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História Cristais de Sangue - Beryl Red


Escrita por: MarceFC

Notas do Autor


Relou Gais! Aproveitando a sexta de greve para postar para vocês<3 Espero que gostem! Beijocas <3

Capítulo 30 - Beryl Red


Capítulo 29

Hinata

Ah, ele estava tão diferente desde a última vez em que eles se viram quando ela estava internada. A barba estava por fazer e o olhar mais penetrante. Parecia ter emagrecido e a definição dos músculos estava em processo de regressão, no entanto ele ainda tinha ombros largos e braços fortes.

Não sabia o que fazer, onde tocá-lo ou o que falar. Até parecia uma garota virgem em sua primeira noite; Naruto lhe causava essas sensações primitivas e carnais em grau que ela mal podia controla-las. Eles estavam a poucos centímetros de distância e mal se tocavam, pelo menos não como ela gostaria de estar sendo tocada por ela.

Ergueu a mão e espalmou a bochecha dele, escorregando o toque até os cabelos macios da nuca. O corpo dele era quente, rígido e perfumado. Ficar tão próxima dele e não perder o controle era a maior prova de resistência que ela poderia fazer. Respirou pausadamente para controlar a vontade de gritar e pedir que ele a fodesse no chão mesmo.

- No que tanto está pensando, russo? – ela passou a língua sutilmente pelos lábios para umedecê-los.

- Nas inúmeras formas de foder com você. – ele respondeu baixo e uma onda de calor passou por todo o corpo dela.

As expectativas pularam em sua mente e repercutiram até o vértice de suas coxas na forma de um lento e caloroso arrepio. Ela sabia que Naruto era muito melhor que expectativas e até mesmo que lembranças dos envolvimentos passados que tiveram.

Em um segundo, ela pensava e, no outro, já estava o beijando. Não se recordava de como o beijo foi iniciado; ela só queria que ele durasse para sempre.

Seus dedos serpentearam pelo cabelo dele, despenteando-o e colando os corpos, prendendo Naruto a ela. As línguas se envolveram e a respiração virou um ponto insignificante no universo deles. A mão de Naruto desceu pelas costas de Hinata e lhe apalpou uma das nádegas, trazendo-a para ainda mais perto. Um gemido arfado se soltou da boca dela e pareceu ter efeito direto na excitação de Naruto.

- Hinata – ele disse ofegante enquanto se afastava alguns centímetros da boca dela -, eu quero tanto você que não estou conseguindo me controlar.

Havia uma necessidade áspera e palpável na voz dele que fazia todo o corpo dela tremer em excitação.

- Não quero que se controle. – ela sussurrou de volta, com as bochechas esquentando.

Seus lábios foram cobertos pelos lábios quentes dele e não demorou muito para as línguas se encontrarem também. A mão livre de Hinata agarrou o blazer preto que ele usava, amarrotando o tecido, e desesperadamente desabotoou os dois botões. As respirações estavam pesadas e o corpo dela, trêmulo de êxtase.

Avidamente, ela passou as mãos pelo ombro dele afim de se livrar da peça de roupa e assim que o blazer foi jogado na poltrona próxima, ela passou as mãos para dentro da camisa e a retirou enquanto passava as pontas dos dedos pelo abdômen e peitoral de Naruto.

- Desse jeito eu não vou conseguir chegar no quarto. – ele ofegou ao sentir as mãos dela mexerem no cinto de sua calça.

- Quem disse que eu quero chegar no quarto, russo? – ela o encarou pelos cílios alongados e deu um sorriso jocoso.

Naruto a pegou pelos finos cabelo de sua nuca e a fez endireitar o tronco. Um arrepio percorreu a espinha de Hinata, que entreabriu os lábios.

- Você não tem ideia do efeito que essa palavra tem, né? – os olhos azuis tinham as pupilas dilatadas e sua voz estava um tom mais grossa e envolvente.

Um sorriso fraco se formou nos lábios de Hinata ao mesmo tempo em que seu corpo ardia sob o olhar predatório de Naruto.

- Por favor, não aguento mais. – ela murmurou, levando as mãos para o botão e zíper da calça social dele.

- Sempre tão ávida. – ele sorriu de lado, afrouxando o aperto de suas mãos no corpo dela.

O coração de Hinata batia forte e sua respiração já estava pesada e ruidosa. Ela o queria tanto que mal conseguia pensar direito. Abaixou a calça dele até a metade das coxas e ergueu o olhar para os olhos dele. Uma onda quente passou por todo o corpo dela e a deixou mais pronta que nunca para recebe-lo.

Sem tardar mais do que já estava para provoca-lo, ela prendeu os dedos no elástico da box e tirou a peça devagar, prestando atenção em cada reação que o corpo dele tinha, como a respiração ficando mais ruidosa e o arrepiou que ele sentiu quando ela terminou de retirar a box.

Ela ajeitou melhor o peso sobre os joelhos e o tocou. Naruto buscou o apoio do pilar que tinha atrás de suas costas e passou a mão pelos cabelos de Hinata.

Ainda mantendo contato visual com os olhos azuis, ela passou a língua por toda a extensão do membro dele e então o colocou na boca, acariciando-o com a língua. Naruto sibilou entre os dentes e quebrou o contato visual fechando os olhos.

Hinata começou a movimentar a boca, sem deixar de usar a língua e mão. Ia até o máximo que conseguia com a boca e continuava com a mão.

- Ah, Hinata, caralho... – ele sussurrou em meio a uma respiração mais forte.

Ela aumentou o ritmo e a intensidade com que o chupava, salivando mais e colocando mais pressão no contato com sua língua.

- Merda, eu vou gozar tão rápido! – ele enroscou os dedos nos cabelos lisos de Hinata e, inconscientemente, investiu o quadril contra a boca dela.

No momento em que Hinata usou uma sucção mais forte enquanto ia até o limite da extensão que conseguia colocar em sua boca, Naruto gemeu sôfrego.

- Chega. Levante. – ele soltou o ar com dificuldade e a fez se afastar.

- Mas- ela começou a objetivar e foi interrompida pela exasperação dele:

- Já fizemos do seu jeito. – ele a levantou pelos braços -Agora, eu preciso foder você.

Ela não objetivou mais, pois ela queria isso tanto quanto ele. Naruto terminou de tirar a calça e a cueca com os pés; Hinata arfou ao comtemplar o corpo dele nu e apenas seu. Ele veio ao encontro dela e suas mãos foram as primeiras a tocar a pele alva macia de Hinata.

Naruto sentou no sofá descoberto e a puxou para seu colo. Os corpos se esfregaram, o que gerou um gemido alto de Hinata e um mais contido de Naruto.

- Monte em mim, Hina. Devagar. – as mãos dele repousaram na cintura dela, auxiliando no movimento. Hinata apoiou as mãos nos ombros dele e foi abaixando o corpo com cuidado por cima dele, o sentindo entrar e retomar seu espaço dentro dela – Ah! Puta merda, você está tão apertada.

Hinata gemeu e parou. Ele parecia maior e seu interior, menor. Fazia tanto tempo que ela não o tinha ali que havia se desacostumado em recebe-lo.

- Dói? – ele subiu uma de suas mãos pelas costas dela, acariciando.

- Não – ela arfou – É que... Faz... Nossa! – ela mordeu o lábio inferior e abaixou mais o corpo até ficar totalmente preenchida por ele. Sibilou fraco entre os dentes e subiu a mão do ombro dele para os cabelos de sua nuca, puxando o rosto dele na direção do seu.

Era quase um pecado ter se esquecido de como era tê-lo em si, mas ela não se importaria de pecar inúmeras vezes só para poder relembrar. No entanto, Hinata nunca se esqueceu, só tinha uma diferença gritante entre lembrar e sentir esta sensação.

Começou a movimentar-se, rebolando, enquanto o beijava. Naruto desceu as mãos até as nádegas cheias de Hinata e apertou, impulsionando-a mais contra o seu membro. Ambos gemeram.

- Ah! Naruto! Assim...

Ele investiu contra o quadril dela com força, a impulsionando para cima para que logo então sentasse sobre ele de novo. Hinata arrastou as unhas pelo couro cabeludo de Naruto e gemeu, ouvindo-o gemer em seguida. Ele repetiu o movimento.

- Eu quero foder tanto você para não conseguir andar depois. – ele deferiu um tapa certeiro na bunda dela e em seguida agarrou o quadril com força, fazendo-a encontrar suas estocadas profundas e desesperadas.

- Naruto! – ela envolveu o rosto dele com a mão, o fazendo tombar a cabeça no encosto do sofá para encará-la. Os lábios se tocavam devido à proximidade e ao movimento dos corpos. Naquele momento, ela quis congelar aquele olhar que ele lhe dirigiu, cheio de ternura e desejo, o que fez seu peito aquecer e se encher de amor – Eu amo você. – ela sussurrou e o beijou, de forma mais lenta e menos urgente. O beijou com carinho.

Naruto parou os movimentos e retribuiu o beijo, a segurando pela nuca. Inverteu as posições, ficando por cima e encaixando-se mais a ela. Hinata gemeu e arqueou o corpo.

Agora, eles não foderiam mais, e sim, fariam amor.

Naruto desceu a boca pelo pescoço de Hinata, depositando beijos e chupões. Sentindo o corpo dela se apertar ao seu, as coxas grossas entrelaçarem em sua cintura o puxarem para mais perto. As unhas dela passavam pela pele de suas costas, arranhando-o e o instigando a continuar.

- Você é muito gostosa, minha nossa. – ele prendeu a respiração e estocou com força, ficando alguns segundos parados. Hinata remexeu o quadril ao encontro do dele.

- Por favor, por favor... – ela o abraçou e apertou mais as coxas ao redor da cintura dele.

Naruto segurou no braço do sofá por cima da cabeça de Hinata e acelerou o ritmo das estocadas, pressionando-a contra o estofado e chocando os corpos.

O ambiente ganhou vida com os ecos dos gemidos, das respirações afobadas, dos corpos suados e com o ruído da estrutura do sofá sob os movimentos das estocadas.

- Hina, vou gozar. – ele passou a mão por baixo do corpo dela e ergueu seu quadril para uma maior fricção – Ah, não aguento mais...

Hinata estava incapaz de proferir qualquer palavrar para a declaração dele. Seu corpo estava envolvido em uma bolha de calor que ia se intensificando entre as suas pernas e pressionando seu ventre; achava que a qualquer momento isso a faria gritar. Seu corpo precisava do dele, precisava das investidas dele, do calor dele.

A euforia de seu corpo estourou em uma onda calorosa que repercutiu por todo o seu corpo e lhe tirou a consciência por míseros segundos. Seu corpo relaxou no sofá e ela fechou os olhos, ainda sentindo os resquícios do orgasmo. Naruto deitou por cima dela, deitando a cabeça em seus seios.

Ela respirou fundo e acariciou os cabelos dele.

- Nunca achei que precisaria tanto de alguém como eu preciso de você. – ela sussurrou.

Naruto ergueu o rosto e sorriu.

- Eu também amo você. – ele sussurrou e ela sentiu vontade de chorar.

- Você promete não vai me abandonar?

- Quantas vezes terei que dizer que nada irá nos separar? – ele ergueu um pouco o corpo e depositou um selinho nos lábios dela.

Ela não sabia quantas vezes mais seriam necessárias para que ela finalmente acreditasse que nada o tiraria dela. Hinata já tinha perdido muitas pessoas até ali, mas nenhuma delas se comparam a ele e só de pensar na hipótese de que algo poderia acontecer a ele nessa possível guerra que se formava, ela sentia como se estivesse sendo esmagada por toneladas. Não existia ela sem ele.

***

Naruto

Passaria a tarde toda ao lado dela se pudesse, mas havia uma reunião e muitas pessoas importantes a sua espera. Porém, seu tempo com ela estava garantido quando tudo isso acabasse.

Olhou para Hinata adormecida no sofá e sorriu. Os cabelos negros caiam para fora do móvel e quase tocavam o chão, o corpo estava enrolado no pano branco e o rosto sereno entre as mãos.

Sim, ela era um ótimo motivo para que lutar e ele lutaria por ela até o fim.

Arrumou o blazer nos ombros e verificou se as chaves ainda estavam no seu bolso. Saiu da casa o mais silenciosamente possível e destravou o carro.

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A rua do clube estava cheia de carros e motos, o que significava que eles vieram mesmo e isso também significava que havia pessoas esperando a palavra e decisão dele como um verdadeiro padrinho. Não havia mais palavras de Minato por trás das suas.

Estacionou o carro no beco de costumou e custou a sair. Estava com medo, suando frio e com a garganta seca. Um branco arrancou de sua cabeça o discurso que pretendia usar.

Sentiu vontade de ligar o carro e sumir como fazia na adolescência. Não! Ele era um homem agora e deveria agir como tal!

Desceu do carro e caminhou na direção do clube.

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O clube cheirava a maconha e charuto, perfume importado. Assim que Naruto colocou os pés dentro do recinto, toda a atenção se voltou a sua presença.

Gaara se prontificou em abrir seu mapa do território em cima de duas mesas de madeira enquanto os outros membros as rodeavam.

- Creio que já sabem o porquê de estarem aqui. – Naruto limpou a garganta e passou os olhos por cada membro, certificando que todos estavam presente:

Zaki, líder atual da gangue jamaicana na Inglaterra.

Ino, sua representante da Kyra.

Gaara, atual padrinho da máfia grega.

Jiraya, atual padrinho da máfia sérvia.

Tsunade, mulher de Aleksandre, atual padrinho da máfia georgiana.

Itachi, representante da família Uchiha.

Ebisu, padrinho da máfia eslovaca.

Yuri, atual líder de umas das gangues do OC.

Dimitri, líder da segunda gangue mais poderosa do OC.

Higor, participante do OC.

Sasame, representante russa em terras portuguesas.

Sakura.

- Estou curioso para saber seu posicionamento. – Dimitri apoiou as mãos na mesa – Espero que a morte de sua mulher sirva para algum estimulo.

Naruto o encarou, mas preferiu não responder, não valia a pena discutir com um moleque de 20 anos.

- Aleksandre não pôde comparecer, por isso estou aqui para representar os interesses dele. – Tsunade se aproximou de Naruto – Espero que não venha a ser um problema para o decorrer da reunião.

Por mais que opiniões femininas não valeriam de nada ali, porém Tsunade não era nenhuma mulher tola e saberia falar de um modo que todos a ouvissem.

- Acredito que não. – ele se aproximou da mesa.

Respirou fundo. Por onde começar?

- Sasori está sob o controle da Hyamaki e isso significa que ele tem força o suficiente para dar uma investida contra nosso território com mais precisão que antes. – Naruto passou os olhos pelo mapa – Por isso chamei vocês aqui.

- Você pretende juntar forças? – Yuri o encarou com a sobrancelha erguida – Estou dizendo isso porque não sei se estou de acordo com isso.

Ah, porra, já vai começar...

- Não quero comprometer meus negócios e meus homens em uma briga que não é minha. – Yuri continuou – E afinal, nem sei porque ela continua, já que a vagabunda morreu.

- Mas a questão nunca foi a vagabunda, eu espero, porque se foi, ah, que porra eu estou fazendo aqui? – Ebisu contestou.

- As melhores vagabundas causam as maiores discórdias. – Jiraya comentou, sorrindo.

- Ou! Ou! Vocês podem pensar com a cabeça e deixar pinto só para transar?! – Tsunade se sobrepôs sobre os outros – Se a briga começou com uma vagabunda ou não, não nos importa! O que está em jogo agora é o nosso território e os nossos negócios!

- Os seus negócios! – Higor retrucou – Se vocês não sabem controlar o que é de vocês, o que a minha gangue tem a ver com isso?

- Vocês não seriam merda nenhuma sem a gente! – Sasame se exaltou.

- Ah é? Quem está na merda não somos nós. – Dimitri retrucou.

Naruto passou as mãos no cabelo e em seguida bateu com as duas mãos na mesa. O som da batida se sobrepôs à discussão inútil e todos calaram.

- Não me interessa se vocês não querem colocar seus homens e seus negócios de bosta no meio! – ele vociferou – Seus moleques de merda, sem a minha proteção vocês não teriam porra nenhuma para chamar de gangue.

Nenhum deles ousou retrucar Naruto.

- Essa guerra não tem mais nada a ver com minha mulher, porque se tivesse já era para ter acabado! Não sei se vocês param para pensar, mas isto foi só um pretexto para o italiano ousar me desafiar. E eu não preciso de vocês, pelo contrário. Então, a porta de saída está bem ali. – Naruto endireitou o corpo e os encarou.

Minato sempre lhe disse que juntar os líderes de gangue em reuniões com outros membros da grande família era difícil, pois havia conflito de idade, ideais e ambição.

Nenhum deles se moveu.

- Ótimo, podemos continuar? – Naruto passou os olhos por todos.

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Após quase três horas discutindo sobre os limites do território e a segurança que seria aplicada, qual parte ficaria sob a guarda de quem, onde o reforço ficaria mais concentrado e como ele chegaria até outras partes se necessário, uma nova linha de comunicação foi criada, assim como um novo jeito de distribuir as cargas. Estavam todos alinhados com suas tarefas.

- Zaki, posso trocar uma palavra com você? – Naruto o encarou e se afastou dos outros.

- Pode falar.

- Seu irmão anda atrapalhando nossos negócios e isso não vinha me causando dor de cabeça até agora.

- Ele é um sujeito difícil de lidar, principalmente depois que eu fiquei com o comando de tudo. Mas ele não causará problemas.

- Eu espero que não. – Naruto colocou as mãos no bolso – Você sabe o que acontece com todo mundo que me causa dor de cabeça, certo?

- Darei um jeito nele.

- Espero que sim.

Ino se aproximou.

- Posso trocar uma palavra com você?

- Vamos. – ele tocou no ombro dela e os dois se afastaram.

- A eleição será semana que vem e o Vladir está ganhando em disparada. O que iremos fazer?

Lutar contra o favoritismo de Vladir era uma das coisas que haviam o esgotado e não surtiram resultado, o que o fez realmente reduzir sua atenção e seu estresse.

- Não posso fazer mais nada. – ele suspirou – Não tenho mais nada a fazer e não posso correr mais riscos de exposição.

- Está dizendo que vai desistir desse filha da puta?

- Não, ele ainda virá atrás da gente. – Naruto sorriu com sua dedução – Ele ainda precisará da gente.

Ino cruzou os braços e o cenho.

- Naruto, garotão. – Jiraya bateu em seu ombro e Ino se afastou – Tenho umas pedras que será interessantes para você, principalmente com nossa situação agora.

- Está com elas aí?

- Você acha que não? – Jiraya sorriu.

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Jiraya abriu uma maleta e retirou de dentro uma perfeita esmeralda beryl red.

- 10000 por quilate... Mulheres adoram essas pedras, a cor é bonita e dão ótimas joias. E eu tenho muito mais da onde veio essa.

- Está em perfeito estado. – Naruto a analisou – Acho que comercia-las não seria problema. – devolveu a pedra a Jiraya.

- Pode ficar com ela. Dê a mulher que tirou sua cabeça do lugar.

Naruto ficou atônito.

-Você acha mesmo que eu acredito que ela esteja morta? – Jiraya sorriu – Você não estaria no estado em que está se ela estivesse realmente morta.

Jiraya entregou a joia novamente e sorriu.

- Não aconselho fazer um anel dela, é um pedaço grande e a maior parte será perdida na lapidação. Faça um colar e a peça em casamento logo. – Jiraya fechou a maleta e deu um forte aperto no ombro de Naruto.

***

Ino

A reunião já havia acabado e ela esperava do fundo do coração que Gaara viesse a sua procura, mas ele não o fez. Seu ego ferido também a impedia de se aproximar.

- Você está cada vez mais bonita. – Dimitri se aproximou.

Ino revirou os olhos.

- Achei que já havia me superado. – comentou.

- Ninguém supera você tão rápido assim, loira. – ele debruçou no balcão do bar e o movimento permitiu que ela vislumbrasse a tatuagem de uma mulher levantando o vestido com uma linha de pescar em seu braço esquerdo. A tatuagem indicava que Dimitri era estuprador.

- Acho melhor você superar porque nunca encostará um dedo em mim. – Ino endireitou a postura e se preparava para partir quando Dimitri lançou:

- Talvez não com o seu consentimento. Tudo depende de você.

O comentário percorreu a espinha de Ino com um calafrio, ouriçando os cabelos de sua nuca e lhe dando ânsia. Como ele pôde falar assim? Trata-la assim?

- Você me dá nojo, Dimitri.

- E você, tesão.

A reação de Ino foi rápida: agarrou nos cabelos da nuca de Dimitri e levou seu rosto de encontro ao balcão de madeira com o máximo de força que conseguiu. O som do osso do nariz se partindo foi audível.

Dimitri se livrou de sua mão tão rápido que ela não teve tempo de pensar em uma reação. O tapa de mão fechada que ele lhe deferiu a atordoou e a derrubou.

- Se estivéssemos só nós dois agora, eu te foderia até cansar. – ele proferiu e saiu.

Ino gritou entre dentes e sentiu as lagrimas acumularem nos olhos.

Aos poucos, os poucos membros que sobraram da reunião se aproximavam dela.

- Não preciso de ajuda! – ela se soltou das mãos de Zaki.

- Mas – ele tentou argumentar e ela o interrompeu:

- Obrigada, mas eu não preciso!

Ela saiu apressada do clube com a mão cobrindo a bochecha machucada e segurando as lagrimas. Aquele desgraçado!

- Ino!

Quando ela olhou para trás, encontrou Gaara. Seu coração parou.

- O que aconteceu?

- Nada que é da sua conta. – ela virou o rosto – Me deixe em paz, tenho um voo para pegar.

- Eu posso te levar para o aeroporto.

- Eu não quero a sua ajuda! – ela começou a caminhar até o carro alugado.

Antes que pudesse abrir a porta, foi impedida e pressionada contra o carro pelo corpo de Gaara.

- Você pode parar de teimar comigo e aceitar minha carona? – ele disse, sério.

- Você não pode me obrigar.

- Ino, por favor. – ele encostou a testa em sua nuca.

Por mais que quisesse passar a ideia de que não era afetada por ele, ela não conseguia.

- Você vai me levar direto para o aeroporto.

- Sim.

Gaara não tinha muita certeza na voz.

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- Você disse que me levaria para o aeroporto e não para o quarto do seu hotel! – Ino parou a porta.

- Olha o que aquele desgraçado fez em você. – Gaara acariciou sua bochecha inchada.

- Não foi nada. – ela afastou sua mão.

- Eu tenho uma pomada aqui. – ele se afastou e sumiu no quarto.

Ela continuou na porta, recusando-se a entrar, pois sabia que se tivesse mais aproximação, não iria conseguir resistir por muito tempo.

- Aqui. – Gaara reapareceu – Irá melhorar a dor. Não quer entrar?

- Não.

Ele riu e se aproximou dela, abrindo o tubo de pomada e espremendo nos dedos.

Ino fechou os olhos antes do contato dos dedos dele em sua pele, encará-lo tão próximo assim não fazia bem para a sua sanidade e nem para o seu coração.

A carne de seu rosto doía até a raiz dos dentes e a pressão era a mínima possível para ela não sentir muita dor. Assim que terminou, Gaara a beijou.

Agora já não havia aonde se segurar a não ser no corpo dele. 



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