1. Spirit Fanfics >
  2. Cristais de Sangue >
  3. O Russo

História Cristais de Sangue - O Russo


Escrita por: MarceFC

Notas do Autor


Espero que esteja gostando!

Capítulo 2 - O Russo


Capitulo 2 

Hinata se despede de Ten Ten e segue para o quarto no último andar de Luxor. Nessa época do ano o movimento de turistas é mais intenso e deixa essas reuniões mascaradas como festas de luxo, Hinata já perdeu as contas de quantas vezes o pai já a deixou no hotel com a mesma desculpa: " é uma festa para adultos", e se fosse julgar pelos trajes, eles pareciam estar mesmo indo para uma glamorosa festa. 

Ao chegar no quarto, vai direto para o banheiro, abandonando a bolsa, acessórios e roupas pelo caminho. Abre o registro do chuveiro e prende o cabelo em um coque. Assim que a água atinge a temperatura desejada, adentra no boxe e evita que a água toque nos fios negros.

Teria uma longa noite pela frente com muito sorriso forçado e com atitudes de mulher fútil e tola. Gostaria de poder inventar qualquer desculpa a Sasori e não comparecer à festa, no entanto ele havia deixado bem claro que queria a sua presença quando pediu para não se atrasar, além do fato de que ela gostaria de conhecer os russos - o pai sempre falou que eles eram a máfia mais poderosa que tinha e eram muito respeitados, por isso não perdiam tempo com essas cordialidades -, nunca se sabe quando outra chance dessa irá aparecer. 

Ao término do banho, passa o creme para hidratar a pele ressecada e queimada pelo sol. Caminha para o closet com a toalha enrolada no corpo e para em frente ao armário, passando os dedos pelos tecidos delicados dos dois vestidos de festa que trouxe. 

Ela não poderia escolher o vestido curto, então a sua única opção cairá para o longo vestido de tule. Ainda com o cabelo em coque, veste o vestido. A seda desliza pela pele alva e vai se ajustando ao corpo de Hinata como se estivesse sido feito sob medida. O tule com cristais incrustados tem maior concentração na parte dos seus seios e vão diminuindo a frequência até a linha da cintura, onde começa o tecido azul báltico. Nas costas, o decote ia até a altura das ancas de suas nádegas. 

Senta-se à penteadeira e inicia a maquiagem.
                                 ***
Já fazia meia-hora que o motorista esperava pela senhoria Hyuuga e recebia as ligações furiosas de seu chefe sobre o atraso da esposa. O funcionário estava quase indo a recepção para telefonar para o quarto da mulher quando esta passa pelas imensas portas de vidro com insufilme negro. 
- Estamos atrasados, senhorita. - o motorista disse abrindo a porta. 
- O Hotel não é aqui ao lado? - Hinata franziu o cenho pela pressa de todos.
O motorista não respondeu, consentido a pergunta. 

Logo que ela bate a porta do carro, o motorista arranca pela avenida principal. Las Vegas começa a ganhar vida e virar a paisagem das agências de viagens, cheia de luz e movimento. 

 

Sasori está na porta, impaciente. Assim que o carro para a sua frente, seus olhos se estreitam e se aproxima para abrir a porta para a esposa.
- O que eu disse? - ele soa ríspido e Hinata é indiferente.
- São nove horas. - ela rebate segurando a saia do vestido a espera do marido. 
- Era para você chegar aqui antes das nove. - ele rebate estendendo o braço a ela.
- Sinto muito pelo atraso, então. 

Os dois caminham para a entrada do hotel. Era de se esperar que Hinata chamava a atenção e como ela não estava ali para tratar de nada e se fingir de fútil, os olhares direcionados a ela e ao vestido que refletem as luzes mostram que sua tentativa foi bem sucedida e ela havia alcançado o objetivo. Já Sasori sente-se orgulhoso e prepotente em ter uma mulher como Hinata sabendo que muitos homens ali sonhariam com ela esta noite; não se arrependerá em nada sobre sua decisão há três anos quando pediu a mão da jovem em casamento, além das vantagens políticas que o casamento trariam, ele ainda ganhou o bônus da mulher ser bonita. 

Pegaram o elevador. 
- Você está deslumbrante. - ele comenta encostando na parede espelhada. 
- Obrigada. - ela cruza seu olhar com o dele pelo espelho - Você também não está de se jogar fora. 

De fato, o marido não era feio. No auge de seus 45 anos, ainda tinha cabelos volumosos e ruivos, sem sinal algum de fio branco. A feição ainda era jovial, em que se era difícil acreditar na idade que já carregava nas costas. Seu físico estava bom para um homem da sua idade, bem condicionado e as cicatrizes de tempos antigos nem eram mais acentuadas, só quando observadas bem de perto. 

O olhar de Sasori desce pelo decote nas costas da mulher e um sorriso lascivo se forma ao chegar na curvas do quadril de Hinata. Antes que ele pudesse agir e se aproximar da mulher, o elevador apita e abre as portas, Hinata caminha para fora e deixa apenas seu perfume para trás. 
Sasori passa os dentes pelo lábios inferior e mantém a calma; ela era mulher dele e assim ela estaria em sua cama mais tarde, não havia necessidade de pressa. 

Os dois cruzam o corredor de tapete verde até a porta de madeira duas-folhas, dois serventes as abrem e revelam o enorme salão ocupado com mesas de toalhas vermelhas com castiçais; lustres de cristal que pendem do teto decorado a gesso; o tapete é trocado por uma das peças mais caras de travertino; um pequeno palco para uma banda e os garçons se preparavam para começar a servir os convidados. 
- Está muito melhor que o ano passado. - ela observa- Agora, vão querer que você sempre organize esses encontros.
- Se você se vestir assim em todos eles. - Sasori se aproxima e espalma uma das nádegas da mulher e aproxima a boca de seu pescoço.
- Sasori... - ela adverte ao mesmo tempo que encosta seu corpo ao dele - Você deve se comportar.
- Não sabe o sacrifício que será. - ele sussurra próxima de seu ouvido e deposita um beijo em seu pescoço.

O arrepio percorre toda a espinha de Hinata e esquenta seu corpo. Um sorriso se expõe tímido e lascivo. Ela vira de frente para o marido e busca seus lábios, pegando-o de surpresa. Os lábios se encontram de forma urgente da parte de Sasori enquanto que Hinata acompanha seu ritmo abrindo um pouco mais os lábios e envolvendo os braços por seu pescoço. 

 

Quase todos os convidados já ocupavam os seus lugares e vagueavam pelo salão, Sasori recebia muitos elogios e ficava ocupava nas rodas de conversas, o que fez Hinata ir para o outro lado e procurar a companhia do primo e de Ten Ten, sentando-se a mesa com eles.
- O que acharam? - questiona.
- Está tudo muito bom até agora. - Ten Ten dá um gole em seu vinho.
- Não sei como foi ano passado porque o titio não veio e não me mandou. - Neji dá de ombros - Mas o Sasori fez um bom trabalho.
Hinata dá um sorriso mínimo. E passa o olhar pelo salão, analisando as mulheres que desfilam um estilista e uma joalheria diferente. Um mundo com o encanto que adormeceu a Bela Adormecida, no entanto sem o direito do beijo do amor verdadeiro. O mais engraçado ali era ver todos aqueles velhos acompanhados de mulheres que podiam ser suas filhas e, infelizmente, Hinata se incluía nessa generalização. 

- E o russo? - Ten Ten encara o marido.
Neji olha para a prima, que dá de ombros, revelando que já sabia sobre o assunto. 
- Sasori não sabe se ele virá hoje, mas ele já está em Las Vegas. 

Hinata torce para que ele venha e deixe essa noite castigante um pouco mais animada e interessante. A curiosidade ruía por dentro. Será que viria a família? Ou só os membros principais? Como será que eles eram? 

Ela sabia que a curiosidade que mexia com sua imaginação também ataca o marido na forma de nervosismo, pois entre todos os chefes desde que criaram essa confraternização, Sasori seria o primeiro a receber alguém da máfia russa. 

Os músicos tocavam alto e faziam as pessoas falaram mais alto, o assunto na mesa da Hyuuga ia quase parando já que os primos não conseguiam encontrar nada que não os levassem a falar dos pais de Hinata e Ten Ten preferia nem intervir. 

As portas duas-folhas abrem de novo e o movimento chamou a atenção do olhos perolados da Hyuuga, que dispersou da conversa arranjada do primo e dirigiu a atenção para os serventes que já se preparavam para fechar a porta. Sasori, que estava perto da porta parece entrar em êxtase ao notar quem estava prestes a entrar e ao notar tal comportamento do marido, Hinata já podia adivinhar quem entrava. 
- O russo chegou. - ela anuncia levando a taça de vinho a boca. 

Os parentes dirigem o olhar para a porta, assim como algumas pessoa ali perto. 

Enfim, ele entra. Veste um terno negro perfeitamente ajustado no corpo de ombros largos e quadris estreitos, a gravata roxo escuro é o contraste perfeito da vestimenta. O maxilar é marcado por uma linha de tensão e as cicatrizes no rosto são ofuscadas pelos brilhantes e translúcidos orbes azuis. O cabelo loiro está penteado para trás. Está sozinho. 

Todas as expectativas que Hinata nutria até o momento são quebradas e ela não consegue tirar os olhos dele. 

- Sasori está te chamando. - Neji comenta.
Com os olhos no russo, Hinata levanta de seu lugar e caminha até o marido, quando percebe que os olhos azuis pousam nela e acompanham todo o seu movimento. 

Sasori já se apresentava ao homem quando ela chegou. 

- E esta é minha mulher, Hyuuga Hinata. - o marido a apresenta com um sorriso no rosto. 

E pela primeira vez naquela noite, Hinata dá um sorriso verdadeiro. 

- Prazer. - ela estende a mão a fim de apertar a dele, mas é surpreendida quando ele leva sua mão de encontro aos seus lábios e fixa seus olhos nos dela. O olha mais penetrante que ela já teve que manter contato.

Um calor se irradia por seu corpo e o coração bate forte contra as costelas. A música é abafada e por um mísero momento só existe ela e ele ali. 
- Este é Uzumaki Naruto. - Sasori  apresenta, mas Hinata mal o ouve. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...