Naruto
As molas do colchão estalaram quando Naruto sentou-se na beirada da cama, passou as mãos pelo cabelo e inspirou forte. Sua cabeça ainda estava presa na cena de Hinata sendo levado por Sasori. Trincou o maxilar e expirou entre os dentes. Odiava ver Sasori tocá-la, em especial daquele jeito bruto. Mas ele não podia colocar tudo a perder revelando a relação deles para defendê-la, seria formar uma intriga por nada. Quantas mulheres seu pai já encontrou fora do casamento sem comprometer relações políticas da máfia? Milhares. Minato sempre aconselhou o filho a não enfiar um par de pernas atraente no meio de negócios, porque mulheres são o fruto proibidos dos homens, principalmente aquelas que eles não podem ter.
Ele queria ir até o Luxor e encontrar com ela, certificar-se que estava bem e que Sasori não havia feito nada além do apertão no braço. Estas barreiras: negócios e casamento, impossíveis de escalar ou atravessar para tê-la o deixavam louco, ainda mais quando a imagem dela embriagava suas memórias. Naruto podia jurar sentir o corpo dela contra o seu, seu perfume cítrico ainda estava impregnando sua roupa e ele podia se excitar só de pensar nas coisas que tinham feito mais cedo.
O toque do seu celular descartável tocou e o tirou de Hinata. Passou os olhos pelo quarto a procura do local onde podia se encontrar o celular. Encontrou, levantou e caminhou até o aparelho. Era Sakura.
- Espero que você não esteja acompanhado.
- Gostaria, mas não estou. - ele sorriu - Qual o motivo da chamada?
- Minato quer falar com você.
Naruto aguardou Sakura se aproximar do pai e trocar poucas palavras avisando que o filho estava na linha.
- Naruto? - a voz do pai era baixa.
- Pai. - Naruto sorriu, para não se desesperar.
- Já tomou uma decisão?
- Sobre?
Minato suspirou.
- Sobre o acordo que Sasori quer tratar com você.
Naruto havia se esquecido do acordo, de pensar sobre e de responder Sasori.
- Estava esperando a sua decisão. - Naruto rebateu, repassando a bola.
Naruto sempre soube o que o pai era e fazia, nunca houve segredo em sua família quanto a vocação de seus membros e ele sempre se orgulhou da linhagem Uzumaki ter conseguido se manter no poder da máfia russa por tantas décadas e, ainda, saber que a fase de ouro da linhagem estava sendo com seu pai. Minato era um bom líder, sabia levar as outras pessoas na lábia, sabia quem devia bajular e quem intimidar, conseguia tratar de assuntos políticos como se estivesse falando de futebol e foi um dos poucos mafiosos russos a ser tornar íntimo do presidente em gestão. Naruto se orgulhava do pai, mas não se interessou em ser como ele. Importou-se mais em sair com modelos internacionais e andar em carros esportivos que valiam milhões, eram raros os momentos em que saía com o pai para aprender as táticas que eram necessários para manter tudo funcionando ali dentro. Este era um dos motivos alegados pelos membros russos em não apoiar a linha de sucessão dos Uzumakis, tendo Naruto como futuro líder. Naruto não os culpava, nem ele acreditava que podia ser aquilo.
O pai tossiu e Naruto percebeu que Minato havia lhe perguntado alguma coisa, a voz do pai era um eco fraco no meio de seus pensamentos.
- O que você perguntou? - Naruto franziu o cenho.
- O que os gregos são nossos? - Minato repetiu, cansado.
- Aliados.
- E o que são dos sicilianos?
- Inimigos.
- Por que mantemos contato com os gregos?
- Porque eles mantêm o comércio de armas.
- Com quem?
- Eles vendem nossas armas para grupos extremistas do Oriente Médio.
- Através de quem?
- Através de distribuidores da Turquia, que também são nossos associados.
- Então, você acha que vale a pena fechar esse acordo com o Sasori? Acha vantajoso perder a aliança dos gregos pra pegar a dos sicilianos? Qual deles é mais estratégico?
- Os gregos. - Naruto encarou os pés, já sabia qual decisão tomar - Irei avisar Sasori sobre minha decisão amanhã.
- Não seja rude, talvez ainda consiga o fornecimento de drogas.
- Conversei com uma pessoa e ela me disse que consigo fornecimento de drogas em outro lugar e muito mais barato do que com os sicilianos.
- Que pessoa foi essa?
Naruto hesitou. Se contasse sobre Hinata poderia deixar o pai desconfiado e Minato não aprovaria essa relação.
- Um conhecido de Sasori.
- Naruto, não sou idiota. Acha que mesmo vou acreditar que um desconhecido de Sasori te indicou outro lugar para comprar drogas?
Naruto revirou os olhos. Minato já devia desconfiar.
- Hyuuga Hinata.
- Uma Hyuuga? O que ela está fazendo aí?
Uma das qualidades de Minato é conseguir arrancar a verdade das pessoas, mesmo quando ele já tem ciência disso.
- Ela é mulher do Sasori. - Naruto disse baixo, na esperança do pai não escutar.
- Você está se encontrando com uma mulher casada?
Naruto respirou fundo.
- Pai, não estou me encontrando com ela.
- Eu sei que não está. - Minato proferiu, calmo - Está dormindo com ela.
Naruto permaneceu em silêncio.
- Eu conheci as sucessoras dos Hyuugas quando ainda nem tinham idade pra casar e concordo com você em acha-las bonitas, mas você tem que ter consciência, Naruto, ela é uma mulher casado com um mafioso e nós não queremos intrigas desnecessárias.
Naruto queria revidar e dizer ao pai que nunca havia conhecido uma mulher que mexia tanto com ele quando Hinata fazia. Queria dizer ao pai o quão encantadora ela era e que ele amaria conhecê-la. O fluxo de pensamentos sobre Hinata é interrompido pela tosse do pai.
- Já foi ao médico?
- Pra que?
- Você precisa se tratar direito!
- Já estou quase morrendo, só não me entreguei a morte ainda porque preciso saber que deixarei você encaminhado.
- Então ficará vivo por muito tempo.
Minato riu.
- Sabe, sempre achei que morreria com um tiro ou em uma emboscada. Nunca pensei que morreria para um câncer desgraçado.
Naruto pensou em consolar o pai e falar palavras de apoio, no entanto ele já havia feito muito isso e nada adiantou, Minato continuou cada vez pior até ficar vegetando em uma cama.
- Você precisa descansar. - Naruto sussurrou - Vou desligar.
- Naruto.
- Sim, pai.
- Tome cuidado, você é meu único filho e não quero te perder para uma coisa banal como esta, você pode ter a mulher que quiser.
Sendo assim, ele teria Hinata.
***
Como prometeu ao pai, ele iria se encontrar com Sasori e dizer a decisão que os russos haviam tomado.
Sasori havia ligado pela manhã para marcar o encontro, embora Naruto tenha sido contra encontrá-lo em um restaurante, o que tinha para falar era sucinto, não precisava de um almoço executivo para dizer não.
Terminou de abotoar a camisa social branca e passou a mão pelo cabelo molhado, colocou o anel de seu pai e pegou os acessórios que precisava, incluindo seu revólver.
O restaurante que Sasori marcou ficava dentro do Aria. Um restaurante chique demais para Sasori tentar algum tipo de violência, a não ser que o dono do estabelecimento estivesse acostumado com esses encontros e já tivesse reservado um espaço para isto.
Pegou o elevador e apertou o botão do andar, onde residia o local do encontro, que fora indicado na placa de metal ao lado da porta do elevador.
Naruto encostou na parede de espelho e esperou os andares passarem enquanto observava as pessoas a sua volta murmurando os próximos planos na cidade; turistas. Assim que o seu andar foi anunciado no visor eletrônico, não esperou as portas abrirem para se direcionar à elas e abrir espaço entre os turistas. O andar estava pouco movimentado, talvez ainda não fosse hora do almoço ou os hóspedes não costumam frequentar o restaurante.
Em frente a porta há um pequeno balcão de madeira com um notebook preto e um telefone que não deixava de tocar, para atendê-lo havia uma mulher, parecia ser mexicana ou descente, tinha cabelos negros penteados para trás e fixos com gel, o resto do comprimento estava solto. Um delineador marcava o olho pequeno e um gloss iluminava os lábios. Por baixo no vestido justo social ressaltava a marca do biquíni. Não era o tipo de mulher que faria Naruto se interessar, mas não se podia dizer que era feia.
Naruto parou ao lado do balcão e passou os olhos pelo salão, encontrou Sasori sentado em uma mesa para dois perto do canto da parede, um ponto estratégico para os assuntos a serem tratados.
- O senhor tem reserva? - a balconista afastou o telefone da boca, tampando-o com a mão.
- Não, vim encontrar uma pessoa. - Naruto a encarou de canto de olho - Talvez essa pessoa tenha reserva.
- Poderia dizer o nome? Por favor. - ela teclou algumas letras no computador e aguardou.
- Sasori - Naruto parou, não se lembrava do sobrenome.
- Sasori Rossi? - a mulher o encarou.
- Sim.
- Ele já está o aguardando. - ela colocou o telefone no ganho e alisou o vestido - Por aqui.
Os dois entraram no salão iluminado por luzes de filamento de carbono, deixando o ambiente em um excesso de romance. Talvez fosse por isso que o restaurante não fosse bem frequentado, quem seria romântico em Las Vegas?
As mesas eram para, no máximo, quatro pessoas. Bem arrumadas. A música ambiente era baixa e clássica, os garçons conversavam baixo e havia alguns poucos casais espalhados. A balconista parou em frente à mesa de Sasori e anunciou a chegada de Naruto.
- Sinto muito - Sasori pegou a garrafa de vinho e encheu sua taça -, acabei pedindo antes de você chegar.
Naruto iria direto ao ponto, não perderia tempo com Sasori.
- Não.
- Não o que? - Sasori riu e tomou um gole de vinho.
- A minha resposta para a sua proposta. - Naruto repetiu - Se me der licença, vou me retirar.
Sasori ergueu uma sobrancelha e sorriu.
- Sente, russo. - pediu - Vocês deviam andar mais com os italianos e aprender a encher a conversa com merda, só para demorar para falar o que interessa.
Naruto sentou, contra a vontade.
- Já desconfiava que você não iria aceitar fazer o trato comigo. - Sasori deu de ombros - Não estou nem um pouco surpreso ou ofendido.
Ele parecia estar bêbado.
- Tive uma noite de cão. Hinata não me deixou dormir no quarto, então fui procurar minha outra suíte e no caminho acabei encontrando uma de minhas putas - Sasori suspirou -, sabe qual o problema das mulheres? É a ganância e a inveja que elas têm pela outra. Hinata está tentando revidar o ciúmes que sente ao me ver com as putas e as putas querem ser Hinata. - Sasori riu - Uma mais desgraçada que a outra.
Ou talvez ela só tenha nojo de você, pensou Naruto.
- Você acha minha mulher atraente, russo? - Sasori ergueu a taça na altura nos lábios, mas não bebeu.
Naruto estreitou os olhos e pensou na situação.
- Hinata é bonita. - ele confirmou, devagar - Mas ainda prefiro mulheres russas.
Sasori riu.
- Tudo de vocês é melhor. - Sasoei debochou, rindo - É por isso que a máfia russa é a melhor, vocês têm em um fim em vocês mesmos.
Naruto continuou em silêncio.
- Mas você não respondeu minha pergunta. - Sasori bebeu do vinho.
- Como assim?
- Qualquer mulher é bonita, Naruto. Beleza e atração são coisas opostas para homens. - Sasori o encarou com os olhos estreitos - Por exemplo, essa balconista é bonita, mas você não transaria com ela, transaria?
Naruto negou com um movimento rápido de cabeça.
- Então, você transaria com a minha mulher? Ela é atraente?
- Não.
Sasori deixou sua feição surpreendida vagar por seu rosto por instantes.
- Hinata tem corpo demais para você, pelo menos perto das Olivias Palito russas. Você não saberia o que fazer com uma mulher dessas.
- Ainda bem que um de nós sabe tratar uma mulher.
Sasori riu, sem perceber a leve ofensa.
- Estou brindando a merda que meu pai me deixou. - Sasori ergueu sua taça - Um irmão filha da puta, uma máfia em falência e uma mulher que não me quer por perto. Viva!
Por conta do álcool, Sasori não conseguia manter um assunto fixo para a conversa, costurando os temas e os embaralhando em frases.
- Nem sei mais que merda estou fazendo aqui. Ás vezes penso em deixar tudo para o Sai e ficar apenas com o hotel e em outras quero ser o herói dos sicilianos.
As bochechas de Sasori estavam vermelhas.
- Só hoje reparou em como minha família é uma merda. Minha mãe foi uma puta que pulou do barco quando viu que ia afundar, meu pai ficou pra fuder tudo de uma vez e, agora, tem o Sai.
Sasori encarou Naruto.
- Vá embora! - enrolou a língua - Vá antes que eu desabafe ainda mais com outro merda.
Naruto não demorou para levantar da mesa e seguir para a porta do restaurante. Passou pelo balconista que lhe dirigiu um aceno e seguiu para as escadas. Sasori estava bêbado demais para procurar a esposa depois da refeição, era provável que encontrasse a puta que com quem passou a noite do que Hinata. Naruto precisava falar com Hinata antes de partir para o México e depois para a Rússia.
Uma parte de seu consciente temia que Sasori desconfiasse da relação dos dois, principalmente depois do interrogatório no almoço, e a outra parte mal se importava se o mundo ficasse sabendo.
Ao chegar no Luxor, passou direto pela recepção. Não poderia falar com ninguém ou perguntar onde residia a Hinata, todos ali trabalhavam para o Sasori e não pensariam uma segunda vez para lucrar com informações sobre os encontros que a mulher tem enquanto ele se embebeda em um restaurante.
Pegou o único elevador que levava até o último andar e encostou na parede, como de costume. Aproveitou a vista panorâmica de dentro do hotel, observando os hóspedes viraram pontos.
O elevador parou e apitou. Naruto observou o andar enquanto caminhava em direção a única porta. Não havia funcionários ou olheiros. Bateu na porta.
Hinata não demorou para abrir e se assustou ao ver Naruto.
Sua bochecha direita estava inchada e roxa, o canto do lábio também inchara. O sangue de Naruto ferveu em raiva. Sasori bateu nela.
- Vá embora! - Hinata tentou fechar a porta.
- Ele bateu em você?! - Naruto empurrou a porta e entrou a força.
Hinata cambaleou e encostou no braço do sofá a alguns passos da porta.
- Ele desconfiou sobre nós. - ela murmurou - Isso foi só um aviso.
Como ele teve coragem de encostar nela assim?
- Você tem que ir embora. - Hinata se aproximou - Não quero que ele machuque você.
Naruto continuou parado.
- Por favor. - ela suplicou, como se quisesse chorar.
- Eu poderia acabar com ele. - Naruto virou para encara-la.
- Poderia, mas não irá. - Hinata replicou.
Naruto odiava saber que ela estava certa, não podia defendê-la sem gerar algo maior e pior.
- Não quero que me veja assim. - ela abaixou os olhos - Não quero que me veja exposta ao ridículo.
Ele apenas se aproximou, deixando centímetros para um contato carnal. Podia sentir o perfume dela e imaginar o toque da pele alva contra a palma de sua mão.Ela fechou os olhos e encostou na porta, usava um roupão, devia ter saído do banho a pouco tempo. Ele respirou fundo e tentou evitar olhar para o hematoma que se apoderou de seu rosto, uma marca tão horrorosa para um rosto de porcelana.
Doía no fundo de sua alma vê-la com aquela deformação na maçã do rosto e lembrar do modo como Sasori a levou do canil. Ele devia ter imaginado que haveria uma agressão, como foi inocente o suficiente para achar que Hinata tinha só nojo de Sasori? Ela o repugnava, principalmente agora. Então, este foi o motivo para ele ir procurar o quarto de uma puta ontem. Naruto trincou o maxilar.
- Você devia ser apenas beijava. - ele sussurrou, como um mantra para si - Acariciada e amada.
Naruto se aproximou os centímetros que faltavam para tocá-la e sentiu seus músculos estremecerem ao sentir o frescor pós-banho que ela exalava. Ela entreabriu os lábios e depois sorriu.
Hinata sentiu uma agulhada forte no hematoma ao comprimir a bochecha com um sorriso. Seus olhos encheram de lágrimas e ela quis chorar mais uma vez, por vergonha.
- Daqui dois dias estou indo para o México e depois vou para a Rússia. - ele comentou, mais para si do que para Hinata, tentando encontrar alguma forma de consolo em saber que precisa ir embora.
- Não temos mais tanto tempo juntos. - ela sussurrou e segurou as lágrimas, fazendo o sorriso morrer.
- Eu só... Eu quero... Eu não sei o que fazer. - ele encostou a testa na dela e fechou os olhos, inspirando seu perfume, obrigando o seu cérebro a marca-la para sempre.
Ela buscou por sua mão e a guiou até sua boca, depositando um leve beijo.
- Me beije, me acaricie e me ame. - ela sussurrou e abriu os olhos.
Ele não respondeu, apenas buscou os lábios dela e a beijou do jeito que a fazia se arrepiar: com volúpia, desespero e tesão. Hinata o abraçou e amassou a camisa social que o vestia, fincou os dedos no tecido e pressionou o seu corpo contra o dele.
O calor dos corpos aumentou, assim como a necessidade. À medida que se pressionavam um contra o outro, a respiração ia faltando e a exasperação pelo oxigênio era subjugada pelo desejo e atração dos corpos.
Hinata espalmou o peitoral dele e o afastou, recuperando o fôlego. Sorriu e passou os dentes pelos lábios. Arrastou o corpo pela porta e caminhou até a cama, desatando o nó de seu roupão.
Ele a observou se afastar e a cada passo que ela dava, uma força magnética o induzia a ir atrás dela. Sentou-se na cama e inclinou o corpo, segurando a tirando roupão que pendia ao lado do corpo dela.
Ela sorriu e com um movimento de ombros fez o roupão cair a seus pés. Os olhos de Naruto passaram por seu corpo nu e o choque da excitação o fez se arrepiar. Era difícil manter qualquer sanidade ao lado dela.
Hinata passou as pernas pelo quadril de Naruto e os braços por seu pescoço, buscou por seus lábios e prendeu os lábios inferiores dele entre os dentes. Naruto inspirou com força e a encarou nos olhos, sentindo o calor do corpo dela irradiar para o seu. Com a mão na nuca dela, Naruto a beijou e fincou os dedos entre seu cabelo, dominando o beijo e todas as ações dela.
Hinata abriu mais a pernas para se acomodar em seu colo e passou mãos pela camisa social de Naruto, amarrotando ainda mais tecido que foi passado com perfeição. Os dedos de Naruto se apertam em torno de seus fios lisos e úmidos e a outra mão livre marca a pele de sua cintura.
Naruto passou a língua pelos lábios de Hinata, que a sugou. O corpo dela começou a esquentar e ela pode sentir o quão úmida ficava só de ser acariciada e beijada por ele. Adorava o jeito que ele a beijava e a forma bruta como a tocava agora. Suspirou e apertou os fios loiros, puxando-os.
A mão que apertava a cintura desceu pela pontas dos dedos até sua coxa, fazendo a pele se arrepiar. Hinata se afastou e inspirou ofegante com os olhos fechados. Os dedos dele desceram para a parte interna de sua coxa e ela ofegou de novo. Quando ele chegou perto o suficiente, ela se arrepiou ao pensar que logo ele descobriria que ela estava molhada.
Ele a tocou e a reação imediata de seu corpo foi gemer ao sentir a umidade dela. Passou os dentes por seu lábio inferior e deslizou o dedo pelo vértice das coxas dela, que gemeu em resposta.
Ele não parou de acaricia-la e de beija-la. Encontrou o ritmo perfeito: fazer círculos com os dedos e continuar beijando-a, mordendo e sugando seus lábios. Ela abriu mais as pernas e o desejou cada vez mais. Quando o movimento do dedo dele se intensificou, ela arqueou o corpo e tombou a cabeça para trás, quase de imediato, Naruto desceu a mão que estava em seu cabelo e segurou na cintura dela, fazendo-a se sentar em seu colo de novo e prendendo-a no lugar. Ela queria retrucar o movimento possessivo e desafia-lo, mas estava ardente demais para pensar em dizer ou fazer alguma coisa.
Quando ele colocou dois dedos e continuou estimulando seu clitoris com o polegar, ela buscou uma lufada de ar e sentiu o peito arder. Queria gritar. Queria ele dentro dela de novo. Sentiu que iria gozar a qualquer momento. Ela podia sentir o prazer condensar em seu ventre e ir tomando forma.
Naruto retirou os dedos. Ela sentiu que iria explodir.
- Quero que você goze na minha boca. - ele sussurrou perto de seu ouvido. A frase foi o estimulante o suficiente para quase fazê-la gozar. Ele a ergueu e a colocou na cama.
Ajoelhado ao pé da cama, ela a puxou pelo quadril até a beirada e passou suas pernas pelos ombros, a prendeu contra o colchão.
- Naruto... - ela chamou baixo e ofegante, subindo as mãos pela barriga, passando pelos seios e parando nos cabelos. Ela estava enlouquecendo, se ele não a fizesse gozar, ela explodiria ou teria um infarto.
- Se você soubesse o tesão que eu sinto quando você fala o meu nome assim.
Ela iria rebater quando sentiu os lábios dele envolvendo-a e sua língua deslizando por sua intimidade. Apertou o lençol e o arrancou dos cantos da cama, arqueou o corpo e chamou por Naruto, sem voz.
Ele a beijava ali como beijava seus lábios. Isto fez o prazer voltar a se condensar mais rápido e ela resfolegou. Estava perto, era palpável. Ela podia sentir o calor e as contrações musculares. Remexeu o quadril e ele a apertou contra o colchão. Suas mãos se perderam em seu cabelo e então o orgasmo a atingiu. Ela ergueu o tronco e soltou um gemido mudo, enquanto sofria com o orgasmo, ele voltou a inserir dois dedos nela.
- Naruto... Hm... Isso foi - ele a beijou.
O corpo dele deitou sobre o dela e a cobriu. Sentiu-se pequena perto da estatura dele; mais feminina e frágil. Passou os dedos habilidosos pelos botões da camisa e o afastou. Ajoelharam na cama. Ela passou a mão pelos ombros dele e retirou a peça que ela tanto apertara. Contemplou o abdômen, que denunciava treinamento físico, desceu os olhos pelos braços fortes e se perdeu na cor de sua pele. Ele tinha cicatrizes espalhadas pelas costelas e braços.
Umedecendo os lábios, ela desce a ponto dos dedos pela lateral do corpo dele e chegou a calça. Retirou o revólver e a munição, buscou pelo botão interno da peça e abriu com sorriso de canto. Naruto trincou o maxilar ao sentir a calça deslizar por suas coxas.
- Desça da cama. - ela pediu.
Ele não apresentou resistência e logo já estava em pé em frente à cama. Devagar, desceu e se ajoelhou, e ao invés de terminar de retirar a calça dele, ela beijou o espaço entre seu umbigo e o elástico da cueca. A boca quente contra a pele dele, bem perto daquele ponto o fizeram delirar, a ereção pulsou e ele quis acabar com aquilo o mais rápido possível, não estava mais aguentando. Porém, adorava a tortura que ela conseguia proporcionar aos seus hormônios e se manteve quieto.
Perdeu a força das pernas quando ela o abocanhou. Ela sabia bem como juntar o trabalho da língua com a sucção e isso o deixava louco. Ele empurrou o quadril contra a boca, que deslizava por sua extensão e era ajudada pela mão. Ele sentiu um calafrio e um arrepio, se ela continuasse assim ele iria gozar.
Hinata o apertou com mais pressão e aumentou a velocidade com que deslizava pelo membro dele. Naruto gemeu e ela sentiu um calafrio.
- Não vou gozar. - ele disse repentinamente e a ergueu. Ela assustou com o movimento inusitado e não apresentou uma reação, sentiu a cama sob os joelhos.
Ele a jogou de bruços na cama, beijou suas costas e subiu para o pescoço.
- Você é muito gostosa.
Ela sorriu.
- Erga o quadril. - ele passou a mão pela cintura dela e estabilizou sobre os joelhos, as nádegas dela pressionaram o abdômen dele, ela sentiu a ereção dele contra as coxas, arfou. - Isso.
Ao mesmo tempo que a penetrou, ele deferiu um tapa em sua nádega. Os dois gemeram. Ela agarrou o lençol mais uma vez e empinou mais o quadril contra o corpo dele.
Naruto afundou os dedos na cintura dela e se afastou de novo, sem demorar muito para penetra-la. Golpeou as nádegas dela com outro tapa e trincou o maxilar, as paredes internas dela o apertaram. A pele branca começava a ficar vermelha e tomar forma de sua mão, o que o instigou a atingi-la mais uma vez.
Ela afundou o rosto no travesseiro enquanto ele aumentava o ritmo das investidas. As mãos em volta de seu quadril davam a estabilidade para mantê-la erguida quando os corpos de chocavam. Ele desceu mão por suas costas e alcançou os cabelos da nuca. Ergueu o rosto dela, que estava corado.
- Quero escutar você gemer. - ele pediu e ela o obedeceu.
Era assim que ele queria desde que a encontrou no salão. Dominá-la, possui-la, te-la só para si. Pensar sobre isso e vê-la a sua frente gemendo e chamando seu nome. Seu corpo sofreu um espasmo e ardeu, ele aumentou a velocidade das estocadas, deixando o choque dos corpos mais intenso. Voltou a estimula-la com a outra mão e isso a fez erguer ainda mais o quadril ao encontro do seu. Ela abriu mais as pernas.
- Naruto! Vou - ela gemeu.
- Ah, sim... - ele deixou o movimento dos dedos mais rápido.
Uma batida na porta fez o corpo de Hinata congelará
- Hinata, abra a porta! - era Sasori.
Naruto pareceu não se importar, ao contrário, ficou ainda mais excitado.
- Sei que você está aí! - Sasori gritou e pareceu chutar a porta - Eu perdi a merda do meu cartão.
- Mostre ao seu marido o que você está fazendo. - Naruto sussurrou e a penetrou, fundo. Ela gemeu abafado e sentiu o rosto queimar junto com o aumento da palpitação.
Sasori parou de fazer barulho, como se quisesse certificar que havia escutado alguma coisa.
- Hinata?
Ela mordeu o lábio inferior quando Naruto voltou a se movimentar. Ele deu um tapa mais forte em sua nádega em comunhão com uma investida mais forte, a pele ardeu e esquentou, ela soltou um gemido contido.
- Hinata, estou escutando barulho! Abre a merda da porta!
- Você está fazendo muito barulho. - Naruto a advertiu e sorriu malicioso.
Os dedos dele escorregaram por seus fios e a deixaram afundar a cabeça no travesseiro e soltar a respiração com um gemido. Ela não conseguia pensar com Naruto a estimulando assim, as consequências nem se formavam em sua cabeça. Sasori estava do outro lado da porta e podia ouvi-los.
Ela sentiu que gozaria de novo.
- Hinata, caralho, abre a porra da porta! Você irá merecer quantos tapas forem necessários se continue a agir feito uma puta.
Ela sentiu vontade de gritar para denúncia-loa e mostrar a Sasori o que ela estava fazendo.
Gozou e perdeu a noção da realidade. Escutou Sasori resmungar alguma coisa e se afastar. Seus olhos fecharam e seu corpo passou por ondas de espasmos.
- Hinata... - Naruto disse, entre dentes e afundou a prendeu contra seu corpo.
Os dois se largaram na cama, ofegantes e suados. Hinata ainda estava assustada com a aparição de Sasori e envergonhada, não queria encarar Naruto, não queria que ele olhasse para a marca em seu rosto. Sentiu os dedos dele passarem por suas costas.
- Acho que nunca vou superar você. - ele sussurrou.
Ela não podia ficar sem olhá-lo.
- Pretende me esquecer?
- Ou te sequestrar.
Ela sorriu e esticou a mão para tocar o rosto dele. Era difícil admitir que teria que haver um fim.
Com um estralo, a porta abriu. O coração de Hinata quase saltou pela boca e ela sentiu ânsia. A camareira entrou e paralisou ao se deparar com os dois na cama. O silêncio se instalou. Hinata aguardava pela entrada de Sasori com uma arma. Podia sentir sua lividez, sua alma havia deixado o corpo, ficou mole. A mulher também não esboçava reação. Era uma das melhores funcionárias de Sasori.
Era o fim.
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