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História Criminal Love - Efeito Colateral


Escrita por: PipocaSinger e CrowsUchiha

Notas do Autor


Hello guys!
Como estão?
O meu último capítulo pedi a Patty para postar pra mim porque tava sem net mas aqui estou de novo!
Gente, esse capítulo... Não sei ashua
Enquanto tava escrevendo surgiu umas ideia aí meio que saiu completamente do que eu já tinha planejado para postar, mas aqui estamos e espero muito que gostem.
Tô adorando escrever essa fic com a Tsuhina-chan <3 então quero mesmo que vocês curtam essa história tanto quanto eu estou curtindo ><
Sem mais enrolação, vamos pro capítulo!
Boa leitura ><

Capítulo 5 - Efeito Colateral


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Efeito Colateral

"Deus sabe que somos todos atraídos pelo que é belo e quebrado"

-Instrumentos Mortais

~~//~~

 

 -Ele não vai voltar.

A voz firme me fez sair de meus devaneios. Tive que erguer completamente minha cabeça para encará-lo. Hoshigaki Kisame.

Eu sabia que mesmo que estivesse em pé estaria em uma desvantagem imensa de altura. Aquele homem era um monstro e inevitavelmente fiquei feliz por não ser ele o meu alvo, ou eu teria muitos problemas para matá-lo.

-Perdão?

-Itachi, ele não vai voltar. -Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

-Ele te avisou? -Perguntei curiosa.

-Não, mas eu o conheço bem.

-É a primeira pessoa que me fala isso.

Vi ele sorrir, um sorriso afiado, mas sem ameaças.

-Digamos que sou um dos únicos amigos de verdade que ele tem.

-Kisame, não é?

-Sou tão famoso assim?

-Um de seus colegas acabou me dizendo seu nome. Zabuza, se não me engano.

-Uau, ele não perde tempo mesmo.

-Me pareceu um pouco desesperado. -Comento e ele ri.

-Ele é. Agora não sei se fico grato por ele já ter falado sobre mim ou se fico com raiva por finamente ter vindo me apresentar e descobrir que você já sabe meu nome.

-Podemos fingir que eu não sei, se isso lhe deixa feliz. -Sorrio.

-Voltemos ao começo então.

“Muito prazer, Hoshigaki Kisame.”

Não consigo não rir quando ele toma minha mão e a beija desajeitadamente.

-O prazer é meu. -Digo ainda rindo. -A propósito, sou Konan.

-Konan, você está liberada para voltar para casa.

-Se Itachi voltar…

-O que não vai acontecer. -Ele me interrompe com um sorriso.

-Mas se acontecer…

-Eu digo à ele que não deveria ter deixado você esperando aqui por tanto tempo, cercada de homens que não veem uma mulher bonita assim há séculos.

-Suponho que você não seja um desses homens.

-Na verdade, sou o pior deles. -Ele pisca.

E ali eu descobri um ótimo jeito de conhecer melhor Uchiha Itachi.

-Acho que vou para casa então. -Digo sorrindo.

-Posso oferecer uma carona?

-Talvez um outro dia, vou aproveitar para resolver alguns problemas e vou ter que passar em outros lugares antes de chegar no meu apartamento… Mesmo assim, obrigada.

-Espero não ter assustado você. Não pareço desesperado como o Zabuza, pareço?

-Vai precisar de mais do que isso para me deixar minimamente assustada e não, você não parece. -Digo já pegando as minhas coisas.

-Acho que posso ficar feliz com isso. Você me parece ser bem confiante, gosto disso.

-Nos daremos muito bem então, porque autoconfiança é o que mais tenho.

-Se seu nível de confiança superar o de sua beleza então acredito que não vou poder assustá-la nunca.

-Não vou mentir, fico feliz por isso.

-E eu fico ainda mais animado para conhecer você.

-Terá a oportunidade. Com sua licença. -Me levanto. -Foi um prazer.

-O prazer foi meu.

Fui embora, direto para casa, pensando se seria ou não uma boa ideia investir em Kisame.

 

 

 

 

 

 Desde que saí da delegacia a chuva só piorou, não que eu achasse ruim, o tempo estava perfeito para mim e tudo o que eu queria era dormir, mas meus infindáveis pensamentos não me deixavam.

Embora eu provavelmente aprendesse muito sobre Itachi com Kisame, a ideia de me relacionar com ele não era nada atraente, isso porque toda vez que tentava me imaginar executando esse plano os olhos inexplicavelmente intensos do Uchiha invadiam minha mente e, sem saber por que diabos esses malditos pensamentos me vinham, eu passei a me perguntar como seria ser beijada e tocada por ele.

Eu não sou uma santa, longe disso, mas já faz muito tempo desde que senti tanta atração por alguém, afinal, Pain não é de se jogar fora e supre muito bem minhas necessidades físicas/sexuais.

Porque estou refletindo sobre isso, mesmo?

Eu preciso de um banho frio.

Ao sair do banho, ainda enrolada no meu roupão, me deparei com cinco ligações perdidas de Pain e por vários instantes me questionei a respeito do quão necessário seria o retorno. Talvez não fosse nada e eu poderia passar o resto do dia sem nenhuma de suas cobranças ou reclamações, o que seria muito bom. Mas quando se vive a vida que levamos, escondidos nas sombras e nos piores becos da cidade não se pode ignorar tantas ligações recebidas.

-Pois não? -Digo assim que ele me atende.

-Onde você estava? Eu te liguei quase dez vezes, Konan.

-Foram cinco, não exagere. -Reviro os olhos. Por que mesmo eu retornei?

-Onde você está?

-No meu apartamento.

-Porque não me atendeu?

-Porque eu estava tomando banho, tenho certeza de que sabe o que é isso.

-Qual é o seu problema? Porque está me respondendo assim?

-Por que eu estou cansada de você me ligando sempre para me fazer cobranças e me dar avisos. Eu sei bem qual é o meu papel, Pain. Sei o que tenho que fazer e exatamente como fazer. Eu estou nisso a tanto tempo quanto você, começamos juntos então não precisa agir como se eu precisasse de sua orientação a cada novo serviço. -Bufo.

-Desculpe, Konan. Mas você sabe que me preocupo.

-Você não age assim com os outros, só comigo. Faz parecer que não tenho capacidade de me virar sozinha, é humilhante. Sou tão boa nisso quanto Sasori ou Deidara, sabia?

-Você é ainda melhor.

-Então por que não enche o saco deles?

-Porque eu não me preocupo com eles metade do que me preocupo com você. Estamos juntos nisso há anos, não me culpe por querer me certificar de que não vai fazer nada que te coloque em risco.

-Pensasse nisso antes de me mandar para uma missão dentro de uma delegacia.

-Eu mandei você por que sabia que era a única que poderia fazer o serviço. Você pode, não é?

Penso em Itachi, nos olhos ônix tão profundos quanto a noite, nos sorrisos raros e confortantes, na sua postura e voz firmes.

-É claro que posso.

-Está ocupada?

-Não.

-Podemos nos encontrar? Faz tempo desde a última vez que não saímos tranquilamente.

Penso por alguns instantes.

Certo, Konan, era disso mesmo que você estava atrás, um motivo para não pensar nos possíveis maravilhosos músculos de Uchiha Itachi.

-Me encontre naquele bar que frequentávamos antes, com sorte ainda vai ser seguro para gente.

-Tudo bem. Te vejo lá em uma hora.

-Até.

Desligo e me jogo na cama em seguida.

Por que estou tão frustrada? Não é como se estivesse fazendo algo novo.

Vou até o guarda-roupas e pego uma calça jeans justa e uma blusa preta. Nada de chamar atenção. Calço uma bota e passo uma maquiagem suave.

Confiro se a arma está carregada e a coloco na calça. Nunca é demais se prevenir, não é?

Desço até a garagem e cumprimento meus prováveis vizinhos enquanto subo na moto. Como sempre, não faço a menor ideia de quem mora no mesmo prédio que eu. Vou até o bendito bar e assim que entro encontro com facilidade os cabelos alaranjados de Pain.

Ele se levanta e me cumprimenta com um beijo nada casto.

-Senti saudades.

-Percebi. -Respondo após recuperar o fôlego.

-Quer beber alguma coisa?

-O de sempre.

Ele assente e pela primeira vez em dias, talvez meses, temos uma conversa civilizada e razoavelmente agradável. Horas depois, já indo embora, ele segura meu braço antes que eu montasse na moto.

-Podemos ir para o meu apartamento, faz tempo que você não dorme lá.

-Eu tenho que acordar cedo amanhã…

-Prometo que não vou segurar você na cama. -Ele sorri.

-Tudo bem.

-Só não garanto que você vá querer sair de lá.

Ele sussurra ao meu ouvido antes de me beijar mais uma vez.

-Konan?

O susto me fez separar do beijo imediatamente e ao me virar vejo Zabuza confuso atrás de mim.

-Zabuza…

-O que você… -Vejo um brilho de reconhecimento invadir seus olhos quando ele finalmente repara no homem que eu estava beijando. -Oh meu Deus.

-O que está acontecendo aqui? -Pain me puxa violentamente fazendo-me encará-lo e logo percebo o que ele planeja. -Porque seu amiguinho ali tem um distintivo? Quem é você, afinal? -Sua voz embebida em fúria.

-Eu posso explicar… -Mal terminei e ele me lançou em cima de Zabuza antes de correr para um beco que eu sabia ser sem saída.

-O que você estava fazendo com ele?

-Eu o vi aqui e ele começou a me encarar… Achei que poderia conseguir alguma informação. Você tem uma arma aí? -Pergunta desesperada.

-Tenho.

-Então vamos logo atrás dele.

-Vou chamar reforço.

-Não temos tempo, ele vai fugir! -Digo já o puxando na direção em que Pain havia ido e após alguma resistência ele finalmente começou a correr.

Logo Zabuza estava na minha frente e quando entrou no beco completamente escuro o vi prestes a recuar.

-Onde ele foi? Não tem saída aqui.

-Não, não tem. -Digo logo atrás dele. -Desculpe-me por isso. -O derrubo de joelhos no chão. -Não vai doer nada. -Depois de algum tempo, quebrar o pescoço de alguém se torna fácil e com ele não foi diferente.

Assim que ouço o barulho do corpo de Zabuza cair no chão vejo Pain sair das sombras.

-Foi por pouco.

-E é por isso que não saímos como um casal normal. Nós não somos pessoas normais. -Sei que a raiva era visível na minha voz.

-Konan, está tudo bem agora. -Ele tenta me acalmar.

-Não, não está. Não era para ele morrer!-Brado. -Dê um jeito no corpo. -Digo após um suspiro e me viro indo embora.

 

 

 

 

 

Levantar cedo não foi nada fácil, passei a noite praticamente inteira acordada, pensando no que havia acontecido. Zabuza foi o primeiro efeito colateral da missão e se eu não tomasse cuidado haveria mais.

Precisei de um banho terrivelmente gelado e muita maquiagem para disfarçar os sinais evidentes de preocupação no meu rosto, mas assim que terminei estava pronta para mais um dia de trabalho e demonstração de eficiência.

Hoje decidi ir de moto até a delegacia, não tinha paciência para pegar o táxi e precisava mesmo sentir o vento gelado da manhã contra meu corpo.

Ajeitei meu cabelo levemente bagunçado pelo capacete e agradeci mentalmente minha capacidade de pilotar usando saltos, afinal, independente da roupa que você esteja usando, saltos sempre deixa tudo mais sexy e eu precisava causar uma boa impressão.

Quando entrei no prédio da delegacia não havia quase ninguém lá dentro e mesmo os guardas na porta pareciam sonolentos. Fui logo cumprir minhas obrigações e organizar os compromissos de Itachi, aparentemente ele teria menos reuniões hoje, até o momento, e eu já estava finalizando essa parte quando meu novo “amigo” chegou sorrindo e sentou-se sobre minha mesa.

-Bom dia.

-Bom dia. -Respondo também sorrindo.

-Chegou cedo.

-Você também.

-Bom, eu preciso estar aqui.

-Quem disse que eu não?

-Certo, você venceu. Itachi chegou? Preciso falar com ele.

-Ainda não.

-Estranho, uma hora dessa ele já estaria aqui.

-Ainda está cedo.

-Acha que isso faz diferença para ele? Itachi falta dormir dentro daquela sala.

-Ele é bem dedicado… Não é?

-Ele tem motivos para isso.

-Motivos...? -Incentivo-o a continuar.

-Coisa de família. -Ele dá de ombros. -Quer um café?

Porque não continuou?

-Claro. -Sorrio.

-Vou buscar.

Alguns minutos depois ele volta com duas super xícaras e torna a sentar na minha mesa.

-Então, o que o leva a procurar meu patrão uma hora dessas?

Vi a expressão sorridente dele vacilar e seu rosto ficar mais sombrio.

-Encontraram Zabuza morto essa madrugada.

-Mesmo?

Perguntei em tom surpreso e chocado, e eu realmente estava assim. Não esperava ter que lidar com isso tão rápido.

-Acredito que tenha sido a Akatsuki, se isso for realmente comprovado o caso vai para as mãos de Itachi. Ele com certeza vai querer dar uma olhada.

-Imagino que sim. Vocês eram amigos?

-Não muito. Trabalhamos juntos há anos, mas só fomos nos aproximar recentemente, quando ele se tornou meu parceiro em um de meus últimos casos. Ele era meio idiota. -Vejo um sorriso mínimo em seus lábios. -Mas era uma boa pessoa.

A partir daí ele começou a me contar algumas histórias dos dois, me forcei a rir em algumas que deveriam ter sido engraçadas mas que eu não encontrava graça por me sentir cada vez pior em cada uma delas.

Não importa quantas vezes eu faça isso, a sensação esmagadora de saber que acabei com a vida de alguém nunca fica mais fácil.

~~//~~

 

It's too late to apologize, it's too late

I said it's too late to apologize

It's too late ♫

 

É tarde demais para se desculpar, é tarde demais

Eu disse que é tarde demais para se desculpar

É tarde demais ♫

 

-Apologize (OneRepublic)

 


Notas Finais


E então? O que acharam? Comentem aí a linda e maravilhosa opinião de vocês que ajuda muito na hora de continuar >.<
Espero que tenham gostado do capítulo ^^
Muito obrigada a quem leu até aqui <3
Bjos da PipocaSinger (ou Helô, me chamem como quiserem ashua ) <3


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