História Criminal Minds - Party- Once part.

P.O.V. Venus 

 Meu coração está prestes a sair pela boca, enquanto seguro em Justin que dirige na mais alta velocidade. Os flashes invadem minha cabeça, e meu subconsciente não para de se questionar como Michael pode estar vivo, eu lembro de ter atirado na cabeça dele, naquela maldita noite na qual eu fui presa. Ao que tudo indica eu passei 4 anos naquele lugar injustamente, sem ter matado ninguém. Ainda não contei a Justin, que vi o homem com uma morena hoje de manhã, enquanto caminhava, era ele, Michael.

   Possa ser que eu morra nesse exato momento mas eu preciso me arriscar, me apoio nos ombros do garoto que me olha por cima dos mesmos confuso, mas logo deixa escapar um sorriso, ele sabe o que eu quero fazer. Minhas pernas estão trêmulas eu não consigo me equilibrar no chão, imagina em cima de uma moto em movimento. 

  Coloco o primeiro pé no estofado e depois o outro pé, vejo toda a cidade diante dos meus olhos, meu corpo se equilibra sobre o automóvel e me sinto "livre", é tão bom estar aqui. Meu corpo está leve e meus braços esticados horizontalmente, sinto a brisa bater nas minhas bochechas e calafrios passar por todo meu corpo. Sinto meus pés escorregadios então decido voltar a minha postura anterior, me apoio nos ombros do garoto e me sento na Ecosse Titanium.

  Justin para a moto e enquanto acende o cigarro em seus dedos me observa com os lábios levemente curvados, os mesmos se abrem e o objeto entra nos meio deles. A fumaça é solta com calma e logo em seguida o odor invade todo o local entrando com rapidez nas minhas vias nasais, dou uma fungada e ele joga o maço fora e pisa sobre o mesmo. Seus olhos estão fixos nas minhas coxas à mostra e sinto minhas bochechas corarem. 

— Acreditaria se eu te dissesse que estou com uma enorme vontade de transar com você, aqui mesmo, na rua? — Arregalo meus olhos ao escutar a voz rouca pronunciar aquilo. Fecho meus olhos com força ao sentir seus dedos quentes tocarem minha pele fria. Sinto minha intimidade pulsar e meu corpo enrijecer. Aperto os olhos com força e tento não soltar um grunhido, mas falho. — Você quer isso tanto quanto eu, admita Vee.— ele sussurra próximo ao meu ouvido,dando ênfase ao meu apelido.

—N-não Justin.— meus braços enfraquecidos empurram o corpo do garoto que me olha com uma sorriso malicioso nos lábios rosados e ressecados. — Não podemos.— me levanto e respiro fundo. 

— Pare de resistir, seu corpo tem sede de mim.— sua mão segura o meu braço impedindo que eu monte na moto. 

— Irei resistir até onde aguentar.— meus olhos marejam. — Tenho sede por vingança, você é apenas uma distração para isso.— tampo a boca ao perceber o que acabara de falar, ele cerra os punhos e seus olhos passam a ter a chama acesa. 

— Tenho que admitir, até que você resiste bem para uma vadiazinha qualquer.— pega o capacete e sorri ao ver uma lágrima cair dos meus olhos mas a seco em seguida. Ele sabe como acabar com os meus poucos segundos de liberdade e felicidade, ele sabe que o desejo, sabe o meu ponto fraco, só não sabe que meu ódio por ele é maior que isso tudo. 

 •••

  Passo o resto da noite naquele maldito quarto pensando em o que ou quem tornou Bieber esse homem rabugento. Me viro e reviro na cama, inquieta com tudo que me aconteceu hoje, descobri que o homem na qual eu pensei ter matado está vivíssimo, e com certeza irá vir atrás de mim para se vingar por eu ter tentado tirar sua vida.  Adormeço com meus pensamentos. 

 ••• 

   Minha cabeça parece querer explodir, abro meus olhos e sinto meu corpo pesar uma tonelada. Me sento na cama deixando meus pés encostarem no chão frio, me assusto ao escutar o rangido da porta se abrindo, pai ? 

 — Posso entrar? — pergunta segurando na maçaneta. 

— Ja fez isso.— me viro e volto a olhar a cidade ensolarada de Vegas. Sinto a cama afundar com o peso do homem que se senta ao meu lado. Suas mãos vão de encontro com as minhas mas a tiro antes disso. — O que quer ?— pergunto sem o olhar. 

— Me desculpe por isso, Bieber não tem nada a ver com tudo que está acontecendo, eu sou o culpado.— sua voz está baixa e falha. — Já deve saber que Michael não morreu, me perdoe por ter demorado tanto tempo para te tirar da cadeia...— o interrompo. 

— Você não me tirou de lá, Justin fez isso.— engulo a seco. Por mais que tenha sido pago por meu pai, foi Justin quem arriscou sua vida para me tirar daquele lugar, não estou defendendo o garoto, pelo contrário, preferia estar presa. — Já acabou ?— olho em seus olhos azulados. 

— Só quero que me perdoe, estava criando coragem para olhar em seus olhos, porque eu te amo e você é a única pessoa que me restou, a única por quem eu mataria e morreria.— meus olhos marejam e não consigo falar nada. — Nunca se esqueça que você é a pessoa mais importante de toda a minha vida, eu não me arrependo de ter conhecido sua mãe naquela viagem, porque ela foi capaz de dar o meu maior tesouro, o presente mais lindo que poderia ganhar de alguém, sua mãe me deu, uma filha. Ainda me lembro daquele ser indefeso, do seu choro, do seu cheiro, você sorriu para mim assim que a peguei nos braços pela primeira vez, e só então percebi que eu segurava meu mundo nos braços. — as lágrimas desciam sem cessar e um sorriso surge nos meus lábios, meu coração palpita e meus pêlos se arrepiam. 

   Olho para o mesmo e o abraço bem forte, eu o amo tanto, ele é a minha única família e por mais que tenha me ensinado coisas ruins ele é humano, erra, assim como eu sou humana, perdoo. 

— Meu mundo está de volta nos meus braços.— ele fala em um tom brincalhão.

— Seu mundo sempre estará aqui.— coloco minha mão sobre seu peito esquerdo e ele ri como uma criança. A porta se abre e o louro nos olha e estranha a cena, seco as lágrimas com a Barra da blusa e dou um sorriso sem mostrar os dentes. 

— Estou atrapalhando ? — ele pergunte. 

— Não, pode falar.— dou de ombros.

— Rick, Eric acabou de chegar e está te esperando no salão.— meu pai assenti e antes de ir embora beija minha testa. 

 — Tudo resolvido entre vocês ? — ele fecha a porta e se senta na poltrona, de frente para mim. 

— Não finja se importar.— dou uma fungada. Ele respira fundo e fecha os olhos tentando manter a calma, o que acho bem difícil ele ter. 

— Desculpa por ontem.— ele fala sem me olhar. O que ? Justin Bieber está me pedindo desculpas ? Essa é uma das palavras que nunca imaginei ouvir ele falando, ainda mais para mim. — Poderia me acompanhar esta noite para uma festa ?— ele fala por último. 

— Qual a pegadinha dessa vez ?— olho ao redor procurando por câmeras. Ele revira os olhos e trava o maxilar. — Porque iria querer minha companhia, você não tem vergonha de ser visto com uma vadia ? — sei que estou forçando a barra e talvez abusando do seu bom humor, mas essa mudança repentina não me convence. 

— Já fui visto com várias, então não, não tenho vergonha. — ele afirma e ri nasalado. — Não gosto da sua companhia mas se é que me entende, vadias estão cobrando muito caro, pra que pagar se eu tenho uma só minha?— ele dá ênfase no fato de eu ser dele e pela primeira vez não me sinto ofendida, ele fala em um tom divertido e só consigo rir. 

 — Eu vou, mas a sua vadia tem um preço.— cruzo as pernas e faço um coque nos meus fios. Ele assente e eu prossigo. — Minha condição para eu ir é que você me conte sobre sua relação com Selena.— ele me olha tenso e suas narinas abrem e fecham freneticamente. — Brincadeira, não lhe cobrarei nada, estou mesmo precisando de uma festa.— falo por fim e ele sai sem falar uma palavra, acho que não gostou da brincadeira. 

P.O.V. Justin Bieber 

  Meu sangue ferve ao escutar aquele maldito nome, me controlo para não socar a cara da loira e lembro da ameaça que Santori me fez mais cedo. Fui surpreendido com sua ligação e seu pedido me chocou mais ainda. Ele exigiu minha presença numa festa, e o mais estranho, exigiu a presença da loira também, caso contrário ele a mataria. Não sinto medo de Michael mas prefiro evitar guerras com ele aqui em Vegas, e assim como eu, Venus também precisa sair para esvaziar a cabeça, só não sei se ela irá gostar de esbarrar no homem que a deixou presa por anos. 

  Expulso meus devaneios e continuo a andar pelo extenso corredor. Meus olhos observam minuciosamente cada detalhe daquele lugar, passa-se um filme na minha cabeça desde a minha primeira vez nesse cassino, não foi nada agradável.

  Entro no quarto e Ryan me olha com uma cara nada boa. 
 
  — Foi pedir desculpa a Venus pelo que fez ? — ele cruza as pernas. 

— Ela não sabe.— dou de ombros. 

— Você só pode estar ficando louco, se Rick desco...— o interrompo. 

— Ele não vai, a não ser que você conte. — o encaro e ele desvia o olhar. — Preciso que você avise aos garotos que iremos fazer uma visitinha ao Michael, hoje à noite.— analiso alguns smokings do closet. 

— O que ? Você está louco ? — ele quase dá um pulo do sofá. — Já se esqueceu que ele quase nos matou ? — rolo os olhos. 

— Se arrume, vamos em carros diferentes, não podemos ser vistos juntos, não esqueça dos rádios. — dou um sorriso falso e vou para o banho. 

          P.O.V. Venus Miller 

  Talvez eu tenha estranhado a simpatia e bom  humor de Bieber hoje mais cedo mas creio que seja por ser nosso penúltimo dia nesse lugar. 

  Encaro as peças brilhantes e chamativas no cabide, meu subconsciente me alerta sobre o fato de sempre Bieber me colocar em perigo mas como sempre, dou de ombros. Minhas mãos vão de encontro a um vestido Rosé Gold longo e coberto por brilhos, seu decote em V e sem manga. Logo um sorriso se abre em meus lábios, é ele, o vestido ideal para essa festa. 
 
  Após tomar um bom banho quente,aposto em uma maquiagem não muito carregada e um batom vinho, pego um salto transparente com a ponta nude e uma bolsa metálica. Me visto e em alguns minutos já estou pronta, meu cabelo está solto com alguns cachos largos e despojados. 

   Saio do meu quarto e caminho pelo iluminado corredor a procura do quarto dos meninos, dou algumas batidas na porta e ela em seguida se abre me dando visão de Ryan de terno, ele me ignora e apenas  dá espaço suficiente para que eu possa adentrar o local, e assim faço.

 — Qual seu segredo para ficar cada vez mais gotosa ?— Chris surge por detrás de mim e eu levo um pequeno susto e fico sem jeito com a pergunta íntima. 

 — Tirar a virgindade, esse é o segredo dela.— Engulo a seco assim que Dylan pronuncia a frase gesticulando cada palavra, mas a minha atenção é sugada como um imã para Bieber que caminho na minha direção ajeitando a gravata em seu pescoço. 

 — Do que estão falando ? — ele pergunta sem nos olhar, mas quando me dou conta seus olhos percorrem arregalados o meu corpo. Dou uma mordida no lábio inferior, sempre faço isso quando estou nervosa ou sem jeito. 

— Por que mesmo precisamos ir à essa festa ? — Ryan resmunga. 

— Na verdade vocês não foram convidados, somente eu e Venus. — eles dão de ombro. — Mas para a nossa proteção, estarão do lado de fora, e nos avisará pelo rádio caso notarem qualquer movimentação estranha. — Justin pigarreia após falar para chamar atenção de Dylan, que não parece nada feliz com a ideia. 

 — Não pretendem transar lá também né ?— Dylan rebate, merda, como ele sabe que eu e Justin transamos? 

—Não, faremos isso no carro.— todos riem mas eu não consigo achar graça. — Não ouse sair do meu campo de visão.— Justin aproxima seu rosto do meu e consigo sentir seu hálito quente de canela. 

— Não sou sua cadelinha.— abro um sorriso e me afasto dele.

        P.O.V. Justin Bieber 

   Sinto meu sangue borbulhar de raiva, ela me desafia e eu odeio quando fazem isso comigo, mas não consigo manter a raiava por muito tempo, minha atenção está inteiramente em seu corpo esculturalmente desenhado por debaixo daquele vestido brilhoso e comprido. Em passos largos paro ao lado da garota e entrelaço nossas mãos e a mesma me olha confusa mas não questiona. 

 ••• 
 
  A menina me olha de canto enquanto eu seguro com força o volante guiando a ferrari pela estrada mal iluminada. O carro dos meninos está logo atrás, repouso uma de minhas mãos na coxa da loira que continua sua atenção para fora da janela. Aperto com força aquela área macia de seu corpo e a mesma de imediato me olha assustada e geme baixo, merda, eu preciso tocar sua pele. Em um ato brusco paro o carro, olho pelo retrovisor e o carro dos garotos diminui a velocidade, faço um sinal com as mãos para que eles sigam em frente e assim fazem. 

  Um sorriso malicioso logo brota em meus lábios e destravo o cinto que me impedia de atacar o corpo de Venus. 

— Justin, n-não.— ela tenta desviar sua boca da minha, mas quando me dou conta ela já está sobre meu corpo e minhas mãos puxam seus fios na nuca. O ar nos falta e ela nega com a cabeça, quando ela vai se dar conta de que eu sou o seu ponto fraco ?

  Empurro seu corpo para os bancos inferiores e subo em cima do mesmo, enquanto devoro sua língua minha mão agilmente adentra o vestido e tira o minúsculo pano rendado que cobria sua intimidade. 

 — Não .— a garota me impede de jogar sua calcinha em um canto qualquer do carro, pega a peça e com um sorriso safado a guarda no bolso do meu terno, dou de ombros e pego a camisinha no bolso da calça, a encaixo em meu pênis e sem demora coloco meu amigo dentro da intimidade da loira. Fecho meus olhos e aumento a velocidade dos movimentos, só consigo escutar os altos gemidos da vadiazinha, ela aperta com força o banco do carro para amenizar a dor que sente por ter um amigo grosso e grande dentro dela. Minha veia arterial pulsa e meu coração quase pula pela boca, eu consigo sentir a adrenalina subir em meu corpo, eu desejo esse corpo a todo homem, mas só eu posso tê-lo. Diminuo a intensidade, sinto que vou gozar, e assim faço, dentro dela. Jogo meu corpo no banco tentando buscar fôlego, subo minha calça e ajeito meu cinto na mesma. 

 — Não devíamos.— ela nega com a cabeça enquanto ajeita seu vestido.

— Eu não estava brincando quando falei para Dylan que transaríamos no carro. — deposito um beijo em seus lábios e volto para o banco do motorista.

— Eu não deveria prometer algo que não posso cumprir.— ela fala em voz baixa. 

— Nunca negue seu desejo que tem por mim.— falo acelerando. 

      P.O.V. Venus 

 Encaro o teto por alguns minutos e rebato.

   — Eu não sou idiota de desejar algo tão fútil como você.— minto, sou idiota o bastante para fazer isso. Ele ignora e mais uma vez eu sou a babaca ali, por ceder tão fácil. 

••• 
 
  Não demora muito tempo para chegamos até uma rua lotada de carros e bem iluminada, com holofotes e seguranças com semblantes sérios. Bieber estaciona o carro em uma vaga próxima ao carro dos garotos que nos esperam impacientes. 

 — Porra Bieber, isso não são horas de comer a mina. — escuto a voz de Chris alterada quando saio do automóvel. Me sinto tão mal por ser " exposta" desse modo a eles. Justin caminha até mim e me abraça, algo inusitado, mas sua voz rouca logo preenche meus tímpanos. 

 — Preciso que me faça um favor.— ele quase implora, assinto e ele prossegue. — Soube que Selena também está aqui, caso esbarre nela preciso que tire o anel de seu dedo. — Respiro fundo. 

— Como farei isso ? Ela deve me odiar.— concluo 

— Preciso que pegue o anel com um rubi no centro, ela sempre usa ele.— ele beija minha bochecha e sussurra por último. — Sei que consegue.— enlaça nosso braços e dou um sorriso para Ryan que me olha desconfiado. 

 —  Justin ? — Chris estranha o ato do louro comigo. 

 — Estamos prontos.— anuncio.