-Acorda, Johnn! Merda!!! Acorda seu viado!!!! -Começo a sacudir ele pela camisa e ele faz uma careta de dor. Merda, a gente trancado nessa farmácia aqui, um caralhau de Walkers lá fora, batendo na entrada, e nenhuma arma praticamente.
Depois de achar o guri inconciente, eu agarrei as malas e ele e os levei pra farmácia mais próxima (no caso, uma Johnson eu acho, do lado do posto). A grade do meio estava levantada mas não tinha ninguém dentro. Joguei os dois lá dentro, e baixei a grade. Aí nós chegamos na parte atual da estória.
-Acorda cretino! - Larguei dele e comecei a revistar a farmácia. Graças a Deus achei um pouco de água oxigenada, um remédio pra dor e antiviral. Enxarquei a ferida de H2O2. Mas como que eu daria os remédios para ele? Álcool corta o efeito de remédios para dor em geral, e eu não lembrava quanto ao anti-viral especifico feito aquele. Por que antiviral? Normalmente são vírus o que transforma zumbis não?
Johnny ainda gemia de dor e mexia pros lados, estava delirando de febre. Eu tenho que ser rápido, mas o que eu faço? Aí eu ouvi uns tiros. Do nada as pancadas na grade pararam. Uns segundos depois um vulto levanta a grade, com o sol da meia tarde às suas costas, eu vejo que ele tem um tipo de bereta na mão e alguns canos de arma cruzados nas costas, mas não vi seu rosto bem. Ele sorri e diz:
- Quase morrendo em Rogue?
- MAT!!!!!
- Puta merda, que que houve com o braço do Johnny?
- Ele foi mordido, tem água?
Ele tirou a mochila com as armas das costas e de dentro dela atirou pra mim uma garrafa.
- Me ajuda a segura ele.... E abaixa a bosta da grade!!!!
- Ai, tá bom.- grade baixando.
Ele se vira enquanto eu jogo os comprimidos e a água guela a baixo no piá.
- Que bom que ele tá engolindo, do contrario eu teria que forçar de um método bem gay os remédios...
- Bixinha, tu ia adora isso né – fazendo voz irritante.
- Tomá no teu cú tá! Vê se tu acha umas bandagens por aí enquanto eu cuido de limpar o corte.
Mat pulou o balcão e começou a procurar enquanto eu usava um pedaço tirado da minha camisa pra limpar o corte e botar mais desinfetante.
- Afinal, que que vocês tavam fazendo?
- Arranjando motos pra ir te buscar. Por falar nisso, como conseguiu esse arsenal? assaltô o quartel na vinda?
- Lembra daquele cara esquisito do qual eu falei que tinha um monte de arma no meu prédio? Pois é, ele se matou, dae eu arrebentei a porta dele com meu ombro e limpei a casa dele ontem a noite.
- Depois abriu 11 andares de caminho à bala?
- Nah, fui assistir OP. Dormi e no hoje de manhã eu vi as tuas mensagens e resolvi vir pra cá.
- Como que um sedentário como tu conseguiu carregar tudo isso até aqui?
- Nada que um fone de ouvido com playlist de anime não resolva.- mesma voz irritante a merda da conversa inteira.
Aí eu discuti com ele o que a gente ia fazer. Ele falou que poderia ir de boa à pé para a base se eu tirasse a mochila das costas dele. Até aí tudo bem, pedi que fosse buscar a moto do outro lado da avenida perto do churrasquinho de mortos...
- FOI TU QUE FEZ AQUILO???? QUE QUE TU USOU? UM LANÇA CHAMAS OU NAPALM???
- Molotovs e imaginação.
- Depois eu que sou o gênio maluco.
Dizendo isso ele virou, com a bereta em mãos, colocou o cano em um buraco da grade e atirou 5 vezes. Depois de ouvirmos uns 3 baques, ele levantou a grade e correndo foi buscar a moto. Deixando-me com uma pistola e ao lado do Johnny que tinha parado com os espasmos e parecia melhor. Uns minutos depois ele voltou, deu mais uns tiros parou do lado de fora e disse.
- Cara, acho que porto alegre inteira ouviu isso, então é melhor sai daqui.
- Tá, certeza que não quer ir de moto?
- Nah, com essa arma eu fico de boa. É só correr.
Aí, eu botei o Johnny na frente, encostado no “volante”, a mochila de uns 40Kg nas minhas costas e torcendo para a moto não virar, subi a avenida.
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