História Criminal Minds - The return

P.O.V. Venus Miller 

   Meus olhos ardem conforme os raios solares batem no mesmo. Minhas pernas pedem por descanso mas continuo a correr no meio fio, os carros passam avoados ao lado do meu corpo fazendo uma brisa sacudir meus fios loiros. Sinto minha respiração ofegante e diminuo a velocidade dos passos até parar eles, apoio as mãos nos joelhos e tento recuperar o fôlego, a noite passada foi uma droga e eu precisava esquecer ela.

   Sinto uma dor no ombro e só então percebo que alguém esbarrou em mim. Encaro o rosto rosado da morena que me olha nervosa e dá um sorriso de canto. A garota veste um conjunto preto, composto por saia e blusa que deixa uma parte de sua barriga à mostra, seus saltos baixos e um óculos escuro, ela suspende o mesmo e me encara. 

— Desculpa.— ela fala checando meu corpo.

— Tudo bem.— falo simpática e ainda arfando. Ela apenas assente e sai apressada em direção á um homem que a espera escorado no audi branco. Ele não me parece estranho, sinto que o conheço de algum lugar, dou de ombros e entro no hotel. 

 Enquanto espero o elevador abrir, vejo Dylan descer as escadas sério e ágil. 

— Oi Dy....— ele passa direto sem ao menos olhar para trás. O que aconteceu com ele ? Aposto que foi o fato dele ter um amigo super idiota e babaca como Justin. 

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     Já são 7:20 p.m. e não vejo meu pai e os meninalgumas horas, vi quando os carros deles saíram em alta velocidade pelas ruas, até sumir de vista. 

  Escuto meu celular vibrar e em seguida o número de Bieber aparece no visor, droga, foi só falar neles. 

— Alô.— falo sem um pingo de vontade. 

— Se arruma, passo aí em meia hora. — é possível escutar um som alto e gritos de fundo. Ele desliga e eu fico me questionando o porquê dessa ligação idiota. Se ele acha que vou sair com ele e ir para cama depois, está enganado, já basta ele ter tirado a merda da minha virgindade da pior maneira possível. 

Corro para o chuveiro e tomo um banho rápido que não dura nem cinco minutos, me enrolo na toalha e vou até o closet que tem cheiro de lavanda, inspiro aquele perfume com um sorriso nos lábios. Pego meu macacão de oncinha no cabide e ponho sobre a cama o vislumbrando. Coloco uma lingerie preta e em seguida a peça de roupa, opto por um salto de bico preto e por mais que me sinta desconfortável em estar sobre um sapato alto e um macacão de short tento me acostumar com as peças. 

  Faço uma maquiagem básica mas incluo o batom vermelho, desfio meu cabelo dando mais volume ao mesmo. Não demora muito para ouvir pesadas batidas na porta e não consigo evitar a revirada de olho, eu tenho repulsa só de lembrar que tirei algo que guardei durante 18 anos com Justin Bieber. 

  Rolo a maçaneta sem muita pressa e tenho a visão de um homem alto e devidamente fardado que me encara sério. 

 — O senhor Bieber lhe espera no estacionamento do hotel. — ele fala após sorrir gentilmente. 

— Obrigada. — Agradeço e logo em seguida fecho a porta. 

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  Enquanto vou para o estacionamento só consigo pensar no lugar que o garoto irá me levar, eu não aguento mais os seus joguinhos comigo, se eu não tivesse sido entregue à ele, não seria obrigada a fazer nada disso. No mormente que o as portas do elevador se abrem meus olhos pairam exatamente na BMW preta de Bieber. O mesmo me olha de dentro do automóvel e sua língua passeia pelos seus lábios de forma maliciosa, é atraente, me diz uma coisa que não me atrai nesse garoto. Entro no carro e ele me encara da cabeça aos pés antes de sair cantando pneu. 

  Não demora muito para ele parar em frente ao Cassino Bellagio. Ele desce e faço o mesmo, ele estende a mão e eu a pego e entramos no lugar como um casal feliz. Todos os olhares estão sobre nós e me sinto desconfortável por isso, Justin troca alguns gestos com um homem elegante que nos leva até uma mesa reservada que nos dá a perfeita visão da rua iluminada de Vegas. Pego o cardápio que em letras douradas tem escrito na capa "Sensi", as pupilas caramelada me encaram com um sorriso nos lábios. 

    P.O.V. Justin Bieber 

 É como uma hipnose, aquela garota me desperta as coisas mais obscuras que nunca ninguém foi capaz de me fazer sentir. Consigo ver em seus olhos o céu e o mar turbulento, com meus dedos coloco uma de suas madeixas atrás da orelha. Seus olhar percorre ágil o papel a sua frente, o garçom vem até nós e pergunta qual será o nosso pedido. 

Ela aponta para um petit gateau com sorvete de creme e vinho, e o homem anota seu pedido. 

— Dalmore 62, na garrafa.— falo sem olhar o papel com as sugestões. Eu só quero beber algo que me faça esquecer o dia de hoje. 

  Venus e eu, não trocamos nem se quer uma palavra. Até que ela resolve se pronunciar. 

— Qual o motivo disso tudo ?— ela pergunta se deliciando com a sobremesa. 

— Eu quis, esse é o motivo.— falo goleando o álcool que desce rasgando goela abaixo. — Vou no banheiro, acabe logo de comer.— ando até o corredor dos toaletes e antes que eu prossiga no mesmo meus olhos param na tatuagem  "LXXVI". 

  Meu coração dispara e quase sai pela boca, aquela tatuagem não me é nada estranha, Selena tem uma igual, simboliza em números romanos o ano em que sua mãe nasceu. A garota se vira e pelo espelho consigo ver seu rosto, merda, é ela.  Meu desespero é tão grande que vou em passos largos até a mesa e quase arrasto a loira, preciso sair daqui. Peço para que ela vá para o carro e assim faz, vou até a recepção e uma morena vem até mim. 

— Michael Santori, está hospedado aqui ?— pergunto e a mesma checa no seu computador. 

— Tem algum grau de parentesco ?— ela se faz de difícil. 

— Isso paga a informação que quero.— coloco sobre o balcão 500 dólares e ela guarda no bolso o dinheiro. 

— Sim, Michael Santori está hospedado no 5º andar, quarto 704. — antes que eu possa agradecer corro até o carro e a garota me olha pálida enquanto aponta minha arma na direção do meu rosto. 

— De onde conhece ele?— ela grita enquanto sua mão segura firme no cano do objeto. —Como conhece Michael ?— seus olhos expulsam as lágrimas e seus dedos começam a ficar trêmulos. 

 Engulo a seco e fecho os olhos. 

— Fui prisioneiro dele.— falo sem muito detalhes, isso não interessa a ela. — Ele me treinava para matar, até seu pai me tirar daquele inferno. — solto o ar preso e ela larga a pistola e sussurra "não" diversas vezes. 

— Eu matei ele Bieber, há quatro anos atrás, fui presa por matar Michael. — ela grita desesperadamente. — Ele está de volta. — ela fecha os olhos e debate seu corpo no banco. 

  Aquilo era demais para mim, se o desgraçado do Santori está vivo, a garota foi presa injustamente. Merda, coloco a chave na ignição e acelero, minha cabeça está pestes a explodir. A garota ainda soluça no banco do carona e aquilo só me deixa mais aflito, paro em frente à casa de Joane, prima do Ryan,e ela questiona o lugar diferente. 

— Michael, não merece suas lágrimas. Engole o choro e saia do carro como uma vadia gostosa.— assim que saio do mesmo toco a campainha da casa e não demora muito para o loiro me atender com um sorriso nos lábios. 

— Preciso da sua moto, Bro— ele coça a nuca já sabendo que vou arrumar "encrenca" e sair pela cidade em velocidade máxima.— Leva o carro para Rick amanhã no hotel.— ele assenti e em minutos volta com os capacetes. 

— Toma cuidado, a mina precisa ficar viva para vermos o verdinho.— ele sorri para Venus que revira os olhos. — Essa garota está ficando um pedaço do mal caminho.— brinca. 

— Ela está de volta.— jogo as chaves do carro sem dizer a quem me refiro. Subo na moto que está parada no meio fio. 

—Ei ei, sem isso.— aponto para os saltos da loira e ela ri largo, desce do sapato e os chuta pra bem longe. —É assim que se faz, está pronta para ver a morre diante dos seus olhos ?— ela concorda e monta atras de mim, envolvendo o meu peitoral. 

 — Me mostre do que é capaz.— meus pêlos se arrepiam em contato com a boca da vadiazinha no meu ouvido. Merda, eu sou capaz de tantas coisas, ela ainda não viu nada, mas estou pronto para mostrar a ela o verdadeiro Justin Bieber.