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História Criminal Love - Anjo


Escrita por: PipocaSinger e CrowsUchiha

Notas do Autor


Hello again!

Como avisei no capítulo anterior, esse capítulo também foi escrito por mim e por isso peço desculpas pela demora.

Não tenho muito o que dizer e não sei o que esperar da reação de vocês ao que escrevi, de qualquer forma, espero que gostem ^^

Perdoem-me por qualquer erro. ><

Boa leitura à todos!

Capítulo 17 - Anjo


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Anjo

“Estas alegrias violentas têm fins violentos, falecendo no triunfo, como fogo e pólvora que num beijo se consomem.”

-Romeu & Julieta

 

 

Como prometido, após um banho quente que me deixou mais relaxada e com os pensamentos mais organizados, desci até a garagem do prédio e após pegar minha moto dirigi-me até o esconderijo onde estava Pain, a chuva já estiava e não passava de algumas pequenas gotas frias que sequer me incomodavam.

A primeira pessoa com quem me encontrei, entretanto, foi Deidara. Para variar, ele estava com suas roupas habituais, que denunciavam seu total desleixo e falta de preocupação com sua aparência, não o culpava por isso. Apesar de não sermos amigos e frequentemente discutirmos sobre muitas coisas ele era, sem dúvida, um dos que mais trabalhava naquele lugar e certamente um dos soldados mais fiéis de Pain.

-Preciso de um favor. –Disse de imediato.

-É só pra isso que você vem até aqui, Konan. Diga-me qual é a novidade. –Sua voz era cheia de ironia ao mesmo tempo em que era repleta de tédio.

-Sabe quem está cuidando do arsenal? –Ignorei seu sarcasmo, mantendo-me calma. Não poderia brigar com ninguém agora, ou as coisas apenas se complicariam ainda mais para mim.

-Eu, por quê?

-Preciso de munição. –Saquei minha arma e mostrei a ele. –Acredito que a coisas possam se complicar daqui para frente e percebi que não tinha quase bala nenhuma.

-Precisa de uma pistola melhor também, ao que parece. –Ele disse tomando a arma e a analisando com desdém.   

-Não é a arma que faz o atirador, mas o atirador quem faz a arma. –Recito solenemente apenas para provoca-lo e me divirto enquanto o vejo revirar os olhos.

-Acordou com o pé direito hoje. –Concluiu.

-Talvez. –Dou de ombros. –Pode me conseguir a munição?

-Espere aqui alguns minutos que já volto com o que precisa.

-Não tenha pressa, estou indo falar com o chefe.

-Veio em um bom dia então.

-Por que diz isso? –Inqueri enquanto o acompanhava pelo corredor.

-Ele está de bom humor.

-Algum motivo especial?

-Hidan decidiu sair para “caçar” esta noite e como sabe, ele não costuma voltar sem resultados.

-Quem foi desta vez? –Perguntei por pura curiosidade.

Hidan era, decerto, a pessoa mais sanguinária que já conheci. Ao longo da minha vida relacionei-me com pessoas horrendas, monstros sem alma ou compaixão, mas ninguém se aproximava da insanidade que Hidan esbanjava. Portador de uma força descomunal e uma habilidade para matar sobrenatural, ele só não realiza trabalhos mais importantes porque sua discrição é nula. No mais, mesmo tendo o costume de brincar o tempo inteiro, até mesmo com suas vítimas, pode-se atribuir à ele uma série de atos hediondos.

-Ele pegou um dos homens de Itachi, devem encontrar o corpo em breve. Ou o que restou dele. –Deu de ombros sem saber o impacto daquelas palavras em mim.

Quando Itachi descobrisse que perdeu mais um policial pelas mãos de membros da Akatsuki com certeza iria querer atacar com mais força e eu não podia permitir isso ainda.

-Sabe o nome? –Tentei parecer indiferente.

Ele negou com um movimento contido de cabeça.

-Só me recordo que começava com algo tipo Ki... alguma coisa.

Kisame?

Não. Isso não.

Se Hidan tiver feito alguma coisa com aquele Tubarão eu mesma acabo com ele.

-Melhor eu ir logo antes que o humor dele volte ao normal. –Disfarço minha preocupação apressando o passo. –Busco a arma quando terminar.

Vou o mais rápido que posso até a sala de Pain e abro a porta sem me preocupar em bater. Ele conversava com Sasori e assim que entro ambos me encaram.

-Interrompo? –Pergunto firmemente.

-É claro que não, Anjo. –Odiava ser chamada assim. –Entre.

Sentei-me na cadeira disponível, em frente à mesa que ele usava e passei a ouvi-los enquanto terminavam uma conversa que, obviamente, não me envolvia.

-O encontro foi acertado para depois de amanhã, na madrugada. Os italianos querem algumas armas para demonstração antes de fecharem o negócio. –Sasori falava.

-Podemos providenciar algumas. –Pain respondeu despreocupado. –Certifique-se de que estejam todos prontos até lá.

-Sim, senhor. Posso me retirar?

Pain assentiu e assim que o viu cruzar a porta virou-se para mim.

-O bom filho a casa torna. –Comentou com um sorriso provocativo. –Me surpreende que tenha se lembrado do caminho.

-Não lembrei, pedi ajuda. –Dei de ombros sem me importar com suas provocações.

-Alguma novidade da missão?

-Nada demais, a polícia tem andado mais agitada ultimamente, mas Itachi não me dá muitas informações.

-E o que pretende fazer?

-Estou planejando meus próximos movimentos. Provavelmente vou investir em um roubo.

-Roubo?

-Sei onde ele mora, pretendo pegar o computador que ele usa. Não acho quase nada na delegacia, estou apostando no notebook agora.

-Espero que tenha mais sorte do que teve até aqui, estamos ficando sem tempo.

-Não precisa me dizer, eu provavelmente sou a mais pressionada por essa ampulheta. –Suspirei. –Soube que Hidan se divertiu essa noite.

-Ele estava inquieto.

-Controle seus cachorrinhos. Não quero que mecham com o pessoal de Itachi. –Disse firme.

-Deveria agradecê-lo por ter te livrado de um possível incômodo.

-Ou por acabar estimulando ainda mais o ódio de Itachi. Ele já nos persegue o suficiente, não o provoque mais.

-Um homem cego de ódio comete erros.

-Ele não é assim. Vai se esforçar mais para nos encontrar e vai dar um jeito de nos fazer pagar por isso. Controle Hidan. –Repeti mais uma vez.

-Tudo bem. –Cedeu revirando os olhos. –Mas o que está feito, está feito. Não posso trazer ninguém dos mortos.

-Mas pode evitar que mais corpos apareçam.

-Você está ficando mole, Konan. Não estou te reconhecendo.

-Não estou ficando “mole”. –Reviro os olhos. –Diferente do resto, eu penso antes de agir. Não saio matando ninguém sem planejar nada.

-Talvez deva parar de pensar tanto, está perdendo tempo.

-Estou garantindo que ninguém me descubra antes que minha missão acabe.

-Certo. Vou ver o que posso fazer.

-Quem foi que ele matou dessa vez?

-Ninguém muito importante, ao que parece. Kiishi.

-Acho que não conheço. –Menti.

Eu já o havia visto antes, na delegacia levando documentos de Kakashi para Itachi. Era um garoto novo, surpreendia-me o fato de já ser um policial com tão pouca idade.

-Há algo mais que queira discutir?

-Não.

-Ótimo, porque eu tenho algo a te dizer. –Sua voz era firme.

-Fique à vontade. –Endireitei-me na cadeira para fita-lo.

-Temos outros espiões infiltrados Anjo, e eles me dizem que você e Itachi parecem bem próximos. Se eu suspeitar que essa proximidade entre vocês tem mais a dizer do que a penas seu esforço para completar a missão, eu mesmo o mato na sua frente. Estamos entendidos?

Me levantei e coloquei as mãos sobre a mesa, me inclinando na direção em que ele estava.

-Não me interessa o que andam dizendo à você, eu tenho feito seu trabalho sujo há anos e nunca lhe dei motivos para desconfiar de mim. Você me ajudou e lhe sou grata por isso, mas minha dívida já está paga, então não pense que sou mais um cachorro seu, adestrado e disposto a seguir tudo o que você diz. Estou fazendo meu trabalho e não gosto de interferências, meta-se nele e não verei impedimentos para resolver meus problemas contigo.

-Konan... –A voz dele tinha um tom ameaçador quando se levantou.

Ergui-me novamente, retomando minha postura sem desviar meu olhar do dele.

-Algum problema com isso? –Provoquei enquanto ele dava a volta na mesa, vindo até mim.

-Tenho. –Sua mão me puxou bruscamente em direção ao seu corpo e com a outra me forçou a encará-lo, mantendo nossos rostos próximos. –Qualquer outra pessoa com tanta ousadia já estaria morta. –Sua voz era um sussurro rouco. –Mas por algum motivo é exatamente isso que me atrai em você.

“Senti sua falta.” –Murmurou aproximando nossos lábios.

Empurrei-o e me afastei.

-Não tente fazer isso de novo. Já terminamos com isso desde que vimos que não tínhamos um futuro juntos.

-Se continuar com isso então morrerá sozinha. Nenhuma outra pessoa, senão alguém como eu, poderia querer alguém como você. Pode me rejeitar o quanto quiser, mas no fundo sabe que somos iguais. Dois monstros se escondendo nas sombras para que não vejam nossos pecados.

-Pode ser que esteja certo, mas isso não muda minha decisão. Passar bem.

 

 

I wanna hide the truth

I want to shelter you

But with the beast inside

There's nowhere we can hide ♫

 

Quero esconder a verdade

Quero abrigar você

Mas com a fera dentro

Não há onde nos escondermos ♫

 

-Demons (Imagine Dragons)

 

 

 

 

 

Eu quase não havia dormido, não tinha como negar a força que as palavras e a ameaça de Pain recaíram sobre mim. De todos os lados eu era pressionada e, se não agisse rápido, perderia tudo pelo que estava lutando.

Durante o café da manhã me forcei a pensar nos meus próximos movimentos, nunca pensei que servir de “agente dupla” seria tão difícil. Pelo que soube, o encontro da Akatsuki com criminosos Italianos aconteceria amanhã, por volta das 03:00AM, o que significava que Itachi, mesmo hoje sendo tecnicamente sua folga, já estaria se preparando.

Eu não podia fazer nada ainda, senão esperar e, desesperada liguei pro Uchiha em busca do conforto que só poderia encontrar na sua voz.

-Te acordei? –Perguntei pouco depois que ele atendeu, com uma voz que parecia meio rouca.

-Não. –Ele respondeu divertido. –Estava prestes a te ligar.

-Mesmo? E o que ia me dizer?

-Que infelizmente vou ter um dia cheio hoje e que não poderei te ver, mas para compensar queria te fazer um convite.

-Então faça.

-Após o expediente de amanhã, com sorte terei mais tempo livre, quero te levar para jantar.

-Convite aceito. –Sorrio.

-Ótimo. –Consigo sentir que ele também sorria do outro lado da linha. –Por que ligou? –Sua voz tinha um tom curioso.

-Queria saber se estava bem. Fiquei com medo de ter dado outra crise.

-É sempre tão preocupada assim, anjo?

Anjo.

Na Akatsuki muitos dos membros me chamavam assim, mas eu sabia da ironia do apelido. Tudo por causa da sutileza com que eu conseguia me aproximar das pessoas, por conseguir fazê-las pensar que eu realmente era alguém sem más intensões. Acabou se tornando uma espécie de codinome, assim como o de Yahiko era Pain.

Na voz de Itachi, porém, a palavra vinha pura porque ele acreditava na pureza que eu não tinha e embora eu não me incomodasse com o apelido vindo dele, me magoava perceber que em breve, ele descobriria o quão grande era a mentira que eu havia me tornado.

-Konan? –O ouvi me chamar preocupado, despertando-me de meus pensamentos.

-Desculpe, acabei me distraindo.

-Você tem andado estranha ultimamente. Aconteceu alguma coisa? Sabe que pode confiar em mim, não sabe?

-Eu sei. –Murmurei. –Não é nada.

-Tem certeza?

-Tenho. –Respondo suavemente. –Vejo você amanhã então?

-Hai. –Respondeu animado.

-Até.

-Até.

Desliguei e passei a pensar no rumo em que as coisas entre mim e Itachi estavam tomando, nos problemas que tínhamos e na inevitável decepção que eu lhe causaria.

Certa vez li que corações são frágeis, despedaçando-se a cada nova decepção. Eu, em minha vasta experiência de corações despedaçados (porque já vi muitos), penso que são eles mais fortes que qualquer outra coisa. Afinal, é necessária força para se reconstruir sempre que se é partido. É necessária coragem para se arriscar nas infinitas incertezas das paixões recentes.

Creio ser necessário amor para deixar-se ser amado, tal qual é necessária compaixão aos corações que quebramos. Creio tanto, sendo cética a muito. Creio ainda mais naquilo em que não se há certeza, pois de nada sei ao certo e o certo é o que certamente decepciona.

 Itachi havia passado por muitas dessas situações, havia se decepcionado mais do que a maioria poderia se gabar, eu esperava, então, que ele tivesse força necessária para aguentar, mais uma vez, o furacão que estava por vir.

 

 

Damn, I should be so lucky

Even only 24 hours under your touch

You know I need you so much

I cannot wait to call you

And tell you that I landed somewhere ♫

 

Droga, eu deveria ser tão sortudo

Mesmo 24 horas depois do seu toque

Você sabe, eu preciso tanto de você!

Eu mal posso esperar para ligar para você

E contar-lhe que eu aterrissei em algum lugar ♫

-Plane (Jason Mraz)

 

 


Notas Finais


Então é isso!

Espero que tenham gostado ^^

Bjos e até mais!

Ps: Lembrando que o próximo então fica por conta da @CrowsUchiha


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