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História Cronicas da Sabertooth: A noite sem fim de Nix - Capítulo 1: Intruso infernal


Escrita por: RyoBigodon

Notas do Autor


As coisas começaram a ficar um pouco mais violentas.

Capítulo 2 - Capítulo 1: Intruso infernal


DOIS GUARDAS INVESTIRAM CONTRA A CRIATURA DESCONHECIDA, E O PRIMEIRO MORREU EM SEGUIDA, COM UM CORTE DE GARRAS AFIADAS ENTRE OS OLHOS.

 

O outro guarda acabou hesitando, pisou em falso e foi derrubado por um salto da estranha criatura, que subiu em seu peito com o que deveria ser seus joelhos. O guarda sentiu um agarrão firme trancando o braço, os ossos do pulso quebrando e uma dor aguda; mordida na garganta. O intruso se levantou, a boca e o peito manchado de vermelho, e olhou a sua volta.

Estava cercado. Havia seis outros guardas a sua volta que pudesse notar, o senhor que gritara e dois rapazes jovens, mas o intruso não contou quantos eram. Talvez não se importasse, ou talvez não soubesse contar. De toda forma, não foi invocado ali para fazer calcular o número de vítimas. O intruso era mais animal do que gente. O verdadeiro ser racional culpado por aquela situação se mantinha oculto.

Entrara na casa porque sentira fome, lá havia cheiro de comida. Dos dois homens que haviam tentado barrar sua passagem, matara apenas um; não se importava com isso, desde que chegasse ao seu objetivo. A casa tinha dois andares, era cheia de cômodos e moveis, mas ele achara logo a origem do cheiro. Duas mulheres haviam feito um esboço do que seria uma tentativa de berrar ele se aproximara, mas agora jaziam de corpos incinerados, em silencio.

Ele não suportava mais todo aquele barulho, aquelas vozes incessantes em ajuntamentos intermináveis de animais e pessoas e coisas, sempre fazendo ruído. Olhara dentro da panela grande, pegara-a com as mandíbulas, soltara um ganido de dor e deixara-a cair. O conteúdo fumegante havia se espalhado pelo chão, e ele se abaixara para devora-lo. Então chegara a cozinha o homem calvo, que gritara, e chamara todos os homens armados com equipamentos mágicos.

Agora estava sujo de sangue e sopa crua. Seu corpo todo tenso, esperando os guardas atacarem.

A criatura intrusa sabia que o homem calvo, embora fosse o mais fraco, era o líder por lá. Os dois rapazes mais jovens estavam próximos ao tal líder, sem terem certeza entre protege-lo ou fugir.

— Tresh, chame a milícia do Conselho Mágico — disse o homem calvo para o menor dos rapazes.

— Diga-lhe que precisamos de reforços.

 

O rapaz saiu correndo para fora da casa o mais rápido que suas pernas podiam correr. Por um momento, a criatura deteve seu olhar no rapaz, e então dois dos seis guardas atacaram.

A criatura girou o corpo, tentando esquivar-se, mas foi atingido. Duas espadas atravessaram seu estomago e peito, entrando por onde seria suas costas e saindo ante seus olhos. Ele terminou o giro, voltando-se de novo para os inimigos. As mandíbulas enormes já preparavam outra bola de fogo a ser disparada. Um som nauseante de gritos de agonia enquanto a criatura incinerava os dois corpos dos seus agressores. Um dos inimigos sobreviventes não conteve o vomito. Os corpos foram arremessados, derrubando um dos guardas restantes, enquanto outro escorregava em uma farta poça de sangue. O único em condições de lutar foi atacado pelo estranho antes que pudesse disparar um raio entre suas mãos, que agarrou-o em um abraço, perfurando-o com as pontas de espadas que brotavam de seu próprio corpo.

Desvencilhou-se com dificuldade do cadáver e partiu em direção ao homem calvo e ao rapaz. Eles voltaram a gritar, e correram, mas os tentáculos longos do intruso pegaram-nos pelas roupas, e trouxeram-nos para junto de si.

— Eu só quero o tesouro que esta vila mantem em segredo — disse a criatura abissal, com dificuldade. Tropeçava nas palavras, era difícil lembrar de todas elas.

O homem calvo virou a cabeça, olhando aterrorizado para o intruso.

— Pegue. Por favor — disse. — Pegue. Apenas vá.

Talvez a criatura não tenha entendido o que o homem dizia, ou talvez tenha decidido que não valia mais a pena. Com um gesto violento, bateu a cabeça do homem na parede, e mais três vezes, atá que um riacho vermelho se despejasse. Novamente, gritos do menino. A criatura, já impaciente, largou o corpo do homem calvo e quebrou o pescoço do rapaz cujo a magia de ilusão não fez o menor enfeito. Olhou os guardas, mas nenhum deles ousava enfrenta-lo. De repente, ouviu atrás de si uma voz fina, e sentiu a picada de muitas flechas banhadas em magia em suas costas.

O primeiro dos meninos havia voltado, com vários outros guardas. Estes não queriam chegar perto, atiravam com arcos e bestas, visivelmente objetos mágicos. O intruso olhou diretamente para o rapaz, sorriu com dentes vermelhos de sangue e decidiu começar por ele.

 

 

 

Tereza não viu sua mãe ser morta, apenas encontrou o corpo na cozinha. Não conseguiu gritar. Ao lado, também estirada no chão, uma criada, quase irreconhecível pela carne chamuscada. Tereza espiou tudo, oculta no escuro de um armário, enquanto aquela criatura matava vários guardas da milícia. Um deles tinha quase a sua idade, e já havia, de maneira tímida, flertado com ela. Morreu. Outro, ela sabia, tinha um filho de dois anos com um pé aleijado. Morreu. Outro era um desconhecido, embora ela sempre o visse pela cidade. Morreu.

Viu morrer Denam, seu irmão mais novo, e depois seu pai. Pensou que Talude, o caçula do grupo, fosse escapar, mas o monstro atacou-o inesperadamente, ignorando as flechas que se enterravam na sua carne em intervalos regulares. O combate deixou a casa, e ela perdeu a estranha criatura de vista, mas antes prestou muita atenção nele. Afinal, ele havia matado toda a sua família. Era a “pessoa” mais importante da sua vida agora.

A criatura era muito alta, talvez uma invocação de algum mago louco e maligno. Sua carcaça era quase branca como cal, havia algumas plumagens em certos pontos de sua carcaça da mesma cor. Os olhos eram vermelhos. Talvez fosse uma criação da Tartaros, pensou Tereza.

Mas não. Era só um um monstro.

Havia outro intruso que vestia roupas muito menores que ele mesmo. Tinha uma casaca vermelha que aparenta pertencer a nobreza de algum reino que ela nunca chegou a conhecer, calcas de montaria beges, e uma mascara, branca e aparentemente imunda. Por cima de tudo, uma capa negra. Não calcava sapatos — certamente não conseguira encontrar nenhum par que servisse, pensou Tereza. Tinha pés enormes.

Tereza não viu que caminho seguia aqueles dois, mas concluiu que a criatura fosse uma invocação daquele estranho homem.

Muitas horas depois, o capitão da milícia achou-a, ainda fechada dentro do armário. Ele tentou explicar o que havia acontecido, mas Tereza interrompeu-o.

— Minha família e todas as pessoas que amo morreram. Eu sei. Eu vi.

Ela percebera o quanto o capitão estava arrasado por ter de lhe dar a notícia. Achou melhor simplificar tudo. O capitão também disse que os intrusos haviam fugido, sumido no meio da floresta, mas Tereza também já havia concluído isso. Ela achava que saberia, caso os intrusos morressem.

O capitão da milícia, relutante, mandou recolher todos os corpos e organizou uma caçada. Dez de seus homens haviam morrido naquela tarde.

Todos estavam em silencio.

 

 

 

 

— Coma — disse Porlyusica, a curandeira e conselheira da Fairy Tail, olhando impotente para Tereza. As duas se conheciam desde que Tereza ainda era uma criança que aborrecia extremamente a enfermeira.

— Não quero — disse Tereza. — Não tenho fome, você sabe.

Porlyusica levantou-se e pousou a tigela e a colher sobre uma mesa simples. As duas estavam em um tipo de abrigo beneficente. Porlyusica costumava visitar aquele local para ajudar embora odiasse passar muito tempo com humanos, e Tereza também, há quatro dias, desde que os estranhos visitaram sua casa.

Porlyusica havia aprendido a ser um pouco mais calma e gentil quando descobrirá o que ocorreu com Tereza, mas agora sentia vontade de dar um tabefe na amiga. De alguma forma, tira-la de sua apatia.

— Não quero mais comer, Porlyusica, nem dormir. Atá que ele esteja morto.

A médica andou um pouco pelo quarto, sem ir a lugar algum. Tereza estava deitada, como estivera nos últimos quatro dias, com a mesma roupa e a mesma expressão — indiferença e certeza.

— Isso não é verdade — disse Porlyusica, fazendo o maior esforça em vida para esboçar um sorriso. — Você dormiu ontem e anteontem. Eu vi.

Você esta muito enganada, disse Tereza. Ela havia apenas fechado os olhos e ficado imóvel, e controlado sua respiração por oito horas. Não dormira um minuto sequer. Sabia que a curandeira não dormiria enquanto não julgasse que ela própria adormecera, por isso havia fingido.

Porlyusica estremeceu, porque sabia que era verdade. Mas tentou convencer-se do contrario.

— Minha vida acabou, Porlyusica. Eu não preciso mais disso, sá preciso que ele morra, e então posso ir também. Eu já acabei aqui.

— E isso é uma grande mentira também — a curandeira quase gritou. — Você pode continuar o negócio do seu pai. Pode casar. Esta na idade para isso.

— Meu pai esta morto — disse Tereza. — E eu também.

Como toda curandeira, Porlyusica havia feito uma peregrinação e ajudado em muitos partos.

Apenas ajudando a por uma nova vida ao mundo, curandeiras entenderiam a razão de nunca tira-las.

Porlyusica imaginou se não ficaria como Tereza, caso Wendy morresse.

— Você tem dinheiro — disse, sem convencer nem a si mesma. — Pode fazer o que quiser.

— Este dinheiro já tem um fim. Contratar alguém para caçá-lo e mata-lo.

Porlyusica suspirou, já impaciente. Era só o que fazia ultimamente; suspirar e afundar na tristeza da amiga.

Rezou para que a miséria de Tereza não a engolisse.

— Se e isso mesmo o que quer — mais um suspiro — eu tenho conhecidos que podem ajudar você.

Pela primeira vez em quatro dias, uma fagulha no olhar de Tereza.

— Mesmo? — quase um sorriso. — Quem são eles?

— É a guilda Sabertooth.


Notas Finais


Depressivo né? Pois é, sou mal. hohoho 3:D
Espero que apreciem a leitura.


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