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História Cristais de Sangue - Traíra


Escrita por: MarceFC

Notas do Autor


Olá 🖖🏼 Feliz nataaaal! Espero que vocês tenham tido uma ótima festa e que tenham comido muita coisa boa🙃

Boa leitura e espero que goste do capítulo!

Capítulo 22 - Traíra


Naruto

Hinata estava sentada em seu colo com a cabeça encostada na curva de seu pescoço, os cabelos úmidos caiam por suas costas e por cima da mão dele, que afagava a pele quente dela. 

Os dois permaneceram em silêncio por um longo tempo após o banho e parecia que isso não iria mudar até ela perguntar: 

- Você acha que ele já descobriu? 

Naruto suspirou. 

- Quando ele descobrir ficaremos sabendo. 

- Por que você matou o Shino? Ele não tinha nada a ver com isso. 

- Porque ele era capacho do Sasori e eu não iria conseguir te levar dali com ele vivo; Sasori ficaria sabendo muito rápido. – Naruto deu de ombros. 

- Estou com medo. – ela admitiu, baixo. 

- Medo do quê? 

- Do que pode acontecer a nós e a outras pessoas. É uma situação muito delicada. 

- Nada acontecerá a nós. – ele passou a enrolar a ponta do cabelo dela nos dedos. 

- Como você pode ter certeza disso? 

- Porque eu sou um Uzumaki. – ele disse com convicção e ela deu um sorriso sonoro. 

- Você tem certeza só por ser um Uzumaki? 

- Sim. – ele deu um sorriso de lado e ela riu. 

- Achei que você falaria uma frase de efeito ou alguma coisa mais heróica. 

Ele sorriu. 

- Eu não vou deixar nada acontecer a nós. – ele repetiu- Juro para você que vamos passar por isso ilesos. 

- Você jura mesmo? 

- Juro por qualquer coisa que você queira. 

Ela beijou seu pescoço. Era incrível como ele conseguia amá-la ainda mais a cada hora que passava perto dela. 

Sentia como se sua alma estivesse presa a ela e que toda a sua vida dependia das vontades dela. Ele estava completamente entregue àquela mulher e não sentia nenhum receio disso. Para ele, não importava se ela não o amasse o mesmo tanto ou se no futuro não desejasse mais ficar ao seu lado, bastava apenas ela o querer – nem que por um efêmero momento. 

A sensação de enfim tê-la nos braços recompensava o martírio de apenas lembrar-se dela e era tão satisfatória que ele pensava que se morresse agora, morreria feliz.

Ninguém a tiraria de seus braços de novo. 

-  Qual será o nosso próximo passo? – ela o questionou. 

- Você ficará aqui e eu voltarei. 

- Por que tenho que ficar? – ela franziu o cenho. 

A melhor escolha, embora seja difícil, era deixá-la no hotel e seguir sozinho. Pois qualquer investida que fosse feita contra ele seria na tentativa de atingi-la também e vice-versa. Ficar separado era o jeito mais certo de fazer Sasori perder tempo e distração tentando encontrá-la. 

O único problema era ter que deixar Hinata sozinha ali; ela era indefesa demais sem mais alguém para defendê-la. Ele poderia ensiná-la a manejar uma arma ou passar alguns ensinamentos sobre como bater, mas levaria tempo e ele não tinha toda essa disponibilidade, sendo assim precisava de outra pessoa. Alguém que a ensinasse o básico de uma boa defesa e tirasse mais uma preocupação de suas costas.

- Ino... – ele sussurrou. 

- O que? – ela ergueu um pouco a cabeça – Você ainda não me respondeu. 

- Porque ele virá atrás de você e achará que você está comigo. Ficando longe é o melhor jeito de fazê-lo perder tempo e concentração. 

- Será por muito tempo? 

- Verei você sempre que puder. – ele ajeitou o cabelo dela – Pedirei para uma conhecida minha te ajudar.

- Ajudar com o quê? 

- Você já atirou? 

- Não. 

- Já bateu em alguém? 

- Um tapa na cara serve? 

Naruto sorriu. 

- Já é um começo. 

- Vai pedir para alguém me ensinar essas coisas? 

- E nem adianta dizer que não quer se envolver com isso. 

- Mas eu quero aprender. – ela voltou a deitar a cabeça em seu ombro – Não quero mais ser uma inútil. 

Ele subiu a mão pelas costas dela até a nuca e concentrou as carícias ali. 

- Então você irá morar com Ino. – ele decidiu. 

- Quem é Ino? – o tom de Hinata era firme. 

- Ela é da terceira família mais poderosa dentro da nossa máfia. 

- Quem é a segunda?

- São os Uchihas. Essa nossa geração está sendo uma merda. 

- Por quê? 

- Os Yamanakas nem tanto, pois a Ino ainda possui parentes. Os Uzumakis já foram uma família grande em tamanho e em feitos, tanto que sempre estivemos no poder ou perto disso. Os últimos anos de nossa glória foram quando meu pai era o chefe antes de ficar doente. 

- Seu pai ainda é o chefe? 

- Oficialmente, sim, mas ele não está em condição de resolver os problemas que temos, por isso eu que estou cuidando de tudo. 

- Você só será o chefe mesmo quando ele morrer? Os outros aceitam isso? 

- Sim e eles precisam aceitar, não é uma questão de escolha. 

- Você não disse o que aconteceu com sua família. – ela retomou o assunto. 

- Morávamos em uma casa gigante e quando eu era pequeno costumava dizer que era um castelo. – ele sorriu melancólico – Meu pai foi ao clube resolver um problema com o cara que cuidava da lista e me levou junto com ele. – Naruto fez uma pausa como se lutasse para continuar ou lembrar – Quando chegamos em casa de novo estava tudo silencioso demais e comecei a chamar minha mãe para dizer o que eu tinha feito durante a tarde com meu pai, como sempre fiz, mas ela não me respondia. Meu pai segurou meu ombro na entrada da casa e me olhou de um jeito sério, pegou a arma de sua cintura e destravou. Lembro que senti vontade de chorar e medo. 

- Se você não quiser continuar, eu entendo. – ela murmurou. 

Ele balançou a cabeça negando. 

- Não cheguei a entrar na casa nem por um segundo, fiquei sentado no jardim. A polícia chegou um tempo depois junto com a perícia e meu pai saiu com os olhos vermelhos de lá de dentro. Não falou comigo. Estava sujo de sangue e então eu comecei chorar. Contei todos os corpos que saíram de dentro da casa e me recusei a acreditar que minha mãe era um deles. Foi o maior massacre que uma família já sofreu, apareceu nos jornais e em qualquer lugar de mídia. – ele passou a mão no rosto – Nunca mais voltamos para aquela casa ou tocamos no assunto. Meu pai não permitiu que eu chorasse por eles, embora eu o tenha visto varias vezes com os olhos vermelhos. 

O massacre aos Uzumakis foi investigado durante anos e a frustração de não encontrar provas o suficiente para chegar a um suspeito foi o bastante para ir derrubando Minato aos poucos. Naruto viu um grande homem regredir ao pó – e o seu maior palpite era que o estado do pai contribuiu para o câncer, que o derrubou em uma tacada só. 

O pior de tudo foi: ele era muito pequeno e as lembranças da mãe são vagas por isso. Ele se lembrava do que costumava fazer com ela, da presença dela, da voz, mas não se lembrava de seu rosto. Naruto não fazia ideia de como sua mãe foi, mesmo sempre pedindo referencia ao pai. 

Talvez Minato achasse que se Naruto não se lembrasse da mãe, não sentiria tanto a sua falta ou sofreria como ele sofreu, no entanto ele estava enganado.

- Vocês descobriram quem fez isso?

- Não. – ele deu de ombros – Ossos do ofício. Acredito que era para eu e meu pai ter morrido também. 

- Exterminar uma família inteira? 

Ele não respondeu. 

- Sou o último Uzumaki. – ele murmurou, mais para si mesmo – E eu poderia ter tido um filho... E só de pensar que eu poderia ter tido isso com você... Aquele filha da puta vai pagar por isso.

Hinata o abraçou mais forte. 

- Preciso fazer isso por todos aqueles que morreram naquela casa, devo isso como herdeiro. 

- Você vai conseguir fazer isso. – ela sussurrou, tentando confortá-lo – Vamos dormir um pouco, você deve estar cansado. 
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Ele acordou de repente. Não lembrava se havia tido um pesadelo ou escutado alguma coisa no quarto. Hinata dormia ao seu lado com a mão no rosto e a boca levemente aberta. Ele sorriu. 

Agora, ela estava realmente ali ao seu lado e parecia tão relaxada. 

Sabia que a partir de sua decisão de tirá-la da casa do pai daquela maneira e trazê-la para a Rússia traria uma consequência terrível e rápida. Talvez ela já estivesse se fomentando a milhares de quilômetros de onde estavam. Ele não sentia medo do que veria; enfrentaria qualquer coisa por ela.

Precisavam ir. 

Ergueu a mão até o rosto dela e tocou com a ponta dos dedos. Ela abriu os olhos no mesmo segundo. 

- Aconteceu alguma coisa? – ela disse alarmada. 

- Não. – ele sorriu – Só precisamos ir. 

Ela sorriu e respirou fundo, esticou os braços e pernas, fazendo o cobertor descobrir seu corpo e revelar os seios e pernas. O corpo de Naruto queimou, mas ele se controlaria. 

Hinata levantou da cama de modo arrastado e caminhou até o banheiro. Não demorou muito até escutar o chuveiro. Resolveu juntar-se a ela. 

Ele vestiu a mesma roupa enquanto ela colocou as roupas que compraram no aeroporto. 

- Achei muito incrível ter escovas de dentes aqui e gilete e um shampoo bom. – ela se aproximou dele – Quer fazer a barba? 

Ele sorriu. 

- Acha que preciso fazer? 

- Sim. – ela sorriu e se apoiou de costas na pia, dando um impulso para subir na bancada.

- O que vai fazer? – ele ergueu a sobrancelha. 

- A sua barba. – ela abriu a primeira gaveta e tirou a gilete junto com o creme para barbear. Abriu o embrulho de plástico que envolvia os objetos – Sou ótima nisso. 

- Quantas vezes você já fez isso? – ele perguntou enquanto ela espremia o creme na mão e passava por seu rosto. 

- É a primeira vez. – sorriu – Tudo tem sua primeira vez, certo? 

Ele se lembrou da vez que andaram de limusine em Las Vegas e de como ela lhe disse isso. Seu corpo voltou a atiçar ao lembrar-se dela ofegante e as lembranças começaram a se misturar com o que fizeram horas atrás.  

O corpo dela; a voz; os olhos; a boca. Tudo nela o excitava e arrancada sua sanidade. 

Foi submergido dos pensamentos quando sentiu a lâmina da gilete na bochecha. Olhou para a feição atenta de Hinata e quis sorrir, porém sentiu medo de ter um pedaço de carne arrancado com o ato. 

 

Ela passou a toalha por sua pele sensível e sorriu ao contemplar o trabalho. Aproximou os rostos e o beijou. As pernas dela envolveram suas coxas e o puxaram para mais perto. 

- Hinata... – ele advertiu – Precisamos ir embora. 

Ela sorriu contra seus lábios e depois mordeu o inferior. 

- Está com muita pressa?  

- Sim. 

- Mesmo? – ela desceu a mão até seu membro e o apertou. 

Ele reparou que não importava se estava com pressa ou tinha assuntos urgentes para resolver. Quando ela fazia isso não havia concentração que se firmasse. 
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Chegaram ao apartamento de Ino após Hinata discutir com ele que era preciso comer alguma. Eles pararam em uma padaria e terminaram o caminho com lanches e refris nas mãos. 

Ele sentia-se diferente ao lado dela. Sentia-se uma pessoa normal.

Escolheram ir pelas escadas até o andar certo e pararam na porta.

- Preciso que espere aqui. – ele avisou enquanto apertava a campainha. 

Ela o encarou com o cenho franzido, mas não questionou, apenas encostou na parede e cruzou os braços. 

Ino atendeu e mal teve tempo de ver quem era, já foi empurrada para dentro. 

- Naruto?! O que... Tinha alguém lá fora? Quem era? 

- Lembra quando você disse se eu estava precisando de ajuda? 

- Sim. 

- Preciso dela agora. – ele encostou na porta – A mulher lá fora é Hinata Hyuuga. Preciso que cuide dela por tempo indeterminado e que a ensine o básico para conseguir se defender sozinha. 

- Calma... – Ino ergueu a mão – Hinata Hyuuga? Por acaso é a irmã da mulher que ia casar com Gaara? Ela é a casada com o chefe italiano? Naruto você enlouqueceu! Você sequestrou ela? 

- Não a sequestrei e não tenho tempo para ficar te explicando a história toda. – ele colocou a mão no bolso – Irá fazer o que estou pedindo? 

Ela parou e hesitou. 

- O italiano já sabe disso? Bom... Já deve saber já que você está pedindo para eu ensiná-la a se defender.

- Ele ainda não sabe. – Naruto cortou qualquer linha de raciocínio que Ino teria – Quero que faça isso por medida de segurança, mas creio que não irá precisar. 

Ino bufou e cruzou os braços. Não iria discutir com ele. 

- Faça o que quiser. Foda-se. 

Naruto sorriu de lado e abriu a porta de novo, encontrando o olhar brilhante de Hinata. 

- Ela cuidará de você. – ele anunciou – Já estou de saída. 

Hinata o acompanhou até a porta das escadas e segurou sua mão. Assim que ele virou o rosto, ela o beijou. 

O beijo era urgente, mas não por desejo. Era o desespero da saudade e da partida, o saber que o futuro dos dois era algo incerto e arriscado, que nenhum deles saberia nada dali para frente e que, talvez, demorasse para se ver novamente. Ele não cogitava a ideia de nunca mais vê-la, porque ele não iria perdê-la mais. 

Ele a encostou na porta e abraçou seu corpo. Seu coração batia rápido contra o peito. Sentia um aperto forte no fundo da garganta causado pela afobação. 

Ela apertou seus cabelos entre os dedos e se afastou. 

- Você promete que voltará o mais rápido possível para mim. -  ela sussurrou com os olhos molhados. 

- Eu juro a você. – ele encostou a testa na dela – Você nem sentirá a minha falta. 

Ela sorriu. 

- Eu amo você. – ela sussurrou fechando os olhos como se estivesse liberando o peso do mundo – Eu amo você. 

Ele a beijou de novo e eles se afastaram. A porta bateu e isso anunciou mais uma separação. 

Mas ele esperava que fosse o mais breve possível. 
*** 
Sasuke. 

Bateu com o celular na mesa assim que finalizou a ligação de Gaara. 

Mas que porra Naruto estava fazendo?! O que estava passando naquela cabeça de merda quando ele resolveu trazer a puta casada para a Rússia? Os problemas que enfrentavam já não eram o suficiente?! Ele tinha que arranjar mais bosta para se preocupar! 

Com que cara eles iriam dizer aos outros membros que o chefe imbecil deles trouxe uma puta italiana e estava armando uma rixa imbecil por causa de uma mulher?!

Sasuke deu um murro na mesa e grunhiu. 

Não era possível que Naruto podia ser tão burro! Não era possível! 

- Sakura! – gritou – Sakura! 

Não demorou muito até ela entrar na sala e fechar a porta com cautela. 

- O que aconteceu? – ela questionou, cruzando os braços. 

- O que aconteceu! A merda que aconteceu! – ele passou a mão pela mesa- Como você pode ser tão burra a ponto de perder o idiota do Naruto para uma puta qualquer? Me diga que pelo menos você está grávida. 

- Eu... Preciso... Não posso ter filhos. – ela olhou para o chão. 

- A única coisa que você precisava fazer era ter a porra de um filho e nem isso você é capaz de fazer! – ele a encarou como se pudesse matá-la. 

- Mas o que está acontecendo?! – ela levantou a voz.

- O Naruto encontrou com a puta de Las Vegas ou do caralho e trouxe para cá! E adivinha o que vai acontecer agora? 

Sakura escorregou pela parede. 

- Não acredito nisso... 

- Pois é, meu bem, eu também não! – ele andou de um lado para o outro – Como você pode ser tão incompetente que não segurou o Naruto? Entregou ele de bandeja pra a outra! Porra, Sakura! Era só isso que você tinha que fazer! Só abrir a merda das pernas e colocar uma merdinha no mundo! 

Sakura colocou a mão na testa e continuava com o olhar fixo em algum ponto que não o interessava. 

- Olha a merda que isso vai dar! Nós não temos condição física, mental e nem estrutural para aguentar tudo o que estamos aguentando e ainda ter que lidar com essa rixa idiota que ele criou por sua culpa! 

- Minha culpa?! – ela arregalou os olhos – Não tenho culpa se o Naruto é um merda! 

- Você tem culpa por não saber fuder o suficiente pra fazer ele esquecer a puta do cacete! 

Ele estava próximo dela. Podia sentir os olhos arderem de ódio e ele sentia que conseguiria quebrar uma parede a socos. 

- Não tenho culpa! – ela gritou e levantou – Ele gostou dela quando a encontrou lá e eu não posso fazer nada! 

Sasuke segurou o pescoço dela e a prensou contra a parede. Sakura arregalou os olhos e envolveu seu pulso. Ele queria apertar a carne macia até ela não conseguir respirar, descontar toda a sua raiva naquele rosto bonito. 

- Não existe amor em tão pouco tempo, mas existe uma foda boa. – ele retrucou. 

- Não tenho culpa se o Naruto é um bosta. – ela repetiu, sufocada. 

Ele a soltou e suspirou. Não adiantaria descontar nela; nada mudaria. A merda já foi tacada no ventilador e já espirrou para todos os lados; o negócio agora era ver quem seria o menos atingido. 

- O que vamos fazer? – ela murmurou, passando a mão no pescoço. 

- O que deveríamos ter feito bem antes de você inventar a putaria do casamento. – ele chutou a cadeira. 

- Como você quer fazer isso, Sasuke?! 

- Esse é o momento ideal! – ele virou para encará-la – Essa intriguinha de merda vai ser a desculpa ideal para a morte do Naruto; ninguém vai desconfiar de nada. 

Sakura o analisou com os olhos verdes. 

- Vai ter muitos motivos e pessoas querendo matar o Naruto. Ninguém vai lembrar do massacre aos Uzumakis. 

- E como você pretende fazer isso? – ela voltou a cruzar os braços.

- Vou precisar da sua ajuda. – ele passou os olhos por ela – Não será agora ou depois, vamos esperar o momento certo e sem levantar suspeitas. Coisa rápida. 

- Como você pretende matá-lo? Podemos envenenar para ser mais fácil... Tenho acesso fácil a cozinha dele e comida. 

- Não. Vamos fazer do meu jeito e eu quero sangue. – ele estralou os dedos. 

- Quero que mate a vagabunda dele também. – Sakura informou por fim – Vou sair hoje do apartamento dele. 

- Pegue a chave do meu. – ele abriu a gaveta e tacou o molho de chave na direção dela. 

Ela sorriu e saiu da sala encostando a porta. 

Sasuke pegou uma garrafa de whisky pela metade que havia em seu carrinho e deu um gole no gargalo. 

Até que não foi tão merda assim Naruto ter pego a italiana já que assim ele havia encontrado um motivo ótimo para encobrir seu objetivo. Mas ele só agiria se o italiano estivesse disposto mesmo a enfrentá-los e não seria rápido, ele aguardaria o momento certo como um urubu aguarda a presa cair para depois atacar. 

A morte seria uma infeliz ocorrência do conflito e ninguém ali dentro desconfiaria de sua traição. O destino conspirava para isso até no fato de Naruto ser filho único e o Minato estar definhando em uma cama. 

Ele terminaria o que Madara começou.
***
Sasori. 

Estar puto era uma expressão forte, mas não o suficiente para expressar o que Sasori sentia naquele momento. 

Hinata e nem Shino deram sinal de vida por muito tempo e Hiashi não atendeu nenhuma das inúmeras ligações que efetuou. No fundo, ele já sabia o que estava acontecendo, só não estava acreditando. 

Não conseguia aceitar que Hinata teve coragem e peito o suficiente para fazer o que ele achava que ela fez. Sua raiva era inconsolável e nem o taca que descontara em Barbie ajudou a aplacá-la.

Caminhou até o quiosque de aluguel de carros e passou os documentos falsos. Mal prestou atenção no que a mulher perguntava, apenas pensava no próximo passo que daria. 

Primeiro, falaria com o desgraçado do velho – o que não adiantaria, pois se ele recusou a atender o telefone, não iria dizer o que a filha fez ou onde estava.

Ele ainda não tinha em mente o que faria a respeito, porém alguma coisa ele faria e estava pouco se fudendo que o outro desgraçado era russo. Ele não iria abaixar a cabeça e se fingir de corninho. 

Na verdade, essa situação era favorável a situação: era raro encontrar alguém que enfrentasse os russos tão diretamente e talvez isso atraísse a atenção os outros e até o interesse. Qualquer um sonha em derrubar alguém mais poderoso e isso estava se mostrando a oportunidade.
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Hiashi entrava na casa acompanhado com mais alguns homens. 

Sasori parou o carro e deu uma singela buzinada. Hiashi olhou para trás e os homens pararam a porta. 

Ele abaixou o vidro e retirou os óculos escuros. Hiashi o reconheceu de imediato e fez um gesto para os homens entraram. Sasori não entendeu as palavras que eles trocaram e ele também não se preocupava com isso. 

- Sasori... – Hiashi se aproximou – Que honra.

Sasori forjou um sorriso.

- Aconteceu alguma coisa? 

Velho sínico... 

- Podemos dar uma volta? Tenho umas palavras para trocar com você. – Sasori ligou o carro e esperou Hiashi entrar.



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