1. Spirit Fanfics >
  2. Criminal Love >
  3. Hurts

História Criminal Love - Hurts


Escrita por: Pequena_Cupcake

Notas do Autor


Olha quem voltou!!! Mil desculpas pela demora viu gente? Agora que as férias chegaram vou estar escrevendo muito mais ❤ Agora... Vamos para o capítulo ❤

Capítulo 4 - Hurts


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Hurts

       P.O.V Jungkook

    Chego na penitenciária e pego as chaves para ver a Min Sook. A partir de agora essa é minha rotina. Chegar, pegar as chaves, acompanha-la até a noite. Preciso verificar se ela se deu bem com o outro segurança. Caminho pelo corredor, cumprimento os seguranças e sigo para a cela. Abro a porta e vejo que a cabeceira da cama estava quebrada, Min Sook deitada no chão com uma grande mancha de sangue em sua blusa e um pedaço de ferro em mãos. Seu rosto estava mais pálido que o normal e sua respiração descompassada. Entro em desespero e mando uma mensagem de voz para Namjoon pelo aparelho que recebi ontem. Minutos depois, uma equipe de enfermeiros guiados por Jin apareceram no local e a levaram para seu consultório. Fiz uma chamada para Taehyung para que ele pudesse investigar o caso e recolher amostras. Pelo o que ele entendeu, ela quebrou um pedaço de ferro da cama e se cortou. Felizmente o ferro não estava enferrujado, o risco de contaminação por tétano será menor ou quase nenhuma. Não consigo entender como ela conseguiu quebrar um cano de ferro com as mãos...

      Sigo para o consultório e vejo Min Sook sendo cuidada. Sua barriga, braços e pernas estavam quase cobertos por arranhados. Mesmo inconsciente, ainda reagia aos remédios que eram aplicados nos ferimentos. Terminaram de cuidar dela e a deixaram deitada na maca. Minutos depois, a vejo acordar e se sentar com dificuldade olhando para os lados. Jin olhava atentamente para ela esperando alguma reação. Enquanto isso, eu estava apenas encostado na porta observando tudo.

     Min Sook se levanta com dificuldade ficando sentada na maca olhando ao seu redor e sussurra algo que não consigo decifrar. Logo depois, a escuto falar mais alto mas ainda não consigo entender o que é. Sua voz se tornou mais alta até se tornar gritos. Jin se levanta para acalma-la mas a mesma deposita um soco em seu rosto o fazendo cair. Corro em sua direção e a prendo com as algemas logo injetando um entorpecente de efeito médio. Como suas pernas estavam machucadas, a mesma caiu no chão com o impacto do meu corpo contra o dela. Pedi reforço pelo rádio para que levassem ela de volta para cela e logo já estavam a retirando do consultório. Não sabemos o que fazer certamente com ela mas que precisamos deixa-la o mais presa possível, isso é certo.

       Caminho de volta para a cela e na porta vejo Namjoon parado, provavelmente me esperando. Ele acena fazendo sinal para que eu o seguisse e assim fiz. Chegamos até o final do corredor e paramos.

        -Jungkook, novamente preciso da sua ajuda.

         -Como quiser.

        -Você vai ter que ficar aqui a noite também.

         -Como assim? -Perguntei confuso.

         -Min Sook se machucou enquanto estava com o guarda do turno da noite e consegui olhar pelas câmeras de segurança que ele havia ido embora, a deixando sozinha. Por algum motivo, ela não faz nada quando você está lá.

          -Você está dizendo que é para eu passar a noite inteira aqui hoje?

           -Sim. Até conseguirmos a autorização para ela entrar no manicômio. Isso demora por volta de três semanas à um mês.

            -Eu vou ter que dormir aqui por um mês?!

            -Sim, vou recompensar no seu salário mas é realmente necessário. Por favor, não podemos deixa-la sozinha e preciso de alguém de confiança.

     Que eu me lembre, nunca ouvi Namjoon me pedir alguma coisa com tanto desespero. Não podia rejeitar, mas dormir na prisão já é muito exagero.

         -Tudo bem, eu fico.

         -Muito obrigado.

      Não consigo dizer não para algo relacionado ao trabalho. Minha vida se resume a trabalhar então não tenho escolha. Mesmo que eu me sinta um idiota, é necessário. Converso mais um pouco com Namjoon e o mesmo fala que pagará o aluguel do meu apartamento durante o mês em que ficarei aqui. Ele me alerta de que será meu dever manter Min Sook calma e tentar ao máximo mante-la distraída. Recebo uma lista de coisas que provavelmente usarei e sou liberado para ir até a minha casa busca-las.
   
         Saio do corredor com pouca iluminação e sigo para o estacionamento. Dou partida do carro e o tiro da vaga para ir até o grande portão da penitenciária. Ligo o rádio em uma estação qualquer para me distrair e continuo acelerando o carro pela estrada. Em cerca de 25 minutos chego, paro em frente ao prédio em que eu moro e desço rapidamente trancando o carro pela chave. Entro no elevador tocando no botão equivalente ao meu andar e espero. As portas se abrem revelando o grande corredor. Ando até meu apartamento e pego as chaves do meu bolso logo o abrindo. Pego uma bolsa de viagem e começo a colocar tudo que será preciso. Termino tudo em menos de 30 minutos então vou até a cozinha para almoçar. Preparo qualquer coisa já que não tenho muito jeito para cozinha, escovo os dentes e saio novamente de casa deixando todas as luzes apagadas e alguns potes de anti-mofo espalhados pela sala e pelo restante dos cômodos. Tranco a porta e desço até o térreo.

      ~~~~Quebra de tempo~~~~

      Chegando de volta à penitenciária, Namjoon me informa que Min Sook foi transferida para uma cela fechada e maior com duas camas. Uma delas, para mim. Perguntei se não seria perigoso eu dormir com uma psicopata no mesmo quarto e ele disse que todas as noites, a equipe de enfermeiros irá até a cela para aplicar um calmante forte para que ela não acorde no meio da noite. Me senti levemente mais aliviado mas mesmo assim, continuava tenso com a situação. Eram por volta de 14:00 então todos já haviam recebido almoço e Min Sook se encontrava em sua cela "me esperando". Precisava ir logo para que não acontecesse outro acidente. Mesmo que eu ache um pouco difícil considerando o fato de que ela está machucada.

      Namjoon diz que quando ela adormecesse, que seria para eu ir conversar com ele sobre o comportamento dela. Recebi o número da cela e segui em direção à mesma. Paro em frente a porta respirando fundo e digito o código de segurança da fechadura. Abro lentamente e vejo Min Sook sentada na cama com a bandeja do almoço ainda intacta sobre suas pernas cobertas pelo lençol branco. Me aproximo da cama ao lado e deixo as minhas coisas. Logo me sento e começo a observa-la.

        -Quem é você? - Pergunta mantendo seus olhos fixos a sua bandeja.

        -Vim te fazer companhia durante um mês. -Respondo.

         -Por que eu estou aqui? -Ela se virou e me olhou com um olhar de tristeza e voz calma.

        -Você não sabe?

        -Não consigo me lembrar.

        -Me fale tudo do que você se lembra. -Indaguei já um pouco preocupado pela ausência de memória.

         -Eu estava brincando no quintal com os meus bichinhos e meu irmão mais velho me chamou...

          -Continue...

          -O estranho é que eu nunca conversei com meu irmão. Meus pais sempre preferiam ele e eu ficava sozinha no quintal. Ele nunca me chamou para conversar mas naquele dia... Ele me pediu para entrar em casa por que meu pai queria falar comigo.

         -E o que aconteceu depois?

         -Minha mãe saiu com meu irmão e me deixou sozinha com ele. Então ele me deu um doce e disse que eu teria mais se fizesse o que ele mandasse.

        -E o que ele mandou? -Perguntei com medo da resposta.

         -Ele não chegou a falar mas me pegou no colo, levantou minha saia com força e começou a passar as mãos pelas minhas pernas. Eu comecei a me debater nos braços dele e caí no chão correndo para a cozinha até chegar em uma parede entre os armários que não tinha saída. Então eu vi uma faca embaixo de um dos armários e a peguei enquanto ele se aproximava.

          -O que você fez com a faca?

          -Eu finquei na barriga dele que era onde eu dava altura. Ele caiu de costas e eu corri o mais rápido que eu pude o deixando lá deitado no chão da cozinha com sangue jorrando do seu abdômen.

         -Onde você foi parar depois disso?

         -Eu achei uma casa velha e fiquei lá. Depois, eu só me lembro de ter encontrado meu irmão novamente e ter sido levada por uns homens com o uniforme igual o seu. -Ela apontou para minha farda-

      O mais estranho é que ela estava me contando tudo como se fosse uma criança. Seu olhar triste permanecia fixado a um ponto desconhecido e assim ficou até terminar o fato. Agora entendo tudo o que aconteceu, ela foi vítima de uma tentativa de estupro e matou "inocentemente" o pai. Pelo o que eu percebi, ela sofre de bipolaridade e só é ela mesma em momentos calmos. Processo tudo por um tempo em minha mente e resolvo mudar de assunto para que ela não pense muito.

        -Por que não comeu sua comida? -Pergunto tentando ser o mais doce possível. Preciso trata-la como criança para que não se altere.

         -Não estou com muita vontade.

         -Mas precisa comer. Quer ficar doente?

         -Não.

         -Então coma devagar pelo menos. É gostoso. -Falo convencendo-a

      Ela pega um pedaço de cenoura que estava na salada e começa a comer. Logo, pega o brócolis e após comer faz uma careta.

         -Esse é ruim. -Ela apontava.

         -Tudo bem, então pule para a sopa.

       A vejo pegando a colher e a mergulhando entre os pedaços de carne e vegetais depositando um pouco e levando até sua boca. Sua expressão era como a de uma criança experimento comida sólida pela primeira vez. Ela continua comendo até perceber que havia uma pequena tigela com arroz ao seu lado. Então ela pega um pouco do arroz e mistura junto a sopa. Observo seus movimentos com muita atenção e sinto um pouco de dó por uma menina tão jovem ter tantos problemas. Sua fragilidade naquele instante era notável. Espero ela terminar de comer para pegar a bandeja e colocar em uma espécie de janela que ficava anexada a parede para que os funcionários de limpeza pegassem as bandejas e volto a me sentar.

        -Você se lembra do seu nome? -Perguntei aflito.

        -Min Sook, 18 anos... Sim, me lembro.

        -Como você se sente hoje?

        -Com um pouco de dor nas pernas mas estou bem.

         -Você sabe quem eu sou?

           -Não.

       Me senti melhor com a resposta pois poderei trata-la de forma diferente. Fiquei um pouco arrependido de como falei na entrevista. Sempre recebi ordens para ser o mais frio possível mas por algum motivo, sinto que não devo ser assim com ela. Minha intuição diz que ela realmente precisa de atenção.

         Fico conversando sobre assuntos aleatórios até a hora dos médicos virem para a cela aplicarem o calmante nela e vou conversar com o Namjoon. Entro em sua sala e me sento.

         -Como foi com ela? -Ele me perguntou.

         -Estranho.

         -Por que?

         -Ela estava super calma e não se lembra de como veio parar aqui.

         -Como assim?

         -Ela me perguntou o por que de estar aqui e me contou de tudo que ela lembra.

         -E o que ela lembra?

         -Aparentemente a última lembrança dela foi quando ela matou o pai e agora tudo faz sentido.

          -Por que?

          -O pai dela tentou estupra-la e ela se defendendo o atingiu com uma faca na barriga. Depois disso, ela me contou que se lembra de ter sido levada pelos policiais para a outra penitenciária.

          -Impressionante...

           -O que?

           -Nós tentamos de tudo para fazer ela falar e não conseguimos. O que você fez?

           -Nada.

           -Não é possível. Depois de tudo o que aconteceu, ela estar calma. Jungkook você está mentindo para mim?

           -Não chefe. Eu passei a tarde inteira conversando com ela.

      Termino de falar e escuto o som de chamada do aparelho do Namjoon. Ele aperta o botão para escutar e logo as vozes surgem.

     "Chefe, precisamos de reforços. Min Sook não está deixando nós aplicarmos o calmante. Ela está surtando!"

        Fico boquiaberto escutando o áudio e Namjoon me lança um olhar de negação. Ele liga para os seguranças e pede para que eles ajudem os médicos. Logo, se virando para mim novamente.

          -Como posso acreditar?

          -Chefe, eu não sei mas nós conversamos e nada aconteceu. Nenhum surto. Juro.

           -Ah então ela só fica calma com você?-Ele disse em tom sarcástico.

           -O senhor mesmo disse isso hoje mais cedo! -Gritei levantando da cadeira.

           -Desculpe Jungkook. Estou muito nervoso. Realmente, se eu escolhi você para ficar observando ela, é por que eu confio em você.

            -Obrigado.

             -Está liberado.

        Saí em passos calmos e voltei a andar pelos corredores. Nunca havia discutido com Namjoon mas eu realmente odeio quando me contrariam. Chego em frente a porta da cela e a vejo fechada. Os médicos já haviam saído então entrei e vi Min Sook dormindo. Dei um longo suspiro aliviando todo o estresse do dia e peguei minhas coisas para tomar banho no banheiro que fica na sala do Namjoon para quando ele fica de plantão nas madrugadas mais movimentadas.

      Tomei meu banho, me vesti e voltei para a cela me deitando na cama para dormir. Deveriam ser por volta de 21:00. Demorei um pouco para dormir pois não estou acostumado com esse ambiente e digamos que a cama é um pouco desconfortável então contribuiu para minha pequena insônia. Amanhã precisarei pensar em alguma maneira para distrair Min Sook e deixa-la mais calma mas enquanto isso não acontece, apenas dormirei.

           


Notas Finais


O que vocês acharam? Me conte. Vocês devem estar pensando que está um pouco confuso mas isso vai se ajeitar ❤ Espero de coração que vocês tenham gostado ❤ Até a próxima ❤ (Amanhã por que sou dessas e estou escrevendo bastante ❤ )


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...