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História Cristais de Sangue - Máfia não tem lugar para o amor


Escrita por: MarceFC

Notas do Autor


Primeiro, quero agradecer aos fodas que andam comentando ♥️ Muito obrigada, vocês me motivam muito♥️

Segundo, vocês não têm ideia do quanto eu já rescrevi esse capítulo ( já não tava mais aguentando KKKKK). Espero que esteja bom como vocês merecem♥️

Terceiro, boa leitura!

Capítulo 24 - Máfia não tem lugar para o amor


Hinata. 

Ela permaneceu olhando para porta. Uma sensação ruim fez sua nuca arrepiar e provocou um aperto em sua garganta. 

Sentia que precisava correr atrás de Naruto e pedir para ele não ir, para os dois fugirem dali e deixarem tudo para trás. Ultimamente, Hinata pensava apenas em fugir. 

- Hinata? 

Ela olhou para o lado. Bonita: foi a primeira coisa que passou pela cabeça dela ao encarar a loira dos olhos azuis na porta. Tinha um corpo mais magro e definido que o seu. Uma pontada de ciúmes a incomodou em saber que Naruto andava rodeado de mulheres até mais bonitas que a loira. 

- Sou Ino. – Ino tentou sorrir e sua feição saiu forçada e falsa – Não quer entrar? 

- Eu... – ela olhou para a porta por onde Naruto saiu -  É que... Tudo bem. 

Ino deu passagem e ela se aproximou em passos tímidos, com o olhar para os pés. Entrou e parou no meio da sala. 

Não era um apartamento grande, porém tinha espaço confortável para todos os moveis que portava e possuía livre circulação para os habitantes. Era bem arrumado e elegante, como a moradora. 

- Não tem mala? – Ino franziu o cenho. 

- Não tive tempo para arrumar as malas.

- Certo... Acho que tenho algumas roupas que não uso mesmo. Você se importaria de usá-las? 

- De maneira alguma. 

- Ótimo. Quer ver seu quarto? 

- Se não for incomodar. – Hinata colocou os braços para trás e os entrelaçou. Parecia uma criança na casa de um estranho pela primeira vez. 

Ela não se sentia a vontade com a situação: precisar de mais uma pessoa para ajudá-la era ainda mais humilhante. 

Elas seguiram pelo estreito corredor que possuía três portas; uma delas era do quarto de Hinata, a outra era do quarto de Ino e a outra, banheiro. 

- Quarto de hóspedes. – Ino abriu a porta – Sei que não se sentirá em casa – Hinata a interrompeu:

- Está ótimo. Mesmo.

Ino a deixou passar e olhar o quarto. Era simples.

Havia uma cama de solteiro encostada na parede, um guarda-roupa espelhado em outra parede. As paredes claras entravam em contraste com a cortina verde e com a escrivaninha feita de madeira escura. 

- Vou pegar as roupas para você. – Ino saiu. 

Hinata sentou na cama e alisou as coxas. Gostaria de voltar a falar com Naruto o mais rápido possível, era frustrante se separar de novo – logo quando ela achou que poderia resolver as coisas. 

Mas ela sabia que Sasori não seria louco em querer enfrentar os russos e então aquilo acabaria rápido. Logo ela o veria  e quem sabe voltaria a falar com o pai, ver Hanabi com mais frequência e falar mais com Tenten. Voltar a ter uma vida. 

Aos poucos, ela sentia a liberdade chegando, mesmo que tímida. 

Sorriu. As coisas dariam certo. 

Ino voltou e a despertou. 

- Tenho algumas roupas aqui. 

Hinata ergueu os olhos para Ino e forçou um sorriso pequeno. 

- Muito obrigada. – levantou.

Ino colocou as peças de roupas nos braços de Hinata e colocou as mãos na cintura. 

- Vamos começar o treino amanhã, tudo bem? 

- Sim. 

- Você faz academia? 

- Bom, eu fazia, mas faz um bom tempo que não faço.

- Então acho que você deve ter uma resistência física moderada. 

- Por aí. 

- Eu tenho que resolver uns assuntos por telefone. Você pode conhecer o lugar, mesmo que seja pequeno. 

Hinata confirmou com um aceno de cabeça e colocou as roupas em cima da cama para conseguir analisar melhor as peças. Eram boas roupas. 

Ino fechou a porta. 

Hinata voltou a sentar na cama e logo em seguida deitou. Encarou o teto branco e respirou fundo. 

Sentiu um desconforto abdominal forte. Colocou as mãos na barriga e apertou o possível local que provocou a dor. Lembrou-se das palavras do médico: ela poderia voltar a ter uma hemorragia leve, dores abdominais e cólicas.

 Ah, seu bebê... 
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Ela passou o dia no quarto. Arrumou as roupas  que Ino lhe deu em um canto do armário e depois se permitiu ficar largada na cama pensando em Naruto e naquela merda toda. Queria tanto poder falar com ele ou apenas ter uma fotografia para admirá-lo por um tempo e não se sentir tão sozinha. Recusou-se a almoçar alegando que não estava passando bem e, de fato, não estava. 

Pensou na terrível possibilidade de Sasori querer mesmo enfrentar os russos e no problema que isso causaria a Naruto, mesmo que rápido de resolver – os italianos não conseguiam nem deter um pequeno grupo de gregos em seu território... Imagina tentar acabar com o Naruto. A única coisa seria a dor de cabeça que eles fariam Naruto ter até acabar com a situação. E ela esperava que o “acabar com a situação” fosse matar o Sasori. 

A porta abriu. 

- Hinata, eu pedi comida. Gostaria de jantar? Você não almoçou e acho que não irá melhorar se ficar recusando comer. 

- Tudo bem. – Hinata levantou. 

As duas seguiram para a sala em silêncio. Em cima da mesa havia algumas sacolas que continham os pedidos de Ino. 

- Espero não ser parecer idiota para você, mas como sei que você é japonesa e eu, bem, não sabia que tipo de comida você gostava... Sabe – Ino sorriu – Eu pedi comida japonesa porque achei que era algo que você já estava, digo, come. – Ino riu, nervosa por tentar explicar que pediu comida japonesa só porque Hinata era japonesa e que assim não teria erro. 

- Eu adoro comida japonesa. – Hinata sorriu – Espero que não tenha pedido isso só para me agradar ou qualquer coisa do tipo. 

- Magina. – Ino sorriu e mentiu – Gosto de comida japonesa. 

As duas sentaram e começaram a desembrulhar os pedidos das sacolas, colocando as embalagens pela mesa. 

- Vou pegar pratos e copos. – Ino levantou – Eu não tenho palitinhos, pode ser garfo e faca? 

Hinata riu. Palitinhos... 

- Sem problemas. 

Ino voltou com tudo o que foi buscar e sentou à mesa. Deslizando um prato com um copo e talheres para Hinata. 

- Espero que a comida não deixe a desejar. – Ino comentou. 

Hinata sorriu. Teve a impressão que sorria demais para Ino e temeu estar se passando por falsa. 

Elas se serviram em silêncio. A única coisa que provocava sim eram os talheres batendo contra os pratos e as latas de refrigerante serem abertas. 

- Você conheceu o Naruto no Japão? – Ino lançou, encarando Hinata pela borda do copo enquanto dava um gole. 

- Eu o reencontrei no Japão. – Hinata a encarou – Mas nos conhecemos em Las Vegas.

- Você era casada? 

- Sim. Acho que me separei agora. – Hinata sorriu. 

- Em nenhum momento você sentiu medo? Tipo, do seu marido ou de outra pessoa os pegar. 

- Eu sentia muito medo, mas era uma coisa incontrolável. – Hinata deu de ombros. 

-  E você não podia dizer “não”. – Ino completou. 

- Sim... Mas como você sabe disso? – Hinata franziu o cenho. O que Ino disse resumiu com exatidão o que ela sentia em Las Vegas e ainda sente. 

- Eu já passei por isso. – Ino mentiu mais uma vez. Na verdade, ela passava por isso. 

- Ele também era mafioso? – Hinata perguntou e se arrependeu por achar que estava sendo intrusa em assuntos pessoais – Desculpe.

- Sim, mas não russo. – Ino deu um sorriso de lado e pequeno – Mas não vai dar certo.

- Por quê? 

- Ele é de outro país e já está pensando em casar... 

- E não é com você? – Hinata comprimiu os lábios. 

- Não. – Ino abaixou os olhos para o prato.

Hinata calou. O que ela poderia dizer a Ino? O que sempre lhe disseram quando era mais nova? Ino parecia ser muito mais mulher que ela era e não merecia qualquer um e, principalmente, a fazendo de idiota. Ino passava a imagem de ser uma mulher forte e decidida, que falava e fazia o que queria sem ter um cílio preocupado com a imagem que os outros teriam dela. Por um descuido, Hinata viu em Ino a mulher ideal para Naruto. 

- Mas eu não preciso de ninguém. – Ino continuou – Posso viver sozinha e achar qualquer outro imbecil.

- Eu acho que você está certa. Principalmente sendo uma Yamanaka. 

- Como sabe disso? – foi a vez de Ino de surpreender.

- Naruto disse para mim.  – Hinata balbuciou – Espero não ser um problema. 

- Magina. – Ino sorriu. 
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Ela foi se deitar logo após a janta. O desconforto em sua barriga estava mais agudo e ela quase fraquejou em pedir remédio a Ino, porém não sabia se podia tomar alguma coisa e não queria Ino em cima dela perguntando sobre seu estado. 

Rolou na cama e olhou para a janela. Observou os flocos de neve caírem. Por incrível que parecesse, ela nunca viu a neve e agora a tinha ali, bem na janela.
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No dia seguinte ela mal teve tempo de acordar direito e Ino a dispertou quase derrubando da cama dizendo que elas estavam atrasadas para o treino e que ela estava perdendo um dia de trabalho e mais um monte de coisa que Hinata não conseguiu processar enquanto ainda despertava seu cérebro.

 

- Você precisa socar mais forte. – Ino disse passando as costas da mão na testa. 

Elas já estavam em um corpo a corpo há longos minutos e Hinata mal conseguiu acertar um soco em Ino. Ela era rápida demais e parecia fugir de sua visão, virando um borrão ao seu redor. 

As faixas apertavam seus pulsos e a ponta de seus dedos latejavam.

Ino a agarrou por trás. Uma cotovelada nas costelas foi o suficiente para afastá-la e proporcionar poucos segundos para Hinata virar. 

- Isso foi... Puta merda, você tem uma cotovelada forte. – Ino ofegou e Hinata orgulhou-se – Mas não pode ficar apenas na defensiva. 

Hinata colocou os pulsos na posição que Ino a ensinou antes de começar o treino e respirou fundo.

- Em uma situação crítica, não ache que a outra pessoa será paciente como eu. – Ino comentou – Você não terá tempo de pensar em golpes, por isso precisa treinar seu reflexo, como fez agora. Ou você  pensou antes de me dar uma cotovelada? 

Hinata passou a língua pelos lábios. Ela tinha razão.  Tinha que avançar e não esperar que o outro o fizesse. 

Um soco atingiu sua orelha e a fez cambalear para o lado. Um apito soou e sua visão ficou desfocada. Perdeu o equilíbrio. Ino batia forte. 

- Pare de pensar, Hinata! – Ino ordenou – Você pensa muito e acaba não fazendo nada! Eu podia ter matado você agora e você nem saberia como morreu! 

Hinata piscou algumas vezes e colocou a mão na orelha atingida. 

- Vamos! Me bata! Você precisa me bater! – Ino parou e gotículas de saliva saiam de sua boca por causa do protetor de dentes – Você precisa acertar um soco na minha cara! Para de ser covarde! Para de pensar em mim! Você tem que pensar apenas em você em uma situação assim! 

Aos poucos, sua visão voltou ao normal e a dor normalizou. 

“Você é covarde!”; “ Hanabi é mais forte que você”; “ Você é muito bobinha para a máfia”; “ Você ficaria perdida se alguma coisa acontecesse comigo”; “ Você precisa de alguém para defendê-la”; “ Você pensa muito!”; “ Tudo bem, você já fez muitas coisas, deixa eu fazer isso por você”; “ Você não passa de um cachorrinho atrás do dono!”.

NÃO! 

Hinata fechou o punho e acertou Ino com toda a força que tinha. O soco pegou a boca e queixo de Ino, que caiu para trás. 

- Minha nossa! – Hinata arregalou os olhos – Eu não quis acertar tão forte! 

Ino arrancou o protetor dos dentes. Os lábios rasgaram. 

- Até que enfim você me socou. – Ino sorriu um sorriso de sangue – Agora só precisava fazer isso quando a atacarem. 

- Eu... Nunca soquei alguém. – Hinata olhou para a mão dolorida. 

- Uma hora você vai acostumar. – Ino sentou – Vamos fazer uma pausa? Preciso me recompor desse soco com alguma bebida. 

Hinata sorriu. Estava com fome.

Aquela sensação ruim que sentiu depois de Naruto ir embora ainda a acompanhava e incomodava.  

- Você tem notícias de Naruto? – Hinata sentou ao lado de Ino, retirando as faixas com a boca.

- Não, mas eu tenho o número dele. Quer ligar? 

- Acho que agora não, ele deve estar ocupado. – Hinata desviou o olhar para os pés. 

- Ligue a noite. – Ino deitou se apoiando nos cotovelos, virou para o lado e cuspiu sangue. 

- Você não está chateada comigo? 

- Por quê? 

- Porque eu bati muito forte.

- Quase estourei sua orelha e você não está brava comigo. – Ino deu de ombros. 

Hinata lembrou-se da agressão e levou a mão para a orelha. O local formigava e havia sangrado. 

Encarou a ponta dos dedos suja de sangue e sorriu. Não é a primeira vez que alguém a batia com tanta força que arrancava sangue. Jamais ficaria brava com Ino pelo soco, visto que Sasori vinha a agredindo da mesma maneira mas sem nenhum propósito de evolução para ela. 

Aquele sangue em seus não representava medo; submissão; agressão, pelo contrário, representava uma revolução. 
***
Sasuke 

Ele ficou sabendo por Ino que a puta de Naruto estava sob os cuidados da loira em Moscou e que Naruto possuiu a cara de pau de deixar a puta no apartamento de Ino. 

O Uzumaki só podia estar ficando louco. Ficou sabendo também que Naruto estava a caminho e resolveu esperá-lo no hall. 

Sakura estava em sua mesa, encarando-o do jeito que fazia quando estava analisando a situação. Ela devia estar pensando sobre o que ele disse mais cedo e, talvez, torcendo para que ele mudasse de ideia durante o dia. No entanto, ele já estava mais que decidido. 

Iria fazer isso. Os Uzumakis só tinham essa glória que tanto esnobavam graças aos Uchihas que foram seus capachos, sempre pelas sombras dos grandes líderes. Oh, grandes líderes! 

Minato foi tão grande que se desestabilizou logo depois do massacre aos Uzumakis e nunca mais conseguiu voltar ao que era antes, sucumbindo ao câncer. Madara estava certo quando resolveu acabar com toda essa palhaçada e trazer os anos de ouro que os Uchihas mereciam. O único problema  foi  nenhum outro Uchiha entender isso como Madara queria- o que o obrigou a agir sozinho. 

Sasuke só não entendia porque Madara não acabou com os Yamanakas também, visto que todos estavam cientes que as duas famílias viviam em guerra e só entraram em uma paz provisória depois que os Uzumakis se firmaram no poder, embora as duas famílias já tenham quase se extinguido com suas intrigas. 

A porta abriu e a figura de Naruto se revelou. 

- Seu filha da puta! – Sasuke avançou para cima dele, agarrando-os pelo colarinho – Onde você estava com a cabeça, animal?

Naruto arregalou os olhos por alguns instantes e voltou a portar uma feição séria. 

- Você está louco?! – bateu a mão nos braços de Sasuke e o empurrou. 

Os dois tinham a mesma altura, porém portes físicos diferentes. Sasuke tinha ombros mais largos e um peitoral mais extenso enquanto que Naruto era mais esguio e estreito.

- Ah! Agora eu que sou louco, Uzumaki?! Fui eu, né, que trouxe uma puta do cu do mundo! 

Naruto estreitou os olhos. 

- Esse seu ataque infantil é por causa disso? Tenho coisa mais importante para fazer, Sasuke. 

- Ataque infantil?! O único infantil aqui é você, Naruto. Parece que não entendeu que agora você é o chefe dessa porra e não um filhinho de papai rodeado de prostitutas e dinheiro! 

- Você está agindo como se nós fossemos os italianos e eles, os russos. Acorda, cacete, acha mesmo que aquele merda vai querer alguma coisa? Ele vai é enfiar o rabo entre as pernas e se afundar na bosta. 

- Você deu a oportunidade para eles, Naruto! Caralho! A oportunidade faz o ladrão! 

- Que oportunidade eu dei?! Por acaso coloquei alguém deles aqui dentro?! Hein?! Ou eu baixei a guarda e deixei eles dominarem algum território meu? Sasuke, achei que você era mais inteligente. O imbecil não tem nem armamento para conter os gregos e vai ter coragem para enfrentar a gente? Por favor. Italiano só tem boca para latir mesmo. 

Sasuke parou de falar e  apenas o encarou. 

- Até parece que você está querendo um conflito. – Naruto ajeitou o terno e retirou o casaco. Respirou fundo. 

Não era possível que até fazendo merda ele conseguia agir como se estivesse sendo o homem mais certo do mundo, com atitudes honráveis. O que Naruto estava fazendo ali? Ele não tinha porte nenhum de chefe! Porra, ninguém estava vendo isso? Que tipo de homem que lidera age como Naruto agia? Ele não passava de um pau mandado de Minato. 

- Não é isso. – Sasuke cruzou os braços – É que eu só acho engraçado que as gerações recentes de Uzumakis venham cometendo o mesmo erro. 

- Que erro? – Naruto o encarou. 

- De trocar mulheres por putas ou até mesmo arruinar os negócios por conta de uma. Até que isso me deixa curioso... 

Naruto revirou os olhos. 

- Sasuke, não estou com tempo para os seus ataques. – passou a mão na nuca – Você pode voltar a falar comigo quando estiver nornal de novo. 

- Só me responda uma coisa: a buceta dessa tal Hinata vale ouro mesmo? Porque tudo isso que ela vem causando está me fazendo ter vontade de uma degustação. 

Os olhos de Naruto brilharam como quando eles eram adolescente e saiam na mão por qualquer coisa. 

Naruto avançou em sua direção e agarrou sua camisa, estourando os botões. Suas costas encontraram com a parede em uma batida seca. 

- Já estou cansado desses seus ataques de humor, Uchiha. É melhor você se colocar no seu lugar e continuar fazendo o seu trabalho, porque de minhas responsabilidades apenas a minha cabeça e minhas decisões bastam! – Naruto o bateu contra a parede de novo – Hinata não era herdeira de porra nenhuma ali dentro e o acordo que o japonês fez com Sasori era tão de merda que a Hyamaki nem se beneficiava disso! Então, se esse italiano for esperto mesmo, ele que cale a boca e engula isso, porque não há motivos para brigar! Você entendeu? Ou quer que eu desenhe? 

Sasuke estreitou os olhos. 

- Não temos mais 16 anos. A próxima vez que você abrir a boca para me chamar de incompetente ou qualquer um de seus insultos baratos, eu não serei tão educado como agora. – Naruto avisou. 

Sasuke se desvencilhou dos braços de Naruto com um empurrão. Caminhou para o lado e passou os dedos ao redor dos lábios. 

Era bom que Naruto aproveitasse suas glórias, pois seu tempo estava sendo contado. 
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Desde que chegou, permaneceu no escuro. Segurava um copo de whisky na mão e não fez uso de gelo, deixando a bebida pura e forte.

Ele esperava fielmente que o italiano desafiasse Naruto, só para ver a cara do imbecil cair e para, claro, conseguir executar seu plano sem problema. Porém, o italiano estava demorando muito para se pronunciar sobre o caso... Ou ele já estava agindo no silêncio. 

Sasuke sorriu com o pensamento. 

Era saboroso demais pensar em Naruto caindo, imagina ver. 

Lembrou-se do jeito que Naruto o agarrou no escritório e como demonstrava arrogância em dizer sobre suas  responsabilidades, como se Sasuke fosse um mero bastardo ali dentro. Não via a hora de virar o jogo e, finalmente, tomar o poder que os Uchihas mereciam. 

Itachi acendeu a luz.

- O que você está fazendo? – questionou. 

- Estou apenas pensando. – Sasuke deu de ombros e deu mais um gole em sua bebida. 

Itachi ergueu a sobrancelha. 

- Tenho medo quando você pensa demais. – zombou. 

- Você teme a mente de um gênio trabalhando. – Sasuke replicou. 

Itachi riu. 

- A mente de um psicopata vingativo. – corrigiu – E eu nem entendo essa sua raiva pelo Naruto, sendo que foram os Yamanakas que acabaram com a gente. 

Sasuke revirou os olhos e terminou com sua bebida em um gole só. O líquido âmbar desceu queimando por sua garganta.

Levantou e buscou por seu maço de cigarro por cima dos móveis. Onde deixou a maldita caixa? 

Passou em frente a uma janela e reparou que já era noite. Passou as mãos no cabelos. 

A única coisa que podia fazer agora era voltar a falar com Naruto e ficar ao seu lado para não levantar suspeitas depois. Afinal, eles eram melhores amigos. 

A porta abriu e Sakura passou pelo batente. Sasuke franziu o cenho. 

- Surpreso? – ela sorriu – Você me deu as chaves, lembra? 

- Não sabia que nosso relacionamento  tinha chegado a esse ponto. – ele se aproximou, largando o copo em cima de qualquer coisa onde ele parasse.

- E não chegou. – ela fechou a porta – Porque você ainda não quis. 

- Então a culpa é minha? 

- Sim. – ela sorriu. 

- Me lembro muito bem de pedir para você não procurar ter um relacionamento com o imbecil do Naruto, mas você recusou. Então a culpa é sua. 

- Falando nisso, o que foi aquilo no escritório? Você esta ficando louco? Engula aí sua sede de vingança ou seja lá o que você sente. – ela enfiou os dedos no cabelo e balançou. 

- Eu só estava... Meio puto. Não vai acontecer de novo. 

- Espero que não aconteça. – ela o encarou – Se não nem iremos cogitar em executar nosso plano.

- Eu sei o que estou fazendo. 

- E eu sei uma coisa que você não está fazendo. – ela o encarou sugestivamente e começou a desabotoar a blusa. 

Sasuke sorriu. 

Ela parou no meio da sala e retirou a blusa, deixando a peça cair ao seus pés. O que não caía aos pés de Sakura? Ele passou os dentes pelo lábio inferior. Estava perto o suficiente para sentir o perfume doce dela. Seu corpo todo se arrepiou em excitação ao receber um toque dela em seu pescoço. 

- Também sei de uma coisa para aliviar a sua tensão. – ela desceu a mão e apertou seu membro, que endurecia. 

Ele trincou o maxilar e sibilou entre os dentes. 

- Ah... Você sabe tantas coisas. 

Ela sorriu e ficou na ponta dos pés, mordendo e puxando seu lábio inferior. 

Sakura sabia exatamente onde tocar em seu corpo para atiçá-lo ao máximo. O fluxo de sangue começou a se concentrar entre as pernas de Sasuke e a cueca começou a incomodar. 

Ela o empurrou pelo ombro até ele sentar no sofá, recuou alguns passos e começou a passar as mãos por cima dos seios, apalpando-os. Sasuke sentiu o membro quase explodir ao observar a cena sem poder tocá-la. Queria agarrá-la e a foder contra a parede mesmo. 

- Hm, Sasuke... – ela fechou os olhos e abriu o sutiã, liberando os seios. Ele sentiu um arrepio. Ela conseguia o enlouquecer na medida certa. 

Ela desceu as mãos até a saia e abriu o zíper lateral. Estava usando uma calcinha preta fio dental. 

- Ah, porra, Sakura! – ele grunhiu levando a mão para acariciar o membro por cima da calça e se livrar do incômodo. Podia jurar que as bolas deviam estar roxas. 

- Já estou tão molhada... Só de pensar em você. – ela sussurrou se ajoelhando e engatinhando até ele.  Subiu a mão pela perna dele e espalmou a coxa, fazendo pressão e substituindo a mão dele pela dela. 

A pressão que ela exerceu sobre seu membro ao apertar o fez quase achar que iria gozar. 

- Você está duro. – ela mordeu os lábios. 

Sem perder tempo, ela abriu o zíper da calça, afastou a cueca e puxou o membro para fora. Sorriu lasciva. 

- Chupa! – ele ordenou com a voz rouca. 

O líquido do pré-gozo já se acumulava na glande e a pulsação de Sasuke aumentou ainda mais quando sentiu a mão dela o tocar. Sakura o obedeceu de prontidão, abocanhando o membro com vontade. Fazendo o que só ela sabia fazer. 

Ela o espremeu com a língua contra o céu da boca e salivou. 

- Oh, caralho... – ele levou as mãos até os cabelos finos e os agarrou. 

Sakura suspirou e debruçou mais sobre seu corpo, colocando mais do membro da boca e sugando mais forte. Ele não queria gemer, pelo menos para não mostrar a ela que estava a seu total mercê. 

Viu um vulto na escada. Era Itachi. O irmão o encarou com o cenho franzido e desviou o olhar, terminando de descer a escada. Passou pela sala e abriu a porta, saiu. Sasuke sorriu de lado. 

Sakura o encarou pelos cílios e isso o fez quase gozar na boca dela. Não queria gozar tão rápido, ainda queria a foder com força. 
 
A pegou pelos ombros e a ergueu. Levantou e passou as mãos para a bunda dela, fazendo-a se enrolar em seu quadril. 

- Sasuke... Você ainda está muito vestido. – ela sussurrou perto de sua orelha e isso o arrepiou. Ela passou a mão para dentro de sua camisa, já que a peça havia tido os botões arrancados depois da investida de Naruto ( Sakura não encontrou nenhuma dificuldade com o ato).

Ele caminhou com ela e se apoiou na primeira parede livre que encontrou. Pressionou o corpo de Sakura entre o seu e parede. 

- O que está esperando para me foder? – ela disse apoiando a cabeça na parede. 

Sasuke afastou a calcinha dela para o lado com uma mão enquanto sustentava o corpo de Sakura pela bunda com a outra. Deslizou os dedos pelos grandes lábios e a estimulou. Sakura gemeu em exclamação e apertou os ombros dele, fincando as unhas. 

- Ah! Sasuke! 

- Geme meu nome de novo. – ele pediu, possessivo.

- Sa... Su... Ke! – ele introduziu um dedo nela e sentiu o quão molhada ela já estava. 

- Sempre tão gostosa! – ele rosnou e mordeu o lábio inferior dela. 

- Sasuke, eu quero gozar com você dentro de mim! – ela pediu, sôfrega. 

E ele a atendeu, com uma estocada rápida que chacoalhou os corpos contra a parede. Sakura o prendeu ainda mais com as pernas. 

Com as duas mãos, ele agarrou as nádegas dela com força e aumentou os movimentos. 

- Você é tão gostosa! – ele grunhiu e afundou a mão em suas nádegas. 
***
Naruto. 

O clube estava cheio, como de costume. Alguns homens bebiam e outros jogavam, todavia eles eram silenciosos. 

Assim que Naruto entrou, todas as atenções se voltaram para a sua presença. Ninguém disse uma só palavra. 

- Senhores. – Naruto pronunciou, firme – Tenho um comunicado para fazer. 

Eles continuaram em silêncio. 

- Eu me envolvi com uma das filhas do chefe da Hyamaki e a trouxe para a Rússia. 

- Teremos um casamento? – Asuma apertou o cigarro contra o cinzeiro. 

- Por hora, ainda não. – Naruto passou os olhos por todos.

Não conseguia encontrar palavras para dizer que Hinata era casada e que, remotamente, o marido poderia se voltar contra eles. Era péssimo em discursos. 

- Ela era uma mulher casada. – ele disse, por fim – O marido é o chefe da Cosa Nostra.

A reação foi em cadeia. O silêncio foi tomado por murmúrios e por feições espantadas. Todos os membros se entreolhavam e cochichavam. Naruto passou a mão na nuca e continuou:

- Acredito que o marido já deve estar ciente de que a ex-esposa se encontra na Rússia e dentro da nossa máfia. Estou avisando os senhores pois já  tenho uma posição tomada. 

- Muito bonito essa história de vocês – Augustus se pronunciou – se fosse para estrelar um filme de romance. Isso aqui é vida real e eu não entrarei em um conflito por causa de qualquer coisa que você tem com essa mulher. Tenho uma família e filhos. Além do mais, garanto a você que todos os senhores aqui já gostaram de uma mulher impossível quando jovens, porém nenhum se engraçou pois sabia de suas responsabilidades aqui dentro. Você, como encarregado de Minato e nosso futuro chefe, deveria ser o mais consciente de todos sobre isso. 

Naruto já esperava por isso. Continuou relaxado e calmo, não adiantaria nada se exaltar com eles, pois todos tinham razão em discordar daquilo. 

- A máfia não tem lugar para o amor, meu caro. – Asuma prosseguiu – Histórias de amor são bonitas só em filmes. Mas se você precisar de ajuda, estou aqui. 

Os murmúrio começaram de novo. 

- Senhores! Senhores... – Naruto andou por entre as mesas – Hinata não era a herdeira da Hyamaki e o casamento com o italiano foi só um jeito de passar a perna na Cosa Nostra. 

- E por que a Hyamaki faria isso? – Sarutobi questionou – Até onde sei, os japoneses mantém uma prescrição excepcional e uma honra intacta em suas família e negócios. Não consigo entender porque eles passariam a perna nos italiano... O que ganhariam com isso? 

Naruto parou. Merda. Não tinha resposta porque nunca parou para pensar sobre isso. 

- Ninguém faria um acordo com um casamento se não irá se beneficiar com isso. – Sarutobi continuou – Está escondendo alguma coisa? 

- Os motivos dessa atitude ainda não me foram justificados. – Naruto encarou Sarutobi – Mas garanto a vocês que irei tratar sobre isso o mais rápido possível. 

Eles ainda cochichavam. Naruto começou se irritar por não ser questionado de frente e, sim, ser falado pelas costas por meios de sussurros e olhares. 

- O que irá fazer se o italiano resolver te enfrentar? – Sarutobi questionou de novo – Alguém já te apoiou nisso? 

- Os Yamanakas e os Uchihas. 

Os murmúrios ficaram mais altos. 

- Mas é lógico. – Sarutobi revidou – Eles não têm mais autonomia desde que quase se mataram e as vontades deles viraram as vontades dos Uzumakis depois do acordo de paz. 

Naruto trincou o maxilar e respirou fundo. O dia havia começado ótimo para ele. 

- Nós somos a máfia russa! – Naruto levantou a voz – Todos os outros respeitam nossa organização e temem nossos homens! Não há um homem descente no mundo que ousaria enfrentar as nossas frentes! E vocês estão temendo um italiano?! Um italiano que mal consegue conter gregos em seu território; o mesmo italiano cujo o pai quase faliu a própria mafia! É disso que estão com receio?!

Todos ficaram em silêncio. 

- Então sinto muito, senhores, mas vocês não são russos de verdade. – Naruto cruzou os braços – Os italianos não irão nos atacar e se atacar, vamos acabar com todos. Não preciso de uma afirmação de apoio hoje, mas daqui uma semana, sim. É melhor vocês pensarem bem no que irão me falar, pois se não lutar do meu lado, considerarei que estará do lado do inimigo. 

Todos os olhos estavam voltados para Naruto. 

- E inimigo de russo é inimigo morto! – Naruto bradou. 
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Os bipes dos aparelhos de Minato eram os sons mais tranquilizantes que ele encontrou no frenesi que se tornou sua tarde, contudo ainda eram assustadores e gelavam a espinha. Odiava ver o pai ali.

- E então... Nenhuma novidade? – Minato falava com dificuldade em pegar fôlego. 

Antes de Naruto entrar no quarto, um médico o puxou para conversar de canto e informou que o câncer do pai havia se espalhado pelo corpo e generalizado no pulmão e com isso ele sofreria de faltas de ar e dores frequentes. O fim do grande Minato estava próximo. 

- Não. – Naruto deu de ombros.

- Naruto... Você é... Meu filho- puxou o ar com força – Conheço você... O que... Está acontecendo? 

- Encontrei com a Hyuuga de novo. – ele abaixou o olhar – No Japão. Descobri que ela não era herdeira de nada lá, que na verdade os japoneses deram um golpe no italiano e que ela estava grávida de um filho meu.

- Estava? 

- O italiano a fez fazer um aborto. 

- O que... – Naruto não permitiu que o pai continuasse: 

- Eu a trouxe para a Rússia. Está em Moscou com Ino e o assunto já correu por aqui. Sasuke deu até um ataque lá no escritório. Mas, pai, os italianos não vão fazer nada. Sei que eles são inteligentes e não vão querer se meter em uma intriga onde eles vão perder sem nem ter tempo para atacar. 

- Você tem... Certeza? 

- Claro! 

- Não disso... Naruto.

- Do que então?

- De que vale... A pena lutar por... Ela? 

- Claro! – Naruto tornou a repetir.

- Você a ama... De verdade? 

- Sim. Juro para você. Você precisa conhecer ela. Hinata é tão delicada e sagaz, além de ser gostosa para caralho e linda para completar. Ela tem uns olhos... Ah, os olhos dela... E o sorriso? Puta merda, eu amo essa mulher.

 - Então – Minato sorriu – Faça o favor... De casar com ela. 

Naruto sorriu. 

- Vou fazer isso. Só deixe as eleições passaram e as coisas voltarem a se normalizar.

- Espero de... Coração que... Vocês sejam felizes. Você já... Descobriu o porquê de... Hiashi enganar... Italianos?

- Não, mas logo marcarei um encontro ele para tirar essa história a limpo. -Naruto buscou a mão do pai e apertou. 

O escuro do quarto deixou seu cansaço ainda mais acentuado e tudo o que ele precisava no momento era dormir. Dormir com o pai. 
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.
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No dia seguinte, saiu quando a enfermeira entrou para medicar o pai pelo soro. Deixou o hospital o mais rápido que conseguiu. Seguiu direto para o seu apartamento. 

Estava sem vontade de aparecer no clube ou no escritório. Do jeito que as coisas andavam, ele acabaria como o pai. 

A máfia corroía as pessoas.

Tomou uma ducha quente quando chegou e sentou na cozinha para tentar comer alguma coisa. Arrumou qualquer coisa da geladeira e comeu, bebeu um refrigerante e foi para a sala. Deitou no sofá. 

Seu celular tocou. Era Ino. 

- Uzamuki. 

Houve um silêncio do outro lado. Será que tinha acontecido alguma coisa? Sentou no sofá apreensivo. 

- Naruto? – era a voz de Hinata.

- Hinata? 

Ela respirou. Pareceu aliviada.

- Eu tinha que repetir aquela palavra? – ele escutou o sorriso dela – Achei que tinha ligado errado. 

Ele sorriu. 

- Está tudo bem aí? 

- Sim e aí? 

- Está a mesma coisa. 

- Estou com saudades. – ela sussurrou – Quando vamos nos ver de novo? 

- Em breve. 

- Gostaria de poder te ver agora. – ela murmurou. 

- Eu também. 

- Onde você está? 

- No meu apartamento e você? 

- Acabei de sair do treino com a Ino e ela disse que tinha seu número. Estou aliviada em saber que você não está muito ocupado. 

- Foi bem no treino? 

- Consegui acertar um soco nela! – Hinata disse animada como uma criança – Mas levei um soco na orelha também.

Ele riu. 

- Ino está sendo simpática então? 

- Sim. Ela até me emprestou umas roupas. 

- Você está usando roupas da Ino? 

- Sim, por quê? 
 
- Nada. 

Na verdade, tinha problema. Ino usava roupas abertas e reveladoras demais.

- Que roupa está usando?

Ela riu. 

- Gostaria de estar sem roupa... Só para você. – ela sussurrou – Vou querer aquele modelo ali. 

- Que modelo? Hinata? Do que você está falando?

- Estou comprando um celular descartável. – ela disse – Espera um pouco. 

Ele aguardou alguns minutos na linha escutando o que ela dizia com o comerciante. O inglês dela era perfeito e ele duvidava que o comerciante entendia metade do que ela falava. 

- Pronto. – a voz dela o arrepiou – Vou te ligar do meu novo celular.

- Tudo bem. 

 

Hinata demorou para retornar. A ansiedade o corroeu e preocupou ao ponto de fazê-lo ligar para Ino na esperança dela atender, porém Ino informou que não estavam mais juntas. 

Seu celular tocou. Era um número desconhecido. 

- Hinata? 

- Voltei. – ela pareceu sorrir – Estou no apartamento de Ino. 

- Por que demorou tanto para retornar?

- Porque sim. 

Ele revirou os olhos.

- Acabou de chegar?

- Faz uns 15 minutos que cheguei. 

Por que ela não ligou quando chegou?! Quais as intenções dela com isso?! Matá-lo do coração?

- Enviei uma foto para você. Coloque no viva-voz.

Ele fez o que ela mandou. Minimizou a chamada e foi para o ícone das mensagens. Clicou na mais recente. 

Era uma foto de Hinata. Ela estava deitada de bruços e empinava bem a bunda. Usava uma calcinha fio dental rosa escuro, um de seus seios era visível. Ela estava com a ponta do polegar na boca, insinuando. Hinata mandou outra mensagem: “só para você.” 

- Puta merda... – ele sussurrou.

- E então? – a voz dela o tirou do transe. 

- Você conseguiu me deixar duro com uma foto.

- E você me deixou molhada só com a voz. – ela sussurrou. 

-  Você está sozinha?– ele disse com dificuldade. Seu membro já apertava a cueca. 

- Sim... 

Ah, merda... 

A respiração dela estava ofegante e pesada. Ela estava se tocando?

- Aperte seus seios como se eu estivesse fazendo – ela gemeu -, assim mesmo, até deixá-los vermelhos. Belisque seus mamilos e imagine que sou eu os mordendo. 

Ela soltou um gemido em exclamação e uma onda quente passou pelo corpo dele. Seu membro parecia vibrar dentro da calça. 

- Naruto, eu quero que você chupe o meu corpo todo... – ela disse com a voz abafada.

Ele mal notou quando colocou a mão para dentro da calça e começou a se masturbar com singelos movimentos de vaivém. 

- Escorregue a mão por sua barriga e se toque. 

- Hm... Naruto! 

Ela estava se tocando para ele. A ideia fez seu membro pulsar e ele gemeu baixo só de imaginá-la assim. Aumentou a  velocidade de seus movimentos. 

- Queria tanto você aqui. – ela ofegou.

- Ah, eu também gostaria de estar aí. 

- Estou tão molhada... – ela gemeu. 

- Hinata, você vai me enlouquecer assim. – ele ofegou e apertou o membro.

- Ah! Eu preciso de você fundo em mim! 

- Hina... – ele prendeu a respiração e diminuiu os movimentos para não gozar – Coloque um dedo dentro e não deixe de se masturbar como eu faço quando estou te  fudendo.

- Ah! Merda! Eu vou gozar... 

Ele se sentia um adolescente na puberdade. 

- Sim. Goze para mim... – ele voltou a se masturbar com mais velocidade e pressão. 

A respiração pesada de Hinata passava pelo alto-falante do celular e fazia parecer que ela estava ali ao lado. Podia sentir o calor dela. 

- Eu quero que  você me foda forte e fundo... – ela pediu gemendo. 

- Vou foder você tão forte que você não vai conseguir andar depois. 

Ela gemeu mais alto e ele soube que ela estava próxima do gozo. A ideia trouxe a sensação quente do gozo à tona para seu corpo. 

- Hina, eu vou gozar! – ele fechou os olhos.

- Sim!

O desejo dos dois se tornou palpável e a vontade de estarem juntos gritava.

- Eu quero foder tanto essa sua bocetinha apertada. – ele gemeu arrastado – Ah, Hina, vou te pegar com tanta força... 

- Por favor... 

Ele gozou a imaginando ali; nua e gemendo só para ele. O gemido alto que ela deu em seguida denunciou que ela também já tinha gozado. 

Naruto continuou recostado no sofá. Recuperando o fôlego e escutando a respiração pesada dela ir diminuindo.

- Naruto? 

- Sim?

- Eu sinto a sua falta. 

- Eu também.

- E eu também estou com medo. 

- Medo do que? 

- Não sei. Estou tendo um pressentimento ruim. 

- Nada vai acontecer, ok? 

- Você promete? 

- Juro. 

Eles ficaram em silêncio. Apenas escutando a respiração um do outro. 

- Naruto? 

- Sim? – ele sorriu. 

- Eu amo você. 

- Eu também. Muito. 

Ela sorriu.

- Vou desligar. Ino chegou. 

- Tudo bem. 

Ela desligou e ele ficou escutando a linha muda. 
***
Minato. 

A dor quente em seu peito era forte e sufocante. Ele poderia gritar se encontrasse fôlego para isso. 

- Vamos aplicar morfina. – o médico informou para a enfermeira. 

Minato fechou os olhos e tentou controlar o próprio corpo. Esquecer da dor e pensar em outra coisa, porém ela parecia estar em todas as células de seu corpo. Deu um grito contido e o corpo todo queimou. 

- A morfina fará efeito. – o médico apertou seu braço – Seja forte. 

Ele já foi forte por muito tempo. Estava cansado. Se houvesse um jeito de apertar um botão para desistir de tudo aquilo, ele apertaria. 

Pensou em Naruto. Não estava sendo egoísta com o filho. Naruto já foi criado e estava se virando bem, conseguindo tomar decisões e comandar aquele bando de homens hipócritas. Kushina tinha razão, ele se deu muito bem lá dentro. E ah, tinha a tal Hyuuga... 

A dor foi diminuindo. 

- Está vendo esse aparelho, Minato?

Ele olhou para o médico e depois para o aparelho. 

- Ele foi programado para lhe aplicar morfina na quantidade e horário certo, porque o senhor sabe que uma quantidade alta de morfina pode matar, né? 

- Sim...

- Por isso ele é travado com uma senha que só as enfermeiras e médicos sabem. Então não adianta o senhor tentar burlá-lo, ok? 

- Sim. 

O médico saiu do quarto e parou na porta. Chamou a enfermeira. 

- Já o conectei a morfina e a senha é 0703. 

Minato sorriu com a perspicácia do médico.



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