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História Cronicas de Luz e Sombra - Noite de celebração e o homem de vermelho.


Escrita por: NeoAmmy

Notas do Autor


Mais um capítulo das aventuras das princesas coloridas e graças a deus nenhum imprevisto desta vez, sem falar que esta sendo postado quase no dia certo, mas vamos ao capítulo que segue exatamente de onde parou o ultimo, as garotas ainda estão no templo após a batalha de resgate de Flora na fortaleza do amanhecer, as meninas já com seus familiares enfim se preparam para o ano novo. Muito será vivido neste momento festivo de grandes emoções. Boa leitura.

Capítulo 35 - Noite de celebração e o homem de vermelho.


                Na véspera de ano novo as garotas já estão bem mais calmas e tudo parece estar quase pronto para a comemoração do final do ano. Cecilia recebe informações do seu amado noivo que relata a missão realizada por uma equipe de reconhecimento liderada por Kamile Ashiford, membro da aliança dos povos. Kamile foi com um grupo de espiões e soldados ao castelo do amanhecer no dia seguinte a batalha e encontrou o local em ruinas, além dos danos causados ao exterior do castelo provavelmente pela batalha entre a rainha negra e Nilladriel, foram encontrados também danos estruturais ao local possivelmente causados por uma grande explosão ocorrida no interior do castelo, ao se aprofundar nas instalações eles detectaram o que possivelmente seria um imenso laboratório pertencente ao doutor Stein, o mesmo médico e pesquisador que desenvolveu as clones Lucrécia e Artemísia. Infelizmente dados e rastros dos experimentos do doutor foram apagados e nada substancial foi encontrado que indique o que estava sendo feito lá, fora isso a equipe conseguiu resgatar o corpo da rainha élfica ou ao menos o que sobrou dele, o corpo tinha sofrido muitos danos físicos lesões complexas e alguns indícios de dano pós-morte. A garota ficou nervosa com as informações e disse a seu noivo que repassaria as informações para o grupo, ela também informou a ele que passaria o fim de ano no templo do mestre Tama e pediu ao jovem que se dirigisse ao templo para ficar com ela, já que a mesma estava se sentindo insegura nesses tempos incertos, o jovem confirmou que iria ao seu encontro até para reforçar a segurança das meninas.

                Após a despedida dos pombinhos apaixonados Cecilia foi ao encontro das garotas e informou o ocorrido, os adultos exigiram informações sobre o que estava ocorrendo, mesmo sabendo que não seriam capazes de ajudar eles se preocupavam em deixar suas filhas fazerem coisas tão perigosas sem fazer nada a respeito. A preocupação e interesse em ajuda-las foi tida entre as meninas como prova de afeto de seus familiares, mesmo que nada mudasse em sua situação atual. A única pessoa que não compareceu a reunião foi Beth que ficou na cozinha ajudando os monges no preparo de uma boa refeição, num dado momento sua filha foi a sua procura e pouco antes de entrar na cozinha ela se deparou com uma conversa entre um monge que tentava acalmar a jovem mulher que mesmo nervosa em lagrimas continuava cozinhando de forma dedicada.

— Eu nunca fui uma pessoa forte sabe? Nunca pude fazer nada por elas, festas, desfiles, apresentações, entrevistas, filmes, isso tudo é um legado fantástico para a maioria das pessoas nesse mundo... Quando elas eram pequenas eu me enchia de orgulho ao vê-las entrarem escondidas no meu quarto, pegar minhas roupas e brincarem de desfilar, fazerem maquiagem uma na outra, elas sempre foram muito unidas, eu realmente achava que estava no caminho certo... Mas... Mas num mundo como o nosso onde batalhas reais e mortes como a daquela menina Ananda ocorrem sem que todas essas pessoas sequer imaginarem o risco que correm, coisas como essas de modelo e atriz parecem tão inúteis e sem importância. Eu sempre fui uma mulher fraca e inútil, o pai delas sim estava preparado para esse mundo, ele as treinou em artes marciais, ensinou elas a atirar com arco e flecha, levava elas para acampar, ele sempre esteve engajado neste mundo louco e perigosos sem jamais nos revelar nada...  Depois do acidente que deixou a Sophi numa cadeira de rodas e praticamente surda eu o culpei e me divorciei dele, na época tentei tirar as meninas dele, mas com ajuda do juiz na época ele negociou o direito de ficar com a guarda da Sophi e a levou embora para longe, eu o culpei por isso e cheguei até ameaçar ele se ele tentasse chegar perto da Cecilia... Larguei a carreira devido à bebida e a depressão. Claro que os empresários abafaram tudo, na época minha marca estava se firmando no mercado, que piada, eu estava me afundando em lagrimas e as pessoas estavam preocupadas com as aparências, a dor e a raiva eram tantas que eu cheguei a desejar esquecer a Sophi para que sua ausência parasse de doer... Pode acreditar? Que tipo de mãe deseja esquecer sua filha? Para piorar eu estava me tornando uma mãe ausente para a Cecilia, mas minha menina nunca se esqueceu de mim, ela sempre cuidou da mãe inútil dela, lembro que ela ficava me puxando pelo braço e me pedindo conselhos de beleza, seguindo os paços da mãe inútil, fazendo comerciais e apresentações como musicais, chegou a fazer shows como pianista e violinista, ao ponto de concorrer com a irmã, no inicio as noticias nos jornais era a única forma de sabermos informações sobre a minha Sophi, eu não imaginava na época, eu era burra, mas a luta delas por ser famosas foi à forma que encontraram de falar uma para outra como estavam, de se comunicar, ao ponto de escrever em suas composições recados que só elas entendiam... Minhas meninas puxaram ao pai delas, eram fortes, mais fortes do que alguém jamais poderia ser e é por isso que eu não posso me entregar, eu preciso ser útil a minha filhinha de alguma forma, mesmo que eu não seja forte para lutar ao menos farei uma refeição boa o bastante para lhe dar forças... Essa é a minha forma de dizer-lhe que acredito nela, que eu a amo, que ela não precisou de magia para ser minha princesa, meu orgulho. — Beth mal se aguenta em lagrimas, mas contínua com seu trabalho duro, as palavras dela comovem os monges que ajudavam na cozinha e principalmente Cecilia que continuou escondida sem ter coragem de mostrar a sua mãe que estava ouvindo, pela primeira vez ela tinha percebido como sua fútil e vaidosa mãe se sentia de verdade.

                Cecilia retorna dali, ela tinha certeza em seu coração que se aparecesse para sua mãe naquele momento elas não conseguiriam ir enfrente, a batalha que estava por vir era árdua e decisiva demais para sentimentos frágeis, se sua mãe estava se esforçando por ela, com certeza ela retribuiria sendo a garota forte e decidida que sempre se mostrou. Enquanto isso John conversava com Erika sobre sua vida, sobre seu passado, carreira, a relação com sua mãe, de como ela era antes de se contaminar, a garota parece completamente diferente do passado, ela esta feliz, cheia de vida, emocionada, segurando a mão grande e forte de seu pai, ambos fazem planos para o futuro, irem a lugares, John fala da cidade onde nasceu, que tinha planos de levar Sarah para conhecer o lugar e que seria uma ótima oportunidade para Erika ir a um passeio em família, que sua vida mudaria, eles seriam felizes e nunca mais John a deixaria só, ela teria uma família com pai de verdade e uma irmã, Erika era grata por seu pai adotivo e seu avô, mas ela tinha muita vontade de viajar com seu verdadeiro pai e sua recém descoberta irmã Sarah, além do que para chegar a cidade do interior onde John nasceu seria preciso ir de trem e essa seria a primeira viagem dela em um trem.

                As coisas parecem estar indo muito bem, até que Sarah assusta a todas com um pedido problemático e perigoso, ela deseja ir à cidade capital, uma viagem de duas horas, rápida, porém fora da barreira, o que não seria nada aconselhável mediante a situação que estava, devido aos acontecimentos da guerra contra a contaminação retaliações seriam mais do que obvias. Todos se questionam o motivo, mas ela diz que não pode dizer, entretanto precisa ser acompanhada por Mika. A principio todos foram contra e disseram que arriscar desta forma era absurdo, mas John sorri de forma terna e tranquila assustando todos naquele momento.

— Não adianta te dizer não, então tome cuidado, se agasalhe esta frio lá fora e volte para os festejos desta noite... Sarah... Eu te amo minha filha. — As palavras de John são impactantes para todos os presentes, mas por um momento eles parecem entender a confiança e decisão daquele pai, logo cada um deles olha para suas filhas e sorriem com a certeza de que tudo ficará bem. O velho Tama neste momento percebeu que foi feliz com sua decisão, ele tinha retirado um peso das costas das meninas que eram o futuro deste mundo, elas não mais tinham segredos para as pessoas que amam.

                As garotas decidem então apoiar a decisão de Sarah e ajudam a garota, como tinha sido pedido Mika ira acompanha-la, para garantir a segurança fica decidido que Airi e Cecilia irão com elas, Sam pensa em ir com sua amada, mas ela percebe que se Sarah escolheu Mika para lhe acompanhar seria por um motivo e ela tinha que confiar em sua namorada.

— Por favor, toma cuidado nesta viagem, mesmo sendo rápida é preciso evitar conflitos, vou estar te esperando para passarmos essa virada de ano juntas como antes. — Sam abraça Sarah e fala em seu ouvido palavras de confiança, a garota sorri e beija os lábios de sua namorada como resposta.

— Logo estarei de volta, mas preciso fazer algo que só eu posso fazer, chegou a hora de assumir as responsabilidades, afinal de contas eu cresci bastante nesses últimos dias. — Sarah sorri e faz uma brincadeira com seu amadurecimento rápido.

— Sim e como! Tenho que ver ainda o quanto foi proveitoso esse amadurecimento, bendito seja o poder da luz. Aleluia! — Sam faz referencia a conversa que teve durante o evento do sonho que Sarah teve com sua forma do futuro.

                As garotas começam a se preparar para a viagem a cidade, Beth vai até sua filha e lhe da um abraço, pede que sua menina tenha cuidado e entrega uma marmita com a comida que ela preparou, já que elas não estarão presentes para o almoço ao menos não ficaram com fome diz Beth com um sorriso, Cecilia abraça forte sua mãe e diz ao seu ouvido o quanto a ama e agradece pela comida. Já perto da saída do tempo Mika se encontra com Cora que ficaria para ajudar a proteger o tempo e pela primeira vez desde que se conheceram elas não estariam juntas.

— Mi... Toma cuidado lá, não esquece tudo que a vovó nos ensinou e esteja sempre alerta, você é minha rival e minha melhor amiga, somos irmãs e estamos sempre com você em nossos corações e pensamentos. — Cora recita as palavras fortes que tocam fundo o coração de Mika, palavras que simbolizam os sentimentos das meninas da instituição, em seguida a garota passa por ela como se fosse dar as costas, mas para por um estante como se hesitasse.

— Obrigada por vir comigo ao meu passado, você sempre foi à força que reage a minha força, a reação da minha ação que me da o apoio que eu preciso. Você é minha irmã e estou sempre com você em meu coração e pensamento, logo estarei de volta, então proteja todos até eu voltar. — Mika se recosta as costas da garota, se apoiando inteiramente e sendo sustentada pela mesma, depois sem a necessidade de olhar nos olhos dala fala palavras que retribuem todo carinho e confiança de Cora.

                As garotas então viajam de Ônibus para a capital, duas horas depois elas chegam ao centro da cidade e lá seguem Sarah até a parte sul da cidade, até o hospital onde se encontra internada a mãe de Mika, elas vão ao quarto da enferma e lá Mika se emociona ao ver sua mãe ainda no estado de catatonia profunda, imóvel e quase sem vida, neste momento Mika que se ajoelha ao lado da cama da mãe e segura sua mão quase em lagrimas. Então Mika se surpreende ao ver que Sarah senta na cama e segura a outra mão de Vivian.

— Você esteve com ela nos últimos momentos, ela foi sua amiga, sua companheira, compartilharam o destino de lutar por esse mundo, o sofrimento de não poderem ver suas filhas crescerem, lares desfeitos pela contaminação. Mas eu não estou aqui para falar de coisas ruins, eu estou aqui para dizer que sua filha se tornou uma moça maravilhosa, determinada e valente que eu amo e admiro. Estou aqui para agradecer pelo sacrifício que fez para proteger minha mãe, estou aqui para devolver sua vida de volta. — Sarah fala sorrindo ternamente para a mulher estática a sua frente, neste momento a rainha branca emana uma calorosa energia mágica que parece aquecer os corações das presentes, essa energia penetra no corpo e alma de Vivian fazendo com que a escuridão que cobria como um manto tenebroso desaparecesse por completo, logo os olhos vazios e sem vida de Vivian se enchem de brilho novamente ela parece mais viva.

— Julia é você?... Mika? Onde estou? O que esta acontecendo? — Vivian acorda de sua catatonia e após ser purificada fica completamente recuperada de seu problema voltando a ser a mulher que era antes do ocorrido.

— Mamãe você voltou ao normal, graças, eu não acredito... Como eu estou feliz! Que benção, obrigada Sarah... Obrigada... Você me devolveu a minha mãe, obrigada. — Mika mal pode falar de tanta felicidade, em seus olhos lagrimas puras de alegria e em seus braços sua amada mãe que lhe retribui com um abraço caloroso de retorno a este mundo.

— Filha é você mesma? Esta tão crescida! O que esta acontecendo e porque a Julia esta aqui? Sinto como se muito tempo tivesse se passado, mas não consigo lembrar-me de nada do que aconteceu. Onde esta seu pai? — Vivian tenta se situar em meio aquela situação.

— Mamãe infelizmente o papai não esta mais entre nós, ele morreu esse ano, a senhora ficou doente e acabou sendo hospitalizada, esteve inconsciente desde então. — Mika tenta explica a situação a sua mãe, mas o pesar da perda de seu pai a fez se emocionar mais uma vez.

— Seu pai morreu? Mas como? Por quê? Ele ficou doente? Porque eu não consigo me lembrar de nada? Eu deixei vocês por todo esse tempo, minha filha esta crescida já é quase uma mulher... Eu não entendo, por quê? — Vivian em lagrimas abraça forte sua filha ao saber que seu marido faleceu e que tantos anos se passaram sem que ela nada pudesse fazer por sua família.

— Vivian, quero que se acalme e me escute com atenção, eu não sou a Julia, ela era a minha mãe, eu sou filha dela com o John, sou amiga de sua filha, você foi ferida na mesma batalha em que minha mãe foi morta, na tomada do castelo do amanhecer, esse ferimento te amaldiçoou, a contaminação aprisionou sua consciência e fez você entrar em uma catatonia profunda, eu a libertei da maldição. — Sarah usa seu poder para acalmar o coração de Vivian e em seguida explica a ela o que aconteceu.

— Castelo do amanhecer, me recordo desta batalha, Flora nos liderou numa grande batalha para prender a rainha negra, mas alguém passou as informações sobre a missão e fomos emboscadas, lembro de muitas de nossas companheiras sendo atingidas pelo inimigo... Então foi isso que ocorreu? Você é filha dela com o John Stewart. Ele era um rapaz muito bonito, lembro que ele foi com sua mãe no meu casamento com o Yan... Mas como você sabe sobre o castelo? — A mãe de Mika começa a compreender sua situação e recordar o passado.

— Sua filha é uma princesa agora, eu me tornei uma também, mas descobrimos recentemente que eu sou a reencarnação da rainha branca, ainda estou me acostumando aos meus poderes, mas foi graças a eles que pude libertar você do mal. Flora ainda é nossa líder, mas todas as demais são novas companheiras, neste momento estamos em guerra, graças ao sacrifício da rainha Nilladriel o castelo do amanhecer foi destruído, muitas vidas foram perdida sim, mas somos mais fortes e temos motivos verdadeiros para vencer, amigas unidas nesta batalha e agora estou lhe devolvendo sua vida, seja bem-vinda. — Sarah mais uma vez tenta acalmar Vivian.

— Obrigada minha rainha, obrigada por cuidar da minha filha e ser uma amiga para ela enquanto eu estive nesta situação. — Vivian abraça forte sua amada filha que retribui ao abraço.

— Minha rainha esta na hora de irmos, aqui não é seguro, o inimigo pode acabar sentindo nossa presença e se lutarmos arriscará muito. — Airi que esteve em silêncio na sala até agora ao lado de Cecilia, toca no ombro de Sarah e apressa a alertando sobre os riscos que estão correndo.

— Verdade Airi, vamos tirar a mãe da Mika daqui e vamos voltar para o templo para nos reencontrar com o pessoal, acredito que só era isso que você queria fazer aqui. — Cecilia também concorda com Airi e mostra que já imagina o que Sarah queria.

— Sim vamos embora. — Sarah responde concordando com as meninas, neste momento Mika segura o braço de Sarah e olha para elas.

— Tenho uma ideia, me ajudem a levar a minha mãe e sigam-me. Tem um lugar que quero ir, isso vai nos ajudar a retornar de forma menos exposta. — Mika ajuda sua mãe que esta enfraquecida pelo tempo que passou deitada na cama.

                As garotas concordam e elas saem do hospital dando baixa nos documentos para retirar a paciente, os médicos ficam felizes e ao mesmo tempo surpresos com a recuperação de Vivian, após saírem eles seguem até um conglomerado de depósitos de aluguel, lá Mika abre um em especifico e elas avistam o carro que Mika concertava no passado, o mesmo coberto por uma lona e ao ser descoberto elas entram e Mika dirige rumo ao templo. Após duas horas de viagem recheada a conversas que vão situando Vivian sobre tudo que esta ocorrendo elas chegam ao templo e são recebidas com carinho pelas outras pessoas. John ao saber o motivo que levou sua filha a seguir a cidade fica ainda mais orgulhoso e a recebe com um gesto de aprovação.

                Cecilia é surpreendida por seu noivo que chegou com alguns membros da aliança para prestar a defesa do templo, ele a abraça e juntos eles vão a um lugar mais tranquilo para conversarem, Mika se une a Cora e juntas levam Vivian para um quarto para que possa descansar e lá a menina apresenta sua melhor amiga e conta sobre o período que passou na instituição. Sarah após falar com seu pai vai até Erika e juntas vão conversar com Scarlet que continua reclusa em seu quarto. Já as meninas começam a se arrumar para a festa, Nina esta com seus pais dando os toques finais do jantar de celebração, Thabata agora esta com Flora que veio da cidade dos elfos depois de deixar a mesma aos cuidados e sua serva de confiança e amiga Lorien, Airi procura um local tranquilo para meditar e florescer seu lado espiritual como sacerdotisa da luz, enquanto medita ela é observada por Shizune a irmã mais velha de Nina.

— Senhorita Shizune o que faz aqui? — Airi sente a presença da moça e estranha que a mesma esteja naquele local longe de sua família.

— Você esta meditando ou algo assim? Minha irmã disse que você cresceu num tempo como sacerdotisa. Acredito que um local como esse lhe traga muitas recordações. — Shizune se senta ao lado da garota que interrompe sua meditação para dar atenção à moça.

— Sim realmente eu cresci em um templo, sempre quis conhecer o mundo e graças a minha rainha e suas amigas eu pude conhecer muitas pessoas diferentes, locais incríveis e viver grandes aventuras, bem diferente do que era a minha vida reclusa de treinos. — Airi responde a garota ainda com sua forma travada e formal de falar.

— Nossa você é sempre tão seria, mas tem algo diferente dos outros, é uma ar realmente exótico e desconhecido, eu sempre achei muito estranho e sempre tive curiosidade. — Shizune olha bem para os olhos da sacerdotisa.

— Desculpe se sou estranha para a senhora. — Shizune se sente um pouco envergonhada e tenta se retratar.

— Não, é um estranho bom, não tem porque se desculpar... Eu realmente gostei de te conhecer, sabe eu sempre fiz as coisas da forma que eu achava que tinha que fazer. Cheia de regras e formalidades assim como você, mas minha vida não teve uma grande aventura, até com o meu ex-marido era tudo igual, era o que a sociedade esperava e não o que eu queria, então quando surge alguém com um olhar tão diferente e misterioso como o seu claro que isso despertaria minha curiosidade. — A garota sorri deixando Airi ainda mais constrangida.

— Eu descobri recentemente que não sou completamente humana, eu sou descendente de uma raça muito antiga, mística de grande poder mágico, cheguei a ir com o mestre Todokan a cidade da tribo Khan uma tribo de místicos, lá eles me explicaram sobre meu povo e me ensinaram a controlar a minha real natureza. — Airi explica sobre seu treinamento com os místicos, treinamento ocorrido após a batalha do deserto.

— Me mostra. — Shizune segura à mão da garota e olhando em seus olhos ela pede para ver a forma desperta da garota, sua real natureza.

— A senhora não ira gostar eu não sou humana, sou diferente de todos. — Airi não se sente segura em mostrar sua forma desperta por ter uma boa mudança física.

— Por favor, eu realmente quero ver, não importa o que eu veja sei que vou gostar, então, por favor, me mostre como é sua verdadeira natureza. — A garota insiste fitando bem os olhos da mística

                Airi acena com a cabeça concordando com o pedido e se concentra, pouco tempo depois sua energia mágica aumenta bastante e em seguida se expande fazendo com que o vento e as folhas a sua volta reajam, Shizune sorri ao ver as mudanças a sua volta, a reação do clima, tudo parece tão incrível, em seguida ela olha para a garota a espera do que tanto deseja, Airi começa a mudar e do seu corpo começa a emanar um brilho intenso até que uma pequena aura se forma em volta do corpo a deixando mais brilhante e atrativa, em seguida seus cabelos se agitam ficando mais volumosos e brancos, suas orelhas transformam-se em orelhas de raposa, nascem  caldas felpudas e vistosas de raposa branca, suas unhas crescem um pouco, ela ganha um tipo de sombra azulada em volta dos olhos e marquinhas nas bochechas que lembram os bigodes de animal. A garota olha nos Olhos de Shizune com seus olhos dourados com sombras avermelhadas como se fossem chamas e que possuem a forma similar a dos olhos das raposas e ao ver o quanto incrível à garota se torna Shizune fica deslumbrada.

— Nossa que incrível! Você ainda fica mais fofa do que eu imaginava, muito linda mesmo, sabe eu peço desculpas por ter pedido que passasse por algo que te deixou desconfortável, mas eu realmente estou muito feliz que você tenha compartilhado isso comigo, sabe eu realmente te achei muito linda, seja para ficar de olho na minha irmã ou me ajudando nos afazeres lá em casa você acabou ficando comigo nos momento que eu mais precisava. Não sei o que você pensa a respeito, na verdade para mim isso também é uma novidade, mas espero que me perdoe pelo que farei agora, mas sinto que se não o fizer eu irei explodir. — Após terminar de se explicar Shizune que esta segurando as mãos de Airi e olhando fixamente em seus olhos enquanto a constrange com seus elogios, simplesmente para e beija os lábios da garota, que nunca foi beijada antes, mas naquele momento seu coração entende bem aquele toque, aquele sentimento e como se por um impulso retribui ao beijo sentindo em seu coração que em fim encontrou o que buscava.

                A noite cai as meninas estão animadas com a festa, todos estão reunidos, eles começam a comer, os adultos a beber, todos estão se divertindo, os casais estão reunidos e felizes, mesmo com tantos problemas aquela parece uma celebração maravilhosa, uma das melhores em muitos anos, a noite segue e todas começam a fazer planos para o próximo ano, Nina fica feliz por ter recebido a família de seu namorado e ele para passar o fim de ano com ela, todos estão muito animados eles fazem suas orações no templo, seus pedidos e promessas para o novo ano, Flora vai até Vivian um pouco deprimida e ao se aproximar da antiga companheira que já a reconhece e fica feliz em revela, Flora se curva diante dela e implora perdão pelos erros cometidos e por todo sofrimento que a fez passar, mesmo depois que Sarah explicou que ela nada podia ter feito, já que Vivian sofria do mesmo mal que assolou a mãe de Erika, logo só a purificação a ajudaria, mesmo assim Flora ainda se sente culpada, mas Vivia a segura pela mão a levanta sorrido e fala que não a culpa por nada, o mal da contaminação gerou muito sofrimento e dor, assim como a perda da rainha Nilladriel e que Flora fez o que pode pelo grupo e fica feliz dela ter encontrado boas companheiras também na nova geração. Thabata avista a ação de sua amada de longe e sente-se feliz e orgulhosa pela atitude de Flora.

A noite fria de inverno neste fim do ano nevado segue e fogos são disparados em celebração a virada do ano aproveitando o céu claro que em fim faz esta noite. Enquanto todos estão admirando o show no céu noturno Scarlet vai até Mika ela parece insegura e Mika a princípio fica confusa com o que a garota poderia desejar depois de todo aquele tempo.

— Me perdoe, eu nunca fui realmente honesta com você e mesmo não sendo mais digna de seu carinho ou mesmo respeito, mas quero que saiba que eu te amei de verdade, eu deveria ter sido mais forte e lutado por aquilo que eu acreditava, deveria ter te protegido quando precisou de mim, assim como deveria ter protegido a Ananda e não deixado ela morrer, eu sempre odiei a minha mãe por ela ser fraca, porém no fim eu fui a mais fraca dentre todas. Ainda sim naquela noite no bar eu deixei minha fraqueza me tomar e você me protegeu, fico feliz que mesmo com todos os motivos para me odiar ainda sim você me salvou. — Scarlet parece sincera com suas palavras, o que deixa Mika feliz em saber que enfim ela encontrou seu caminho e se tornou uma pessoa melhor e livre de todo mal, mas fica confusa quanto a questão do salvamento.

— Não sei do que você esta falando, eu não te salvei em momento algum, não sei de bar algum, me desculpa, mas desde que sai desta cidade tenho vivido em uma instituição e nunca sai de lá até terminar meu treinamento, por fim quando decidi regressar aquele dia que te encontrei para ir ao castelo do amanhecer foi a primeira vez que te encontrei em um longo tempo.  — Mika explica o ocorrido e isso deixa Scarlet perplexa sobre quem seria a garota que a salvou aquela noite.

As meninas então seguem seu caminho e vão se juntar as demais aproveitando a festa. Como em tradições antigas seguidas pelo templo os monges fazem uma enorme fogueira no fim do ano que dizem queimar as lembranças e acontecimentos ruins dando espaço para os novos acontecimentos do próximo ano, as garotas se reúnem em volta da fogueira e fazem um juramente de honrar de defender umas as outras e a todos os presentes naquele momento, elas prometem fazer o melhor e dar tudo de si em memória daqueles que se foram. Neste momento Mika, Scarlet e Flora jogam no fogo lenços vermelhos com os nomes das pessoas amadas que foram perdidas.

                Os festejos terminam e um novo ano começa. Muitas das garotas foram dormir, alguns dos adultos ainda permaneceram por um tempo conversando, Clara e John sentaram na varanda do templo e ficaram bebendo juntos e relembrando o passado enquanto observavam o amanhecer, tudo parece tão em paz e neste momento começa a nevar novamente, eles entram e vão descansar, neste momento alguns monges começam a fazer suas preparações diárias, algumas horas depois as meninas começam a acordar, Erika, Mika e Cora se unem para praticar artes marciais, pois elas possuem os mesmos costumes de treino. Neste momento pela estrada principal um homem vem caminhando sozinho calmamente, ele é alto magro e esta vestindo uma espécie de terno vermelho e luvas pretas, assim que ele entra no templo o velho Tama que meditava sente sua presença e segue para entrada do templo.

— Bom dia mestre feliz ano novo, desculpe o incomodo, mas eu vim buscar minha querida filha o senhor vai me dizer onde ela esta ou terei que procurar eu mesmo? — O homem fala calmamente olhando fixamente para o velho surpreso.

— Não sei como foi capaz de atravessar a barreira, mas você não é mais bem-vindo aqui há muito tempo, peço que vá embora ou terei que lutar contra você, a garota não é sua propriedade, ela escolheu o caminho dela. — O Velho Tama se põe em postura defensiva e se prepara para lutar.

— Nossa mestre é assim que o senhor receber um velho discípulo? — O homem parece ser sarcástico e não parece estar nem um pouco amedrontado pela postura de seu mestre.

— Duncan eu não vou avisa-lo novamente! Saia ou morrerá! — O velho Tama começa a concentrar sua magia e esta é gigantesca ao ponto de fazer com que as meninas acordem sentindo o que esta acontecendo.

                As garotas se arrumam rapidamente e partem para o lado de fora do templo pra ver o que esta acontecendo e neste momento se deparam com Duncan Drummond pai de Scarlet pronto para confrontar o velho Tama, de alguma forma ele conseguiu passar pela barreira mágica e uma batalha estava prestes a iniciar.


Notas Finais


Um capítulo cheio de bons momentos, a emoção contínua no que deve ser o início de um capítulo de muita ação e novas descobertas, mas isso vocês conferem na semana que vem com o próximo capítulo de nossas Crônicas de Luz e Sombra as aventuras de nossa amada ruiva. mas enquanto o capítulo não chega que tal mais algumas curiosidades sobre as meninas? Desta vez com Mitsume Erika: Garota de cabelos vermelhos curtos, bastante enérgica, seu corpo atlético parece ter o dom natural para exportes, sendo magra e com músculos firmes, seus seios são pequenos como os da maioria das esportistas, mas podem se desenvolver no futuro, ela é bastante carismática quando de bom humor e muito violenta quando irritada. Adora rosas vermelhas, sentar-se afrente de uma fogueira, adora acampar, gosta muito da cor vermelha, esportes e brigas, gosta de filmes de ação(principalmente os de karate), ama contar histórias de terror mesmo que se assuste muito com elas. Erika é bi-sexual e apesar de sair com garotos e beija-los ela é completamente tarada quando o assunto são garotas o que não demonstrou até o momento devido a estar obstinada com sua vingança. Bem pessoal, muitas surpresas desta vez não é? Mas parece que as irmãs do cabelo de fogo têm muito em comum. Até a próxima pessoal.


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