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História Crônicas de Ghost River - Ela é só outra garota...


Escrita por: _Astronautaa

Notas do Autor


To fazendo uma fanfic Brovost, que na verdade já está finalizada e postada, mas que vai ter continuação em outra fanfic, então quem quiser me pede no twitter ou pela caixa de mensagens, o Spirit não deixa postar links.

Capítulo 21 - Ela é só outra garota...


Capítulo 21 - Ela é só outra garota...

Estávamos assistindo televisão, Waverly encostada em mim, passeando os dedos na palma da minha mão. De repente ela parou e me olhou. Coloquei a TV no mute.

- Você quer mesmo saber o que eu fiz? Na casa da Mattie. - Ela voltou a pegar minha mão e passar os dedos nela, olhando para frente e não para mim.

- Quero.

- Eu consegui produzir um som, com as mãos, que nosso ouvido não é capaz de ouvir, mas ele foi alto o suficiente para fazer a casa dela vibrar, como quando uma caixa de som está muito alta.

- E eu achando que você tinha feito chover. - Comentei, brincando.

- Você está decepcionada? - Se sentou de frente para mim, com os joelhos dobrados para cima.

- Óbvio que não. -Ela se encostou no sofá, apoiando os braços nos joelhos.

- Não vai perguntar para o que serve?

- Pensei que fosse para você se comunicar com a Constance, se alguém produz um som, alguém tem que ouvir, não?

- Você é muito inteligente, oficial Haught.

- Você também é muito inteligente, Waverly Earp.

- Mas não é só para isso, é um pouco mais assustador. - Arrumou o cabelo, pensando no que dizer. Me sentei menos largada e esperei ela falar. - Sabe quando uma cantora consegue quebrar uma taça de cristal porque consegue fazer as moléculas de ar vibrarem na mesma frequência que a voz, junto com a taça? - Abaixou um pouco o tom de voz - Imagina o que um som inaudível faz com as moléculas que vibram no corpo humano? Ou com qualquer coisa?

- Parece perigoso, mas muito útil.

- Util sim, mas toda vez que eu fizer, a Constance vai saber onde eu estou imediatamente.

- Mas não é como se você estivesse fugindo dela. - Encostei em seu ombro, para que ela voltasse a se encostar em mim. - Eu sei que você está com medo do que você pode fazer, mas a Mattie está lá para te ajudar, certo? Embora tenha coisas que ela não possa fazer, ela vai te ajudar a controlar isso e mesmo que eu não tenha como te garantir que vai ficar tudo bem, eu prometo que vou fazer o que eu puder para te proteger.

- Obrigada por estar comigo.

- Eu que agradeço. -Meu celular começou a tocar, era minha mãe. - Babe, é minha mãe, preciso atender. - Dei o controle da TV pra ela e fui para cozinha.

"Nicole, sua avó confundiu as datas da cirurgia e vai ter que ficar aqui semana que vem."

"Ah, tudo bem, a gente marca para outro dia."

"Sua avó está com receio de falar com você, por isso eu liguei. Ela queria convidar para o jantar ser aqui."

"Eu acho que não tem problema, espera um pouco." - Coloquei a mão no celular e andei até a sala.

- Baby, minha mãe quer saber se a gente pode trocar o lugar do jantar para a casa dela. Minha avó vai ter que fazer repouso, mas está louca para te conhecer.

- Por mim tudo bem, mas tenho que falar com a Gus.

- Mesmo se a Gus não for, você vai?

- Acho que sim. Sim. - Terminei de conversar com minha mãe ali na sala. Assim que eu desliguei, Aadya me ligou. Waverly torceu a boca quando viu que eu ia atender e voltou a ver TV. Voltei para cozinha.

"Oi"

"O George me pediu em casamento, o que eu faço?"

"Como assim, o que você faz?"

"Você me livrou de um casamento. Você acha que eu devo aceitar?"

"Eu acho que você que tem que decidir como você se sente sobre isso."

"Eu disse que só ia responder se você dissesse que eu deveria."

"Como você quer que eu decida isso por você?"

"Eu não queria que você achasse que eu estou fazendo algo errado, você é muito importante para mim."

"Você também é importante para mim, Aadya." -Nesse momento ouvi que o volume da televisão diminuiu. Olhei para sala, Waverly olhava para cá. "Olha, eu acho que você deve fazer o que você acha que vai ser bom para você."

"E se não der certo?"

"Se não der certo, você não é obrigada a ter uma vida infeliz."

"Tudo bem, obrigada. Boa noite."

"Boa noite!"

Voltei para sala, Waverly se levantou e desligou a televisão. Parei atrás do sofá e ela veio até mim andando em ritmo acelerado, só parando quando sua boca encontrou a minha. Tirou minha blusa de frio e a jogou no chão, depois puxou para si minha cintura por baixo da minha camiseta. Joguei o celular no sofá e desabotoei sua camisa. Continuamos a nos beijar e andar até o quarto.

Segunda-feira as coisas começaram a ficar estranhas entre nós.

N: Quer que eu vá te buscar? Já estou saindo.

W: Não. Obrigada. Eu vim de carro. Te vejo na delegacia amanhã.

No dia seguinte, ela não apareceu.

W: Eu ainda estou com a Mattie, não vou conseguir sair antes de você.

N: Te espero em casa, então?

W: Hoje não vai dar, talvez amanhã?

Eu estava começando a não gostar da palavra "amanhã".

Quando eu cheguei na delegacia no dia seguinte, a vi saindo de lá enquanto estacionava o carro. Ela me viu, mas começou andar mais rápido com a Wynonna em direção ao Jipe dela e foram embora. Apesar de tudo o Dolls ainda tentava me fazer parte da equipe e me deixava a par de algumas coisas, para caso precisasse, eu pudesse ajudar na hora certa. Doc quando não tinha nada para fazer parava no balcão da delegacia e conversava cordialmente comigo, até Wynonna quando encontrava comigo na cozinha era agradável. Perguntei se Waverly tinha comentado algo sobre mim, se eu tinha feito algo que tinha deixado ela chateada, mas Wynonna pareceu sincera quando disse que não sabia do que eu estava falando. Foi uma semana difícil e eu achando que não ia mais passar por isso. Decidi não responder as mensagens dela na quarta-feira, não que fossem muitas. Na quinta, ainda sem falar com ela, decidi ir para o happy hour com o Nedley e depois de uma hora de jogo, vi Waverly saindo do porão do Shorty's com uma garota que eu nunca tinha visto, com certeza se eu tivesse visto, teria reparado. O xerife viu que eu estava olhando fixamente para um local e olhou também, depois fez aquele "olhar de sinto muito".

Waverly parou no balcão com ela e pediu um chopp. Ela ainda não tinha me visto. Fiquei onde estava, tentando jogar. Nedley mandou eu ir até lá, eu recusei a ideia. Resolvi ligar para ela e ver se ela me atendia. Ela olhou para a tela, exitou, mas não atendeu. Waverly terminou o segundo copo de chopp e se levantou para ir embora. Se despediu da moça apenas com um aceno e começou andar até a saída, então ela me viu...

Levantei o copo de cerveja, como se estivesse cumprimentando um colega qualquer e voltei a jogar, ela franziu a testa achando estranha minha reação e caminhou até mim. Ela tinha optado por aquilo, certo? Certo?

- Boa noite! - Comprimentou todo mundo na mesa e apoiou a mão em meu ombro. Olhei para a mão dela e me afastei levemente. Depois olhei para a moça no balcão.

- Ela é amiga do Doc. - Disse e esperou minha reação. Dei de ombros. Ela também não parecia muito empolgada em tentar me explicar o que estava acontecendo. - Eu vou para casa, te mando mensagem depois.

- Não se incomode. - Olhei rapidamente para ela e fiz minha jogada na mesa. Ela tirou a mão do meu ombro e saiu. Os oficiais que estava na mesa fingiram que nada estava acontecendo. Me encostei na cadeira e coloquei as mãos no rosto. Respirei fundo e fui atrás dela.

- Waverly! - Corri até a esquina onde normalmente ela estacionava. Ela parou de andar e ficou de costas com os braços cruzados. Fiquei de frente para ela e percebi que ela estava com o rosto vermelho. A abracei.

- Não chora, por favor. Desculpe. Me desculpe se eu fiz alguma coisa para você estar assim comigo, mas por favor, não chore. - Ela me abraçou com força até parar de chorar.

- Você não fez nada, Nicole. - Se afastou um pouco e limpou o rosto com as mãos. - Você sempre foi maravilhosa comigo, só não sei se eu consigo continuar com isso.

- Como assim, o que você quer dizer com isso? - Ela estava terminando comigo? Meu coração começou a ficar apertado e minha visão embaçar.

- Eu acho... - Ela começou a chorar novamente e não conseguiu falar. Tentei me aproximar novamente e ela se afastou. - Acho... acho melhor eu ir embora. - Conseguiu dizer enquanto abria a porta de seu carro. Entrou e se trancou ali. Chorando, com as mãos no volante e o rosto nas mãos. Comecei a bater no vidro, mas ela não o abaixou, nem abriu a porta. Ligou o carro, limpou as lágrimas e saiu de lá. 
Fiquei parada ali, sem saber o que fazer. Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto, mas eu nem sabia o que eu estava sentindo. Logo Nedley saiu do Shorty's e me viu ali e me abraçou.

- O que aconteceu?

- Eu acho que a Waverly Earp terminou comigo, ou tentou. - Olhei para ela e me afastei. Respirei fundo duas vezes e voltei para casa.

W: Me desculpa, eu sei que estou fazendo tudo errado.

W: A última coisa que eu quero é te fazer sofrer.

N: É difícil de te entender, quando você não fala o que está acontecendo.

W: Eu não quero que você se machuque.

N: Já estou machucada com você se afastando de mim.

W: Antes com o coração partido do que morta...

N: Talvez ter o coração partido me faça morrer aos poucos.

Foi difícil de dormir aquela noite. No dia seguinte fui trabalhar fisicamente e emocionalmente exausta. Não tinha uma parte da minha cabeça que não doía. Contei para Clarissa e Olívia o que tinha acontecido, Olívia se prontificou a vir à noite, aceitei.

Na hora do almoço, logo após as 13h, a delegacia começou a encher e a fila dobrava a esquina. A BBD teve que descer para ajudar. Pessoas começaram a desaparecer. Entre 15 e 19 anos. Wynonna estava estressada com todo aquele barulho. Eu já tinha tomado 3 aspirinas, sem sucesso. Dolls reuniu os pais que tinham mais informações, para traçar algum plano, com o que fosse semelhante. Doc além de fazê-las preencher as fichas, conseguia acalmá-las. Claro, ele tinha lá seu charme. Ouvi Wynonna falar ao telefone, mandando a Waverly sair do Shorty's e ir para lá.

Ela não deveria estar na casa da Mattie? Como o Bobo a deixava ficar lá?

As pessoas estavam desesperadas, não haviam testemunhas e até aquele momento Dolls só havia descoberto que elas pertenciam ao mesmo bairro, consecutivamente frequentavam as duas escolas que haviam ali, mas algumas delas já tinham se formado, o que tornava o fator comum, menos comum.

Nedley falou para eu pesquisar nos arquivos de 1890, que ele acreditava que algo parecido tinha acontecido nesse ano. Ele tinha razão e pelo menos naquele ano as meninas foram encontradas, 10h depois, na estrada, pedindo carona, mas sem memória. Era tudo o que o arquivo dizia. Quando voltei, a filha já tinha diminuído e Waverly estava lá, confortando a moça que ela estava atendendo. Me deu um meio sorriso e continuou o que estava fazendo. Quando olhei para o lado oposto, a moça que estava com ela no Shorty's no dia anterior estava lá, ajudando.

- Quem é aquela? - Apontei, perguntando ao xerife.

- Nova membro da Black bagde. - Respondeu e voltou a procurar mais fichas na gaveta.

- Ela não parece uma agente. - Comentei, tentando achar algum defeito nela, mas pelo menos fisicamente era impossível.

- E a Wynonna é a cara do setor especial, né? - Respondeu, achando graça meu comentário. Desisti de falar com ele e voltei para atender a fila. Me sentei atrás do balcão, deixando a Waverly no meu campo de visão central. Ela percebeu e às vezes me lançava um olhar ou um sorriso triste. Ela também parecia cansada.


Dolls voltou da rua com uma embalagem na mão. Ele tinha levado comida para gente, naquele momento ele era minha pessoa preferida no mundo. Depois de tantas aspirinas meu estômago clamava por sólido. Nos revesamos para a delegacia não ficar vazia. Claro que na programação, Waverly e eu iríamos comer juntas. Terminei de atender uma senhora e fui para a cozinha. Arrumei os tacos nos pratos e achei um suco na geladeira. Esperei Waverly chegar para comer. Naquele momento, parada, percebi que eu estava mais cansada do que imaginava, se eu não começasse a me movimentar logo, em breve eu ia começar a cochilar. Coloquei o suco no copo e me encostei na parede.

- Ei. - Senti uma mão em meu rosto. Abri os olhos. Eu cochilei, como previsto.

- Ei. - Sorri ao vê-la. Logo ela se afastou e se sentou no lado oposto da bancada. Peguei meu prato me sentei ao lado dela. Mesmo que ela não fosse falar nada, eu só queria ficar perto.

- Eu sou uma namorada horrível. - Afirmou, parando de comer. Parecia que ela ia me dizer algo, então também parei.

- Claro que não, só tem muita coisa aconten... - A nova moça da BBD entrou na cozinha.

- Oficial Haught, tem uma moça te procurando. Olivia Lorenzo? - Fez uma pausa - A propósito, eu sou a Rosie, mas todo mundo me chama de Rosita. - Estendeu a mão. A comprimentei, depois olhei para Waverly que estava jogando fora o resto da comida dela, com a cara fechada. Fui até onde Rosita indicou que Olívia estava.

- Nossa, quanta gente aqui. É sempre assim? - Disse Olívia ao me ver.

- Não, hoje é um dia bem atípico. - A fiz me acompanhar até a sala onde as pessoas estavam preenchendo os papéis, pois minha mesa ficava logo atrás do balcão, junto com minha bolsa. Waverly voltou a atender as pessoas, encarando as costas da Olívia. Entreguei minha chave para que ela fosse para minha casa e me despedi. Quando olhei para Waverly ela fingiu que não estava olhando e começou ser mais simpática que o normal com as pessoas da fila.

-

Começo do cap 22:

 

Finalmente todas as pessoas foram atendidas e eu poderia ir para casa deitar, não fazia ideia de como tinha aguentado o dia todo com dor de cabeça, o pior de tudo eram os olhares que a Waverly me lançava de tempos em tempos. Eu já não sabia o que ela queria dizer só de olhar para ela e ela não parecia mais feliz quanto antes. Eu sabia que ela estava lidando com uma situação peculiar, mas eu já não tinha deixado claro que eu estava ali para o que ela precisasse?

- Nicole? - Perguntou Waverly, me tirando do transe.

- Oi?

Eu perguntei se ela vai dormir na sua casa? 


Notas Finais


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Desculpem por isso e até mais!

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