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História Cronicas da Sabertooth: A noite sem fim de Nix - Prólogo: Anoitecer


Escrita por: RyoBigodon

Notas do Autor


Algumas referências a outras obras serão vistas aqui.
A começar com as obras de Leonel Caldela.

E os membros da Sabertooth, assim como todo o universo de Fairy Tail, pertencem a Hiro Mashima.

Se fossem meus Rogue e Sting estariam na minha cama e não nesta fic.

Capítulo 1 - Prólogo: Anoitecer


A ORDEM ESQUECIDA DA PROFECIA E NUMEROLOGIA NUNCA RECEBIA VISITANTES.

 

Os integrantes da Ordem eram provavelmente os maiores estudiosos do mundo, mais até mesmo que os próprios magos. Os monges não eram magos, não tinham o talento para as artes arcanas e eram incapazes de manifestar o mais simples dos truques mágicos. Mesmo assim sua dedicação aos estudos e sua lealdade a ordem era inabalável. Aceitavam de bom grado em viver e morrer dentro dos mosteiros, nascendo de mães e pais que pertenciam à Ordem, crescendo em meio a crianças da ordem, trabalhando nela por toda a vida e por fim sendo cremados dentro do mosteiro enquanto suas almas eram depositadas pela eternidade em um talismã de um metal. Metal este que não pode ser encontrado em nenhum outro ponto do planeta. Tudo porque seu poder era grande demais para ser compartilhado. Era proibido, era profano. Era um conhecimento que jamais poderia vir a ciência do mundo.

Há muito tempo os membros da Ordem Esquecida de Profecia haviam entendido que um padrão permeava toda a existência, todas as vidas dos mortais. Assim podiam prever o futuro do universo. Conseguiam fazer isso através de infinitos cálculos, complexas além de tudo o que era conhecido, calculavam as possibilidades e variações do destino de toda a criação. Produziam augúrios embasados em probabilidades e estatísticas, profecias calculadas e transcritas em longos pergaminhos repletos de números. E não sem motivo, deveriam estar mortos para o mundo. Na verdade, nunca haviam nascido.

— Você tem duas escolhas — disse o que parecia ser o líder, armado com uma lança que tinha quase a sua altura. — Viver aqui pelo resto de vida que ainda você tem, ou morrer agora mesmo. A existência deste lugar não deve deixar estas paredes.

As ameaças não eram um blefe. Quase todos os membros da Ordem treinavam com afinco no uso de armas, para dar cabo de qualquer intruso que, por um infortúnio qualquer, encontrasse o mosteiro, que era oculto dos olhos mortais e divinos por brumas impenetráveis. O homem que empunhava a lança sabia que, em outra parte, outros monges já estavam a postos para destruir todos os registros da Ordem, caso o intruso provasse ser poderoso demais para seus irmãos armados. Melhor destruir o trabalho de eras do que revelar o conhecimento proibido.

Os doze guardas aguardaram por um momento de silêncio. Sem obter qualquer resposta, fizeram menção de atacar.

O homem revelou seu rosto, e todos viram nele mais rancor que julgaram existir.

Explosões.

 Alguns caíram de joelhos, chorando em convulsões em meio aos trajes destruídos lamentando sua fraqueza. Outros ficaram apenas imóveis, como hipnotizados por aquela criatura hibrida entre homem e demônio. Todos deixaram as armas caírem no chão. As barbas longas e brancas do homem, não escondiam o rubro de ódio em seu rosto. Ele continuou andando. Um rastro de destruição em seu caminho.

A agitação cessou em pouco tempo, à medida que os Videntes percebiam quem era seu visitante. Nenhuma de suas equações previra esse evento.

O homem caminhou pelo longo corredor, espalhando seu ódio insuportável, e chegou à sala do Mestre da Ordem Morta de Vidência e Numerologia. Um grande livro, quase tão alto quanto dois homens e grosso como o tronco de uma árvore adulta, dominava o ambiente, apoiado em uma estrutura de ferro maciço. Havia muitos outros livros e pergaminhos no local, aos milhares, e penas e tinta e ábacos, e números, mais números do que um homem poderia contar em toda a sua vida. Cheiro de mofo, forte. Em um canto, um velho, embrulhado em seus mantos cinzentos, apavorado, seu corpo lutava para não expor quaisquer sinais de medo ou hesitação. Com esforça conseguiu olhar na direção ao homem e falar apenas uma palavra.

- Pare...

O homem fez uma careta. Cuspiu no chão, com a deselegância de quem nunca se importou. Suas roupas estavam bastante sujas, sua amargura não era digna nem heroica. Era só ódio, e nenhuma palavra poderia amenizá-la.

— Diga-me então o que acontecerá. O que eu posso fazer para voltar ao topo.

O velho conseguiu se recompor. Pegou um pequeno par de óculos do chão, olhou a figura à sua frente e decidiu que era melhor ficar no borrão da miopia. Endireitou-se, deu um suspiro engoliu os soluços. Estava prestes a fazer o que centenas de seus antecessores, seus pais e os pais de seus pais, haviam se sacrificado para garantir que nunca acontecesse. Por fim, respondeu a pergunta.

— Haverá uma catástrofe...

 

 

— E então, Jiemma? — disse a velha senhora. — Descobriu do que se trata?
 Jiemma, ex-lider da sabertooth e atual hibrido entre humano e demônio, olhou para sua parceira. Sentiu quando, subitamente, olhou para os destroços daquilo que restará da batalha contra a Tartaros. Fez uma careta de desprezo.

— Sim — disse entre dentes. — Descobri um poder. Eu vou vencer.

Tomoko olhou Jiemma com uma piedade fingida. Há poucos meses, a sabertooth, guilda fundada por Jiemma, havia expulsado ele, tal humilhação teria sido orquestrada por sua própria filha. Fora a humilhação por qual passou na base da Tartaros ao ser derrotado pelos Dragões gêmeos. O companheiro a sua frente era o tipo de homem que continuava a machucar a si próprio mesmo depois que seus algozes havia partido.

— Sabertooth vai cair — Jiemma falou com uma certeza e crueldade que assustava até mesmo a outra maga— A Fairy Tail não existe mais. A Sabertooth vai morrer. Todos vão pagar. Cada um deles.

Sua raiva transformava-se em dor física, mas também lhe dava mais força.

— Jiemma — começou Tomoko, mas logo foi interrompida.

— Se todos eles morrerem, vou me tornar o maior mago do continente.

Tomoko conhecia aquelas ameaças. Havia pouco que Tomoko não conhecesse.

— Não seja estupido. Você sabe que isso não é possível. Ainda que fosse verdade você é um criminoso agora e seu rosto não pode mais ser visto em público. Além disso, ainda que a Fairy Tail não exista mais Ishigal possui seus próprios deuses. O poder dos magos santos não me esboça nenhum tipo de preocupação, mas sobre você... – Uma fagulha de curiosidade brilhou em seus olhos – possui poder para vencê-los?

Jiemma não respondeu. Sua mente vagava para longe dali, lembrou que havia matado pelo menos dois magos santos nos últimos nove meses. Mas eram os mais fracos.

Foi o próprio Jiemma que quebrou o silêncio.

— Não é verdade. Eu mesmo assassinei dois. Sei que você possui esse conhecimento, velha.

O homem parecia estar prestes a explodir algo devido aos rumos daquela conversa. Decidiu cruzar os braços, Tomiko ainda lhe era útil. Sempre era.

E ela sabia disso.

— É fácil você falar. Você é a Apoteose do Conhecimento, reconhecida em todo o continente. Você não se importa com força quando isso na verdade é tudo o que importa neste mundo. Mas para você conhecimento é poder, este não é meu caminho.

- Acredite ou não eu possuo a mesma sede de poder que você, meus métodos e meios são outros mas os fins são os mesmos. Foi esta razão pela qual abandonei o mundo conhecido e trilhei a escuridão, assim como você meu ranzinza companheiro.

Jiemma sabia a frase que viria a seguir, mas não evitou um esgar de nojo ao ouvi-la.

— E é por isso que você não pode, nunca, agir sozinho. Caso um de nós caia, ninguém sabe — foi interrompida pelo homem, com um urro.

Tomiko esperou com paciência até que a outra silenciasse. Continuou mirando-a com seus falsos olhos de piedade.

— Eu tenho medo. E eu aceito isso pois o instinto de sobrevivência da aos humanos mais poder. Fazer coisas que não conseguiríamos normalmente. O que a Fairy Tail chamava de amizade ou amor, eu chamo de medo. Esta é a verdade. Sting teve medo quando eu quase eliminei aquele gato maldito — Concluiu

 — Medo de morrer? — disse Tomiko, impassível. — Ninguém sabe. Nunca descobrimos o que houve com Shiore. Se algum dos Nix Hand morrer, então nós descobriremos, finalmente, qual o nosso destino após a morte. E haverá conhecimento novo.

 

 

A conversa com Tomoko não serviu para dissuadir Jiemma, pelo contrário, apenas fomentava ainda mais a sede de poder dele. Ela devia aquilo a ele, todos os outros deviam. A revelação da existência e localização da Ordem Esquecida de Vidência era apenas o primeiro passo a pagar essa dívida. Mas Jiemma sabia que agora teria uma arma, se conseguisse botar seu plano em prática. A catástrofe que viria de longe varreria todos os seus inimigos.


Notas Finais


Então queridos. Eu escrevo por prazer sim, mas não escrevo para as paredes. Um simples comentário é tudo que preciso para manter esta história viva. Pense nisso. :)


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