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História Cronicas d1 Sobrevivente - Dia 2 - Parte 3


Escrita por: RogueMacWritter

Capítulo 8 - Dia 2 - Parte 3



- TEU PAI TINHA NEGÓCIOS COM UM RUSSO DA CRUZEIRO????? – nós três dissemos boquiabertos.
- Calma, deixa eu explicar..
- Porra, o cara é o que? O Makarov do CoD? – Joe
- Melhor, é um parente esquecido do Stálin!!! – Johnny
- Contrabandista? – eu
- Não!!! Quer dizer, mais ou menos, não e sim.
- Yes!! Eu acertei. Vocês me devem uma coca!
- Bosta...
- Droga...
- O nome dele é Sr.Mikhail. Ele trazia da URSS e depois da Rússia itens difíceis de achar no Brasil. Quando eu era pequena algumas vezes eu anotei recados dele pro meu pai. Ele também sempre mandava souvenires pra mim. Na época ele tinha uns 45, agora ele já está velho se não morto. Mas ele sempre foi muito educado comigo.
- Ta, e o que teu pai fazia para ele? – nessa altura do campeonato eu já estava ficando com medo pela minha vida por ter matado Seu João.
- Ah, papai fazia com que os negócios do Sr. Mikhail não fossem atrapalhados.
- Caralho! O pai da mina é da máfia russa!!! – Johnny, retardadeando
- Ah, esquece... – Nat
- Não, agora tu vai falar o resto.
- Ele sempre trazia raridades para riquinhos excêntricos, só que um dia um cara encomendou um carro e nunca veio buscar. Como era chamativo demais, Mikhail simplesmente o deixou na garagem porque não tinha como devolver aquele troço. Uma vez, durante umas férias que eu passava aqui, papai foi pego numa limusine para ir negociar com ele, e eu fui arrastada junto pelos guarda-costas.
Em um galpão escuro, enquanto conversava com meu pai, ele olhou para mim, riu e foi falar comigo. Ele disse: - Seu sorriso é igual ao de minha filha Natasha. Ela era encantadora sabe? Também gostava de umas coisas bem legais. Eu tenho aqui um carro que eu sempre achei que Natasha fosse gostar, quer vê-lo? – Daí eu olhei pro meu pai. Ele tava suando frio e meio com medo acenou para que eu fosse. Nós fomos de mãos dadas pelo galpão até uma lona. Ele puxou a lona e debaixo dela tinha um carro enorme. – Esse é um Humvee...
- PORRA VELHO, UM HUMVEE!!! COM UM TROÇO DESSES E UMA SOLDA, EU FAÇO A GENTE IR PRA LUA!!
- Cala boca e deixa ela terminar!! –eu
- Voltando: - Esse é um Humvee, querida. Um carro com lataria de tanque e vidros à prova de balas. E então, o que acha?
- E o que que tu falo? – Johnny
- Sei lá. Eu tinha uns oito anos poxa.
- Putz, agora que tinha chegado na parte legal – Johnny
- Não importa, agora a gente já sabe onde tem um carro monstro esperando pra matar zumbis.
- Bom, o carro ta na Cruzeiro né? A gente não pode passar pela Tumelero e pelo Beta sem ele. Mas antes a gente precisa ver o Matt, que deve estar mais perto daqui do que o carro e as coisas. Ou seja, precisamos de outro transporte ou alguém sai em missão solo.
- Que bom que te ofereceu, cara..- Joe
- Seu merda... 
- Véi, a moral é irmos nós 3, acharmos outra moto e a Nat cuida da casa. Que que tu acha Nat? - Johnny
- De boa, daí quando vocês forem pegar o carro eu vo junto né?
- Claro. – Johnny
Eu ainda estava pensando que era cedo demais para deixar ela sozinha. Pô, faz nem dois dias que ela perdeu o pai. E depois do “velório” eu não a vi chorar nenhuma vez.
            Mas, ficou esse mesmo o plano, exceto que todo mundo concordou que de Harley não rolava, íamos roubar duas motos. Eu pedi pros guris irem pegar as motos que eu queria conversar a sós com a Nat.
            - Tu quer .....ela né? - Joe
            - Não, porra. Eu to só to preocupado com ela.
            - Aham, qualquer coisa olha a minha gaveta de meias.
            - Vsf, Joe......Johnny, vê se não perde o porrete, é a única arma que eu tenho!
            - Não te preocupa, ele só vai voltar meio sujo.
            E assim eles saíram. Ás onze e dezoito, eles iam andando pelo portão bege. Joe levava um “hotwire kit”, como ele diz, e vestia uma flanela e um jeans. Johnny disse que só ia porque precisavam de dois para dirigir as motos, e que mesmo assim ele iria só de regata justa (para ser difícil de agarrar), jeans com elastano, all-stars pretos e meu quebra-crânios.
            Enquanto nos despedíamos “carinhosamente”, Nat havia subido para tomar um banho. Depois de eles saírem, fui até o sótão fazer listas em ordem do que faríamos em seguida: 1- Motos, 2- Matt, 3- Carro, 4- Tumelero, 5-Centro, 6- Saquear tudo em volta da base, 7- Pegar as gurias em Petrópolis, 8- Discutir onde a gente vai ficar.
            Com a lista pronta eu fui descendo a escada em espiral do sótão. Olho o relógio, desde que eu comecei a fazer a lista e planejar as rotas já faz uma hora e meia que os guris tinham saído. Vou andando pelo corredor de tabuão e me deito no puff verde do Johnny. Então eu comecei a pensar “quanta merda a gente já não fez aqui?”. Eu já explodi uma melancia com pólvora no quintal. Nós três e o Matt jogamos bola a meia noite na quadra da esquina. Já chegamos bêbados e tivemos que fazer silêncio as três e tantas da manhã.......
 É por isso que eu me sinto tão calmo aqui, é quase como se fosse a minha casa...
            Aí eu dormi, não sei quanto tempo passou, só lembro de alguém me sacudindo e tentando me acordar.
            - Ro!!!! ACORDA RÔ!!! – o tom de voz dela era alarmante – Rô, o Joe ta ali no portão berrando e o Johnny não ta com ele!!!
            Puta merda! Aí eu pulei olhei para a Nat, ela estava de toalha ainda. Não passou muito tempo, ótimo.
            - Te troca e fica aqui em cima armada tá?
Antes de ela responder eu saí voando para o andar de baixo, pequei o controle do portão e o abri antes de abrir a porta. Quando eu vi o Joe eu percebi o porquê da pressa. Ele estava quase coberto de sangue e todo encagaçado do lado de uma moto tombada com três zumbis na cola dele. Quando ele passou pelo portão eu vi......estava desarmado e sem a mochila.....merda...
Abri a porta.
- Corre pra dentro!
- O JOHNNY AINDA TÁ LÁ!! –disse apontando pra fora do portão enquanto tropeçava para dentro da porta.
Eu consegui fechar a porta logo depois de ele passar para dentro, trancando os bastardos de fora. Eles batiam na porta feito condenados, eu sabia que não tinha muito tempo. Com o controle ainda na mão eu fechei a garagem e comecei a correr puxando o Joe comigo.
- ONDE VOCÊS FORAM??
- No ipi...ipira.anga – coitado, tava tão assustado que travava a fala...
    - O da Wenceslau?
    - Sim.
Aí eu já tinha alcançado um pé de cabra e estava indo para a porta dos fundos antes que Eles arrebentassem a da frente.
    - NAT, FICA AÍ NO SÓTÃO E NÃO SAI POR NADA!!! Joe, pega alguma coisa e vai lá com ela.
Enquanto eu ouvia seus passos subindo a escada para o segundo andar eu saía pela porta dos fundos.
 Os filhos da puta são duros na queda, ainda estavam espancando a porta, que não duraria muito mais. Depois disso teríamos que reforçá-la. Eu estava correndo pela passagem lateral de carros quando o primeiro apareceu pela quina da parede, de cara eu lembrei de uma fala de Rouroni Kenshin: “Quando lutando com muitos inimigos, se concentre apenas no que estiver mais perto”. Firmei o pé de cabra nas mãos, virei a parte curva para a frente e quando o desgraçado levantou os braços eu o acertei no pescoço com tanta força que quase torci o pulso.
    - MENOS UM!!! HAHAHAH!!! – é ridículo como eu entro em frenesi durante uma batalha.... A essa altura os outros dois já tinham me visto e estavam vindo em minha direção, eu estava a uns cinco metros deles quando comecei a correr. Fui a mil por hora pelo corredor lateral. Então um deles começou a ficar para trás, foi aí que eu reparei que ele era gordo...tsc, gordo só faz gordisse. O mais magro estava quase me alcançando quando eu travei a bota (sim eu estava de coturnos) do meu pé da frente e girei todo o meu corpo com o meu pé de trás como pivot, com as duas mãos cerradas em volta daquele pedaço de ferro eu acertei a base do pescoço do desgraçado.
    O cretino ainda caiu no meu calcanhar enquanto eu começava a correr de novo, me fazendo tropeçar, rasgando toda a lateral do meu braço no chão de pedra e largar o pé de cabra. Com o “boomer” quase em cima de mim eu comecei a me mexer de novo. Cheguei até a garagem e comecei a procurar alguma coisa que desse pra bater naquele gordo do caralho. Tábua, pneu, chave de fenda.....achei......
    O gordo-zumbi estava a uns 2 metros quando eu agarrei o cabo com toda força e levantei a minha arma como se fosse o He-man. Quando ele tinha dado dois passos a mais eu simplesmente deixei a marreta de 10Kg acertar com toda a força a testa daquele gordo desgracento,
Nossa, esmigalhou a cara dele. Não foi o meu melhor kill, mas está valendo. Larguei a marreta. Muito boa para matar um com certeza, mas pra carregar por aí era horrível. Fui correndo até o meu pé de cabra. Os desgraçados parecem não morrer com o pescoço quebrado, pois o “Tropeço” ainda tentava morder sem conseguir mexer o corpo. Peguei minha arma corri para o portão. Atirei o pé de cabra por entre as barras da grade e pulei por cima. Eu nunca tinha conseguido fazer uma acrobacia tão boa, deve ser a adrenalina. Peguei o pé de cabra e levantei a moto.   
    - Porfavorligaporfavorligaporfavorliga....- VROOOOOOMMMMM
    - Yes – Claro que eu ia destruir o motor daquela biz por não saber dirigir, mas era melhor do que correr. Qual é, não pode ser tão diferente de uma bike né? Acelerei um pouco pra ver como reagia e olhei a gasolina.....2 litros e meio.....tinha que servir. Acelerei aquela porcaria e fui descendo a rua.
   
- Eu definitivamente vou te salvar, Johnny.
 



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