História Criminal Love - Shot

P.O.V Jungkook

     Fiquei a madrugada inteira acordado com medo do que poderia acontecer. Continuava sentado no chão com os braços e pernas amarrados e dormentes pela pressão da corda. Quando eu estava em treinamento para ser policial, recebi informações de como escapar de situações como essa mas meu corpo mal estava aguentando continuar acordado. Meus olhos ardiam mas eu não era capaz de fecha-los. Por mais que esses loucos queiram a Sook, não sei o que eles podem fazer comigo... Pela pequena janela do quarto em que estava observei a leve luz alaranjada surgindo. O dia já estava amanhecendo. Por fim, não aguento mais, me encosto na parede  e caio no sono rapidamente.

      ~~~~Quebra de tempo~~~~

       -ACORDA! -Min Yoongi gritava dando chutes em minha barriga.

    Tento me levantar e minhas mãos falham, me fazendo cair no chão novamente. Estava com dores por todo o corpo e minha cabeça parecia querer explodir. Olho para Min Yoongi e o mesmo me lança um sorriso irônico.

         -O que você quer de mim? -Pergunto.

         -De você, nada. Mas infelizmente vou precisar da sua pequena ajuda.

         -E quem disse que vou te ajudar?

         -Você tem duas alternativas. Me ajudar a pegar a puta ou... Dar adeus a sua vida. Você é quem sabe, não me faltam pensamentos de como acabar com você.

          -Pode me matar se for para deixar a Sook em paz.

           -Que nojo...  Você não tem vergonha não?

            -De que? De amar alguém? Não, sou muito agradecido.

            -Ah, não aguento esse papinho não. Até semanas atrás era metido o durão e agora fica parecendo uma garota.

            -Você diz isso por que nunca amou e nunca foi amado. Também... Quem aguentaria um monstro como você?

            -Agora eu que sou o monstro... Sua namoradinha é bem pior do que eu.

            -Ninguém é pior do que você...

            -Desisto, vou direto ao assunto. Eu vou fazer uma ligação para a penitenciária e você vai falar que precisa da liberação da presidiária Min Sook.

            -Você acha que vai dar certo?

            -Cale a boca e me escute. Depois, quando ela estiver liberada, nós vamos até lá e a pegamos.

     Em toda a minha vida eu nunca escutei um plano mais ridículo do que esse mas... Se ele acha que vai dar certo, tudo bem. O melhor disso é que ele pensa que a Sook está na prisão e que não fugi com ela. Vejo Yoongi pegar o celular e discar o número. Eu com certeza iria aproveitar a burrice dele para pedir ajuda.

          -Se você pedir ajuda, eu acabo com você. -Ele disse.

     Não me importava o que ele fizesse comigo. O vejo tocando no ícone para iniciar a ligação e colocar no viva voz. Em poucos segundo uma voz conhecida por mim fala:

         -Segunda penitenciária da Coréia do Sul, assistente Park Jimin. Qual a emergência?

          -JIMIN, SOCORRO! SOU EU, JUNGKOOK! -Gritei.

          -FILHO DA PUTA! -Yoongi grita e lança uma arma da cintura.

      Escuto um alto barulho e logo uma escuridão toma conta dos meu olhos...

         P.O.V Jimin

    Hoje, eu estaria cuidando da sala do Namjoon. Por incrível que pareça, o dia estava calmo em relação as ligações. Fiquei o tempo todo apenas assinando alguns documentos e os carimbando. Cerca de vinte minutos depois, escuto o telefone tocar e o atendo.

          -Segunda penitenciária da Coréia do Sul, assistente Park Jimin. Qual a emergência?

          -JIMIN, SOCORRO! SOU EU, JUNGKOOK!

       Antes que eu pudesse responder, escutei alguém o xingando e logo em seguida um barulho extremamente alto que parecia ser um disparo. A ligação foi encerrada e entrei em desespero. Liguei o mais rápido que eu pude para Namjoon e Taehyung atendeu.

         -Alô?

         -Taehyung fala para o Namjoon voltar agora para a penitenciária!

          -Por que, Jimin?

          -Acabei de receber uma ligação do Jungkook, ele está em perigo. Venham rápido.

           -Okay já estamos voltando.

      Ele encerra a chamada e eu me levanto da cadeira andando por todos os lados. Resolvo correr até o estacionamento para espera-los. Me sento em um dos bancos e tento me acalmar até eles chegarem...

        P.O.V Namjoon

    Já estávamos todos acordados e devidamente arrumados para podermos sair em direção as concessionárias da cidade. Deixei Jimin no comando da minha sala para poder atender as ligações e encaminhar os policiais para resolver os problemas. Chamo Min Sook e Taehyung para o estacionamento,  entramos em um dos carros e saímos. Demoraríamos cerca de meia hora para chegarmos na concessionária mais próxima então nos apressamos... Min Sook não parava de se mexer em sinal de nervosismo. Enquanto dirigia pela estrada, o meu celular tocou e pedi para que Taehyung atendesse pois estava dirigindo.

       ~~~

          -Por que, Jimin? -Perguntou.

          -Okay já estamos voltando. -Ele disse nervoso encerrando a chamada.

        ~~~

          -Chefe, precisamos voltar agora! Jimin falou que recebeu uma ligação do Jungkook.

          -O QUE?

          -Ele disse que Jungkook está em perigo.

          -Como assim?! -Min Sook disse nervosa.

          -Se acalme Min Sook, vamos resolver tudo. -Eu disse tentando acalma-la.

       Ativei as sirenes do carro e o acelerei mais ainda até o primeiro retorno que eu encontrasse. Em 10 minutos já estávamos no portão da penitenciária. Vou rapidamente para os fundos e encontro Jimin sentado em um banco.

          -Chefe!

          -Me fala detalhadamente o que aconteceu.

           -Eu estava carimbando os papéis quando eu recebi a ligação.

            -Esquece, não temos tempo.

     Corremos para dentro da minha sala e me sentei em frente ao computador.

            -O que vai fazer chefe? -Taehyung perguntou.

            -Entrar no sistema da nossa linha de telefone. Todas as chamadas ficam gravadas caso ocorra algum problema.

      Consigo entrar na linha de telefone e diversos áudios apareceram. Cliquei no que indicava o horário da ligação e o ouvi. Realmente era a voz do Jungkook. O que nós não esperávamos era o disparo no final. Min Sook começou a chorar ao ouvir o áudio e pedi para Jimin leva-la para fora e tentar acalma-la. Taehyung sentou ao meu lado e começamos a pesquisar mais sobre a ligação. Precisaríamos da localização do aparelho, o que foi extremamente complicado. Enquanto entrávamos em abas, vírus eram detectados mas finalmente conseguimos encontrar a localização. Nenhum de nós conhecíamos o lugar. Chamamos todos de volta, mandei um câmbio para Seokjin e sua equipe e nos reunimos para conversar. Assim que todos estavam na minha sala devidamente equipados com suas armas, medicamentos e materiais, pude começar uma pequena reunião.

          -QUERO TODOS DANDO O MÁXIMO DE SI PARA ESSE CASO! TEMOS DOIS CRIMINOSOS QUE PRECISAM SER PEGOS E UM COLEGA DE TRABALHO EM RISCO! VAMOS!

        Tudo o que se conseguia ver naquele momento era a movimentação eufórica da equipe. Separamos cerca de sete carros e uma ambulância. Eu iria guia-los para o caminho, então fui na frente com Min Sook e Taehyung. Todos nós ativamos as sirenes para que quando passássemos pela cidade, as pessoas dessem espaço livre. Como Min Yoongi foi detido com uma das acusações sendo de compra e venda de armas para a Coréia do Norte, precisaríamos de armamentos de alto nível. Digitei no GPS o endereço e logo escutamos a voz robótica guiando nosso caminho.

         Eu dirigia na frente sem muitos obstáculos. O GPS estava nos levando para um lugar meio afastado porém não estranhei pois criminosos preferem lugares não movimentados para se esconderem. No meio do caminho encontramos um carro com as exatas características que lemos do dia anterior. Estacionei no meio da estrada de chão e pedi para que esperassem. Taehyung analisou por dentro do veículo e encontrou manchas notáveis de sangue do banco do motorista. Ele saiu e olhou no canto da estrada de chão e me chamou. Havia um corpo em começo de decomposição jogado entre o matagal. Pedi para que o pegassem para a perícia. Assim que entramos no carro seguimos novamente o caminho. Encontramos uma casa cerca de meio quilômetro depois com estrutura grande porém, com sinais de abandono.

          Cheguei arrombando a porta e pedindo para minha equipe checar todos os cômodos da residência. Estava vazia. Enquanto andava pela casa, encontro um cômodo nos fundos com a porta trancada. A chuto com força e tenho a visão do meu colega de trabalho jogado no chão ensanguentado e com as membros superiores e inferiores amarrados.

           -JUNGKOOK!