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História Criminal Minds - Chapter 1


Escrita por: MafeSweet

Notas do Autor


Heeey babys!!
Cheguei mais uma vez com uma história que será um pouco mais... pesada.
Não será exatamente pesada, mas confesso que as drogas serão um tema forte por aqui, e o sexo ~mas isso eu sei que os safadinhos e safadinhas adoram hehe (moonface)
Essa fanfic provavelmente não vai ser att rapidamente, mas as coisas são assim ashahshahsha'
Vamos lá babys...

Capítulo 1 - Chapter 1


Fanfic / Fanfiction Criminal Minds - Chapter 1

POV Jeon JungKook:

 

 

 

Falam que todas as coisas na vida possuem um propósito. Talvez seja mesmo verdade, ou a vida simplesmente gosta de pregar as piores peças possíveis. O otimismo esteve presente em todos os momentos da minha vida, nos piores, e nos melhores. E agora, sem dúvidas, está sendo um péssimo momento. Descobri que minha mãe, a mulher que mais amo nesse mundo, está com câncer, o tratamento tem que ser feito, e nosso dinheiro mal dá para as despesas normais da casa, imagina para todo o tratamento que com certeza será uma fortuna.

 

Meus sonhos foram interrompidos por isso, mas não posso culpar minha mãe, nem Deus, afinal, já agradeci tantas coisas a ele, que seria uma desonra xinga-lo agora. Colocar a culpa em alguém nunca foi do meu feitio, então assim será feito. A vida é assim de qualquer maneira. Tive que erguer a cabeça e não me deixar abalar com esses obstáculos impostos. Felizmente o ensino médio acabou, e logo dei um jeito de procurar um emprego em um desses jornais, e achei um em outra cidade, Los Angeles. Moro em Nova York, felizmente pagarão a minha passagem de ida, e o salário é ótimo. Até muito bom para ser verdade.

 

Arrumei minhas malas o mais rápido possível, me despedi de todos os amigos, parentes e a minha mãe que repetiu inúmeras vezes que não era necessário aquilo, que eu não precisava atrasar meus planos futuros. E eu respondi que sim, era necessário, da mesma forma que eu sei que ela sacrificou coisas por mim, vou conseguir sacrificar coisas por ela. Pelo menos até ela estar curada e saudável novamente. A viagem não demorou muito, já que a música dentro dos meus fones me levou para um lugar mais distante. Um sonho. Um sonho bom, eu estava caminhando em um bosque com árvores enormes e verdes, o chão era forrado por folhas caídas, a leve brisa vinha de encontro com meu rosto, e isso me deu uma boa sensação, mas do nada, tudo se transformou em uma visão do inferno. Aquelas mesmas árvores lotadas de folhas, estavam queimadas, os troncos latiam em chamas altas e quentes. Me encontrei sem saída, e isso me deu aquela famosa sensação de falta de ar, posso culpar a minha claustrofobia que surge nas piores horas. Ainda mais em um sonho que parecia mais real que qualquer coisa. Acordei meio que ofegante, o avião estava pousando, então tirei meus fones e balancei a cabeça negativamente para afastar aqueles pensamentos ruins. Tinha que me focar unicamente nesse trabalho, dar o máximo de mim, quem sabe fazer algum amigo, e ajudar nas contas medicas da minha mãe. Tudo dará certo. Tem que dar.

 

– Olá, você deve ser JungKook. – Um homem de meia idade, com um terno bem alinhado disse com um sorriso no rosto, ele parecia ser simpático. Pausei na mesma hora com a mala de rodinhas em mãos, abri um sorriso gentil e assenti com a cabeça. Ele me parecia confiável. – Espero que a viagem tenha sido boa, estava ansioso para te conhecer. – Pegou a minha mala me uma atitude gentil da sua parte, começando a andar, o acompanhei me pondo ao seu lado.

 

– A viagem foi muito boa, tenho que agradecer a passagem de primeira classe, não tinha nem a necessidade disso. – Agradeci enquanto brincava com meus dedos, tenho esse meu lado tímido com quem não conheço. Um lado infantil eu diria, era isso que meus amigos me diziam. Que eu era uma criança inocente. Não acho isso.

 

– Claro que tinha a necessidade, queremos que nossos empregados tenham uma boa viagem. – Aumenta o sorriso. – Agora iremos até o seu futuro lugar de trabalho JungKook, entre. – Me deu passagem para entrar em um carro preto, se não me engano era um carro até caro, com um possível motorista. – Diga olá ao inferno moleque. – As palavras foram soltas por sua boca e eu franzi o cenho na mesma hora, mas não tive a oportunidade de perguntar nada, alguém dentro daquele automóvel foi mais rápido que eu ao colocar um bendito pano com um liquido que me fez adormecer na mesma hora. Tudo ficou escuro.

 

 

(...)

 

 

A minha visão ainda era turva quando meus olhos se abriram, minha cabeça doía um pouco quando levei a mão até a mesma. Sentia que meu corpo estava largado no chão, ouvia alguns comentários ao meu redor, eram baixos, preocupados, e até algumas risadinhas maldosas ao meu respeito. Abri um pouco melhor os olhos e vi o lugar que eu estava, era uma sala não muito grande, imunda eu diria, colchões espalhados por todos os cantos, alguns armários velhos, roupas jogadas pelos cantos, e até preservativos. Isso me fez ter uma pequena suspeita sobre o lugar que eu estava.

 

Me sentei e olhei melhor ao meu redor, estava cheio de homens, na verdade, todos aparentavam ser jovens, com expressões medrosas nos rostos, jogados pelo chão, como comida de cachorro. Um barulho estrondoso se fez, a maior porta do lugar estava aberta e aquele mesmo homem entrou acompanhado por outros dois, pareciam seus seguranças e isso me fez tremer da cabeça aos pés. Eles tinham sorrisos desgraçados nos rostos, pareciam se divertir com aquela situação toda.

 

– Será que o inocente JungKook já assimilou as coisas? – O homem de antes arqueou a sobrancelha me olhando de pé, engoli em seco com seu tom sarcástico e nojento de dizes. Acho que meus amigos estavam certos em dizer que sou inocente ao ponto de não perceber a forma que esse homem era suspeito desde o início. – Você me dá raiva por ser tão lerdo garoto. – Rosnou e soltou uma bufada em seguida. – Sim, isso aqui é um bordel. E você a partir de agora, será um garoto de programa. – Falou tudo de uma vez, na maior tranquilidade do mundo e meu queixo caiu.

 

Garoto de programa.

 

Essas três palavras soaram na minha cabeça como um feitiço do mau. Como um tiro. Uma facada. Me fez ter vontade de chorar, mas não podia, tinha que parar de ser tão sensível com tudo. Respirei uma vez, duas e três. Tentei me beliscar, infelizmente era real. Foi quando a ficha caiu que eu iria ser um prostituto. Uma pessoa que vende o próprio corpo. E isso para mim é algo absurdo. Sou virgem de tudo. Eu sei que isso pode parecer humilhante, mas não vejo a necessidade de beijar qualquer pessoa, e muito menos me relacionar sexualmente com um estranho. Acredito no amor verdadeiro. Não sei até quando essa minha crença será real.

 

– Acho que já deu de caras e bocas, os meninos irão te explicar tudo. Só quero deixar claro que qualquer gracinha da sua parte, será cobrada do dinheiro que está sendo direcionado a sua família, então é melhor ficar calado se quiser que sua mãe permaneça viva. – Disse e deu as costas, fechando a porta atrás de si. Me deixando ali sem chão. Não posso arriscar perder a minha mãe, meu porto seguro, mas... a ideia de me prostituir é tão absurda quanto todo esse pesadelo que estou vivendo. Não parece real.

 

– E aí novato, surpreso? – Uma voz surgiu atrás de mim, virei a cabeça. Era um garoto de cabelos claros, olhos escuros e aparentava ter a mesma idade que a minha. Ele não parecia assustado, ou com medo de alguma coisa dali. Parecia achar tudo ali normal. E isso me soou a coisa mais assustadora até agora. A prostituição não é algo para se brincar, ou se achar graça, é algo sério, e isso está me fazendo querer desmoronar ali mesmo, na frente desse monte de caras. Mas não posso, e sei disso. Tenho que ser firme. Aguentar tudo isso, vai que no final é apenas um pesadelo que passará em alguns minutos.

 

– É... – Coço a nuca envergonhado, tenho certeza que corei. Maldita fragilidade que me pega nas piores horas. – Você parece tão bem. – Solto sem me preocupar com sua reação, era o que eu achava, a sinceridade pode me servir agora.

 

– Devo ficar lisonjeado. – Fala um pouco irônico se sentando a minha frente. – Bom, sou Peter e descobri que você se chama JungKook, é um prazer. – Sorri de forma natural e isso me pegou de surpresa. Acho que sorrir é uma das poucas coisas que posso fazer ali. – Vamos as explicações básicas desse lugar. – Pareceu pensar um pouco. – A casa abre todos os dias, as 22:00, é um horário consideravelmente bom. Temos que estar prontos até esse horário, ou sofremos as consequências, sim, apanhamos ou aquele homem que falou com você, nos tranca e ameaça a nossa família. Não podemos sair daqui nunca, e todos os programas que fizermos conta como pontos para nós. Ah, e não podemos negar clientes, por mais que quisermos vomitar em alguns. Acho que falei tudo o que deveria saber.. – Outra vez a sua expressão pensativa. Ok, isso é com certeza uma loucura.

 

– Me fala que isso é um pesadelo. – Passei as mãos sobre o rosto e apertei os fios do meu cabelo preto. Soltei um suspiro pesado.

 

– Olha, todos nós aqui sofremos esse mesmo pesadelo, mas não adianta reclamar cara, vai ser assim até encontrarem esse lugar e prenderem esses cretinos. – Sua mão dava batidinhas nas minhas costas, uma tentativa de me consolar. – Ah, está quase na hora do lugar abrir, você dormiu muito. Vem, vou te ajudar na sua primeira produção. – Me puxou pela mão até uma mesinha com maquiagens e afins.

 

– Não vou passar maquiagem. – Nego e ele abre um sorrisinho.

 

– Com essa pele, não precisa mesmo. – Se eu não estivesse totalmente preocupado com tudo, teria acredito que aquilo tinha sido uma cantada. Horrível por sinal. – Os caras preferem os naturais de qualquer modo, então... vamos ao vestuário da noite. – Seus olhos se iluminaram ao olhar o varal com as peças escandalosas. Ele fez questão de pegar uma calça de couro que com certeza era muito colada, e um blazer vermelho, com sapatos normais.

 

– Espera, e a blusa? – Questionei e ele rio soprado.

 

– Vamos facilitar o trabalho desses porcos pelo menos, assim será mais rápida a tortura. – Disse ao me jogar as peças de roupas. Foi aí que me toquei, Peter não gostava desse lugar, da mesma maneira que eu. Tudo ainda parece longe da minha realidade, tão assustador, e o pior de tudo.

 

Estou completamente sozinho.

 

 

(...)

 

 

Aquela roupa de fato me apertava todo, e chegava a incomodar. Todos os outros garotos – só haviam homens ali – usavam roupas parecidas com aquela minha. Vulgar. Essa é uma palavra que ficou martelando na minha cabeça, claro, eu estava vulgar, e me sentia pessimamente péssimo por ter caído em um joguinho tão bobo. Fui arrastado para um bordel sem ao menos saber. Não quero perder a minha virgindade com um desses homens nojentos que provavelmente frequentam esse bordel. Sinto nojo de mim mesmo, essa é uma sensação horrível, e eu nunca imaginei que sentiria isso.

 

– Preparado? – Peter perguntou ao meu lado, a porta estava sendo aberta, alguns garotos já tinham ido para o lugar que até o momento eu não sabia como era. O loiro usava uma calça branca extremamente colada, junto com uma regata da mesma cor, o cabelo bagunçado e um perfume doce, de acordo com ele, os clientes amavam aquele cheiro. Por isso passei outro, assim poderia manter certa distância desses homens imundos.

 

– Nunca vou estar. – Fui sincero.

 

O segui pelo corredor estreito, até chegar em uma porta de metal, a mesma estava aberta, e o som do outro lado estava tão alto que senti meus ouvidos doerem um pouco. Uma boate. Um lugar totalmente escuro, apenas as luzes coloridas brilhavam em cima de um pequeno palco, onde dois garotos dançavam pole dance, ambos tinham olhares sugestivos, como se gostassem do que estavam fazendo. Olhei ao redor, o cheiro de álcool entupiu minhas narinas, Peter já tinha se afastado com um homem de meia idade, então me encontrei sozinho. Me sentei em um dos banquinhos daquele pequeno bar ali, talvez esperando algum contato, ou até para fazer meu coração parar de acelerar por estar ali, era uma palpitação ruim e isso me fez até suar frio. O lugar nem estava quente.

 

Até que em uma passada de olhos pelo lugar lotado, minha visão se focou em um olhar especificamente. O dono daqueles olhos também me olhava, e isso não me intimidou, só me deixou extremamente constrangido. Tenho certeza que corei fortemente. No meio daquela escuridão que ele se encontrava, não consegui enxergar seu rosto, apenas aquele brilho absurdo das suas íris. Me intrigou o suficiente para continuar aquele contato, nem eu, e nem ele desviou o olhar, até um homem se sentar ao meu lado com um sorriso indecifrável no rosto, ele ousou alisar a minha coxa, como não estava acostumado com esse tipo de toque, me afastei um pouco e ele rio soprado.

 

– Posso te pagar uma bebida? – Ele perguntou e eu quis gritar, quis correr, quis me esconder, quis chorar... mas assenti. Era isso, ou sofrer as piores consequências que conseguiria imaginar. Voltei rapidamente o olhar para aquele lugar onde estava aquele par de olhos belíssimos, mas não os encontrei em lugar algum. – Você é muito bonito... – Ele perguntava de uma forma indireta o meu nome, no mesmo momento que eu ia responder, vi aquele homem que tinha me trago a esse lugar se aproximar de mim, o olhei meio assustado.

 

– Venha comigo. – Pronunciou direto.

 

– Mas e- – Fui cortado ao tentar dizer que na minha frente tinha um possível cliente.

 

– Ande logo. – Aumentou o tom de voz. E naquele minuto eu o agradeci imensamente por isso.

 

Levantei o mais rápido possível e o segui até um canto mais silencioso daquela boate movimentada, ele me olhou e soltou um suspiro antes de começar a falar.

 

– Não ache que te tirei daquele cliente por bondade. – Falou e eu permaneci com uma expressão neutra, não sabia como reagir a aquilo. – Você irá ser vendido. – Falou de uma vez  e eu quase me engasguei com o próprio ar.

 

– VENDIDO? – Gritei e ele me mandou um olhar feio, pensei que aquele olhar fosse me cortar ao meio. – Desculpa... – Abaixei a cabeça. – Mas como assim ser vendido? Você está falando de ser vendido para outra pessoa?

 

– É assim que as coisas geralmente funcionam nesse meio. – Deu de ombros e eu senti aquela vontade de chorar novamente. – O homem quer você amanhã no leilão, se ele der o maior lance... te levará para casa. Ele pediu que você ficasse puro até lá, espero que você seja virgem, pelo jeito ele gosta dessa pureza idiota. – Revirou os olhos e eu engoli em seco. Quem será essa pessoa louca que deseja comprar outra? Isso é tão fora da minha realidade que tive que me beliscar novamente, só para ter a firme certeza que era a realidade me batendo outra vez.

 

Minha vida só está piorando.

 

 

(...)

 

 

O dia seguinte chegou mais rápido do que pensei. Depois daquele noticia impactante, fui mandado para a sala dos quartos, confesso que deixei-me derramar algumas lágrimas. Ainda era loucura estar ali. Fui enganado, e agora estou aqui em um bordel, e estou prestes a ser vendido, como um verdadeiro objeto. Não sei o que é pior agora. Ser um garoto de programa, ou ser vendido e não fazer ideia do que essa pessoa pretende comigo. Quer dizer, quem mandará dinheiro para a minha mãe agora? Estou realmente ferrado.

 

– JungKook, eles vão te levar agora. – Peter me avisou e eu assenti soltando um suspiro. Pelo menos a minha roupa agora era mais confortável, uma calça clara com rasgados, e uma blusa branca mais larga com alguns dizeres, junto com meus tênis diários. – Boa sorte cara. – Sorrio e eu retribui. Espero que eu tenha boa sorte mesmo.

 

Me levantei da cadeira recebendo alguns olhares feios, acho que a maioria ali preferia ser vendido. Ainda estou com essa questão na cabeça. Passei por aquele corredor, mas entrei em outra porta, já dava para um palco pequeno, onde estavam outros dois garotos, pareciam ser ainda mais novos que eu, assustados. Senti pena de ambos, mas me coloquei no meio deles sem poder pronunciar qualquer coisa. Foi horrível estar ali como numa vitrine, sendo olhado por homens que aparentavam possuir muito dinheiro, eles estavam logo abaixo de nós, uma ala mais escura, na intenção de realmente não mostrar totalmente o rosto de cada infeliz presente naquela plateia.

 

– Vamos começar por Jeon JungKook. – Aquele mesmo homem disse e eu arregalei levemente os olhos ao ouvir meu nome. Pensei que seria o último. Engoli em seco e voltei a minha posição anterior. – O jovem possui dezoito anos, virgem, estatura média e uma boa condição física. Vamos começar os lances com cinquenta mil dólares. – Quase cai no chão ao ouvir o preço que ele tinha começado. Aquele tanto de dólares dava para pagar o tratamento inteiro da minha mãe, e ainda manda-la para uma viagem com tudo pago. Não acredito que esses homens são mesmo capazes de gastar tanto em uma pessoa. Qual o sentido de comprar uma pessoa? Exatamente, não há.

 

– Eu dou! – Um homem de cabelos já brancos exclamou e eu senti meu estômago embrulhar ao ver seu sorriso sem alguns dentes.

 

– Quem dá mais? – O homem perguntou e eu queria que alguém se pronunciasse o mais rápido possível.

 

– Duzentos mil dólares! – Outro exclamou e eu outra vez senti minhas pernas bambearem, e aquela vontade de chorar me preencheu. O homem tinha uma expressão sádica ao me olhar, e isso me deu arrepios nada bons.

 

– Alguém dá mais? – Outra pergunta, e os segundos se passaram como uma tortura. Até já tinha me acostumado com a ideia de ser usado como objeto sexual.

 

– Um milhão de dólares. – A voz grave se impôs, não como um exclamo, mas com autoridade, sem aquela gracinha na voz. O homem estava lá no fundo, por isso não consegui observa-lo bem, mas reconheci aquele mesmo olhar de ontem à noite, e isso me deu certas esperanças. Mas logicamente me assustei com o preço dado por ele. Ninguém seria louco por pagar um milhão de dólares em uma pessoa... com certeza esse homem não podia ser alguém bom, então não estaria aqui em um leilão de seres humanos.

 

– Alguém? – O homem pronunciou e todos pareciam ainda surpresos pelo preço oferecido pelo outro. – Vendido! – Exclamou e a palavra ‘’vendido’’ grudou na minha cabeça. Agora sim, me sinto de vez um objeto sexual, uma simples mercadoria. Ok, não tão simples, afinal, o cara pagou um milhão de dólares por mim. Não devo me orgulhar assim, estou soando frio por só imaginar como esse homem deve ser. – Pode vir pegar a sua aquisição. – O homem sorriu e eu vi lá no fundo alguém se levantando e vindo para perto do palco vagarosamente, quando ele se aproximou de fato, pude ver claramente seu rosto. Um coreano de fato, cabelos tingidos com uma tintura ruiva, confesso que ficava bem nele, um sorriso sacana no rosto, e belos músculos nos braços. Ergueu a mão na tentativa de ser cavalheiro ao me ajudar a sair daquele palco, aceitei e fiquei no mesmo ‘’plano’’ que ele. Antes de qualquer palavra dele, o mesmo me olhou de cima a baixo.

 

– Prazer, sou Park Jimin. – Ele falou secamente, e isso não combinou com aquele sorriso de início.

 

– Você já sabe quem sou. – Olhei para baixo com vergonha, sentia minhas bochechas queimarem.

 

– Podemos sair daqui? – Arqueou a sobrancelha e eu quase dei aleluia por isso.

 

– O mais rápido possível. – As palavras simplesmente saíram da minha boca, e ele assentiu indo na minha frente, o segui silenciosamente.

 

Estava tudo normal. Quer dizer, devo colocar que um carro preto com um segurança parado em frente é normal certo? Acho que não. Entrei naquele carro enorme e escuro, dentro era aberto para fazer o que quiséssemos. O automóvel começou a se movimentar e eu senti meu estomago embrulhar com a ansiedade que em atingia. A curiosidade estava me deixando louco.

 

– Deve estar se perguntando o que quero com você, não é JungKook? – Ele me olhou e eu assenti. – Bom, antes de tudo, quero que saiba que sou um traficante de drogas. – Falou normalmente e meu queixo foi ao chão. Eu esperava qualquer coisa, mas um traficante de drogas é muito para mim. Acho que ele percebeu o meu espanto quando soltou um riso fraco. – Sou um dos maiores traficantes de Los Angeles, e acho melhor se acostumar com isso. E não tenho interesses sexuais em você, apenas comerciais. – Falou e eu franzi o cenho.

 

– Como assim? – Indaguei e ele apoiou os cotovelos nas pernas e me olhou com o queixo apoiado nas mãos juntas.

 

– Te observei ontem, e acho que você percebeu isso pelo olhar que me mandou. – Senti minhas bochechas arderem em chamas. – Enfim, precisava de uma pessoa que aparentasse inocente, pura, virgem... você no caso. Sendo direto, quero que você venda drogas para mim, convença os compradores com seu charme, sendo sensual ou qualquer coisa que funcione com esses imbecis. – Deu de ombros e eu ainda estava de cenho franzido. Então ele me comprou para isso? Me colocar vendendo drogas será um fracasso.

 

– Você poderia contratar alguém para isso, pelo jeito você tem muito dinheiro. – Deduzi isso pelo dinheiro que ele gastou comigo.

 

– Sim, eu poderia. Mas preferi ter alguém que com certeza não me trairia, e você parece ser a pessoa ideal para isso. – Disse. – De qualquer forma, tenho as minhas regras pequeno JungKook. Vamos começar pela primeira, que é nunca me afronte, caso contrário, lidará com as severas consequências, digamos que não sei lidar com afrontamentos. – Engoli em seco ao ouvir isso. – Segunda regra. – Fez dois com os dedos. – Me obedeça sempre, as consequências também valem para isso. – Seus olhos estavam escuros e isso me causou arrepios nada legais. – Terceira e última regra. – Fez três com os dedos. – Se tentar fugir, não pouparei a sua merda de vida. Então é melhor se comportar feito um cachorrinho adestrado. – Sorrio sarcasticamente e eu tenho a certeza que a minha expressão foi de espanto, medo e confusão.

 

– Por que eu? – Perguntei e ele pareceu surpreso com isso.

 

– Como assim?

 

– Eu não era o único mais jovem dali, havia aqueles outros dois garotos para serem leiloados. – Outra loucura tinha saído da minha boca, um leilão de pessoas é tão absurdo, sempre pensarei assim.

 

– Não se acha JungKook... apenas o escolhi por achar a sua cara sonsa interessante, drogados costumam cair no papo de pessoas como você. – Falou da forma mais rude possível, o que me fez xinga-lo mentalmente por ter me chamado de sonso. Não sou sonso, ele que é um idiota.

 

– Você é um monstro. – Murmurei baixinho, para mim mesmo, mas o infeliz escutou.

 

– Não JungKook, não sou um monstro. – Negou com a cabeça, levando a mão até a lateral da calça jeans, pegando uma arma que não sabia ao certo qual era, só sei que arregalei os olhos e me culpei por ter o chamado de monstro. – Sou pior, e você deveria tomar cuidado. Dizem que sou o diabo, então posso fazer a sua vida virar um inferno em segundos. – Seu sorriso se tornou indecifrável enquanto ele passou os dedos sobre o cano curto da arma, logo a guardando, me deixando de certa forma aliviado. – Vem. – Diz de forma rude abrindo a porta do carro e me puxando pelo pulso, sua força usada me incomodou, mas não tentei me soltar daquela mão, era bem provável que ele quebrasse a minha mãe depois.

 

A casa que tínhamos chegado era enorme. Como aquelas mansões de filme. Uma fonte de água na entrada. Ele ainda me puxava, abriu a porta e bateu bruscamente novamente, causando um certo estrondo. De repente Park Jimin ficou estranho, acho que ele é bipolar, ou algo do tipo. Subimos os degraus daquela escada que parecia ser infinita, e ele me jogou em quarto qualquer, fechando a porta, me deixando ali sozinho com o pulso doendo e avermelhado.

 

– Fique aí até que eu diga para sair. – Sua voz era dura, seca, como um soco no estômago eu diria, e isso me deixou com medo. Agora estou na casa de um traficante, ele é nervoso, bipolar, rico, e tem esse jeito rude de falar e agir. Estou ferrado, e dessa vez é para valer.

 

 

Esse com toda certeza é meu inferno.

 

 

 

Continua...


Notas Finais


Gostaram?? Coloquem as suas opiniões nos comentários :)
Trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=Sm_p1cMdifg
Até mais!! <333


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