esquerdo dela e a conversa fluiu naturalmente por algum tempo, mas claro que ela não deixava de dar suas indiretas, diretas era mais que claro que era para mim até o Kisame que é um tapado notou imagina eu?

Respirei fundo algumas vezes eu não queria brigar muito pelo contrário queria acabar com esse clima pesado entre nós, mas ela cada vez mais erguia mais muralhas em volta de si.

 

— Bom eu acho que eu vou dar um mergulho — disse Kisame se levantando.

— Isso vai lá ativa o modo golfinho — digo rindo e ela ri também mesmo ela estando brava comigo.

— Vá se lascar — ele diz saindo correndo para a água.

 

Ficamos somente eu e Konan por ali estava calor o sol quente contra nossas peles e a pele dela brilhava enquanto o vento balançava seus cabelos e é claro que ela chamava atenção, Konan chama a atenção de qualquer jeito.

Era a minha chance de me acertar com ela estávamos sozinhos e então eu dei inicio a conversa o mais sutil que podia.

 

— Konan — a chamo sem olhá-la.

— Hmm — ela murmura também sem me olhar.

— O que está acontecendo? — questiono olhando o mar.

— Nada — ela diz dando de ombros

— Como assim nada? — a olho — Você mudou da água pro vinho comigo. Acha que eu não notei?

— Ah, você notou? — ela me olha e claro ela estava sendo irônica

— O que está acontecendo Konan você não é assim — digo suavemente.

— Não eu realmente não sou, não sou a boba que você imagina que eu sou — ela diz com uma expressão firme e se levantando.

— Eii — a chamo, mas ela nem me dá ouvidos e começa ir em direção ao mar.

 

"Tirou a roupa, entrou no mar
Pensei: Meu Deus
Que bom que fosse"

 

Zóio de Lula — Charlie Brown ( ♫ )

 

Eu pensei em ir atrás dela, mas alguém tem que ficar cuidando das coisas e claro que sobrou pra mim.

Apenas a acompanhei com os olhos e não gostei nenhum pouco quando vi homens se aproximando dela.

 

— Mas que droga — praguejo irritado.

— Pelo visto as coisas não deram certo — disse Kisame se sentando

— Tsc… — o olho — Da onde você veio que eu nem vi.

— Claro que você não viu você está secando a Konan, porque me veria chegar? — ele diz com um sorriso malicioso nos lábios.

— Aaaah, vai a merda vai — digo ainda irritado.

— Não deu certo né? — ele diz rindo

— Não, não deu ela me deixou aqui sozinho — bufo

— Igual você fez com ela né? — ele diz me olhando de canto.

— De que lado você está afinal? — digo me levantando retirando do bolso da bermuda os pertences e indo pra água.

 

Aquela conversa não tinha acabado ainda ela não vai fugir tão fácil assim.

Me aproximo levando uma das mãos na cintura dela “marcando o território”

 

— Você não vai fugir de mim — digo em tom alto para ela e aqueles urubus em volta dela ouvir mesmo.

— E quem disse que eu estou fugindo? — ela diz virando-se para mim.

— Nós estávamos tendo uma conversa e você me deixou lá sozinho.

— Aaaah — ela sorri se aproximando de mim, passando uma das mãos pelo meu peito — Agora você sabe qual é a sensação?

— Então é por isso? — a questiono.

— E se for? — ela diz começando a se retirar

— Konan…  — digo a segurando.

— Me larga Uchiha — ela disse com uma expressão firme tentando se soltar de mim.

— Não — digo me aproximando dela — Eu sei que você quer isso — sorrio.

— Você é muito conven… — a interrompo beijando-a.

 

De início o beijo se seguiu tão frio como um iceberg não tinha mais aquele calor de antes parece que ela estava distante, era como se eu não a conhecesse.

 

"Você sabe como ferrar comigo
Agindo como se não estivéssemos juntos

Distante, quando estamos nos beijando
Parece tão diferente
Querida, me diga como você ficou

Fria o bastante para arrepiar meus ossos
Parece que eu não te conheço mais
Não entendo o porquê de você estar tão fria comigo
A cada respiração sua
Eu percebo que tem algo acontecendo
Não entendo o porquê de você estar tão fria, sim"

 

Cold — Marrom5 ( ♫ )

 

No entanto, quanto eu já estava prestes a soltá-la ela me correspondeu envolvendo-me com os braços e eu a puxei para perto pressionando seu corpo contra o meu.

A beijei com intensidade, carinho e desejo era um misto de sensações eu já não podia mais negar ela me tinha e eu a queria. Queria beijá-la mais vezes muito mais vezes, era tão gostoso, era doce.

Para a minha total perdição o beijo dela era doce tão doce quanto mel.

O que mais posso dizer?

Amo doces

O beijo ia ganhando profundidade e intensidade gradativamente, mas eu já senti o ar começar a faltar então levei meus lábios para o pescoço dela. Era agora eu ia me retratar dizer que queria ficar com ela, mas ela foi mais ágil mais rápido do que eu

 

— Que droga Uchiha — ela diz me empurrando para longe — Eu não sou seu brinquedinho — ela diz saindo me deixando ali sozinho mais uma vez.

 

Respirei fundo e fiquei na água por mais algum tempo tentando me acalmar e entender porque ela estava agindo desta forma comigo eu queria acertar as coisas sem ser grosseiro, mas ela não me dava abertura.
Mas ela vale o sacrifício vou conseguir contornar essa situação então eu voltei para a areia ela e Kisame conversavam e riam.

 

— Eu vou pegar uma água de coco alguém quer? — ela diz se levantando.

— Não — disse Kisame

— Já que você está indo para lá eu aceito uma cerveja — digo fitando-a.

— Eu disse água de coco, se você quiser sua cerveja vá você mesmo buscá-la — ela diz firme.

 

"Meu Deus me dê um motivo
Pois eu pago tanto mico
Ela me ignora
Na esperança eu ainda fico
Eu tô fritando aqui
Vou entregar, não aguento mais
Mas se eu não falar hoje"

 

Zóio de Lula — Charlie Brown ( ♫ )

 

Kisame até que tentou se controlar, mas não conseguiu acabou rindo e eu suspirei me levantando.

 

— Não precisa de grosseria se você queria a minha companhia até lá basta falar — digo passando por ela e deixando minha mão esquerda correr pela sua cintura.

— Idiota — ela diz revirando os olhos e começando a caminhar.

 

Eu estava prestes a entregar os pontos não queria ser grosso.

Chegamos ao quiosque e fizemos nossos pedidos.

 

— Uma água de coco — ela pede sorrindo

— Uma cerveja e um Dunhill — eu peço seriamente, apoiando um dos braços no balcão do quiosque fitando-a.

— Isso vai acabar te matando sabia? — ela diz com os olhos no horizonte atrás de mim.

— Eu vou morrer de qualquer jeito — digo dando de ombros.

— Claro que sim, mas você não precisa acelerar as coisas — ela diz impassível.

— Como se você se importasse — digo dando de ombros.

— E quem disse que eu não me importo? — ela diz fitando-me.

— Ah me poupe — reviro os olhos encostando as costas no balcão — Você tem agido de forma grosseira comigo há alguns dias, sem eu ter te feito nada e vem com essa de se importar comigo?

— Como assim não ter feito nada? — ela esbravejou

— Eu não sei porque a indignação eu realmente não fiz nada — digo impassível.

— Exatamente você é desses mesmo…. Você não faz nada e quando faz não termina o que começa. Você é totalmente o oposto do que eu pensei que fosse.

 

Os nossos pedidos haviam chegado e ela já começava a sair, mas eu não ia deixá-la ir sem ouvir o que eu tinha a dizer, não desta vez ela conseguiu eu juro que tentei manter a calma, mas aquilo já estava me tirando do sério aquilo de longe era uma conversa.

 

"Você a quer quando ela não quer você

Eu não estava procurando, mas eu tropecei em você, deve ter sido o destino
Mas muito está em jogo, a que porra isso leva?
Vamos direto ao assunto"

 

 

— Me desculpa por ter deixado você esperando por mim aquela noite, eu sei eu agi como o pior dos homens você não merecia aquilo eu fui cruel e sem coração, mas você tem que entender que se nós continuássemos com aquilo você sabe muito bem aonde iamos parar. E mesmo eu te querendo muito, porque sim eu quero eu não podia fazer isso. Eu não quero você na minha cama por uma noite. Eu quero você na minha vida eu gosto de você eu me importo com você e eu não quero fazer com você como fiz com as outras. Só que naquela hora, naquela noite eu não estava preparado para isso, mas se esse é o preço que eu terei que pagar para que você continue na minha vida e não somente na minha cama ótimo então me odeie.

 

Nos olhamos por algum tempo ambos com as expressões fechadas e ela pegou a água de coco e o meu cigarro e saiu andando na frente.

Paguei a conta e suspirei fundo abrindo a cerveja e dando um gole longo começando a andar atrás dela.

 

— Me devolve — peço um pouco bruto.

— Não — ela responde de imediato.

— Eu não vou te incomodar mais me devolve o cigarro que eu vou embora — digo enquanto dou mais um gole na cerveja.

— Eu não vou te devolver essa porcaria — ela diz ainda de costas para mim passando em uma lixeira jogando o cigarro dentro.

— Porra — esbravejo — Qual é o seu problema?

— Cala a boca Uchiha é melhor pra você — ela diz ainda de costas para mim e aquilo estava começando a me irritar.

— Você… — eu não consigo terminar a frase.

 

Sinto uma pontada muito forte no peito e algo subir rapidamente pela minha garganta eu mal tive tempo de me pronunciar, mas sabia o que aquilo significava em um ato automático solto a latinha de cerveja que estava segurando ao chão colocando a mão sobre a boca e fechando os olhos aquela dor já era conhecida, mas nunca irei me acostumar com ela.

Logo o chão perto de mim estava em um misto de bebida e sangue e eu passo a mão pela boca na tentativa inútil de limpá-la já que a mão também estava suja de sangue eu só piorei as coisas.

 

— Itachi!! — exclamou Konan afastando meus cabelos para trás levantando meu rosto fazendo com que eu a olhasse.

 

Apenas fechei os olhos com a mão esquerda no peito tentando respirar os abrindo de vagar pouco tempo depois.

 

— Fala comigo Itachi — ela diz e havia de fato preocupação incomum em seus olhos e voz.

— Eu tô bem — digo com um pouco de dificuldade.

— Tá bem coisa nenhuma — bradou preocupada — O que aconteceu? O que é isso?

— Não é nada — digo tentando acalmá-la.

— Como assim não é nada? Você está tossindo sangue...— ela diz passando a mão pelo meu rosto e os dedos pelo meus lábios limpando o sangue.

— Eu vou ficar bem, mas eu preciso ir agora  — digo me desvencilhando dela e começando a andar para fora dali deixando um rastro de pingos de sangue que escorriam pela minha mão.

 

"Você deve ser uma feiticeira, porque você simplesmente
Fez o impossível
Ganhou minha confiança, não faça joguinhos será perigoso"

 

 

Space Bound — Eminem ( ♫ )
 

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• Escrita por: @CrowsUchiha