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História Cronicas d1 Sobrevivente - Dia 1- Parte 2


Escrita por: RogueMacWritter

Capítulo 4 - Dia 1- Parte 2



Logo que nossos olhos de encontram, eu fui até a porta e a pessoa do outro lado a tranca. Esperta.
        – Oi! Eu sou Rogue, moro no final dessa rua. Eu conhecia o dono dessa casa, Sr. João não é? Eu não vou te machucar.- ela não responde – Você é a filha dele não é? Eu sinto muito por seu pai. Talvez eu possa ajudar em alguma coisa.- nada. Comecei a pensar em como eu podia conversar com ela, pensando nisso eu olhei para baixo. Sangue.........muito sangue. Prestei mais atenção na porta, ela tinha vários fundos e dezenas de arranhões. – Não precisa abrir a porta, só converse comigo por favor, faz dias que eu não vejo ninguém!- Quando eu disse isso eu ouvi ela se movendo do outro lado
– Meu nome é Natália, ele ainda está aí?
-Não, eu derrubei ele. Desculpa. – Eu estava de pé apoiado na parede do lado da porta arranhada quando ela abriu. Parecia ter uns 18, morena, um e setenta....“Ela é linda!!!” foi tudo o que passou pela minha cabeça. Então eu caí porque enquanto eu a olhava ela me deu um tackle, me abraçando pela cintura ela ficou ali, parada em cima de mim.
-Tudo bem? Ta machucada?
-Não, é claro que não ta tudo bem, meu pai tentou me matar! Não, eu não to machucada..Só, fica quieto um pouco.
Aí eu não me aguentei e abracei ela. Ela ficou ali uns dois minutos soluçando, daí se levantou e me alcançou a mão.
- Tu disse que teu nome é Rogue né? Por favor me chama de Nat.
            Aí fomos para o quarto que parecia ser do Seu João, sentamos na cama e ela me contou sobre o que aconteceu. Nat estava visitando seu pai quando tudo aconteceu. Ele foi mordido quando tentou sair para pegar mais comida. Quando ele estava quase morrendo, ele mandou ela se trancar no quarto dele e não abrir a porta por nada. Ela conversou com ele até ele morrer. Depois de alguns minutos ele começou a bater na porta, e gritar. E ficou assim pela noite toda. Aí eu entendi porque o “quinto” estava no portão dela. Os gritos significam que tem comida por perto.
            - Daí de manhã, quando ele parou de gritar eu ouvi a tua voz e algo quebrando bem alto. Eu ainda estava com medo de abrir a porta eu fiquei esperando pra ver quem era.
            - Foi quando eu quebrei a porta que você me ouviu então. Desculpa por isso.
            - Tudo bem, eu só não achei que meu salvador gritaria “this is sparta” enquanto quebrava a porta da frente. Depois ficou bem quieto por um tempo e eu achei que quem tinha entrado tinha sido morto. Mas daí eu te ouvi falando do escritório. Quando eu achei que você não era perigoso eu fui olhar como tu era....desculpa por te abraçar, é que eu to realmente feliz de não estar mais sozinha. Por falar nisso, tem comida aí? Faz uns dois dias que eu não como.
            - Claro, eu tenho alguma coisa sim. Espera um pouco, eu já volto. – Saí do quarto e fui descendo as escadas. Olhando melhor, tinha uma porta na sala que eu não tinha visto antes. Também tinha algumas réplicas de pinturas famosas nas paredes. Corri, através da porta e até minha mochila do lado de fora ainda, bem perto do corpo do pai dela. Olhei pra ele e fiz um sinal da cruz. Peguei duas barrinhas, botei a mochila nas costas e voltei pro quarto. Ela estava deitada...tinha dormido. – Nat! ACORDA!
            - Humm, a, desculpa.
            - Aqui, come um pouco.- Ela quase arrancou minha mão. Coitada.
            - Valeu, eu tava morrendo de fome! Não tem mais nada aí?
            - Infelizmente não. Tu tens algum lugar pra ir?
            - Na verdade não. Eu não sei onde tão as minhas amigas e minha mãe mora em outro estado.
            - Casa do namorado?
            - Eu não tenho namorado...- (Opa, aí eu quase tive um troço.)
            Então eu expliquei que eu tinha planos com uns amigos meus. Expliquei que teríamos que deixar a casa dela e ir até a Tristeza, e depois até o Centro.
            - Tá! Não vejo porque não.
            - Se é assim, junta tuas coisas. Uma muda de roupa. Uma arma, coisas assim.
Então eu fui olhar que horas eram...quatro, droga, fora do horário. Enquanto ela juntava suas coisas numa mochila. A casa dela não tinha realmente nada de útil praticamente. Um pé de cabra sujo de sangue, que seu pai tinha trazido da sua ultima incursão, um mapa da cidade, uma garrafa de whisky, duas de álcool puro algumas garrafas vazias de cerveja e um Zippo de ótima qualidade perto de alguns charutos. Botei tudo na mochila, exceto as garrafas vazias.
            - Nat, o que é essa porta aqui na sala?
            - Ela dá pra garagem. Porque?
            - Tem algum carro ali?
            - Eu não sei se tem gasolina, mas era pra ter uma moto aí. Eu já dirigi ela, mas é possível que a gente não consiga abrir o portão.
Putz, finalmente um meio de transporte e eu não posso usar? Merda.
O portão da casa era de contrapeso, se tivesse algum jeito de arrebentar o cadeado que liga o portão ao motor daria pra levantar na mão (fiz isso muitas vezes na casa do Matt). Se a moto ligasse, eu teria que levantar os dois portões. Parei do lado da porta com a mochila aos meus pés e comecei a olhar para os lados. Peguei um chaveiro que estava ali por perto e fui testando as chaves. Quando a chave roxa abriu, eu tranquei novamente, peguei o cano (melhor prevenir), e destranquei novamente. Abri a porta. Ali não tinha nenhum Deles. Uma mesa de madeira bem comprida, coberta de ferramentas, planos e coisinhas mil, estava de um lado. Do outro uma lona cobria a moto do pai da Nat. Quando eu puxei a lona meu coração quase parou. Uma Harley. O pai dela tinha uma Harley??? Eu só poderia ficar mais feliz se ele tivesse uma 9mm silenciada. Uma moto que cabe confortavelmente duas pessoas, que é silenciosa e potente, valeu seu João.
            - Porque teu pai não usou a moto pra ir pegar comida? – gritei.
            - Ele disse que não consegue abrir o portão.
É, realmente não é para qualquer um levantar aquele troço na mão...
Eu estava mandando uma mensagem pros guris via face quando ela chegou na garagem. Vestia um tênis de corrida, uma skinny índigo blue, um moletom preto da Gap e uma mochila da Hello Kitty, ninguém diria que ela estava saindo para matar zumbis.
- Eu ainda não sei como abrir o portão. Tu sabe das chaves da moto?
- Tão aqui comigo. Certeza que não tem nada dentre as ferramentas do meu pai que possa te ajudar?
Como eu não tinha pensado antes? Comecei a vasculhar as ferramentas em cima da mesa. Chave de fenda, chave phillips, martelo, pregos, parafusos...
            -Isso! Uma micro-retífica de bateria. Deixa eu ver....- ttzzzzzz- FUNCIONA!!!! Dalhe!! – Nat olhando pra mim com uma pokerface....- Desculpa, é só que eu queria muito usar a moto.
            - Eu imagino, papai sempre fica lustrando ela. Não entendo porque vocês homens gostam tanto desse tipo de coisa. 
            Fui até o cadeado e cortei um dos lados. Tirei-o dali e comecei a levantar o portão. Aquela porcaria tinha uns 80kg. Graças a Deus o contrapeso ainda estava ali, se não fosse assim eu nunca ia conseguir abrir. Enquanto eu fazia isso, do nada ruge de trás de mim a moto. Me viro assustado e vejo Nat rindo da minha cara.  Depois que eu tinha levantado o suficiente nós passamos com a moto. Do lado de fora, o céu portoalegrense começava a escurecer. Merda, que bom que a casa do Joe fica perto daqui. Fui até o outro cadeado e o abri. Olhei para os lados, nenhum “walker“ por perto. Virei-me e a vi...Natália estava chorando. De pé suas lagrimas caíam pelas costas de seu pai enquanto ela soluçava de tristeza. Ela caiu de joelhos ao dele.
            - Realmente, eu não tinha me tocado de que ele estava morto até ver ele. Tem algum jeito de sepultar ele...sei lá, qualquer coisa...
Enquanto eu pegava as garrafas de álcool pedi a ela para se afastar. Derramei as duas por cima do corpo de João e tirei o isqueiro Zippo da mochila...
            - Do pó viestes e ao pó voltarás...
            - O que tu ta fazendo??? – ela me disse braba com lágrimas caindo pelos olhos.
            - Eu estou dando o funeral de um rei para o teu pai. – eu disse enquanto acendia o Zippo. – É tudo o que eu posso fazer. – Acendi ele.
Enquanto o corpo de seu pai se tornava cinzas, Nat e eu nós dirigíamos em direção ao norte com o sol se pondo ao nosso lado.     
 



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