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História Crônicas de Luz e Sangue - Um Passado Distante - Sede de Sangue


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Sério gente peço muitas desculpas de verdade, mas o motivo pela demora é que eu estava com sérios problemas de inspiração. Espero que entendam.

Capítulo 9 - Sede de Sangue


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Luz e Sangue - Um Passado Distante - Sede de Sangue

Caminhavam de volta para casa. Savannah ainda estava constrangida pelo o que quase ocorrera entre ela e Conrad momentos atrás. Aquele momento passava e repassava em sua mente, mas o que acontecia consigo mesma? Será que estava começando a gostar de Conrad? Isso não levaria a boa coisa, Nicolau poderia usar isso contra ela... E a pior coisa para ela, seria ver Conrad morto pelo Alpha de araque.

Ele observava atentamente todos os movimentos de Savannah e pelo o que percebia, ela não se sentia confortável, estava pensativa e calada, talvez pelo o que quase ocorrera entre eles, o famoso beijo que ele tanto queria dar nela, mas que nunca chegou acontecer. Ele revivia o momento em sua mente repetida vezes e a cada vez sentia-se mais atraído pela garota.

Então algo chamou a atenção dos dois, alguns metros a frente havia um quase aglomerado de pessoas que observavam uma confusão. Conrad conhecia as pessoas envolvidas, o homem que apanhava era Royce, um velho mendigo que perambulava o vilarejo em busca de comida. Os outros dois eram Clayton e Hugh, se achavam os donos do vilarejo, os valentões. Pelo o que Conrad sabia aquilo era uma luta injusta, então começou a se aproximar cada vez mais da briga.

- Aonde você vai? – Savannah perguntou o tom de sua voz baixo.

- Indo acabar com essa injustiça. – Disse Conrad remangando as mangas da túnica. Ele parou então na frente da confusão, com os braços e músculos a mostra. Sua expressão dura o deixava alguns anos mais velho. – Então gostam de bater em homens indefesos? – Perguntou aos dois brutamontes.

Clayton e Hugh eram muito parecidos, mesmo para irmãos. Eles tinham alguns centímetros a mais que Conrad, os músculos maiores que os de Conrad, seus olhos escuros, cabelos ruivos claro. Eles encaravam Conrad, a expressão debochada.

- Vá cuidar de seus veadinhos do mato pirralho. – Disse Clayton rindo maldosamente.

- Não, prefiro dar uma surra em vocês e mostrar boas lições. – Falou Conrad calmamente, seus olhos com um brilho agitado.

As duas montanhas de músculos pararam de sorrir e ficaram com uma carranca.

- Isso não é da sua conta moleque, este velho merece. – Disse Hugh cerrando os dentes.

- Merece, é? E por quê? – Perguntou Conrad em tom de desafio.

- Porque ele é um peso para essa vila. Não presta para nada. – Os dois disseram em uni sino.

- Não posso admitir algo assim. Vocês dois são uma vergonha para este lugar. Isso é injusto! Se não quiserem levar a surra de suas vidas é melhor irem embora daqui e deixá-lo em paz! – Conrad falou perdendo a paciência.

- Garoto você nem sabe onde se meteu. – Clayton fechou seu punho batendo contra a palma da outra mão.

Sem aviso algum Clayton avançou com o punho fechado na direção de Conrad que desviou, acertando o estômago de Clayton. Hugh surgiu por trás de Conrad lhe dando uma gravata, Conrad pisou com força no pé de Hugh que o soltou. Conrad fechou a mão e quando se virou para Hugh, sua mão acertou o nariz do homem que caiu para trás engasgando-se com o sangue.

Clayton veio em sua direção cheio de raiva, por sua reação descontrolada foi fácil para Conrad desviar de sua investida, então Conrad deu uma cotovelada nas costas de Clayton que caiu no chão. Conrad o ergueu do chão pela gola de sua roupa e puxou seu punho para trás trazendo-o de volta com toda força acertando seu nariz estralando-o alto e em bom som, jorrando sangue.

Era a primeira vez que Conrad brigava daquele jeito, havia uma agitação desconfortável dentro de si. Quando viu o sangue jorrar do nariz quebrado de Clayton, sentiu satisfação e uma fascinação pelo próprio liquido. Ele não conseguia parar de olhar para o liquido, aquele brilho único que o sangue possuía, sua sustância pastosa fazia que o liquido escorresse vagarosamente pelo rosto de Clayton, a cor berrante, berrava por Conrad. A carne de Clayton parecia tão macia, tão suculenta...

- Conrad o que você está fazendo? – Savannah já estava ao seu lado e sussurrava quase em seu ouvido.

Então Conrad voltou para a realidade, os dois brutamontes estavam desacordados e todos os presentes ali estavam espantados olhando para Conrad que insistia em segurar Clayton pela gola da túnica o encarando como se fosse o matar. Conrad largou o homem no chão, escondeu seu espanto pelo o que pensara do sangue e da carne de Clayton e foi olhar como estava Royce.

- Tudo bem Royce? – Perguntou ao velho maltrapilho.

- Tudo bem sim, fazia tempo que não via uma briga tão boa como essa. Parabéns garoto. – O velho levantou-se do chão e saiu andando.

- Bom está tudo bem pessoal, podem voltar para suas rotinas. – Disse o rapaz dando as costas para todos, rumando seu caminho para casa.

Savannah correu um pouco para encontrá-lo. Os dois já estavam um pouco distante do aglomerado de pessoas, ela pode ver a expressão no rosto de Conrad. Ele estava com os olhos arregalados de espanto olhando para as próprias mãos.

- Você tem noção do que fez? – Perguntou ela como se Conrad fosse um idiota.

- Não. – Disse Conrad ainda com os olhos vidrados em suas próprias mãos.

- Você acabou de dar um showzinho para todos! – Conrad não ouvia o que ela dizia. Savannah segurou o rosto do rapaz o fazendo encará-la. – Você mostrou que não é normal. Deu uma surra em dois caras maiores e mais velhos que você e sem uma gota de suor.

Conrad a encarava.

- Savannah eu... Eu sentia... Eu queria matá-los. Não sei como explicar, mas eu sentia um frenesi dentro de mim, o sangue estava me enfeitiçando, algo hipnotizante... O que era isso? – Conrad estava confuso e assustado.

As mãos de Savannah suavizaram-se no rosto de Conrad e passaram a acariciá-lo.

- Parece que você está experimentado os primeiros sintomas do extinto assassino de nossa raça. – Ela estava sorrindo tristemente para ele. – Pode parecer loucura, mas é algo natural para conseguirmos completar a transformação em nossa idade adulta.

- Isso não parece nem um pouco natural, nós somos monstros Savannah! – Ele disse com a voz alterada.

- Shhhhh! Conrad calma, vem vamos você está confuso, vamos para casa. – Savannah disse aproximando mais ainda seu rosto do rosto de Conrad e acariciando os cabelos dele. Ele acalmou-se um pouco e deixou ser levado dali por ela.

Quando chegaram à casa de Conrad. Ângela ajudou Savannah a acalmar o neto, ela fez um chá com ervas e o fez beber.

- Ele dormiu. – Disse Ângela sentando-se a mesa da cozinha onde Savannah também se encontrava. – A partir de agora só piorará, certo?

- É os sintomas serão mais fortes e a personalidade dele ficará mais instável. – Savannah disse.

- Assim como a sua? – Perguntou Ângela sorrindo fracamente.

- É como eu. – Falou Savannah também sorrindo. – Mas sabe, não é algo ruim, eu não sou um monstro, sei me controlar.

- Você já matou alguém? – Perguntou Ângela.

- Não.

- Eu temo pelo o que meu neto se tornará após a morte do primeiro. – Ângela deixou de sorrir, seu olhar estava triste.

- Se isso acontecer mesmo, não se preocupe, eu estarei lá. – Ângela observou Savannah e ficou satisfeita com o que encontrou dentro da garota, determinação e força interior, duas coisas que Ângela admirava. Mas havia mais e ao analisar minuciosamente a fundo, Ângela podia perceber que a garota sentia muito afeto por seu neto. Seria amor? Se havia alguém que pudesse fazer Conrad superar tudo isso esse alguém seria Savannah. Pensou a velha bruxa.

 


Notas Finais


E aí o que acharam? comentem!


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