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História Cristais de Sangue - Quase


Escrita por: MarceFC

Capítulo 5 - Quase


Capítulo 5 

- Onde está hospedado? - ela questiona enquanto coloca o sinto. 
- Aria. 

Aria era um dos hotéis mais elegantes construídos em Las Vegas, tinha muita fama pela elegância que possuía, além de atrair muitas mulheres para suas lojas e casais para os restaurantes. 

- É uma ótima escolha. - ela observa - Por que não quis ficar no Luxor com os outros? 
- Não sou muito de social. - ele dá de ombros - E esses caras são muito bajuladores. 
- Você já sobrevoou o Grand Canyon? 
- Só em filmes. - ele acelera e o motor reage com um barulho alto , chamando a atenção de todos do lado de fora.
- Podemos pegar um helicóptero e ir para a skywalker. - ela sugere - Vai gostar da paisagem. 

Para ele, não havia paisagem mais bonita do que a que estava olhando agora. 

- Como vamos para o Grand Canyon? - ele para no farol. 
- Bom, pegue - seu bolso começa a vibrar e então ela se lembra de Ten Ten, das compras e de que ela não poderia falar que não ia, pois isso podia cair nos ouvidos de Sasori e a bola de neve viraria uma avalanche. Hinata segura o braço de Naruto, em choque. 
- O que foi? - ele franze o cenho e encosta o carro.
- O que estamos fazendo? - ela o encara - O que eu estou fazendo?! 

Naruto solta as mãos do volante. 

- Nada de errado. - ele responde. 
- Nada porque estou fazendo tudo. - ela replica, soltando o seu cinto - Eu adoraria te levar para conhecer Las Vegas o dia tudo ou durante a semana que vai ficar aqui, mas eu não posso fazer isso... E Sasori? E todo resto?

Ele não podia dizer a ela para esquecer o resto e o marido, porque sabia tanto das consequências disso quanto ela, no entanto também não conseguia deixá-la abrir a porta do carro e sair. Isto era um jogo em que se aposta todas as suas fichas e não aposta nenhuma. 

- E você também deveria estar no clube com os outros. - ela ainda está inquieta, porém não consegue sair do carro - Sei que estão acontecendo coisas tão sérias lá fora que o trouxeram até aqui. 
- O problema lá fora não me atinge. - ele rebate. 
- Então por que não vai embora? Por que veio? 

Os dois se encaram sem mais perguntas ou respostas. Hinata toma consciência sobre suas últimas palavras e sente deus pesos sobre os ombros. Ela não quis dizer a ideia que suas palavras deram, foi no calor do momento e da euforia. Tudo o que ela queria era que ele ficasse. 

Sem dizer mais nada, abre a porta do carro e sai, passando as mãos no cabelo e soltando o ar com força. Hinata não olha para trás enquanto ele acelera e parte pela Las Vegas Boulevard. 

Ela queria chorar e a dor das lágrimas seguradas atinge o fundo de sua garganta em uma agulhada aguda. Seus dedos se enroscam no cabelo de sua nuca e ela tem falta de ar. O desespero é crescente e domina seu corpo, deixando o grito travado nos dentes cerrados. 

Puxando o ar devagar, ela tenta se acalmar para encontrar com Ten Ten, mas essa reação não parece estar sendo controlada por sua consciência. A vontade de gritar continuava em alta junto com as lágrimas, sendo impossível controlar o soluço seco e as lágrimas nos olhos. 

Nestes momentos seria tão bom não pensar nas consequências. 

 

Hinata chega ao Planet Hollywood com os olhos vermelhos e a respiração ruidosa. Ten Ten a esperava na porta.

- Nossa,  você veio de Miami pra cá? - ela cruza os braços. 
- Achei que dava pra vir andando e... - a voz da Hyuuga era baixa e fraca. Falar aumentava a vontade de chorar. 
- Vamos. - Ten Ten pega em suas mãos e a puxa para dentro do hotel - Temos muitas lojas para ver aqui.

Hinata não apresenta resistência, ela só queria voltar para o seu quarto de hotel e passar o resto do dia na cama. Por que doía tanto terminar algo que nem começou? 

- Estou precisando de um colar pra usar na apresentação hoje. - Ten Ten passa pelas vitrines. 
- Show? - Hinata franze o cenho e tenta se lembrar se Sasori disse alguma coisa. 
- "O" do Cirque de Soleil. - Ten Ten a encara de canto de olho - Você não vai? 
- Se Sasori for... - ela dá de ombros e reza para que ele não queria ir. 
- Talvez eles nem saiam do clube no jeito que as coisas andam. 
- Queria saber o que anda acontecendo. - Hinata murmura. 
- Não seja tola - Ten Ten ri - Deixe a preocupação, ruga e cabelo branco para eles. 

As duas entram em uma loja. 
                               ***
A apresentação do Cirque de Soleil já estava para começar e na dúvida, Hinata havia se arrumado e esperava pela chegada de Sasori, lutando contra as ligações de Ten Ten e sobre suas investidas em convencer a Hyuuga em sair sem o marido. 

Olhando pela janela, ela pôde notar o carro de Sasori se aproximar do hotel e parar na porta. Para poupar tempo, resolve seguir a seu encontro. 

Sasori desce do carro e ajeita a gravata, estava cansado das reuniões que tivera com os outros membros e ainda se preocupava mais com as questões internacionais , se a situação continuasse do jeito que andava, todos os pilares que demoraram tanto para serem construídos até ali cairiam sobre as cabeças de todos.

Caminha de forma tranquila até o outro lado do carro e abre a porta para a sua companhia, a Barbie, uma das dançarinas que ele colocava no cassino para animar deus apostadores. 

Depois do episódio da madrugada com Hinata, Sasori se convenceu que a culpa era dela por não lhe causar mais tesão, afinal, aquilo nunca havia lhe acontecido antes. Poderia ser porque a mulher era muito jovem e não possui experiência no assunto, o que era uma pena, pois o obrigava a buscar esta experiência na rua, e também era um absurdo, era obrigação da mulher saber fazer isso já que ela não trabalhava com nada e só usufruía do trabalho dele. 

Barbie usava uma blusa que deixava sua barriga à mostra, além do piercing no umbigo. Um brinco de argola pendia em sua orelha e parecia ser pesado, repuxando a cartilagem. A calça era imitação do couro e se ajustava as pernas finas e ao quadril estreito; o salto era alto em excesso. A maquiagem forte não combinava com o batom vermelho que tingia seus lábios, mas ajudava na sua identificação, qualquer um que olhasse para ela saberia que era dançarina e algo a mais.

A esperança dominava a cabeça da dançarina. Talvez, hoje, ela conseguisse convencer que Sasori tinha a mulher errada ao seu lado e arrancar a trono daquela menina tola que não sabia aproveitar o que tinha em mãos. Os planos para o quarto passavam por sua cabeça, sendo calculada a probabilidade disso e daquilo, fazendo um sorriso vitorioso se formar nos lábios falsos. 

Sasori envolve a cintura de Barbie com uma mão e caminha com ela para dentro do hotel. A grande pirâmide interna os recepciona enquanto que ao lado dela, Hinata descia no elevador panorâmico. Ele não pretendia conversar com a mulher ou lhe dar satisfação. Ainda envolvendo Barbie pela cintura, ele para na recepção para pegar a chave de outra suíte no exato momento em que Hinata se aproxima, porém não se aproxima mais ao notar Barbie ao lado do marido. 

Estreita os olhos e paralisa no lugar. Ao contrário do que esperava quando pensava na hipótese de pegar Sasori a traindo, ela não sentiu nada, nem sequer raiva. Seu corpo e alma eram um bote de vácuo, ela não conseguia nem sentir vontade de chorar ou de xingar Sasori de todos os nomes possíveis e mandar aquela loira para o inferno. Hinata ficou apenas parada, olhando os dois debruçados no balcão e a mão dele descer para a bunda dela. 

Enquanto olhava para eles, lembrou- se de sua mãe e deste problema recorrente no casamento dos pais. Lembra das inúmeras vezes que pegava a mãe chorando no quarto por causa dos motivos que o pai andava encontrando fora de casa, sem receio de ser pego pela esposa. A única diferença entre as duas nessa situação era que a mãe tinha amor e Hinata, conveniência. 

Respirou fundo e deu as costas, indo para a saída do hotel. Foi até bom esperá-lo chegar e encontrá-lo com outra mulher, pois significava que ele não dormiria na suíte com ela e ela poderia voltar mais tarde do que pretendia, além de não precisar irmão show com o primo. No fim, ela gostou da liberdade que a traição a trouxe. 

Evitou chamar a motorista, para não precisar prestar contas com Sasori no dia seguinte. Tudo o que precisava da cidade ficava na Las Vegas Boulevard, ela não via problema em andar por ali. 

Agradeceu por ter escolhido o vestido que a encantou em sua passagem na França. Era uma peça única e seria de duvidar muito encontrar outra mulher usando o mesmo modelo. Era curto, passando um pouco da metade de suas coxas, e bem justo ao corpo, definindo o corpo da Hyuuga e valorizando os lugares certos. O decote era de coração e dava um suporte para os seios, não necessitando do uso do sutiã. O seu grande diferencial era os pequenos pedaços de espelhos que o recobriam por inteiro. 

No meio da situação toda, a única coisa de que se arrependia era de ter dispensado o ruivo mais cedo. 

Um aglomerado de pessoas chama a sua atenção. Resolve parar para entender o que está acontecendo quando o espetáculo das águas começa na fonte. Como ela havia se esquecido daquele show? Era o que ela mais gostava de olhar quando chegou na cidade, então resolveu ficar por ali. 

Os jatos de água eram ejetados no ar acompanhados pelo ritmo da música de fundo. Olhando o espetáculo, ela sentiu vontade de ser um daqueles jatos e ser ejetada dali sem problema, queria poder ser mandada para um passado diferente do que viveu, em que pudesse ter cursado uma faculdade, ganhado o próprio dinheiro e ter encontrado alguém de quem gostasse de verdade, gostaria tanto sentir o sabor que o amor tinha- o único que tinha presenciado era o amor desprezado que a mãe nutria pelo seu pai. 

Coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha e ergue o olhar para o céu estrelado. Talvez em um algum lugar houvesse um universo paralelo onde ela era uma pessoa diferente em uma vida diferente e boa. Sorriu. Era reconfortante pensar sobre isso, pelo menos em algum lugar ela era alguém de verdade e não a extensão de relações políticas entre famílias. 

O espetáculo acaba e as pessoas começam a se dispersar, menos ela.
 
- No fim, esqueci de entregar o cigarro. 

Ela olha para o lado e encontra Naruto. Seu coração salta. Hesitante, ela pega o objeto e engole seco. 

- Queria pedir desculpas. - ela murmura - Não devia ter dito aquilo. 
- Você tinha razão. - ele coloca as mãos nos bolsos - O que estávamos fazendo? Graças a Deus você tem mais cabeça que eu. 

Infelizmente. 

- Você vai embora? - ela balbucia. 
- Não faço o que as pessoas costumam me dizer. 

Ela sorri, agradecida por saber que não o havia perdido por completo. 

- Está perdida por aqui? - ele passa os olhos por seu vestido e pernas. 
- Pensei em dar uma volta. - ela dá de ombros- Era para eu estar em um show. 
- E seu marido? - ele questiona. 
- Está trabalhando. - ela diz com certa rispidez. 
- Que pena. - Naruto comenta, espontâneo e olha para a fonte. 
- Pena? - Hinata o encara. 
- Sim - Naruto continua indiferente-, ele está perdendo isso. 

O sangue de todo o corpo de Hinata sobe para o seu rosto.

- Vai fazer alguma coisa? - ela tenta manter o ritmo da conversa. 
- Ia dar uma volta por aí e ver se encontro alguma coisa interessante. - ele a encara.

Na verdade, ele já havia encontrado algo muito interessante. 

- Gostaria de dar uma volta? - ela sugere - Posso te mostrar uns lugares. Aqui fica melhor a noite. 
- Não vejo problema. - ele dá de ombros. 

Ela sorri animada com a ideia. 

- Já jantou? - questiona.
- Sim e a senhorita? 
- Ótimo! - ela ignorada a pergunta devolvida - Tem ótimas pool parties por aqui, podemos dar uma passada em cada uma. 
- Gosta de festas? 
- Adoro dançar e você? 
- Gosto de beber. 

Ela ri. 

- Estamos indo para o lugar perfeito a nós dois, então. - ela observa. 
- Desconfio que sim. 

Enquanto eles caminhavam para passarela a fim de atravessar a avenida e encontrar o vendedores de pulseiras para as pool parties, Hinata se lembrou do hotel Bellagio e da balada The Bank que residia lá. 
- Encontrei outra festa. - ela avisa mudando a trajetória do dois na passarela. 
- Aonde vamos agora? - ele pergunta, curioso. 
- The Bank, só pra esquentar um pouco. - ela sorri.

A coisa estava começando a interessar um pouco mais o Uzumaki. O fato dela ter recusado sair com ele mais cedo não havia surtido um efeito negativo no Naruto, pelo contrário, ele ficou mais interessado. A única questão que ainda o deixava balançado era tentar descobrir se ela se interessava tanto  quanto ele. 

The Bank não era como uma pool partie ou uma festa para se beber até cair. Era mais reservada aos hóspedes, tinha uma boa música e uma infinidade de coquetéis diferentes. As pessoas ficavam alegres ali e, não, loucas. Era tudo bem organizado para se evitar confusão por excesso de álcool na cabeça de quem a estava frequentando. 

Para a sorte dos dois, Hinata conhecia o promotor da The Bank de uma pool partie que foi há um tempo, então não teria problema em entrar. 

- Boa noite, estou procurando por Caesar. - Hinata debruça no balcão - Diga a ele que é Hyuuga Hinata, do Luxor.
- Um momento. - a atendente pega o telefone de sua mesa e vira a cadeira, ficando de costas para os dois. 
- Então você tem seus contatos? - Naruto se apoia no balcão com um braço. 
- Sou cheia de contatos aqui. - ela sorri, sentindo o rosto esquentar perante o olhar fixo dele - Você vai gostar. 
- Caesar vai encontrá-la na porta da The Bank. - a recepcionista interrompe. 
- Obrigada. - Hinata se afasta, seguida por Naruto. 

Eles atravessam o saguão e seguem pelas placas que sinalizam a balada. Hinata caminha um pouco mais a frente que Naruto. 

Caesar estava a porta da The Bank. Se Hinata demorasse mais um pouco, não iria mais encontrá-lo essa noite. Sorriu ao ver a moça se aproximar e não demorou muito para notar a presença de Naruto, seu sorriso diminui. Hinata não era casada? O que estava fazendo com aquele homem? 

- Caesar! - ela o abraça- Você nunca mais foi me ver. 
- Nem você. - enquanto a abraça, mantém contato visual com Naruto - Quem é ele? 

Hinata pôde sentir o tom de desconfiança que emana de Caesar, mas não se deixa abater. 

- É um amigo meu. - ela se afasta - Primeira vez dele aqui. 
      - Aí, coitado. - Caesar ri - Está pronto para a perdição, querido? 
         - Estou me acostumando. - Naruto responde levando o olhar para Hinata. 
           - Consegue colocar a gente dentro? - ela questiona, com os olhos brilhantes.
          - Consigo, claro. - Caesar passa os braços pelos ombros de Hinata e se aproxima - Qual é a do bonitão com você? Ele não é americano, não? Sotaque forte. 
           - Russo. - ela informa- Não se preocupe, não há nada entre nós que não seja amizade. Além do mais, ele curte a mesma coisa que eu. 

Caesar ri e olha para Naruto por cima do ombro. 

- Quem é a bicha que tá perdendo esse tipão? - pergunta baixo para a Hinata, que ri. 
- Você. - ela responde ainda rindo, deixando Caesar ruborizar.
- Vá, entre logo sua libertinosa. - ele abre a porta para ela e lhe difere um tapa em umas das nádegas - E você também, Bonitão, pode ir. 

Naruto se aproxima, desconfiado. 

- Passe mais vezes aqui, russo. - Caesar diz enquanto fecha a porta, deixando Naruto com o cenho franzido. 
- Não ligue para o que ele diz. - Hinata ri e pega em sua mão - Vamos descer.

Ele não ligou, até porque não tinha entendido o que se passava. 
                              *** 
No total, eles passaram por três festas. Hinata já nem ousava em andar de salto, que já tinha em mãos para não esquecê-los nas festas que passou. Seu braço estava circundado por três pulseiras neon e sua animação era efeito de várias doses de bebidas diversificadas. Naruto estava alcoolizado, mas não tanto quando ela, mantendo um pouco mais a seriedade. 

- Você está tão sério. - ela comenta com a você enrolada- Por que não sorri um pouco? 
- Não estou sério. - ele discorda.
- Ah, está sim! - ela ri - Um sorriso. 

Antes que Naruto tenha tempo de responder, uma nova música começa e faz Hinata vibrar. 

- Amo essa música! - ela o encara sorridente - Vamos dançar? 
- Não sei dançar.  - ele encosta no balcão- Pode ir. 

Ela ergue uma sobrancelha. 

- Sem problemas, então vou dançar pra você. - ela se afasta, ainda de frente para ele, indo para perto da pista.

Naruto inclina um pouco a cabeça, atento aos movimentos do corpo dela, que estavam sincronizados com a música. Ela estava com as bochechas ruborizadas por conta do álcool e o cabelo estava um pouco bagunçado, com algumas mechas em seu rosto, os lábios estavam entreabertos- tudo isso a deixava ainda mais linda aos seus olhos e isso lhe tirava um pouco do autocontrole que mantinha. 

Ela sabia dançar e sabia provocar fazendo isso. Passava os braços pelos cabelos negros e depois pelo resto de seu corpo, sem sair do ritmo da música. Seus movimentos não precisavam ser tão expostos como os das outras meninas, que rebolavam deixando metade das nádegas a mostra, para deixaram o Uzumaki interessado e agarrado ao fio de sanidade que ainda mantinha, tomando a bebida vermelha de seu copo. 

Hinata virou de costas e continuou dançando, encarando- o por cima do ombro. Ela queria que ele se aproximasse mais, que tocasse nela e colocasse os lábios nos seus como fez no cigarro naquela noite, mas ele só a observava com os olhos azuis fixos, que lhe causavam arrepios. 

Será que ela precisava gritar o que queria? Dançar para ele não tinha sido o bastante? 

Naruto não tocaria nela, embora esta fosse sua vontade desde que a viu naquele jantar. Iria respeita-la e dar tempo para ela conseguir pensar em sua vontade. Só mudaria de ideia quando ela permitisse uma melhor aproximação ou quando tivesse ganhado mais confiança com a situação, ao contrário disso, ele não moveria um músculo. 

A música chegava em seu refrão. O envolvimento da canção com o álcool em seu sistema nervoso deixou tudo mais extasiado, o que excitou suas vontades a ponto de quase fazê- la implorar por ele.

Virou-se de frente para ele e esticou o braço em sua direção, fazendo um gesto para que ele se aproxime. 

Ele estreitou os olhos e desencostou do balcão, se aproximando dela com cuidado. 

- Dance comigo. - ela pede, quase suplicando. 
       - Não sei dançar essas musicas. - ele diz se afastando quando ela segura seu braço. 
           - Podemos dançar uma música que você saiba.  

Ele analisa a situação e o seu rosto, não encontrando nenhum tipo de insegurança. Sem hesitar, ele passa as mãos por sua cintura e aproxima os corpos. Uma de suas mãos sobe pelas  costas dela enquanto a outra permanece na cintura. Hinata sente a diferença de altura entre eles agora, sem o salto e tão próxima. 

O cheiro do perfume dele é inebriante e sua camisa social é tão macia. Ela encosta o rosto em seu peito e começa um balanço singelo. 

- Está gostando da noite? - pergunta com os olhos fechados. 
             - Sim e você? 
          - Ficou melhor agora que você aceitou dançar comigo. - ela ergue o rosto. 

Eles se deixam encarar, sendo envolvidos pela atração carnal e tentando, quase em vão, resistir. 

- Estou começando a entender porque você gosta daqui. - ele comenta.

Ela deixa um sorriso escapar. 

- Agora eu posso afirmar. - ela declara. 
            -Afirmar? - ele ergue uma sobrancelha.

A Hyuuga fica nas pontas dos pés, aproximando mais os rostos. Suas mãos envolvem o rosto de Naruto com delicadeza, deixando uma mão passar para a nuca dele enquanto a outra permanece entre seu pescoço e maxilar. Ela aproxima ainda mais seu rosto do dele, deixando os lábios a centímetros de distância. 

- Bem-vindo a cidade do pecado, russo. - ela sussurra, quase tocando as bocas.



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