Era umas 12:30, uma ruiva estava sentada em um quiosque da praia. Observava as pessoas sentadas próximas a ela, e as de longe também, olhava seus movimentos e trajes. Olhava ao seu redor para ver se vinha algum policial ou algo do tipo. Esperava a hora certa.
Quando vê um grupo de amigas se levantando e aproveita.
-Ei, posso gastar 5 minutos da atenção de vocês? -Elas a encaram estranho-Eu não sou ladra ou pedinte, vou apenas mostrar um truque de mágica, pode ser?-Elas cedem.-Quem quer ser a sortuda?-Pergunta.
-Eu.-Uma loira diz animada.
-Escolha uma carta.-Abre o baralho para melhorar sua visão. Ela pega uma.-Não precisa esconder, se quiser pode escrever seu nome nela.-Oferece uma caneta, e ela escreve. Em seguida da a carta.-Bem, eu vou fazer a carta aparecer no seu bolso. Olhe bem, a carta é a primeira, e em um, dois, três e...-Ela balança a mão num movimento de virar as cartas num piscar de olhos.-Posso?
A ruiva vai atras dela, e enfia sua mão em seu bolso, com suas amigas olhando curiosas.
-Olha o que temos aqui.-Puxa sua mão e encontra a carta.-É essa?-Ela fica de frente para a loira que a encara surpreendida.
-Sim, é...incrível.-Ela dizia animada, E olhava para as amigas que demonstravam a mesma reação.
-Bom meninas, por hoje é só. Espero que tenham aproveitado.-Ela se despede, vira e caminha até a faixa de pedestre.
O sinal fecha e quando está começando a andar, escuta a voz da loira que brincou.
-Minha carteira! Ela roubou minha carteira!-Ela gritava para a ruiva e para suas amigas, e as mesmas olhando para ela na rua.
Sem pensar a ruiva começa a correr entre os carros. E entre um segundo e outro desaparece. Ou melhor, aceita a ajuda de um estranho.
Um homem abre a porta de uma van, de surpresa ela assustou, até pensou em não entrar, mas lembrou que não queria ir para cadeia, e entrou assim mesmo.
Depois de minutos, decidiu quebrar o silêncio.
-Então, vai me dizer porque me deixou entrar na sua van? -A ruiva não sabia com quem estava falando, estava tudo escuro. Só via seus olhos verdes.
-Vai saber quando chegar. -O homem falava sem mostrar nenhuma reação, o que dificultava para a ruiva.
-Nossa, obrigada pela informação, posso ir até sozinha agora.-Ela ironizava a situação.
-Melhor não brincar tanto, ruivinha!-Agora era uma voz feminina, e percebeu que estava do seu lado, porque a mesma segurou seu braço com força, sentiu seu braço formigar por segundos, foi quando a mulher parou.
-Um poço de delicadeza...-A última frase da ruiva foi que ficou solta no ar até o destino.
A ruiva pensava no que fazer, poderia esperar chegar no lugar e sair correndo, afinal estava com calça legs que ajudavam bastante, e correu a vida inteira, era habilidosa. Foi interrompida por seus pensamentos quando a van parou, e ela sentiu um tranco na hora. O motorista e o passageiro abriram a porta da van, e liberaram a clareza para a ruiva. Ela desceu e procurou o homem que a ajudou, mas não encontrou, pensou que ele tivesse ido embora então.
-Então, quem quer tanto ter minha companhia?-A ruiva brincava ao olhar ao redor e perceber que estava em uma das alas mais pobres da Califórnia.
-Lydia Martin, que prazer.-Um homem um pouco moreno, com maxilar torto, aparecia do escuro. Estava animado, não parecia querer fazer mau, o que por um motivo tranquilizou Lydia, ela nunca teve medo de nada para ser tranquilizada.
-Poderia dizer o mesmo se soubesse quem é você.
-Uma graça!-Ele chegou perto dela e mandou os capangas para a van e foram embora.-Vem, o chefe quer te ver.
Apenas concordou com a cabeça, não queria arrumar briga, ele parecia ser bom e tão habilidoso quanto ela. Andaram por 2 minutos, até chegar num lote abandonado.
-Se me chamou aqui para decorar isso, pode ir desistindo, esse lugar está morto já.-Lydia ironizava a situação que estava.
-Pode ter certeza que te chamei aqui para muitas coisas, mas isso aqui não é uma delas.-Uma voz masculina. Ao virar para aonde vinha, a ruiva parou, era um homem um pouco alto, pele branca, olhos e cabelo castanho, e pintinhas espalhadas no pescoço e rosto. Bonito no geral.
-E por que me chamou?-Ela decidiu ficar parada, por mais que o homem a sua frente fosse bonito, ele parecia saber fazer coisas que Lydia nem imaginava.
-Eu venho te observado há um tempo...é uma ladra esperta, não falhou em nenhum dos seus roubos, ou melhor dizendo, seus truques. E se algo começasse a dar errado, conseguia escapar. Você consegue se virar...-Ele dizia chegando mais perto da ruiva, que engolia o seco. Ela estava nervosa, era a primeira pessoa que havia mexido com ela desse jeito.
-Uau, um fã, estou lisonjeada.-A ruiva tentava se manter firme, não poderia demonstrar medo.
-Quero te ajudar, Lydia...Você pode ter tudo isso que eu tenho...
-Se tudo isso que você estiver falando for esse lote abandonado, estou bem aonde estou. E não trabalho em conjunto.
-Você acha que dura quanto tempo até a polícia te achar?-Ele chegou mais perto dela, deixando apenas centímetros de distância.-Eu posso te ajudar a ficar perto deles.
Lydia sentia sua respiração em seu rosto, agora ela estava apavorada, pensou em correr, mas já sabia que estaria morta até lá.
-Como você disse, consigo escapar sempre...Não preciso de você.-Agora ela tinha aproveitado da própria sorte. Se fosse para morrer, que fosse rápido.
-Olha, só pense no assunto, não seria bom frequentar todos os lugares, sem se preocupar com polícia ou alguém reconhecer você?-Ele da um passo para trás.-E é melhor não contar isso para ninguém, seus amigos parecem ser legais sem uma faca no pescoço.
-Como vou te achar? -Ela sussurrou, mas ele escutou.-Quem é você?-Ela finalmente matou sua curiosidade. Estava assustada, havia ameaçado seus amigos.-Não irei contar...
Ele deu um sorriso de lado, pegou sua carteira do bolso e deu um cartão sem nada escrito e entregou para ela. E saiu andando, sem responder sua pergunta.
-O que vou fazer com um cartão em branco?-Ela gritava agora, não sabia o que estava acontecendo.
-Pense Lydia, você não é apenas uma ladra...
-Espera ai, e o seu nome?-Ela tentou correr até ele, mas o moreno que a levou até lá, a segurou docemente.
-Terá que aceitar para saber.-E ele sumiu da vista dela, e de qualquer pessoa.
-Ele é bom, não é?- O moreno soltava ela, e levava ela até a saída.
-Você pelo menos poderia dizer o seu nome?-Ela se rendeu, decidiu pedir ajuda.
-Desculpa, você terá que aceitar para saber tudo sobre nós.-Ele parou e ela fez o mesmo, agora ele apontava para uma ponte e ela seguia seu dedo.-Vai por ali, que vai sair perto do seu apartamento.
-Tudo sobre vocês? O que isso quer dizer? -Depois de segundos ela quis questiona-lo, mas ao se virar, ele já não estava lá, havia desaparecido.
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