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História Cronicas d1 Sobrevivente - A Primeira Noite


Escrita por: RogueMacWritter

Capítulo 2 - A Primeira Noite



Logo depois da queda do governo, eu, que para todos os efeitos me chamo Rogue, estava trancado em casa. A notícia do fim do Brasil havia sido transmitida para mim pela Rádio Atlântida, às oito e vinte e sete da noite. Fiquei cinco minutos em silêncio, cinco minutos para pensar no o fim dessa merda, depois fui abrir um vinho. Não é todo dia em que acabam as contas, a corrupção e as preocupações fúteis. Bêbado, comecei a pular de um lado para o outro dizendo PUTA MERDA, FINALMENTE ACONTECEU sem me tocar de que eu devia ter metade da zona sul indo para a minha casa por causa daqueles gritos. Peguei um monte de salgadinhos fui jogar videogame, entrei no pc pra atualizar o face e falar com os guris sobre o plano...


 Daí caiu a ficha...............................agora eu teria que matar pra viver.


Moro sozinho em uma casa afastada do centro de POA, que tem um terreno bem grande, muros altos, painéis solares de última geração, um jardim e um laboratório no sótão. Sou um jovem pesquisador contratado por uma empresa francesa para fazer pesquisas na flora gaúcha e suas aplicações na indústria farmacêutica. Não tenho família, o que na verdade só me facilita as coisas agora. Na verdade eu to é preocupado com meus amigos que moram no centro...
Hora de me preparar, já sei que não vou poder ficar aqui para sempre. Minha casa até pode servir de base central, mas eu vou ter que sair pra buscar comida em algum momento. Eram onze e quinze quando comecei a correr pela casa inteira juntando coisas e fui largando tudo no sofá da sala. Mochila do exército, jaqueta de couro, chocolates, barrinhas de cereal, luvas de couro, tênis de corrida, 5 mosquetões bem grandes,  coturnos ultra leves, jeans grosso e com elastano (para proteger bem e não atrapalhar os movimentos, óculos de ciclista (daqueles de elástico e que quebram a luz), garrafa de água, duas caixas comprimidos de hipoclorito de sódio, 3 pacotes de bandagens, muita aspirina, alguns antibióticos de amplo espectro, um celular (as redes ainda funcionavam) e um carregador solar. Mas eu ainda tenho um problema...eu não tenho nenhuma arma. Eu aprendi a alguns anos como usar espadas e arcos pra fazer direito um cosplay de Legolas, mas eu não tinha nada  a minha disposição. Foi aí que eu lembrei do que um amigo meu, Johnny, falou:
  -Lá na academia, quando a gente vai treinar kati combinado de facão a gente usa bastões curtos de madeira, de uns 60cm.
 Um bastão curto? Bom, eu sei usar espadas curtas e ajudei ele a aprender o facão. Graças aos meus vários projetos de sustentabilidade eu sempre tenho material de construção em casa, fui correndo até um armazém que fica no quintal pra pegar a minha futura arma. Um pedaço de cano de ferro de mais ou menos um metro, um pouco comprido, mas vai dar. Que bom também que certa vez eu tentei aprender tênis, pratiquei esse troço por um ano, nunca melhorei, mas eu ainda tinha tudo em casa. Em meu quarto no segundo andar peguei um pedaço de fita elástica (aquela borracha preta que fica no cabo das raquetes) e enrolei na base do cano. Perfeito.
            Agora eu tinha a arma e os materiais básicos, tudo de acordo com os livros. Só me faltavam, na verdade, duas coisas: -Um grupo de quatro pessoas e um transporte.
            A frente da minha casa tem um portão que corre de lado, infeliz ou felizmente pra mim, eu só ando de bicicleta, o que me deu um bom físico, mas não acho que daria pra andar assim no centro onde deve ter gente pra tudo que é lado. Resolvi ir a pé. Não é que eu more no Lami, mas Ipanema também não é exatamente perto da cidade baixa. Eu já havia estipulado a rota enquanto corria pegando as coisas. Passaria pela Tristeza, onde eu ia tentar encontrar três dos meus amigos, depois iria até o Barra, seguiríamos em direção ao centro. Lá a gente montaria uma base temporária no Unificado pra recolher um monte de coisas que a gente iria precisar pra se manter vivo. Antes de começar a fazer as patrulhas, iríamos até Petrópolis no apê de três amigas nossas ver se elas estavam bem e daí leva-las para o Unificado.
            Eu ainda não expliquei a situação direito não é?  Antes da queda da república, o exercito resolveu tomar conta de alguns serviços. Eles estavam guardando as rádios, para manter a rede de informações, a CEEE, o campus centro da UFRGS, o campus da PUC e o Barra tinham se tornado campos de refugiados para aqueles que não queriam ficar em casa ou não podiam se defender. Mas na verdade a maior parte das pessoas era forçada a juntar suas coisas e ir pra lá num camburão. Por sorte eu e os guris havíamos previsto isso e já tínhamos traçado um plano a alguns anos atrás. Nós estávamos de zoa uma noite e criamos o Protocolo Guasca de Zumbis. Depois disso só eu contribuí pra ele traçando mais planos mas todos encaravam como se fosse um jogo realista e acabamos varias noites viradas fazendo esse storytelling. Ou seja, todos eles já sabiam o que ia acontecer. Eu seria o primeiro a me mover e todo mundo ficaria em casa. Eu tenho duas semanas para estar com as gurias de volta no Unificado.
            Quando eu terminei de me organizar eram três da manhã, mandei uma mensagem pro celular das gurias e fui dormir.
 



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