Capítulo 7
Quando chegou no Luxor, sorriu ao passar pelo cassino e lembrar de Naruto no blackjack. Pegou o único elevador que levava ao andar de seu quarto e encostou na parede, suspirando.
Não sabia julgar se era certo ou errado o que fizera com Naruto, se isto não tinha sido despeito em ver Sasori procurar outra ou se o russo mexia com ela o suficiente para tirar seu controle, mas ela não podia negar que gostou e que faria tudo de novo.
O elevador apitou e abriu as portas. Ela precisava tomar banho e descansar os pés, que não aguentavam mais seu peso em cima do salto fino.
***
Naruto se apoia em uma mão no vidro da janela e leva o telefone a orelha, suspirando. Por que era tão difícil para Sakura atender o celular? Ela não desgruda dele!
- Loiro? - sua voz soa mansa e baixa.
- Estava dormindo? - ele ergue uma sobrancelha- Então quando eu saio, vocês dormem.
Ela ri.
- Não, Uzumaki, estou cansada por não dormir. - ele pode sentir o sorriso dela pelo tom de sua voz.
- Mande todo o inventário que você tem aí. - ele busca pelo charuto que ascendeu e deixou por cima da cômoda.
- Tudo bem... - ela parece se mexer e suspira- A campanha eleitoral do Yvon está indo nos conformes e ele está cumprindo com sua palavra em não atrapalhar nossos negócios, continuamos dentro do governo se ele ganhar; conseguimos mandar as africanas e indianas para a casa azul sem chamar a atenção e já recebemos o pagamento; Taú está sabotando a chefia do irmão e destruiu nosso último carregamento de armas. - ela faz uma pausa, parecendo consultar algo.
- Filho da puta... - Naruto murmura - Criptografe uma mensagem para Zaki e informe que se o irmão dele atrapalhar meus negócios de novo, não vou fazer vista grossa e será a última vez que ele estragará uma mercadoria minha.
- Anotado. - Sakura informa.
- E os carros? - ele diz colocando o charuto na boca.
- Nosso estoque de ferraris está acabando e não encontramos nenhuma do modelo aqui.
- Mande Sasuke resolver isso, ele sabe muito bem o que fazer. - ele solta a fumaça de vapor sem tirar o cigarro da boca.
- Temos alguns aluguéis atrasados também. - ele pode escutar ela virar uma página. Sempre tão organizada.
- As mesmas medidas de sempre e se não funcionar, pode quebrar tudo. - ele analisa o movimento da Boulevard - Esses merdas precisam de prejuízo pra cooperar.
- Seu pai continua doente. - ela informa - Está fazendo o tratamento médico recomendado, mas ainda sente muita dor.
Naruto morde o charuto e sua feição muda de tranquila e cansada para transtornada.
- Acha que é caso de chamar outro médico?
- Estamos no quinto, Naruto, e todos fazem a mesma coisa. - ela suspira - Isso faz parte da doença.
Naruto bate no vidro e se afasta da janela.
- Volte a falar dos negócios.
- Acho que é só isso, tem alguma pergunta?
Ele encara os seus pés e senta na beirada da cama. Não tinha pergunta sobre os negócios da família, mas sim de assuntos pessoais.
- Quero algumas informações. - ele declara.
- Pode mandar.
- Consiga todas as informações que conseguir sobre Hyuuga Hinata e me ligue.
- Hyuuga Hinata? Por acaso ela seria algum alvo em potencial?
- Não pretendo fazer nada com ela, só quero conhecer um pouco mais sobre suas origens na máfia.
- Não me diga que você está interessado em algum rabo de saia de um mafioso aí. - Sakura tem um tom firme e desconfiado, quase certo de que Naruto estava se metendo onde não devia.
- Procure.
Ela bufa.
- Espero que saiba o que vai fazer. - ela declara, resignada.
- Sempre sei.
Ela não diz mais nada, parece estar terminando de anotar as observações de Naruto.
- Tenho uma reunião em uma hora, vou desligar. - ele informa desligando o celular antes de deixá-la se pronunciar.
De modo robótico, ele deita na cama com as mãos no cabelo e respira fundo. Estava exaustivo para ele levar a vida do jeito que seu pai havia deixado, sem nenhuma instrução de como carregar os negócios e os associados, de como ser mafioso sem ter se iniciado para isso. Há poucos anos, ele era um menino mimado que usufruía do dinheiro do pai com mulheres, carros e viagens, depois da morte da mãe que começou a entrar mais nos negócios da família e saber mais sobre como o dinheiro ia parar na sua conta bancária, porém, em nenhum momento ele foi preparado para assumir tudo de supetão, as causas foram jogadas em seu colo e ele, no reflexo, agarrou-as.
Tensiona o maxilar e solta o ar com força. Agora, não era hora de começar a refletir sobre sua vida, ele não devia fazer isso nunca.
Levanta e caminha para o pequeno armário embutido na parede, pegando o cabide da camisa social e a calça jeans dobrada.
Não sabia o motivo que Sasori queria tratar com ele em particular, mas devia ser algo importante já que o homem havia requisitado sua presença em sua casa particular a alguns minutos de Las Vegas.
Antes de sair, abriu seu pequeno cofre e enfiou o revólver dentro da calça, preso no suporte que ele pagou para colocar em todas as suas calças.
A casa ficava no meio deserto e de um calor do inferno, desencorajando Naruto a sair do ar-condicionado do carro. Estacionou em uma vaga em frente a enorme construção de vidro e tijolos.
Não havia privacidade nenhuma, quase todas as paredes da casa eram feitas de vidro, dando uma ampla visão de seu interior. De fato, os vidros deveriam ser a prova de balas e a segurança ali não poderia deixar a desejar, mas era o tipo de casa que não atraía Naruto em uma compra, por exemplo.
Antes que ele chegasse até a porta ou saísse do carro, a porta de madeira da entrada foi aberta- ocupava uma parede inteira e quando aberta deixava um enorme vão. Conformado em ter que enfrentar o calor, ele saiu do carro e caminhou até a empregada, que o esperava na porta sorrindo.
- Espero que tenha feito uma boa viagem. - ela diz enquanto fecha a porta.
- A casa não é muito longe do meu hotel.
Para a sua sorte e conforto, o ambiente interno da casa era climatizado, até melhor que o ar-condicionado do carro.
- O senhor Sasori já virá atendê-lo.
Os móveis davam o mesmo ar de modernidade que a fachada da casa. Todos tinha algo diferente, como o sofá branco da sala que não tinha pé - era apoiado em um suporte de vidro nas suas extremidades, em compensação, os pés da mesa de jantar era enormes, de madeira e dividiam a mesa em duas - o que juntava as metades era uma parte de espelho, porém, a única coisa que fez Naruto se mexer para observar melhor foi o aquário.
Não era um aquário comum, onde se vê peixes e pedras. Ocupava uma parede toda e corria para fora da casa, cheio de plantas e árvores, um pequeno lago cercado de pedras e ventiladores que espiravam água nos cantos das grades que cercavam o limite de espaço. O que Sasori guardava ali?
Passando os olhos por todo o perímetro para encontrar o animal ali preso, Naruto encontrou Hinata. Ela estava deitada em trajes de banho, a mão lhe cobria o rosto do sol que banhava o resto do seu corpo. Enfim, ele encontra o animal que Sasori prende ali: dois leopardos, que estão deitados encostados na grade para ficar mais perto de Hinata, que está do lado de fora.
- Ganhei de Olundu uns anos atrás. - Sasori se aproxima.
- São criaturas muito bonitas.
- Apaixonados por Hinata.
Quem não se apaixonaria por ela?
- Não vim aqui falar de gatos, vim? - ele encara Sasori por cima do ombro.
- É por isso que gosto de você. - Sasori ri - Vamos para o meu escritório.
Antes de seguir Sasori, Naruto olha mais uma vez para Hinata, que acaricia um dos felinos através da grade. Sasori segue para a parte leste da casa, abrindo uma porta de madeira escura e pesada.
- Entre. - ele dá passagem para Naruto.
O cômodo é um escritório. Em seu centro há uma mesa de madeira de carvalho escura com papéis e um computador, o cheiro é de charuto e wisky, o que não é de espantar já que há um carrinho de metal aberto com os dois componentes do odor. Uma parede de vidro também dá acesso ao cativeiro dos dois leopardos.
- Aceita um copo? - Sasori para em frente ao carrinho.
- Obrigado. - Naruto para em frente à janela do cativeiro e coloca as mãos no bolso - Qual é o assunto particular?
Sasori suspira.
- Estou com algumas divergências na família.
- Que tipo de divergência? - Naruto o encara por cima do ombro.
- Do tipo que metade dos italianos estão apoiando o meu irmão e apresentam um problema de chefia pra mim.
- Não aceitam que os negócios estejam nas suas mãos? - Naruto vira e pega o copo da mão de Sasori.
- Embora eu seja o mais velho, meu irmão sempre foi mais querido dos outros chefes, aquele degraçado sabe bajular bem e os velhos babões adoram um puxa saco. - Sasori caminha até a mesa - Meu pai nunca teve confiança nele por causa desse comportamento de gato imundo, nunca se sabe de que lado ele está, se vai com a sua cara ou só está esperando para dar o bote. É um bastardo inteligente.
- Onde entro nisso? - Naruto dá um gole na bebida e volta a olhar o cativeiro dos leopardos.
- Há uma resistência interna ao meu governo muito forte e preciso fazer alguma coisa, nem esse encontro que organizei convenceu. Se a sua família aceitar fechar acordos comigo, vai me dar crédito o suficiente para estabilizar as coisas.
- O que você tem a oferecer que interesse a minha família?
- É só me falar o que você anda precisando.
Naruto mexe seu copo.
- Taú anda me dando problemas, preciso de apoio armado caso queira interferir. - ele comenta - Também estou precisando de alguns carros e cocaína.
- Qualquer coisa. - Sasori volta a repetir - Não quer se sentar para resolvermos isso melhor? Você não está com pressa, está?
- Você sabe que vim aqui para negociar com Diego um carregamento e um possível acordo de fornecedor.
- Claro, sabia que você não viria aqui só pra ir na minha reunião. - Sasori dá um gole em sua bebida e observa Naruto se locomover.
- Mas pensando em sua proposta, é muito mais útil pra mim ter um acordo com você do que precisar negociar com Diego sempre, o que venho fazendo.
- A maioria das drogas que trago pra cá é do Diego.
- Ele manda pra você e você coloca pra dentro da fronteira. - Naruto deduz- Acha que consegue mandar pra Rússia?
- Acha que consegue virar meu parceiro?
- Você só vai precisar do meu apoio? - Naruto ergue uma sobrancelha.
- E que dê um sumiço no meu irmão à la russo.
Naruto sorri de lado.
- Mas com o tempo podemos negociar qualquer coisa, no momento só preciso calar a boca dos velhos e assusta-los com o sumiço do Sai.
- Preciso consultar meu pai sobre esse tipo de questão.
- Mas não vamos deixar de ser formais. - Sasori estende a mão e Naruto entende a mensagem.
***
Makine e Niara estavam inquietas, nem a presença de Hinata estava adiantando. As irmãs já haviam se atacado mais de três vezes.
Hinata senta e grita ao ver que Makine pretendia atacar a irmã mais uma vez. Após o grito de Hinata, Makine se assustou e se afastou, subindo em uma árvore.
- Mas que merda. - Hinata levanta - O que está acontecendo com vocês?! Estão crescendo e ficando idiotas?
Niara abaixa a cabeça e esfrega na grade, sujando-a de sangue.
- Vocês nunca foram de se atacar desse jeito! - Hinata recolhe sua toalha e entra, a procura de algo para limpar o ferimento no pescoço de Niara.
Vasculha os armários da cozinha e quando repara que ali não vai encontrar nada, vai procurar o marido. Sasori estava acostumado a se automedicar em casa, ele devia ter curativos.
Caminha até o escritório, largando toalha e afins por cima da mesa.
- Sasori, você tem curativos aí? - ela abre a porta sem bater e entra falando, para assim que se depara com Naruto de costas.
Sasori franze o cenho.
- Não sabia que estava acompanhado. - ela limpa a garganta.
- Pra que quer curativos? - ele se reclina na cadeira- Já acabamos aqui.
- Makine e Niara estão parecendo monstros. Já se atacaram três vezes e Niara acabou levando uma mordida no pescoço.
- Se ela está atacando a parceira, é melhor não chegar perto. - Naruto se intromete.
- Mas preciso tratar de seu ferimento.
- Deve ser fome. - Sasori comenta, indiferente.
Naruto e Hinata lhe dirigem um olhar acusatório.
- Deixei elas sem comer por uma semana porque encomendei algumas lebres. - ele levanta - Queria vê-las caçar como os animais que são.
Hinata franze o cenho e não pode acreditar no que ouve. Ele deixou as duas à beira da morte só para saciar sua curiosidade em vê-las caçar desesperadas por comida. Elas podiam ter se matado!
A Hyuuga fecha a porta. Sua raiva é visível.
- Mulheres são sempre sentimentais. - escuta Sasori dizer- Mande colocá-las no carro!
O carro, o qual Sasori se referia, era um SUV da categoria grande. Para ser usado pelas irmãs, teve os bancos dos passageiros retirados e a parte de trás emendada com o porta-malas, uma grade foi colocada atrás do bando do motorista e do passageiro.
Entre as duas, Niara recebeu melhor a ideia de sair do cativeiro que Makine, que das duas, era a que mais se irritou com a fome. Após Willian conseguir aplicar um sedativo em Makine e colocá-la no carro, Sasori partiu para uma parte isolada do deserto, onde as duas poderiam caçar as lebres sem problemas com vizinhos.
Em uma hora eles chegaram. O carro de dois funcionários já estava lá com lugares montados sob a sombra de um guarda-sol, uma barraca de bebidas no porta-malas do carro e alguns petiscos.
- Você sabe o que eu acho sobre deixá-las nessa situação. - Hinata comenta.
- Não foi uma semana toda. - ele revira os olhos - Só o suficiente para fazer a fome ficar mais forte.
Hinata desce do carro sem responder e caminha para uma das cadeiras. Coloca o óculos e pega o copo de bebida que jazia na mesa.
- Soltem as lebres. - Sasori anuncia descendo do carro.
Naruto também sai de seu carro e caminha para os lugares vagos ao lado de Hinata, que não consegue manter um contato visual com ele.
Um dos funcionários de Sasori obedece e abre as duas gaiolas de lebres, fazendo-as correr em disparada pelo deserto, quase como se pressentissem a presença dos leopardos.
- Vamos lá, princesas. - Sasori abre o porta-malas - O almoço foi servido.
Niara se recusava a sair e Makine ainda estava sonolenta.
- Desse jeito as lebres vão fugir, imbecis. - Sasori resmunga - Hinata, faça alguma coisa!
Hinata suspira e troca olhares com Naruto de forma rápida. Levanta e olha para o carro.
- Niara, Makine! - ela grita.
Sem pestanejar, Niara pula do carro e corre em direção a Hinata, com o sangue seco manchando sua linda pelagem. Ao chegar perto o suficiente, sente o cheiro das lebres e desvia sua rota, o que faz Hinata sorrir.
Niara aumenta a velocidade pelo chão batido ao localizar uma lebre e todas as dores que sente desaparecem, deixando-a com um único objetivo.
Makine, ao reparar que a irmã saiu, vai atrás, mesmo com os sentidos meio atordoados. Não é preciso muito tempo para ela notar as lebres e se juntar a Niara.
- Essas são minhas garotas. - Sasori anuncia ao vê-las correr.
Hinata revira os olhos e volta a se sentar.
- Me diga o que viu nele para sua lealdade. - Naruto sussurra.
Hinata o encara, sem resposta. No entanto, no fundo, ela sabia que era como Makine e Niara: mesmo sendo mal-tratada e presa, era leal e subordinada a ele, pois sem sua gaiola ela não seria nada ou seria morta.
Sasori se junta ao dois.
- Elas são magníficas. - Anuncia se sentando e continua a olhar os leopardos, que já alcançaram seu objetivo- Possui felinos, Naruto?
Sasori esperava que Naruto respondesse que não para aumentar seu egocentrismo em ser melhor que o russo em alguma coisa.
- Tenho Gashar, um tigre branco que adotei depois que um grupo policial invadiu um templo monge. - Naruto encara Hinata - Foram acusados de maus-tratos com os bichos e a polícia interviu. Gashar tem sequelas de lá.
- Sequelas? - Hinata franze o cenho.
-Devia ser o mais violento, por ser macho, então o cegaram e o amarram a uma árvore. Ele não poderia se reabilitar a uma vida selvagem nas situações em que se encontrava.
- Como você o pegou? - Hinata se interessa pela história.
- Tinha um policial conhecido na operação que não hesitou em me levar Gashar.
- Um russo tendo piedade. - Sasori comenta com despeito.
- Não é piedade, é respeito. - Naruto rebate - Ainda não acredito que fizeram aquilo com um animal tão belo.
Hinata bebe um pouco de seu champanhe e volta a olhar os leopardos perdidos nas lebres.
- Quando pretende voltar pra Rússia? - Sasori pega uma azeitona disposta em uma vasilha de vidro.
- Em alguns dias.
A resposta de Naruto surte efeito em Hinata: um aperto em seu peito e o surgimento de um desespero palpável, que ela afoga com mais um gole.
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Makine e Niara voltam da brincadeira com duas lebres na boca e as depositam aos pés de Hinata.
- Obrigada. - Hinata abaixa e recolhe os animais mortos, entregando-os aos dois funcionários.
As duas, com os ânimos mais calmos, esfregam a cabeça nas pernas de Hinata e deitam, recebendo afago da dona.
- Vamos voltar. - Sasori levanta - Niara, Makine. - ele bate a mão na perna enquanto caminha para o carro - Vou chamar alguém pra olhar o pescoço de Niara.
-Acho bom. - Hinata sussurra e levanta, sendo impedida por Naruto.
- Você disse que iríamos nos encontrar hoje. - ele sussurra.
Uma corrente elétrica corre por seu corpo.
- Naruto. - ela adverte.
Sasori fecha a porta e o barulho assusta os dois, que se afastam afobados.
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Os carros param nas vagas em frente a casa. Hinata desce primeiro e observa William retirar Makine e Niara do carro, levando-as ao cativeiro.
- Vou voltar pro hotel. - Sasori diz trocando de carro.
-Deixe o azul pra mim. - Hinata informa - Tenho que encontrar Ten Ten.
- Como quiser. - ele entra no carro e sai, sendo seguido por Naruto.
Hinata franze o cenho ao ver o carro do russo seguir o marido. Ele mudou de ideia?
Entra na casa e faz uma rápida muda de roupa, pega sua bolsa e a chave do carro. A ferrari azul está na garagem.
Assim que entra na estrada, encontra o carro de Naruto parado no acostamento. Diminui a velocidade e abaixa o vidro assim que para ao lado do veículo.
- Está perdido? - ela questiona.
-Estava esperando você.
-Não podemos conversar aqui.
- Onde você pode? - ele ergue uma sobrancelha.
Sem responder, ela acelera o carro e pelo retrovisor, nota que ele entende a mensagem de segui-la. Sorri. O único lugar que os olhos de Sasori não iam era ao Grand Canyon.
Durante o caminho, Hinata muda de ideia ao pensar na possibilidade de encontrar alguém conhecido por lá. Segue para a ponte perto da usina Hoover Dam.
Ela para o carro e respira fundo. Tira a chave da ignição e sai, batendo a porta. Eles não podiam continuar nesta situação.
Naruto desce assim que para e nem se preocupa em tirar a chave, apenas em desligar o motor. Sai do carro e caminha de encontro a Hinata.
- Naruto, precisamos conversar. - Hinata diz enquanto se aproxima.
Ele ignora a preocupação na voz dela e continua se aproximando, inabalável.
- E se Sasori descobrir? - ela para e tem a garganta seca quando as mãos dele tocam seus braços, subindo até o pescoço.
-Não me importo com isso. - ele sussurra.
- Ele vai nos matar e você ser russo não vai mudar isso. - ela segura seus pulsos. Esta hipótese assombrou seus sonhos durante a noite toda.
- É por isso que está assim hoje? - ele toca em seu rosto.
- Estou preocupada com você - ela limpa a garganta-, com a gente.
Naruto aproxima seus lábios dos dela, ansioso.
- Isso é errado. - ela tenta recuar, mas não encontra forças para se afastar dele.
-Não negue suas vontades, Hinata. - ele a adverte, encostando sua testa na dela - Sasori quer meu apoio.
Por que ele está falando isso?
- Vamos acabar nos encontrando mais e se não resolvermos nossa situação agora... será pior depois. - ele fecha os olhos - Quer que eu vá embora? Dessa vez não vou te encontrar por acaso em uma fonte por aí.
Hinata engole seco. Tudo o que ela menos quer é te-lo longe.
- Estou louca por você. - ela diz contra seus lábios - Mas tenho medo.
- Sasori nunca saberá. - Naruto finda a conversa com seus lábios nos dela.
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