História Cronicas de Luz e Sombra - Especial 2: Loucura insaciável e as chamas da vingança.

No templo a batalha entre o monge Tamami Mitsune e os clones de seu discípulo continua o mestre até o momento foi bastante contido em seus movimentos evitando o gasto de magia, pois como o mesmo explicou às princesas nesta terra a magia não existe e qualquer ser provido de magia pode acabar perdendo-a à medida que os anos se passam e sua energia vai sendo usada, porém graças ao poder dos olhos especiais da família Delial os clones acabaram se tornando inimigos difíceis de se lidar, já que com eles são capazes de prever magias antes das mesmas serem usadas devido a visão do fluxo mágico. O mestre Tama até agora apenas se limitou a defender-se e esquivar dos ataques e sempre que usava uma de suas contra medidas acabava sendo detectado antes mesmo que a usa-se, o mestre então decide dispersar seu poderoso fluxo mágico que emana por todo templo chamando a atenção dos demais combatentes presentes no local, ao olhar para seus adversários que tentavam prever as ações de seu mestre, ele os encara com uma expressão dura.

— Nunca pensei que após todos esses anos eu seria obrigado a usar esta técnica, acho que não tem jeito mesmo, estou ficando velho e nas artes marciais eu o treinei bem Duncan. Estou surpreso com o tanto que evoluiu ao longo dos anos, só fico triste de ver que se tornou um idiota e vendeu sua alma, mas você só é um numero na minha vasta coleção de erros. Agora testemunhe o poder do grande mestre da terceira geração da família Mitsune! Testemunhe o poder do estilo das mascaras da morte! — Tamami concentra seu poder estremecendo o solo a sua volta e em seguida puxa do quimono uma mascara vermelha com símbolos negros.

                Ao colocar a masca a musculatura do velho dobra de tamanho fazendo com que o mesmo fique maior, a parte superior de seu quimono se rasga deixando seu dorso exposto, nos músculos das costas e nos braços símbolos podem ser vistos, eles são como tatuagens feitas de magia. A quantidade de energia em volta do velho é tanta que os clones não conseguem usar seus olhos para medir o fluxo e saber qual será o próximo movimento do inimigo.

— Experimente os cinco ciclos da morte! Cristal esmeralda que guarda o meu poder faça cair sobre meus inimigos o domínio sobre a morte Liberte-se! — Usando seu feitiço de liberação o velho Tama conjura seu mais poderoso poder que pode ser usado apenas sobre o efeito da mascara da invulnerabilidade.

                Os inimigos se preparam para atacar e correm na direção do velho para tentar evitar que o mesmo execute seu próximo ataque. Os clones usam seu poder para conjurar lâminas feitas de sangue e atacam simultaneamente o corpo do velho mestre, mas as lâminas se partem ao encostar no corpo do velho mestre, em seguida a pressão sobre os corpos dos clones é esmagadora, como se a gravidade da terra naquele local se multiplicasse sendo difícil até ficar de pé.

— Primeiro estagio Negação! — O velho então aponta para os inimigos e neste momento é como se uma grande onda gravitacional atingisse os inimigos retirando toda sua capacidade de locomoção e toda e qualquer ação é árdua de ser executada.

— Segundo estagio Raiva! — Os inimigos são acometidos por sentimentos de ódio e culpa, é como se suas mentes fossem inundadas de pensamentos negativos e isso faz com que percam o controle se tornando seres agressivos e sem a capacidade de planeja uma ação defensiva.

— Terceiro estagio Negociação! — Os inimigos que buscavam atacar o conjurador tentando parar o que destruía suas mentes, agora tentam desesperadamente por uma forma de acabar com a dor que sentem em suas cabeças, é como se elas fossem explodir.

                Os clones ficam desesperados com tamanha dor que sentem, o desespero é tanto que eles caem de joelhos e começam a gritar, logo eles tentam usar sua magia atacando o próprio corpo na busca de sessar seus receptores de dores, fazendo assim que se livrem do que os atormenta.

— Impressionante Duncan geralmente inimigos que chegam a este estagio costumam implorar pela vida, desejando que a dor vá embora, mas você optou por usar sua magia para desvincular a dor de seu sistema nervoso com o poder de manipulação corpórea da família Drummond. Preciso lhe dizer que este velho não é idiota, a dor nunca vai passar, ela não esta ligada ao seu corpo e sim a sua mente.  — Tama sorri e explica aos clones que sua técnica não ataca o corpo e sim a mente, logo mesmo desligando o sistema nervos a informação não precisa ser enviada, ela já esta lá.

— Maldito verme acha que pode brincar com a minha cabeça, eu não serei derrotado por alguém como você! Eu investi muito nestes clones e neste plano para ser derrotado por um velho patético incapaz de mudar este mundo! — Os clones de Duncan usam suas forças para conseguir insultar e ameaçar seu mestre, mesmo que os mesmos não pareçam em condições de reagir.

— Quarto estagio Depressão! Apreciem todo o desespero da técnica suprema do estilo Mitsune!  — Após ativar o penúltimo estagio de sua técnica Tama demonstra sua superioridade e libera seu grande poder.  Todos os sentidos dos alvos vão sendo suprimidos um a um a começar pela visão, mas não é como se eles estivessem sendo retirados de verdade, mas o corpo e mente dos inimigos chega a um estagio de torpor tão grande que se assemelha a profunda tristeza, fazendo com que sua consciência se desligue de qualquer influencia externa, deixando apenas a escuridão à volta. Os clones mal conseguem se mexer apenas se encontram em um estagio de catatonia profunda babando e com olhos inertes.

— Receba o estagio final Aceitação! — Tama libera a ultima onda de magia que ao atingir os inimigos é como se arrancasse o ultimo sopro de vida de seus corpos deixando apenas cascas vazias que caem sobre o chão completamente sem vida.

                O velho em seguida libera todo poder deixando que todo o ambiente volte ao normal, estando livre da influencia desta técnica poderosa e assustadora, mas Tama permanece imóvel para aliviar a tensão de seus músculos criada pela grande dissipação de magia, em seguida ele retira a mascara e já em sua forma física normal ele vai em direção a seus companheiros para ajudar em suas lutas. Enquanto isso Sayo que usava seus servos contra os dois cavaleiros do apocalipse, também se aproxima do fim de sua batalha, a garota conjura um grande pergaminho branco com runas escritas, ela conjura palavras em um dialeto antigo e quase incompreensível, em seguida do pergaminho saem correntes magicas que aprisionam os cavaleiros e ela ordena que seus servos retornem.

— Sakuno, Kiojin e Toha eu os ordeno que retornem! Iniciar ritual de conjuração da mestra dos bonecos! Sakuno liberar alma, Kiojin liberar corpo, Toha liberar o sangue! Eu Shiguza Sayo Delial a primeira filha da nona geração do império Delial invoco seu poder desça a mim mestra dos bonecos, tome meu corpo e faça de mim seu instrumento de guerra! — Sayo desliza seus dedos puxando a gola de seu quimono e o baixando de forma a deixa suas costas e a parte superior do peito expostas e em seguida olha para o céu que se torna vermelho, suas marionetes curvadas em posição de reverencia com a cabeça no chão formam um triangulo em volta da conjuradora. Uma grande quantidade de magia desce dos céus e cai sobre a testa de Sayo, fazendo com que o símbolo de uma meia-lua vermelha curvada para baixo surja em sua testa, outra marca surge em suas costas, com a mesma meia-lua curvada, com varias runas e no centro a lua é cortadas por um risco tudo em vermelho, em seu peito runas surgem liberando seu poder, por fim asas vermelhas como o sangue saem de suas costas, seus olhos ganham um brilho misterioso e mais intenso.

                Sayo voa em direção aos inimigos acorrentados e toca suas testas fazendo com que sejam pulverizados. Em seguida ela parte para confrontar seu marido que esta lutando contra seu amigo James.  Quanto à batalha de Duncan e James que já algum tempo combatem usando suas técnicas de artes marciais da família Mitsune misturadas à técnica de sangue da família Drummond no caso de Duncan e a magia de água e gelo no caso da família Aqua, mas com uma pequena desvantagem em favor de Duncan que usa os olhos da família Delial absorvidos de sua esposa.  A cada movimento de James é como se um dragão de água seguisse de seu corpo e a cada golpe este dragão tenta devorar sua presa, a cada soco o contato com pele pode congelar seu alvo, porém o líder da família Aqua que já vinha confrontando diversas batalhas já se encontra exausto e seu inimigo busca supera-lo por isso.

— Não importa que aconteça aqui J, eu não serei derrotado! Eu dediquei minha vida a este dia, não deixarei que arruíne tudo isso! Experimente meu poder! Cristal negro que guarda o meu poder eu invoco a destruição punho do imperador Devore! Vamos acabar com isso de uma vez por todas! — Duncan desafia seu velho companheiro para o ultimo embate e desta vez pretende usar seu trunfo, este poder cobre seu braços de runas, fazendo com que o mesmo fique gigantesco e assustador como um braço de demônio, resistente como aço e escuro como a noite.

— Aceito seu desafio velho amigo, vamos dar um fim a esta batalha usando tudo que temos. Cristal azul que guarda o meu poder eu convoco a força das aguas sagradas guardião sagrado vinde a mim Liberte-se! — James conjura seu poder de água que cobre seu corpo de runas azuis e em seguida seus braços ficam brancos como se emanasse um frio intenso, os olhos de James emanam um brilho azul profundo que chega a ressaltar em meio aquele ambiente já obscurecido pelas nuvens no céu.

                Ambos então partem um contra o outro com todas as suas forças para um ultimo ataque poderoso, este ao colidir com violência libera uma onda de magia tão forte que destrói completamente o que sobrou do templo, Sayo e o mestre Tama que seguiam para dar apoio a James mal conseguem se manter de pé ao serem atingidos pela onda mágica. Quando a poeira baixa James esta um pouco machucado, mas em pé olhando exausto para seu inimigo que teve o braço destroçado, a pele de Duncan esta branca como se ele fosse feito de argila e seus olhos não mais possuem aquela forma e coloração mágica.

— Eu não acredito você realmente sacrificou quase todo seu corpo para criar aqueles clones poderosos, mas ao meu ver não foram apenas os que vimos que foram criados, me diga Duncan o que você esta planejando? Meu filho ainda não é tarde para tomar juízo e voltar a si. — Mestre Tama que chega ao local da batalha de seus antigos discípulos e fica chocando com o que vê, questionando seu inimigo sobre seus planos.

— Mesmo que diga isso, valeu apena, mesmo que as garotas destruam os pilares, já começou. Os planos dele não podem dar certo, mesmo que elas se enfrentem a hera desta família acabou. Eu abrirei as portas para o novo mundo, eu vi a face de deus e ela é bem diferente do que acreditam. — Duncan sorri e fala coisas sem sentido.

— Meu amor é uma pena que tenha que terminar assim, mas não importa o que diga, aquelas garotas vão salvar este mundo de qualquer que seja a ameaça. Eu acredito no poder delas. — Sayo que chegou logo depois do mestre Tama, expressa sua opinião a seu marido.

                Duncan sorri e deixa seu corpo se desfazer mostrando que ele era quase completamente um clone, após sua morte a barreira que envolvia o templo e já tinha sido enfraquecida pelas lutas também se desfaz completamente revelando aos sobreviventes o real estado do mundo, os céus estão completamente encobertos por nuvens escuras, raios cortam o véu celestial e o mundo parece estar entrando em colapso. James, Tama e Sayo seguem para o castelo em busca de ajudar as princesas. Já no castelo de Jade a batalha entre a luz e a escuridão se intensifica, algumas princesas já vitoriosas se encontram caídas no campo de batalha, muito feridas ou exaustas depois da árdua luta que tiveram, enquanto isso suas companheiras se depara com seus inimigos.

                No campo de batalha frente a um grande pilar de luz encontra-se Cecilia que esta para enfrentar Deliana, ou melhor, Calisto a psicopata dos arautos, talvez uma das mais imprevisíveis dentre todas as inimigas, sua mente completamente destruída faz dela uma ameaça completamente descontrolada. Cecilia que se encontra em sua transformação de nível dois já se colocou em combate e dispara com seu poderoso arco sagrado Undine contra sua inimiga que revida usando seus aros de aço movidos com o poder da mente.

— Pobre garotinha enfrenta Calisto com desejo de morte, Calisto entende o desespero da garotinha, mas Calisto não se importa com ela. Calisto ajuda rainha negra a destruir o mundo, usando o poder da mente de Calisto, mas não se preocupe garotinha Calisto guardara seus lindos olhos na coleção dela. Calisto ama olhos bonitos! — A completamente louca arauto da mente ameaça mais uma vez a princesa azul.

— Não importa o quanto me ameace eu nunca desistirei, lutarei até o fim e colocarei um basta neste horror propagado pela contaminação. Você não é pareô para mim a princesa azul e meu controle sobre as águas. Cristal azul que guarda o meu poder eu convoco a ira do dragão marinho, caia sobre meu inimigo liberte-se! — Cecilia dispara seu poderoso dragão de água contra sua inimiga, seu ataque sai devastando o campo de batalha, mas se choca contra uma muralha solida feita com o poder da mente. Cecilia então corre para a direita buscando uma brecha na percepção de sua adversaria, com ataques aleatórios a princesa azul vai testando a velocidade de resposta de sua inimiga que apenas usa o poder psíquico para bloquear os ataques enquanto da gargalhadas histéricas.  

— Vamos ver até onde vai sua habilidade mental! Cristal azul que guarda o meu poder eu convoco a força dos mares, avancem com os múltiplos disparos d’água liberte-se!  — Cecilia conjura sua magia efetuando vários disparos contra a inimiga que vai bloqueando com sua força psíquica, os ataques vão se intensificando, mas Deliana não se da por vencida a garota continua usando sua habilidade para interceptar os disparos de água a alta pressão e ao mesmo tempo tenta atacar sua adversaria que usa alguns dos ataques para se defender.

                Quando a ofensiva da princesa finda ela é surpreendida por sua inimiga que usa sua telecinese para puxar a garota pelo corpo e arremessa-la contra uma parede, assim como fez na batalha no forte do amanhecer, Cecilia cai no chão bastante machucada, mas rapidamente se levanta e efetua um novo disparo contra sua inimiga que mais uma vez se defende usando seu poder e em seguida ao esticar sua mão na direção de Cecilia, Deliana realiza um ataque de pressão mental que joga a princesa no chão e tenta esmaga-la contra o solo. A garota não se da por vencida e usa seu poder de água para criar um jato que sai do solo como um gêiser de alta pressão que atinge Deliana a jogando longe.

— Maldita princesa, água machuca Calisto, Calisto machuca a princesa! — Deliana arranca pedaços da parede usando seu poder da mente e arremessa contra Cecilia que tenta se esquivar, mas é atingida no ombro com força, a garota cai com muita dor.

                Enquanto Cecilia se contorce de dor pelo impacto violento das pedras em seu corpo Deliana vai a sua direção com o objetivo de arrancar seu olho, a princesa se recupera da lesão e usa suas forças para esquivar-se da investida inimiga, mas Deliana continua seu avanço buscando arrancar o olho da princesa azul, logo começa uma disputa de ataques e esquivas, Cecilia tenta revidar visando atingir a garota com seu arco, mas a mesma desvia-se e logo em seguida usando seus aros de aço como soqueiras ela atinge com brutalidade o estomago de Cecilia e depois seu rosto a jogando para trás, a princesa se equilibra e se põe a revidar, depois de esquivar de um dos golpes da louca, Cecilia a atinge pelas costas usando seu arco, logo que passa por ela. A luta continua e as duas disputam forças para ver quem sairá vencedora, Cecilia golpeia o mais forte que consegue, mas seus golpes não parecem surtir muito efeito mesmo quando ela consegue acertar sua adversaria. Deliana então vai com tudo contra a princesa azul e desta vez com uma sequencia de socos violentos ela consegue acertar muitas vezes, Cecilia já muito machucada aposta tudo que tem num ataque, deixando que a psicopata se aproxime perigosamente, ela se prepara para o contragolpe, Deliana parece em estase focando os belos olhos de Cecilia enquanto sorri euforicamente.

— Cristal azul que guarda o meu poder eu convoco o poder dos mares do norte, Leviatã caia sobre meu inimigo liberte-se! — Quando Cecilia esta prestes a ter seu olho arrancado a força pela arauto, a princesa usa seu ataque mais poderoso para golpear de cheio sua inimiga, o poderoso Leviatã sobe aos céus com voracidade e atinge o corpo da adversaria a jogando para cima.

                Enquanto Deliana é arremessada no ar ela parece estar completamente desorientada sem qualquer noção sobre a realidade, em seguida o poderoso ataque de Cecilia que serpenteia no ar em busca de sua presa atinge de cheio seu alvo mais uma vez, desta vez com tanta força que é possível ver sangue se misturando na água, então à magia prossegue arrastando a arauto contra o solo destruindo tudo a sua frente, a vilã tenta usar seu poder para amenizar o dano recebido e por fim ela consegue criar uma grande explosão psíquica que dispersa o ataque mágico da princesa. Deliana muito machucada grita em fúria despedaçando com sua mente tudo a sua volta o ataque é tão forte que chega a destruir o pilar de luz. Deliana completamente descontrolada grita para Cecilia que ela tem que morrer e em seguida usa todo poder da sua mente para arremessar os diversos fragmentos a sua volta contra a princesa, Cecilia tenta se esquivar, mas infelizmente é tarde para ela, a garota é atingida por vários pedaços de pedra solida a uma extrema velocidade, seu corpo é diversas vezes perfurado e o ultimo ataque acaba atingindo certeiro seu olho direito a jogando para trás e a fazendo cair no chão completamente entregue.

                Enquanto isso em outro ponto do castelo Flora fica frente a frente com ninguém menos que Wicca a jovem bruxa que detém o cristal contaminado esmeralda o cristal da morte, um duelo de duas grandes forças esta para acontecer, a nova rainha dos elfos esta para confrontar a algoz entre os arautos, a responsável pela morte de Ananda no duelo no deserto. Flora encara sua adversaria sabendo que será uma luta difícil, mas sem perder a calma ela esta preparada para lutar e vencer por suas companheiras.

— Dentre todas as princesas que poderiam vir até aqui não imaginava que logo você seria minha adversaria, para ser sincera estou desapontada, eu gostaria de matar uma humana, não tenho nada contra os elfos, falando a verdade eu acho vocês patéticos, se escondendo naquela bolha para manter seus poderes e ficando alheios ao que ocorre no mundo, acha mesmo que são melhores que os humanos? Vocês não passam de pedaços de carne podre prontos para ser queimando assim como as arvores a qual vivem. — Wicca fala com ar de desapontamento e despreocupação com sua adversaria enquanto debocha de sua raça.

— Porque odeia tanto os humanos? Agindo de forma superior falando que deseja destruir os humanos, ofendendo os elfos, quem é você afinal? — Flora não entende o comportamento de sua adversaria e de uma forma irritadiça questiona sobre sua verdadeira identidade.

— Você quer tanto assim saber quem sou eu? Deseja saber qual o meu rito de morte? Eu estava pensando em deixar que você seguisse para outro pilar e esperar por outra de suas amiguinhas, mas já que esta tão curiosa elfa eu faço um acordo, lute comigo! Prove que não é um desperdício do meu tempo, me entretenha até que mais de suas companheiras cheguem aqui ou morram no percurso, se conseguir mostrar seu valor antes de morrer eu contarei. — Wicca aponta para a princesa verde, após dar uma risada sarcástica e desafia sua adversaria para uma luta prometendo revelar detalhes sobre seu passado.

                As duas se preparam para lutar Flora conjura suas joias, as multiplicando deixando que flutuem a sua volta, a jovem elfa cruza seus braços e olha fixamente para sua adversaria com seu corpo flutuar no ar, enquanto a arauto conjura sua magia trazendo ao campo de batalha dois de seus guardiões. Belial e Astaroth são conjurados ao campo de batalha e sem muita cerimonia partem para o combate contra a rainha dos elfos, Belial usa suas lâminas para tentar cortar ao meio o corpo de sua inimiga, mas é bloqueado por uma onda intensa de joias brilhantes que flutuando parecem como pétalas de flores, em seguida Astaroth parte com violência contra a elfa que usa mais uma vez de suas joias criando um escudo virtualmente impenetrável. Wicca conjura sua foice e parte para ajudar seus conjurados usando um corte lateral na tentativa de decapitar a princesa verde.   

— Você é corajosa elfa, mas quero ver até quando suas joias vão suportar o poder do meu ataque em conjunto com o dos generais do submundo. — Wicca provoca Flora na tentativa de retirar a concentração dela.

— Eu posso usar o fluxo da natureza ao meu favor controlando os fragmentos de minhas joias livremente, ao mesmo tempo posso exercer poder sobre elas e multiplica-las infinitamente, vai fundo não serei derrotada tão facilmente, eu estou muito mais forte do que naquela vez no deserto. — Flora responde à altura as provocações inimigas e sorri tranquilamente.

— Vamos ver então o que você acha disso! Cristal sombrio que guarda o meu poder eu convoco a fúria dos espíritos famintos alimentem-se de meus inimigos devore! — Com um devastador ataque Wicca dispersa de sua foice uma considerável quantidade de energia mágica que se transforma em espíritos de cor esverdeada que voam em direção à barreira de Flora.

                Flora concentra seu poder para bloquear o ataque inimigo, suas joias se multiplicam criando uma grande onda de pétalas que se choca contra a rajada de espíritos famintos, o impacto é devastador e muitas das joias são despedaçadas, mas usando sua magia Flora amplia mais uma vez o numero de suas pétalas fazendo com que elas continuem em sua defesa, neste momento uma intensa bola de fogo vem em direção da elfa que move seu braço direito direcionando parte de suas joias de contra o ataque, fazendo assim que a princesa saia de sua postura. A poderosa bola de fogo foi cuspida pelo Astaroth, o general do inferno concentra o fogo em sua garganta e cospe como se fosse um dragão enfurecido, bloqueando os dois ataques Flora se vê concentrada em dois pontos distintos deixando uma brecha em sua defesa pelas costas onde Belial a ataca. Flora então é cortada ao meio fazendo com que Wicca sorria maldosamente, mas logo a vilã se surpreende ao ver que o corpo cortado da garota se transforma em fragmentos de joias que atacam o corpo de Belial causando vários de ferimentos no inimigo.

— Esta surpresa bruxa? Esta é minha habilidade miragem de pétalas, os fragmentos das minhas joias são muito pequenos e possuem a capacidade de refletir a luz do sol, devido ao material de que são feitas elas acabam liberando de volta como um espelho esse brilho rosado que faz com que elas se assemelhem a pétalas de flores ao vento, mas é devido à natureza reflexiva delas que a mágica acontece, posso usar essa natureza para refletir qualquer superfície a seu alcance, no caso refletir um objeto que já tenha sido refletido por elas antes, é como uma assinatura de refração. Logo o corpo que você cortou nada mais era do que meu reflexo nas joias e é assim que funciona minha miragem de pétalas. — Flora explica para a surpresa vilã o que acaba de acontecer.

— Técnica irritante, mas não sabia que você estava tão convencida assim, ao ponto de explicar seu trunfo deve estar muito segura, acho que não estou pegando pesado o suficiente com você princesinha.  — Wicca demonstra estar bastante irritada com o modo de agir de Flora.

— Cristal sombrio que guarda o meu poder eu convoco a força do submundo transforme este ser com sua força etérea devore! — Wicca conjura sua magia e parte para cima de sua adversaria, Flora por sua vez usa sua defesa de pétalas para tentar bloquear a investida de sua adversaria, mas desta vez algo estranho acontece, além de estar revestida de uma aura esverdeada Wicca possui um brilho intenso em seus olhos, ao entrar em contato com a defesa de pétalas seu corpo simplesmente atravessa a defesa como se ela não estivesse lá.

                A bruxa usa sua foice para rasgar o ombro da princesa verde a deixando surpresa com o que acaba de ver, em seguida a princesa tenta usar suas pétalas para atacar a arauto dos espíritos que simplesmente é atravessada pelas pétalas como se ela não fosse material, Belial ataca mais uma vez Flora que usa sua defesa para se proteger do ataque, mas a criatura desta vez usa uma grande quantidade mágica em suas lâminas que é dispersa no ar durante o ataque fazendo com que crie um projetil mágico que atravessa forçando a barreira de Flora, que mais uma vez é desfeita em pétalas mostrando-se ser uma miragem. Flora ainda esta surpresa com a habilidade de tornar seu corpo etéreo que a bruxa demonstra habilidade esta que permitiu que ela ferisse gravemente o ombro da rainha elfa.

                A besta cuspidora de chamas ataca novamente desta vez a grande bola de fogo vai de encontro à defesa criada pela elfa, quando o ataque se choca com a defesa faz com que chamas se espalhem no ar, Flora então fica atenta a todas as direções esperando um novo ataque do inimigo, usando suas pétalas para refletir os pontos cegos, infelizmente sendo incapaz de cobrir apenas um e é exatamente esse que é explorado pelo seu inimigo, Astaroth sendo imune as suas próprias chamas acompanhou o ataque anterior logo depois que disparou sua bola de fogo, dando um voo rasante ele seguiu seu próprio ataque atravessando as chamas que se dispersavam após o choque, então a criatura usa suas fortes garras para cortar a princesa verde que demonstra ser uma miragem, porém tudo não passava de um plano de sua inimiga para força-la a usar sua habilidade, Flora é atacada logo que reaparece da miragem em outro local sendo surpreendida por sua inimiga, Flora ainda tenta se defender contra-atacando com suas pétalas, mas a inimiga atravessa sem grandes dificuldades e usa sua foice para cortar o abdome de Flora. Já comemorando a vitória Wicca observa com surpresa mais uma vez que a elfa escapa no ultimo segundo do golpe mortal apenas levando um pequeno corte em sua barriga, ela conseguiu com estrema velocidade afastasse do ataque assim evitando o golpe mortal.

— Quando eu acho que te peguei você vai e me surpreende orelhuda, realmente você merece o titulo de líder das princesas coloridas, mas sua sorte não te salvará para sempre, eu não sei como conseguiu descobrir meu plano e evita-lo no ultimo segundo, mas isso não ira se repetir. — Wicca demonstra admiração por Flora mesmo debochando dela.

— Parece que se eu quiser vencer você não poderei ficar só na defensiva, terei que partir para o ataque e dar tudo de mim. Eu tinha prometido a alguém que não mais usaria esta habilidade devido a ela encurtar meu tempo de vida nesta terra me tornando uma mortal, assim abandonando o direito da longevidade como elfa.  Mas depois de viver por duas gerações eu me dei conta de que já tenho o que procuro nesta vida, eu não preciso viver mais um século, meu povo já tem seu futuro garantido quanto à sucessão do trono e já tenho todo amor que procuro nesta vida, eu não preciso de uma vida incrivelmente longa, para mim já basta envelhecer ao lado da pessoa que amo! Liberar fluxo mágico! Veja Wicca meu verdadeiro poder, o poder da rainha dos elfos! —Flora libera todo poder mágico contido em seu corpo, essa liberação faz com que seu cabelo se solte assim lançando os arranjos de flores nele ao vento, seus cabelos e olhos ficam completamente brancos, em seguida uma espécie de vinha cresce em volta do corpo da elfa, se enroscando entre seus braços e pernas igual a uma armadura sendo vestida. Suas joias mudam de cor tornando-se azuladas e sua vestimenta alcança a forma perfeita ganhando asas de borboleta azuis e roxas.

— Já tinha ouvido falar deste seu poder, é a habilidade que usou para derrotar Nébula na sua primeira batalha contra ela, esta técnica também foi usada por sua mãe na luta contra a rainha negra, fez com que ela conseguisse igualar seu poder com nossa decrépita rainha, mas diga-me elfa o quão forte você fica ao usa-la?  — Wicca não se deixa amedrontar pela incrível transformação da rainha élfica.

                A criatura das lâminas assassinas parte em busca do sangue élfico, usando uma sequencia de ataques com suas afiadas armas projetando seu dano através de seu poder mágico, mas Flora simplesmente se desvia dos ataques abandonando aquela postura defensiva e partindo para uma postura de combate mais agressiva. Astaroth concentra raios em seus chifres e os dispersa com suas garras no ar tentando atingir sua inimiga que se desvia rapidamente dos ataques, logo Wicca se une ao combate usando sua magia para atacar a princesa verde, sua rajada de espíritos vai de cheio na elfa que usa seu escudo de pétalas para bloquear mais uma vez o ataque, mas desta vez ela segue contra seu inimigo com grande velocidade.

— Minha mãe sempre me disse para evitar usar esta técnica, pois devido a sua natureza selvagem ela retira a calma e serenidade de uma rainha, mesmo sendo considerada uma das técnicas mais lindas usadas entre os elfos, um segredo de família passado em gerações, mas ela mesma foi obrigada a usar esta técnica durante sua batalha para salvar a minha vida, sabe arauto? Minha linda mãe teve que fazer sacrifícios que ninguém jamais deveria fazer! Já esta na hora fazer os meus! Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco a essência da natureza dança das borboletas azuis Liberte-se! — Flora usa uma variação da técnica de sua mãe fazendo com que seus movimentos se tornem intensamente rápidos e precisos como se ela patinasse no solo, deslizando livremente sem nenhuma resistência, enquanto se move de seus pés saem pequenas borboletas espectrais azuladas que brilham intensamente. 

                A bruxa se aborrece e parte para o ataque junto com seus conjurados, Belial tenta cortar a elfa, mas ela se desvia e golpeia a criatura diversas vezes, Astaroth tenta repetir o movimento da bola de fogo seguido de um voo rasante, mas ao bloquear seu ataque usando suas pétalas, Flora simplesmente se afasta das chamas e usam um movimento rápido e preciso para atingir o monstro e usa sua força fazendo uma alavanca o jogando no chão, rapidamente a elfa salta para trás e concentra sua magia.

— Esta na hora de vocês conhecerem a dor! Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco as múltiplas pétalas do jardim tempestade de pétalas de cerejeira Liberte-se! — Flora estica o braço com a palma da mão aberta para frente e usa sua magia controlando uma incrível onda de pétalas que atingem seus inimigos causando grandes danos aos alvos, neste momento Wicca usa sua habilidade se tornando etérea para passar pela onda intensa e tenta surpreender a princesa.

— Não desta vez bruxa eu descobri o seu segredo, você usa sua habilidade espiritual para se tornar intangível como os espíritos, seu corpo na verdade passa para o plano espectral deixando aqui apenas uma assinatura espiritual, como uma sombra igual aos fantasmas, mas isso dura apenas alguns minutos e você precisa voltar a ser material para atacar! Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco a força da natureza ataque dos Espíritos da Natureza Liberte-se! — Flora surpreende Wicca ao demonstrar que percebeu o funcionamento de sua técnica e contra-ataca o momento em que bruxa volta a ser real.

                Wicca é atingida sendo jogada longe se chocando contra uma parede após ser atingida por uma carga de magia de cor esverdeada que emanava um efeito de folhas e flores, em seguida as criaturas conjuradas partem para o ataque, mas são surpreendidas pela elfa que concentra seus poderes em suas mãos e surge diante de Belial, a besta tenta revidar, mas já era tarde para qualquer tido de contragolpe.  

— Esta é a técnica de combate é passada entre as gerações de minha família, o único estilo capaz de rivalizar com o estilo de luta dos monges da família Mitsune, experimente a força do punho da natureza! Punho dos vinte pontos cósmicos! — Flora concentra seu poder nas pontas de seus dedos e em seguida ataca vinte vezes pontos específicos do corpo de Belial a uma velocidade tão intensa que não é capaz de ser percebida pelo olho humano.

                Os pontos recebem golpes que se assemelham a pequenos toques, causando um ferimento menor que um furo de agulha, mas se intensificam internamente causando um dano devastador e sendo liberados nas costas como se fossem grandiosas explosões magicas de grande força e violência. A criatura recebe todos os ataques e morre de imediato. Wicca se enfurece com a morte de sua conjuração e ordena que Astaroth parta em ataque, Flora é confrontada pelo inimigo, mas consegue mais uma vez surpreendentemente desviar-se no ultimo instante. Flora então usa sua velocidade de movimentos unida a sua técnica marcial para submeter seu adversário e desferir seus vinte pontos novamente, mas devido ao grande corpo do inimigo e sua imensa resistência a criatura resiste ao ataque.

— Não pense que vai matar o Astaroth da mesma forma que você matou o Belial, aquela criatura burra se deixou derrotar por esta técnica estupida, mas Astaroth é o rei da calamidade ele possui um corpo poderoso e vai subjugar seu poder elfa tola! — Wicca mostra que não esta impressionada com o poder da rainha élfica, mas sim irritada por ter perdido uma de suas conjurações.

— Isso ainda não terminou bruxa, seu fim esta próximo! O punho da família Vindorion não é apenas isso! És tão forte? Quero ver superar os meus Setenta e sete pontos cósmicos! — Flora se projeta rapidamente a frente de seu inimigo e o golpeia ainda mais rápido fazendo em um instante setenta e sete ataques com as pontas de seus dedos em pontos específicos do corpo do alvo causando ainda mais estrago que a técnica anterior.  

O ataque é tão devastador que simplesmente despedaça o corpo do inimigo o derrotando rapidamente, em seguida é possível ver a irritação clara no rosto da arauto, Wicca mal pode se controlar de tanta raiva ao ver dois de seus conjurados derrotados por uma inimiga que ela julga inferior, o sangue lhe sobe a cabeça a deixando completamente descontrolada, mas mesmo com as palavras de provocação da elfa que diz não entender porque a bruxa não conjurou um novo servo após a morte do primeiro e sim ordenou que o outro atacasse, alegando que Wicca não era paz de manter suas habilidades mágicas e efetuar mais que duas conjurações daquele nível no mesmo dia, quando Flora pensa que a vilã ira explodir, ela faz o contrario demonstrando calma recuperando folego e olhando nos olhos da princesa.

— Você tem razão elfa, eu não sou capaz de conjurar mais do que dois generais por dia e ainda manter um nível mágico suficiente para lutar contra você, por isso não o fiz e arrisquei outro subordinado ao ordenar que lutasse sozinho contra sua técnica. Na verdade essa não foi à única vez que você me surpreendeu durante essa luta, você escapou da morte certa varias vezes de uma forma que não consigo explicar e transformou uma luta completamente desvantajosa em um equilíbrio de forças. Bem, acredito que seja merecedora de sua resposta, sim assim como os demais arautos eu possuo um rito de morte e você já deve saber qual, assim como Jack me provoca me chamando de Salem, eu sou uma das bruxas que viveu naquela cidade durante o período da inquisição, muitas de minhas irmãs e companheiras que só faziam o bem para as pessoas dos vilarejos onde residiam foram torturada e obrigadas a assumir crimes de bruxarias, pagando por pecados que não cometeram e sendo sentenciadas a arder nas chamas da morte. Eu fui torturada, humilhada por pessoas que eu sempre ajudei, cuspiram em minha face, riram de minha desgraça, jogaram coisas em mim, me xingaram de coisas que eu nunca fui e por ultimo me amarraram a um tronco em plena praça publica e atearam fogo. Enquanto meu corpo ardia nas chamas da morte eu jurei minha vingança sobre aqueles bastardos humanos que destruíram a minha vida e de minhas companheiras, o que eles não esperavam é que enquanto o fogo deles consumia minha carne, minha alma consumia o fogo da morte junto ao ódio e a escuridão que cresciam dentro de mim, por isso eu destruirei esse mundo, por isso fui digna de fazer um pacto com os generais do submundo e é por isso elfa que você morrerá hoje engolida pelas mesmas chamas que me consumiram no passado. — Wicca explica sobre seu passado e como morreu a primeira vez, em seguida concentra seu poder assustando Flora que até então não tinha sentido tamanha escuridão.

                A onda de poder cresce ainda mais sufocando tudo a sua volta, destruindo todo o local, Flora mesmo emanando toda sua energia mal consegue ficar de pé diante de tal escuridão, ela consegue ver, sentir a dor e medo de todos os que Wicca já consumiu com suas chamas, é então que ao olhar para a arauto diante ela percebe que Wicca esta assumindo outra forma, suas roupas queimam incendiadas por uma chama negra assustadora, um manto negro com detalhes vermelhos cobre a bruxa da cintura para baixo deixando apenas sua coxa direita exposta, suas unhas crescem e se tornam negras, seus seios e parte do dorso são cobertos por uma espécie de sombra negra acinzentada como fuligem deixando apenas parte de sua barriga e a parte abaixo do pescoço exposta, uma sombra negra surge em volta de seus olhos, seus cabelos longos ficam ouriçados, um grande foco de chamas surge as suas costas e tudo a volta começa a arder brasas negras.

— Eu sou a deusa da morte, eu sou a rainha da vingança, eu sou a destruição e o medo, experimente toda a dor que me consumiu através das chamas negras da morte! — Wicca em sua nova forma agora controla chamas negras que são capazes de incinerar qualquer coisa em poucos segundos.

                A temperatura em todo ambiente mal é capaz de sustentar a vida, tudo começa a ser consumido pelas chamas negras do ódio, a bruxa ataca com violência a elfa que usa suas habilidades para esquivar, tentando usar suas joias para bloquear o ataque do inimigo, Flora percebe que sua arma é consumida pelas chamas rápido demais, fazendo com que os pequenos fragmentos das joias se desintegrem mais rápido do que podem se multiplicar tornando impossível o mesmo tipo de defesa, em seguida a elfa usa de toda a sua velocidade tentando buscar aproximação do alvo, mas não consegue o calor é muito intenso, ela mal consegue respirar, seu corpo inteiro queima e arde com a proximidade das chamas, é como estar pegando fogo só de se aproximar de Wicca. Flora então tenta usar seu ataque mágico a distancia tentando redefinir a luta, mas as chamas consomem até mesmo sua magia, Flora então é atingida com violência por um turbilhão de chamas negras que a joga contra o chão. Ao levantar seu braço a bruxa cria um grande chicote feito de chamas negras e em seguida começa a chicotear o corpo da princesa verde, o fogo incineram suas vestimentas ao toque, mesmo elas tendo uma incrível resistência mágica, uma resistência superior a qualquer armadura criada pelo homem, sua carne começa a ser cortada e cauterizada pelas chamas agressivas da bruxa, uma verdadeira tortura que seria difícil testemunhar o quão dolorosa e torturante esta sendo a sensação de Flora a cada golpe recebido, por mais sabia que seja a líder das princesas coloridas parece perdida diante de um inimigo inderrotável.

Quando esta para ser morta Flora milagrosamente se esquiva do ataque da bruxa, em seguida após uma nova investida da arauto, a elfa simplesmente sai da linha do ataque como se soubesse o que iria ocorrer, isso assusta Wicca que não sabe como uma adversaria que já encarava a morte mais uma vez faz o impossível, o corpo da princesa verde já estava tão queimado e machucado que se mover já deveria ser uma tortura para ela, mas a princesa simplesmente desvia-se dos ataque e parece ignorar a ameaça, neste momento Flora encara a vilã, olhando em seus olhos é quando Wicca percebe que a rainha voltou a sua majestade, o sangue real élfico que corre nas veias da nova rainha da a ela seu derradeiro presente que lhe é de direito,  os olhos do oraculo despertam em Flora por completo. O brilho azulado intenso diferente do roxo de sua mãe é a marca registrada da nova linhagem. Wicca então percebe que todas as vezes que Flora escapou da morte certa na verdade ela apenas estava tendo lampejos do poder do oraculo e por isso desviava dos ataques no ultimo segundo garantindo sua vida.

— Chegou a hora de por um ponto final em nossa batalha bruxa, eu experimentei a sua dor e sinto pelo seu passado, mas o meu presente é muito mais valioso do que qualquer dor que você possa me infligir. A coisa que você mais odeia no mundo são os humanos e disse que minha raça os despreza, pode ser verdade, devido à ausência de disciplina e respeito que esta raça tem por todas as coisas, eles são facilmente corrompidos e fracos, não pensam onde suas ações podem leva-los, mas aquilo que mais amo neste mundo é uma humana que em seu coração só tem bons sentimentos e que luta por tudo que é vivo nesta terra, é por ela que eu luto e assim como meu povo, meu poder vem da natureza e de tudo que é vivo, aquecido pela força do meu amor ele com certeza superará suas chamas que só conhecem o ódio e a escuridão. Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco a intensidade dos espinhos perfurantes Liberte-se! Venham a mim espíritos da natureza! — Flora cria vinhas afiadas como lâminas e arremessa contra seu alvo, em seguida invoca as criaturas da natureza espíritos de doninhas segurando punhais com a boca, estas criaturinhas feitas do poder da natureza avançam contra o alvo.

                Começa uma grande batalha entre os espíritos da natureza e as chamas da morte, esta batalha causa grande dano as duas adversarias principalmente a arauto, pois Flora desvia da maioria dos ataques devido ao poder do oráculo, a batalha se estende e fica cada vez mais intensa até que as duas chegam ao máximo de sua resistência e concentram seu poder máximo.  As oponentes se entreolham, duas grandes energias podem ser vistas em voltas delas, uma negra e tenebrosa sobre Wicca e uma azul brilhante sobre Flora.

— Conheça seu fim elfa! Cristal sombrio que guarda o meu poder eu convoco a força do submundo chamas da morte devore! — Wicca libera todo seu poder em um único e devastador ataque com suas chamas negras em um cone espiral tão vasto que seria impossível desviar-se mesmo com os olhos do oraculo.

— Eu realmente teria sido derrotada se a senhora não tivesse me dado os dois tesouros mais valiosos que a senhora possuía. As armas para eu vencer esta batalha... Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco o poder da magia anciã e a essência da natureza Fluxo de Gaya expanda-se! — Flora recorda à noite subsequente a batalha na fortaleza do amanhecer, onde pela janela do seu quarto um espirito de texugo adentrou carregando um pergaminho na boca, este contava o segredo da técnica máxima da rainha Nilladriel e uma mensagem de desculpas de sua mãe por não mais poder estar com ela. Logo sussurrando baixinho, Flora agradece sua mãe com seus olhos fechados e respira fundo, em seguida abrindo-os e olhando diretamente para a vilã que efetua seu ataque devastador, é ai que a elfa conjura sua nova habilidade.

                Os dois ataques poderosos se chocam e são tão devastadores que não só destroem boa parte daquela ala do castelo como põe um fim no pilar de luz que era usado para destruir o selo, os ganhos criados pelo poder de Flora mesmo sendo queimados pelas chamas, resistem ao fogo e atingem Wicca com uma fúria incontrolável levando a garota a morte, as chamas negras da arauto mesmo sendo derrotadas tinham força suficiente para matar a já debilitada elfa, mas devido aos olhos do oraculo ela consegue ficar no único local em que as chamas não penetram salvando sua vida mais uma vez . Flora vence a batalha, mas seu corpo este muito machucado para continuar e ela desmaia sendo amparada pelos ganhos da imensa floresta viva que se formou com seu poder, enormes folhas a envolvem formando um casulo brilhante que guarda em segurança o corpo da princesa verde enquanto efeitos de ervas anestesiam os ferimentos de seu corpo.

                Enquanto isso em outra parte do castelo Deliana que acaba de derrotar Cecilia vai se aproximando da garota para arrancar o olho restante da pobre princesa, que teve seu corpo perfurado pelos escombros lançados pela vilã, quando a arauto se aproxima de Cecilia e começa a afagar seus belos e suaves fios azuis de cabelo, pronta para puxa-los e ter acesso a sua face machucada, a garota é golpeada por uma grande onda de farpas de gelo solido que perfuram seu corpo causando grandes ferimentos e a fazendo se afastar. Cecilia logo se levanta todos os ferimentos que recebeu inclusive seu olho direito criaram uma cristalização de gelo parecida com uma pequena flor, seu olho esta azul brilhante bem intenso e seus braços parecem emanar ar frio, a pele deles esta fria e branca como se seus braços estivessem congelados.

— Cristal azul que guarda o meu poder eu convoco o poder das águas sagradas guardião sagrado vinde a mim Liberte-se! Eu não sou apenas uma garotinha indefesa, eu sou a princesa azul, guardiã das águas do mundo, Cecilia de Almodóvar Aqua aquela que vai tirar sua vida! — Cecilia então estica seu braço e dele uma enorme onda de vapor é disparada sobe alta pressão atingindo a vilã e causando queimaduras em seu corpo.

— Doi.. Doi... Doi... Como pode a princesa azul, ela primeiro congela e agora queima Calisto, Calisto não entende o poder da princesa. — Deliana parece ainda mais confusa e agora assustada.

— Meu poder é a água, posso manipular ela em todas as suas formas e estados, molda-la como bem quiser e usa-la como arma, este é o verdadeiro poder da princesa azul, o titulo que sempre esteve com alguém de minha família, mas neste momento não é esse lado de mim que você deve temer e sim o lado que vocês irritaram quando puseram minha mãe em risco. O lado que herdado da mulher mais forte e determinada deste mundo e o nome dela é Annabeth! — Cecilia cria um enorme dragão de duas cabeças feito de água e gelo, uma das cabeças ataca com vapor a extrema temperatura e outra com gelo.

— Maldita... Maldita... Não pode vencer Calisto! Calisto não será humilhada novamente, todos humilham Calisto, Calisto se juntou a rainha negra para vingar Deliana, Deliana estava cansada de sofrer! Amigos maus, amigos humilham Deliana na frente de todos na festa e fazem Calisto sentir muita dor de cabeça, Calisto então queima gente má, mas policiais atiram e matam Deliana, Calisto agora quer vingança! Morra princesa... Morra! — Calisto então canaliza todo seu poder mental para criar chamas feitas com pirocinésia e ataca Cecilia com tudo que tem.

                O poderoso dragão criado pela princesa azul cospe gelo contras chamas da garota psíquica e o impacto é devastador, é então que a segunda cabeça do dragão ataca com fúria fazendo a vantagem virar, com seu vapor em temperatura extremamente elevada que queima por completo a vilã que grita de desespero e dor, nos últimos segundos de vida da pobre Deliana ela apenas olha para o intenso e brilhante olho de Cecilia que tinha naquele momento a cor do mais vivido céu, isso acalma a pobre garota que descansa voltando ao esquecimento da morte. Por fim o dragão de magia se desfaz e Cecilia cai sentada respirando fundo e ainda com bastante dor, ela se preocupa com Jun, já que ele é jovem demais para tantas batalhas, sem falar em suas companheiras que lutam naquele castelo, mas seu corpo não responde e a princesa deita no chão olhando para o céu.

                Bem próximo dali Cora esta frente a frente com um senhor de barba, óculos, muito bem vestido com trajes sociais, se apoiando em uma bengala e sorrindo para ela, a garota o encara com determinação, ela parece já ter sido bastante machucada pelos golpes violentos do homem misterioso que até então não disse uma palavra. A garota parte mais uma vez para o ataque usando o estilo de sua mestra e antiga princesa Ultia, dando tudo de si a garota inicia uma sequencia de golpes rápidos visando derrotar seu adversário, mas o velho parece ser bastante rápido em esquivar dos muitos ataques e depois foca-se em golpear nas falhas da sua oponente usando sua bengala como espada. A batalha é rápida e os movimentos são precisos, ambos os oponentes possuem muita técnica e experiência em combate, mas a princesa continua tendo desvantagem diante dos ataques de seu inimigo.

— Maldito, eu não serei derrotada, minha mestra me treinou para cumprir meu destino e eu prometi pra Mi que eu venceria e protegeria esta terra! Cristal de Cobre que guarda o meu poder eu invoco o poder da pintura viva que da alma a criatura encantada Lobo das montanhas gélidas Liberte-se! — A bela princesa usa seu poder para conjurar sua magia dando vida a sua tatuagem de lobo, criando lobos feitos de tinta que correm pelo campo de batalha para atacar o inimigo.

                Mediante as ameaças o homem salta para trás esquivando-se do ataque dos lobos ferozes que tentam morde-lo, ao pisa no chão o homem usa sua extrema velocidade para tentar atacar o inimigo, ele começa a esquivar do ataque dos lobos e tenta atingir sua conjuradora, mas a jovem faz de tudo para esquivar-se do ataque, sempre saindo no ultimo instante e tentando retribuir a investida com socos precisos. O confronto continua por um momento até que o homem se afasta evitando assim os sequenciais ataques dos oponentes.

— Técnica interessante, agora não tem jeito, eu pretendia te executar sem desperdiçar nenhuma palavra, mas você teve minha atenção jovem. Meu nome é Henry Jekwill, assim como meu companheiro de pesquisas e rival o Dr. Stein, eu também sou médico e pesquisador, mas exercemos estudos diferentes. Aquele negocio de reviver os mortos não é mesmo comigo, eu sou mais a favor do aprimoramento humano, para que dar vida se você pode melhora-la? Por sinal você será a primeira nesta era a ver o resultado de minhas pesquisas, é verdade que da primeira vez não deu muito certo, acabaram me matando devido aos crimes que cometi, mas isso são detalhes! Agora conheça a minha formula nova e melhorada e pode me chamar de Mr. Hyde! — O vilão tira do bolso um vidro com um liquido estranho e ao ingeri-lo acaba se transformando em uma enorme criatura incrivelmente musculosa e assadora.

                A princesa se assusta com a criatura e ordena aos lobos que ataquem, mas o monstro esmaga um com os punhos logo que o mesmo salta e em seguida o outro lhe morde, mas não consegue perfurar sua carne. Mr. Hyde então usa sua incrível força para chuta-lo destruindo a conjuração o transformando em respingos de tinta espalhados no chão.  O monstrengo gargalha ao esmagar sua presa e em seguida olha assustadoramente para Cora que parte contra o inimigo, o arauto tenta acerta-la, mas a garota esquiva do golpe e em seguida conjura seu poder mágico.

— Cristal de Cobre que guarda o meu poder eu invoco o poder da pintura viva que da alma a criatura encantada Naja sombria do deserto Liberte-se! — Cora cria uma serpente de tinta que se enrosca no corpo do grandalhão que fica preso, ele começa a por força para se libertar, mas a garota escala seu enorme corpo e chuta com extrema força usando os dois pés no rosto do monstro que é arremessado para trás quebrando seu nariz.

                O grandalhão levanta-se meio tonto e põe o nariz quebrado no lugar sem se importar com a dor, depois ele parte contra o alvo em movimento de carga para um encontrão com seu ombro, a garota se desvia e ele destrói a parede ao colidir com ela, como se nada tivesse ocorrido o inimigo se põe em investida novamente, a garota não sabe como lidar com o brutamontes desgovernado e decide contra-atacar.

— Cristal de Cobre que guarda o meu poder eu invoco o poder da pintura viva que da alma a criatura encantada Alce dos bosques luminosos Liberte-se! Segura essa seu monstrengo! — A princesa de cobre usa sua magia de tinta mais uma vez, agora ela conjura o alce gigante ancião, um animal lendário e poderoso que bate de frente com o inimigo, o alce se desfaz em tinta após o ataque, mas Mr. Hyde quase é nocauteado pelo impacto ficando completamente desorientado.

                A garota sorri contando vitória pela jogada precisa, mas quando parte para finalizar a luta ela é surpreendida pelo monstro com um incrível soco no estomago que a arremessa longe fazendo atravessar uma parede solida. A garota se levanta com dificuldade e muito zonza, as dores em seu corpo são intensas, mas a princesa não tem tempo para descanso e assim que se levanta é atingida por uma tapa lateral do Mr. Hyde que mais uma vez a faz ser jogada, desta vez seu corpo roda e sai se chocando contra o solo diversas vezes até ser parado por uma coluna. A garota já muito machucada e quase inconsciente já nem tenta se levantar, seus olhos vão fechando devido aos muitos ferimentos internos, sua respiração é pesada e a garota esta cansada, neste momento ela perde a consciência e sua mente volta ao passado quando era criança, ela esta correndo por um grande campo de semeio de trigo, quando é chamada por uma bela mulher jovem, quando se aproxima ela percebe se tratar de sua mestra e avó Ultia.

— Vovó o que a senhora faz aqui? O papai e a mamãe não disseram que a senhora viria me visitar! Mas eu fico muito feliz quando a senhora vem. — A pequena Cora olha sorridente para sua avó.

— Seus pais pretendem fazer uma viagem a trabalho, então me pediram para vir lhe buscar para ir ao meu dojô por uns dias até que estejam de volta. — Ultia responde sua neta enquanto faz cafune em sua cabeça.

— Adoro ficar com a vovó, mas não quero que o papai e a mamãe viagem sem mim, eles me prometeram que neste verão ficariam em casa, porque eles têm que trabalhar? — Cora parece triste com a noticia, mesmo gostando de estar próxima a sua avó.

— Não se preocupe eu lhe ensino alguns daqueles golpes de artes marciais que você tanto gosta e logo o tempo vai passar e eles estarão de volta, agora vamos entrar que sua mãe vai servir o jantar a viagem foi longa e eu estou com fome. — Ultia conduz a pequena garotinha para casa enquanto ela fica animada e abusando a avó por estar sempre com fome.

                Tudo escurece e as memorias seguem para um local escuro, um salão com dois caixões cheios de flores a garota não consegue olhar dentro deles, ela tem seus olhos cheios de lagrimas, eles ardem como se ela estivesse chorando há muito tempo, mas ela não entende o porquê, neste momento sua memoria começa a voltar ela recorda que seus pais morreram em um desastre natural enquanto trabalhavam como médicos em um país necessitado. Após suas mortes a pequena garota foi levada para viver com a avó que percebendo a quão solitária e triste a neta estava, sempre sem conseguir fazer amigos e apenas focada em treinos de artes marciais, ela decide transformar o local em um centro que acolhe meninas que perderam suas famílias, ou que não podem mais viver com elas, garotas que possuem passados trágicos, histórias arruinadas, neste momento ela se lembra das princesas comentando sobre o que ocorrerá se o selo for rompido, desastres que vão acabar com toda a vida na terra, por fim Cora se lembra do rosto de sua companheira de treinos e irmã Mi sorrindo e batendo com o verso de seu punho no dela fechado em comprimento como sempre fazem.

— Enquanto houver um pingo de vida em mim jamais desistirei de lutar por este mundo, pelos que sofrem e pelas minhas irmãs que tanto sofreram e merecem um futuro! Cristal de Cobre que guarda o meu poder eu invoco o poder da pintura Impulso espiral de tinta Liberte-se! — Cora se ergue em batalha e com uma grande quantidade de energia mágica sendo emanada dela, a princesa conjura sua arma mágica pela primeira vez, um enorme pincel, comprido como uma lança ela desenha uma runa no chão e ao conjurar seu ritual cria um enorme turbilhão que pega o grandalhão de surpresa e o joga para o alto, a garota se concentra e cria uma nova runa desta vez no ar e esta atinge o alvo mais uma vez o jogando contra o pilar de luz o destruindo com a grande quantidade de magia contida em sua técnica.

Ao cair no chão o arauto volta a sua forma original e já tomba sem vida, a garota começa a sorri enquanto se apoia em sua arma, mesmo sabendo que a luta esta longe de acabar a garota sente a sensação de dever cumprido e em seguida senta-se para descansar um pouco depois da difícil batalha. Neste momento Sarah que corria para a torre central sobe as escadarias da mesma buscando o pátio no alto da torre onde o pilar central esta encontra, já suas demais companheiras continuam sua batalha para destruir os demais pilares espalhado por todo o castelo de Jade.  Cinco são os pilares que ainda restam e o tempo corre, já que a cada segundo em que o selo sofre o dano causado pelos pilares de luz feitos de energia negativa mais catástrofes ocorrem no mundo.