História Cronicas d1 Sobrevivente - Dia 2 - Parte 2

São oito e vinte e três. Nat ficou lendo a biblioteca da mãe dos guris enquanto discutimos o plano. Ainda to puto com o cretino do Joe, mas isso já é normal. A gente foi pro sótão que até hoje está desocupado, nós já tínhamos usado ele como sala de conferência para o Protocolo e pra jogar RPG. Lá em cima botamos uma mesa no meio, três cadeiras e eu comecei a procurar o mapa nas estantes enquanto falava.
- Relatório, eu ainda to por fora e quero saber tudo bem certo.– eu disse pra começar a discussão.
- A gente tem comida pra algum tempo, 25 kg de arroz, o mesmo de feijão, alguns tabletes daqueles em que tu é viciado, dez latas de atum e sardinha e 5kg de milho. – Falou o Johnny.
- Ta, primeiro a gente vai ter que calcular um racionamento – Joe
- Isso a gente deixa pra ti engenheiro – já que eu não tinha falado antes, o Joe se formou em Eng. Mecânica ano passado.
- Toma no cú viu...
- Calem a boca, vadias. Nós não temos nenhuma arma de fogo, nenhum plano a longo prazo e nem de onde tirar água depois que acabar a da caixa. Mais alguma coisa pra se preocupar. – Johnny
- SIM PORRA, antibióticos, remédios pra dor de cabeça, agulha e linha para cortes grandes, algumas plantas pra eu fazer outros remédios, tratamento de esgoto, fogo para cozinhar e um caralhau a mais de coisa.
- Maníaco por saúde...- Joe
- É isso que vai te manter sem caganeira seu viado!
- Porra, se casem! – Johnny
- Ta, o que mais? – eu disse.
- Temos que achar o Matt, se é que aquele gordo ainda ta vivo.- Joe
- Porra, não fala assim. – Johnny
- Cara, ele tem razão. A única opção dele estar vivo é estar vendo One Piece a tanto tempo com o estoque de coca e salgadinho que nem viu a infecção chegando. – eu.
- HAHAHAHAHAHAHAHHAHAH....cof, COFF (ENGASGA), filho da puta!
E ainda pergunta porque ele fica queimado contigo! - Joe
- Que? É a verdade!- ei
- É, ele bem que podia ter participado dos treinos de verão que eu organizava. Olha o Rogue, ele emagreceu pra caralho depois de seguir meu treino. E até guentou os primeiros dias sozinho. – Johnny
- Segue o baile tchê. Onde a gente tem que ir? – Joe
Estendi o mapa:
- O Barra agora é um campo de refugiados né? Então se não ta cheio de desesperado, ta cheio de zumbi.- eu
- A gente podia dar uma checada de longe pelo menos. – Johnny
- Quem sabe, mas só depois de ir na Tumelero e que sabe no Beta.- Joe
- A Tumelero já tava marcada no plano mas porque o Beta?- eu
- A gente semrpe quis arrebentar aquela porra toda. Pilha fazer uma campanha hardcore mode lá dentro? – Joe
- Tu ainda vai matar a gente seu doido. Ta, talvez. Também temo que ir em uma agropecuária e numa farmácia. Eu preciso de canos de pvc/ferro da tumelero, serras e furadeiras pra eles que sejam manuais.- eu
- Isso a gente tem aqui. O pai tinha ferramenta pra caralho lá atrás e eu já fiz um inventário. Só não temos canos. - Johnny
- Beleza. Da Tumelero eu acho que não preciso de mais nada. Da farmácia eu faço uma lista depois, porque é muita coisa. Da agropecuária, sementes de coisa que de pra comer, coelhos e galinhas/ovos se der, fertilizante vazos e terra.
- TU VAI FAZER O QUE COM ISSO? – Joe
- HEHE, fogos de artifício.-eu
- Segue. Eu também vou querer um cano de ferro e limas.-Johnny
- Ta, limas. Esquecemos de alguma coisa?- Joe
Do nada brota a Nat da escada espiral que leva ao segundo andar:
- Vocês vão carregar isso como?- Nat
- Porra, a gente esqueceu do carro! – Joe
- Animal, tu é o mecânico, eu esperava que tu lembrasse! – eu
- Porra! – Johnny.
- Eu sei de um lugar, mas vocês não vão gostar... -Nat