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História Cronicas d1 Sobrevivente - Dia 2 - Parte 7


Escrita por: RogueMacWritter

Capítulo 12 - Dia 2 - Parte 7


Novamente passei por aquela esquina, desci a Padre Réus na pobre e batida biz. Johnny estava inconsciente e ainda febril. Fomos descendo a rua, passamos pela entrada da Conceição, por um bar e depois de uns segundos chegamos em casa. Freei na frente da grade com o pneu cantando na calçada.
- JOE!!! NAT!!! Abram o portão!!! – Não havia nenhum Deles a minha volta, ao longe eu ouvi alguns tiros, Matt devia estar atraindo eles....fora, é claro, as explosões de antes.
          O portão começa a abrir. Pela porta passam correndo o Joe e a Nat. Joe estava com os olhos vermelhos, com os cabelos molhados e mãos sangrando. Nat parecia muito abatida, mas nada sequer perto dele.
          - Cadê o Johnny??? – disse o Joe, que não via o Johnny por de trás dos arbustos da grade.
          - Tá aqui. Acelera que ele é pesado!
          - Tu tá bem Rogue? – Nat enquanto passava por debaixo do portão com o Joe.
          - To, mas o Johnny foi mordido. Eu fiz primeiros socorros mas não sei o que pode acontecer. Bota ele deitado num colchão no segundo andar. – eu disse enquanto passava ele para o Joe. – Nat, bota essa trolha aí lá atrás.
          - Por quê? É mais rápido de a gente atender ele da sala. – Joe
          - Se eles conseguirem entrar em casa não da tempo de carregar ele pra cima. Nat, eu vo subi pra continuar cuidando dele – disse enquanto colocava a mala nas costas – Cuida que daqui a pouco vai chegar um cara algo e meio gordo, branco e de cabelos pretos – já estávamos andando e ela apertou o botão de baixar o portão – ele vai estar com uma shotgun na mão. Abre a porta pra ele ta?
          - Tá! Vê se tu consegue tratar do Johnny.
          Saí correndo porta a dentro enquanto ela ia andando com a moto pelo corredor lateral. Larguei a mochila em cima do sofá. E voei pelo corredor para ajudar o Joe.
          - Cara, tu sabe o que que explodiu?
          - Fui eu. Tinha muito filho da puta por perto. Tive que usar algumas armas alternativas.
          - Velho, faz uma meia hora que tu saiu, como demorou tanto? – Já estávamos no patamar do meio da escada, Johnny começou a balbuciar.
          - Quando eu vi que tinha um monte Deles em volta do posto eu virei a moto e comecei a juntar coisas pra conseguir chegar nele. – Disse indicando o Johnny com a cabeça.
          - Hmm.
          Chegamos no segundo andar, largamos ele num colchão no meio da sala. Corri para os quartos enquanto o Joe tentava falar com o irmão, agora ele soluçava....sabia o que aconteceria em seguida.
          Voltei com uma toalha encharcada e disse para que ele desse um “banho” no guri. Corri para o primeiro andar e fui pegar uma bacia. Nat estava na sala de visitas, ajoelhada no sofá olhando pela janela. Com a bacia em mãos subi ás escadas. No banheiro do segundo andar eu a enchi de água e levei para o Joe.
          Ele nunca foi um cara emotivo, mas acho que perder o irmão estava sendo de mais para ele. Ele é o guarda legal do irmão desde que os pais morreram a uns dois anos em um acidente de carro, provavelmente se sentia culpado por aquilo.
         Seguimos com o banho, eu teria que limpar bem a parte superior do corpo para conseguir fechar a ferida, e isso também seria outro problema. Não dava para costurar, a mordida, agora que não tinha mais um monte de sangue em volta, era profunda, como se o desgraçado só tivesse cravado os dentes, não tinha rasgado o braço dele. O que de certo modo era bom, já que, se ele regenerasse, não perderia a função da mão direita. Mas isso significava que eu teria que abrir todos os dias a ferida pra limpar...o que iria doer.
          Os olhos do Johnny reviravam por debaixo das pálpebras como se estivesse em sono profundo. Ele ainda tentava pronunciar algo, mas não dava para entender. Ouvi o portão abrir e fechar.
Agora, tudo em que eu podia pensar já havia feito. Havia administrado antitérmico e “anestésicos”. Limpei ao máximo a ferida. E tentei baixar a febre. Agora está tudo nas mãos do Johnny.
         Recostei-me no sofá ainda sentado no chão ao lado do colchão. Joe estava deitado logo acima de mim. Quatro pés vieram subindo a escada correndo, foi a primeira vez em que reparei em como o Matt estava vestido. Ele vestia um par de tênis surrado, um moletom cinza e uma camisa laranja do Goku.
          - Não ta com frio, feladaputa? – eu disse.
          - Nada que uma corrida não resolva – maldita voz irritante – E aí, como ele ta? – voltou a ficar sério.
          - Não sei, agora tudo que dá pra fazer é esperar. Se não der certo, pelo menos a gente aprende um pouco sobre Eles.
Aí eu levei um cascudo do Joe.
          - Não fala assim seu merda.
          - Cara, desculpa. Mas tu já viu filmes antes, né? Infelizmente essa é a minha hipótese.  
          - Levanta. – O Joe, mandou. Eu levantei, me virei de frente para ele. Quando eu terminei de me virar ele já estava em cima de mim.
Acertou uma joelhada bem na boca do meu estômago e um gancho no meu queixo.
          - A CULPA É TUA!!! QUEM MANDOU DAR A VOLTA PRA BRINCAR DE TERRORISTA? DEVIA TER IDO DIRETO TIRAR ELE LÁ DE DENTRO!!!!
            Estava no chão e quase vomitando. Ele estava indo para cima de mim novamente quando eu ouço um engatilhar de arma. Matt estava com uma doze apontada pro meio do peito do Joe.
           - Baixa a bola, cara. – disse ele com a voz bem calma e o olhar fixo no viado.
           - Antes de me culpar, quem sabe tu não pensa que foi pro tua causa que ele ficou lá? – parei pra respirar, meu diafragma ainda dói daquele joelho – Se não fosse por mim, não teria corpo pra enterrar, considerando a quantidade de zumbis que tinha lá. – a minha vontade era de gritar isso enquanto dava um soco nele também, mas eu mal ficava de pé.  
            Ainda com a doze mirada no peito dele, Joe desabou do lado do irmão e começou a chorar desesperadamente.
            - P....pa...parem d....de brigar, seus gays. Não vão se li....vrar de mim tão cedo.
 


Notas Finais


Oi, eu sei que não costumo colocar notas, mas e aí, gostando da estória? Tenho bem mais dessa para publicar enquanto escrevo uma outra. Tentarei continuar essa, mas por ser outra fase da minha vida, tenho encontrado dificuldades em escrever sobre um grupo de guris imaturos. Bom, espero que estejam apreciando. Todo sábado eu posto um capítulo novo.
Abç


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