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História Cristais de Sangue - Porque poderia ser um sequestro


Escrita por: MarceFC

Capítulo 4 - Porque poderia ser um sequestro


Capítulo 4 

Quando chegaram no hotel, Sasori precisou do apoio dos funcionários para seguir e entrar no quarto.

- Pode deixar que daqui eu cuido. - Hinata abre a porta do quarto, em um gesto singelo para que todos saiam. 
- Vem cá. - Sasori bate em suas coxas e o sorriso lascivo que já continha nos lábios se alarga um pouco mais. 

Hinata retira os saltos e se aproxima do marido erguendo a saia do vestido. Assim que se aproxima o suficiente, passa uma perna de cada lado da cintura do marido e apoia os joelhos na cama.

- Não via a hora de arrancar esse vestido de você. - ele sussurra contra seu pescoço e passa as mãos por suas costas, a procura do zíper do vestido. 
- Gostei tanto de usá-lo. - ela sussurra de volta, passando os dedos pelo cabelo do marido. 
- Prefiro você sem nada. - ele encontra o zíper e o puxa para baixo. Com a ponta dos dedos, Sasori retira as alças do vestido e então se afasta do corpo da mulher para apreciar a queda do tecido e a revelação dos seios dela. 

Há um tempo atrás, Hinata ficaria ruborizada e a vergonha nublaria suas ações, só lhe restariam o gaguejo e a paralisação, mas com a maturidade ela se tornou mais confiante e a vergonha foi deixada para trás. 

Sem deixar que Sasori diga mais alguma coisa, Hinata envolve seus lábios nos dele, o gosto forte do álcool inunda a sua boca como se ela estivesse encostando os lábios na boca de uma garrafa de wisky.  

As mãos dele passam pelo corpo da Hyuuga sem pudor ou receio, desmanchando seu penteado e apertando-lhe os seios com falta de cuidado, causando um leve incômodo para a mulher. Os lábios de Sasori deslizam do pescoço dela até a clavícula, marcando a pele e o excitando com as leves arfadas que Hinata soltava entre um toque de lábios e outro. 

Sasori chega no vão dos seios de Hinata e então escorre os lábios para a auréola de um deles. Hinata tomba a cabeça para trás, erguendo os seios e os pressionando contra Sasori. Os dedos finos e delicados dela se enroscam nos cabelos ruivos dele, puxando-os de forma sutil.

- Sasori... - ela sussurra baixo e arrastado, do jeito que ele gostava de ser chamado.
- Tire. - Sasori se afasta e apoia os cotovelos no colchão, quase deitando.

Hinata sai de seu colo e para a sua frente, deixando o tecido terminar de deslizar por suas pernas e então chega a vez da última peça, sua calcinha. Sasori se apressa e começa a retirar a camisa. Ela volta a caminhar na direção do marido, sorrindo de lado. Voltando a passar as pernas pelo quadril de Sasori e os braços por seu pescoço. 
- Agora, só está faltando você. - ela passa os dentes pelo nódulo da orelha dele. 
- Ah, minha doce menina... - ele sussurra e passa as mãos para o interior das coxas dela, alcançando suas pequenas dobras. 

Hinata volta a beija-lo enquanto este lhe invade com os dedos. A reação não é prazerosa e, sim, desconfortável; uma coceira impossível de coçar. Porém, ela não se abala e parte para seu plano que andava dando certo: fingimento. O gemido forçado sai falho e rouco, ardendo a garganta. 

Eram poucas as vezes em que ela podia sentir prazer e isso ficava mais difícil quando Sasori estava bêbado. 

- Oh, Sasori... - ela aproxima mais os corpos e morde os lábios, torcendo para ele acabar logo.
- Você é - Hinata não permite que ele continue e pressiona seus lábios contra os seus, tentando forjar um orgasmo. 

Sasori solta um risinho e retira a mão dela. 
- Pegue minha camisinha. - ele ordena.

Mais que depressa, Hinata sai de cima dele e vai a procura da camisinha enquanto ele termina de retirar as calças e nota que não estava excitado o suficiente. Hinata volta, sem dar tempo para que ele tente resolver a situação, e já vai sentando- se por cima dele, entregando-lhe a camisinha. 

- Aqui. - ela passa os dentes pelo lábio inferior.

Sasori pega o papel laminado ainda tentando encontrar uma solução para o problema sem alertar Hinata. 

A demora na ação de Sasori começa a preocupar Hinata, que permanece imóvel em seu colo. Será que... ? Sasori... ? Não... Nunca havia acontecido isso antes, por que haveria de ocorrer agora? 

Com medo de mostrar a Sasori de sua desconfiança, Hinata fica imóvel encarando a janela a sua frente. De forma inconsciente, volta a pensar em Naruto e em seus lábios envolvendo o cigarro, o calor volta a aquecer o corpo de Hinata e o desejo em tocá-lo fica quase incontrolável naquele momento. Tudo o que ela queria neste momento era tocar e ser tocada por ele; a lembrança dos toques suaves que trocaram voltam a assombrar sua sensibilidade tática e um arrepio percorre seu corpo, arrepiando os pelos das pernas, braços e peito.

Sasori passa as mãos pelas pernas de Hinata e a joga para o lado. O movimento subido a pega de surpresa e reduz seus batimentos cardíacos a zero. Ele levanta e caminha até o banheiro em um misto de constrangimento e nervoso. Hinata continua assustada, não pelo movimento que Sasori fez ou pela situação dele, mas sim, por ter pensando em Naruto em um momento daquele. 

O que estava acontecendo? 

O barulho do chuveiro evidencia que Sasori não irá mais voltar. Ainda meio confusa com os acontecimentos passados, ela escorre as pernas para debaixo do coberto e se encolhe. Precisava dormir e esquecer o que ocorreu, principalmente para não deixar a situação mais vergonhosa para Sasori. 
                              ***

Amanheceu e Hinata ainda permanecia na cama, junto com Sasori. Ele não acordaria tão cedo hoje, ciente disso ela resolve tomar uma ducha e ir para a academia.

O local estava vazio e era assim que Hinata gostava, por isso sempre vinha em horários remotos nas chances de ter alguém ali dentro. Fazer exercício cansava o corpo, mas descansava sua mente. 

 

Já estava quase no final do treino quando a porta da academia abriu. Era Ten Ten.

- Vamos tomar café! - anunciou sorrindo. 
- Ainda estão servindo? - Hinata franze o cenho e desce da bicicleta.
- Você é a dona do Hotel, pra você, eles vão servir. - Ten Ten ri - E como foi ontem? 
- Cansativo. - Hinata dá de ombros - Voltamos tarde e dormimos. 
- E o russo? - Ten Ten ergue uma sobrancelha.
- E eu lá sei de russo. - Hinata fecha a cara diante da desconfiança - Não sei porque você está tão em cima de mim. 
- Porque eu conheço uma atração sexual de longe. - Ten Ten rebate.

Hinata resmunga alguma coisa. 

- Estou satisfeita com o Sasori, tá? Não tem motivo para você ficar em cima de mim assim. 

Ten Ten ergue uma sobrancelha e no fundo, concorda. Hinata não seria tão louca ou burra em trair Sasori, mesmo que fosse com um russo, só por mera atração, as consequências eram fatais demais para um desejo atrativo de sustentar sobre ela.

- Café e depois compras? - sugere.
- Pode ser. - Hinata pega sua garrafa e a toalha, enxugando o suor do rosto - Por que não comemos em um restaurante? 
- Como quiser. 

As duas seguiram para um restaurante a parte que residia no térreo de Luxor, quase que em comunhão com o hotel ao lado. 

- Neji já foi para o clube. - Ten Ten resmunga - Se eu não tivesse você, nem sei o que faria aqui. 
- Iria comprar tudo e mais um pouco. - Hinata ri. 
- Ontem ele chegou tão bêbado e depois quis transar... - ela revira os olhos e ri - Tava tão chapado que broxou. 

Hinata arregala os olhos. Então deve ter sido isso que aconteceu com Sasori. 

- E como vocês estão hoje? - Hinata estreita os olhos, curiosa para saber o que fazer com Sasori. 
- Reanimei a masculinidade dele de manhã. - ela dá de ombros. 
- Reanimou o que? - Hinata inclina a cabeça. 
- Ué, sexo matinal. - Ten Ten lança uma piscadela para a amiga e ri. 
- E depois? 
- Foi como se ele tivesse esquecido de ontem. 

Ela deveria fazer o mesmo com Sasori. 

- O que você vai querer? - Hinata pega o cardápio.
- Quero conversar com você. - Ten Ten pega o cardápio da mão da Hyuuga - Você é tão fechada, se não mais, que o Neji.

Hinata respira fundo e sorri. 

- Fico muito sozinha por aqui também, o que me resta são as putas de Sasori que andam pelo cassino... Então fico sozinha. - Hinata cruza os braços por cima da mesa - Não é questão de ser fechada, só não tenho muitas amizades femininas. 
- Não por isso! - Ten Ten ri- Sua amiga chegou por encomenda. 

Hinata ri. 

- Você não voltará para Tóquio? - Hinata franze o cenho.
- Pra amizade boa não existe distância. - Ten Ten rebate - Vamos comer agora. 

 

 


As duas marcaram de se encontrar em um hotel depois que Hinata fosse se arrumar para que as duas pudessem fazer o programa que Ten Ten tinha em mente. 

Hinata entrou no quarto e se deparou com a cama vazia. Talvez Sasori já tenha saído para o clube. Largou as coisas por cima da cômoda quando escutou o chuveiro. Sorriu e começou a tirar a roupa. Ela precisava quebrar o clima criado na noite anterior e Ten Ten havia dado uma ideia boa. 

Sasori estava de costas para ela, que aproveitou para chegar sem fazer barulho. Abriu a porta do boxe com cuidado e envolveu a cintura de Sasori. 

- Bom dia, dormiu bem? - ela beija seu ombro. 
- Sim. - a resposta é seca, o que desencoraja a moça. 
- Vai sair? 
- Vou pro clube encontrar os outros. - ele passa as mãos no cabelo e respira fundo. 
- Não pode se atrasar nem um pouquinho? - ela encosta a bochecha em suas costas.
- Vai sair? 
- Sim, Ten Ten quer fazer compras e, talvez, usemos um helicóptero. 
- Bom passeio. - ele desvencilha os braços dela de sua cintura e sai do boxe. 

Hinata abaixa a cabeça e respira fundo. Será mais difícil do que ela pensava. 

- Vai voltar muito tarde? - Sasori pergunta do quarto.
- Acho que sim. - a resposta sai em um tom mais baixo do que ela esperava. 
- Avise para eu mandar o motorista. 

Ela passa as mãos no cabelo e entra embaixo da ducha, fecha os olhos e sopra as gotas de água que se acumulam nos lábios. 

Por mais que fossem as circunstâncias, ela não podia deixar a situação do jeito que estava. Não era certo com Sasori. 
                               ***
Preferiu não pegar um carro e foi a pé, o hotel onde Ten Ten estava esperando ficava a alguns metros que não matariam em uma caminhada. 

Na primeira rua que cruzava a avenida principal, vira uma lamborghini preta fosca, na mesma mão que Hinata andava. Ao contrária das outras meninas que paravam e cochichavam tentando adivinhar quem dirigia o carro e tentavam chamar sua atenção, a Hyuuga não se impressionava mais com determinados cavalos. 

O barulho do motor do carro denunciava a baixa velocidade, que diminuía cada vez mais. Incomodada, Hinata olhou para o lado e deu de cara com o seu reflexo no vidro do carro. 

Será que era um carro novo de Sasori? 

O vidro abaixa e acaba com a desconfiança dela. Era o russo. Sorriu.

- Está perdido? - ela ergue uma sobrancelha e se aproxima do carro, agora, parado. 
- Na verdade, estou com algo perdido. - ele ergue o cigarro - E pelo nome, desconfio que te pertence. 
- Meu cigarro! - ela debruça no vidro e tenta pegar o objeto. 
- Precisava de uma guia pra andar pela cidade, também.  

Ela sente o corpo queimar em excitação. Neste momento, esqueceu de Ten Ten e do compromisso. 
- Onde o senhor quer ir? - ela ergue uma sobrancelha. 
- Aonde a senhora me recomendar. 
- Como sei que isso não é um sequestro? - ela ergue uma sobrancelha e passa os dentes pelo lábio inferior. 
- Porque os russos não escondem o que fazem, então você saberia que estaria sendo sequestrada. - ele responde. 

Porque se fosse pra te sequestrar, você já estava na minha cama, ele respondeu em pensamento e a sombra de um sorriso se forma no canto de seus lábios enquanto Hinata entra no carro. 


Notas Finais


Obrigada pelos comentários e favoritos, você são demais! <3 Prometo que vou responder todos os comentários pendentes.


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