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História Crônicas da monótona vida - Sobre romantismo e pseudônimos


Escrita por: Evil_Hella

Notas do Autor


Oiee, como vocês estão? Espero que estejam bem!
Também espero que gostem da minha nova crônica.

BOA LEITURA!!

Capítulo 2 - Sobre romantismo e pseudônimos


Fanfic / Fanfiction Crônicas da monótona vida - Sobre romantismo e pseudônimos

Hoje me disseram que sou a pessoa menos romântica que conhecem. Eu ri. Não apenas ri, eu gargalhei. Assumiram que minhas gargalhadas soavam como concordância. Ah, se soubessem da verdade. Se soubessem da ironia de meus risos, da contradição de suas palavras, não ririam comigo, se envergonhariam de seu erro, repensariam seus comentários.

Eles não pecaram de todo, admito. Minha própria vida emocional está às moscas; o interesse perdido, os sentimentos estagnados, a inexperiência no campo de batalha das paixões, a negação frente ao amor, todos são atributos que contribuem à imagem de minha aparente frieza emocional. Eu mesma, como forma de proteção, como um muro de tijolos imaginários, construí a forte imagem de quem foge dos assuntos emocionais como o diabo foge da cruz.

Quisera eu que fosse verdade!

Oh, eu fujo sim dos sentimentos, mas é por me cansar da monotonia da realidade. Eu prefiro os devaneios de minhas tramas, onde não há limites para a romantização de assuntos aparentemente irrelevantes aos demais. Minha mente poderia vagar por horas em torno do saudosismo melancólico de um pôr-do-sol, ou do estranho e reconfortante acolhimento da chuva forte, ou até mesmo da sensação elétrica de tocar a pele exposta de uma paixão em potencial. Como é bela essa visão dos amores, tão dramatizada, singela, intensa, subjetiva, pessimista, doce, amarga, contraditória.

Eu carrego em um pseudônimo a fama de romântica incorrigível. Ah, aqueles que me conhecem realmente, que conhecem meu lado mais incógnito, esses sim podem clamar que sou afetada por meu sentimentalismo excessivo. Esses são relativamente raros, esses são meus leitores. Eles não se incomodam com minhas inconstâncias de escritora, muito menos com minha identidade anônima por trás dos contos. Eles me querem em meus melhores dias, em meus piores dias, em meus dias um tanto quanto medianos; eles querem tudo de produtivo que sou capaz de arrancar disso. São aqueles me instigam a continuar. Não nego que eles podem ser movidos por interesse; mas como não se emocionar com quem tem como interesse aquilo que aflora de minh’alma?

Estou fazendo de novo, estou romantizando a realidade. As vítimas da vez são meus leitores. Como é doce essa visão, não é? Não posso evitar: sou terrivelmente apaixonada pelas minhas paixões. Não aceito gostar apenas um pouco de algo, eu tenho que transbordar, transformar-me em uma lunática obsessiva pelo que me traz a possibilidade da felicidade. Eu tenho necessidade de me doar, é necessário que doa, que machuque. Se o amor não machucar um pouquinho que seja, não é amor. Mas se machucar mais do que alegra, devo advertir que também não é amor.

 É isso que sou, esse turbilhão de sentimentos ocultos. Essa frieza siberiana exterior, as águas profundas ocultas pela máscara de indiferença. Engana-se quem pensa que me escondo por detrás de meu pseudônimo; é ele quem me revela, quem me permite ser quem sou. Não é minha máscara, é minha verdadeira face. É meu eu cheio de romantismo e sentimentalismo, aquele que adora a dramatização do cotidiano. É o eu que abraça os delírios de amores que não me pertencem.

Quisera eu poder usar meu pseudônimo como a personalidade que mostro para o Mundo; quisera eu que o Mundo fosse bom com românticos incorrigíveis como meu pseudônimo.

Acho que o que me resta é rir de minha falsa frieza, afinal de contas.


Notas Finais


E aí, gostaram?? Espero que sim!
Deixem seu comentários, adicionem aos favoritos, é importante pra mim.
OBRIGADA POR LER!


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