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História Cronicas de Skyrim- Raed o Redguard. - Um novo Começo.


Escrita por: SorDuncan

Capítulo 1 - Um novo Começo.


Fanfic / Fanfiction Cronicas de Skyrim- Raed o Redguard. - Um novo Começo.

 

 

I

Os pássaros cantavam timidamente, mas o dia parecia estranho. Talvez fosse o céu matinal meio acinzentado ou os pequenos flocos de neve que caiam um dia depois de um sol escaldante, mas ate os animais pareciam saber disto.

Um cervo bebia agua de maneira desconfiada, sempre levantando a cabeça e olhando em volta, o que era anormal uma vez que o caçador estava bem escondido e contra o vento mascarando seu cheiro. Outros animais pareciam estar tão tensos quanto o cervo, os pássaros que cantavam fugiram, e o cervo ficou parado, procurando algo no horizonte tempo suficiente para o caçador soltar a corda do arco. A corda que já doía seus dedos pelo tempo que ficou tensionado fez um estalo e a flecha voou decidida até abater o alvo em um acerto mortal. Outros cervos que estavam escondidos no mato fora do alcance de vista fugiram.

O caçador se levantou e saiu do seu esconderijo entre as arvores caminhando lentamente ate seu alvo abatido, em quanto guardava o arco em suas costas. Tirou a flecha do corpo do animal e com a faca abriu sua barriga, tirando os órgãos digestivos, deixando os descartáveis para os lobos que provavelmente apareceriam logo. Jogou a carcaça  em seus ombros para levar ate seu acampamento a alguns metros dali.

O fogo ainda não tinha apagado e ele soltou o corpo do animal sobre um manto que havia estendido para deitar e começou a desmanchar seu acampamento. Guardando a sua barraca e utensílios junto a sua bolsa de pele. Havia pegado uma grande caça, então não precisaria ficar por muito tempo na floresta pra isso. Observou o corpo e refletiu por um momento se devia tirar a pele agora ou deixar para seus compradores. Por fim decidiu por não tirar, o seu comprador por mais honesto que fosse já acusou de tirar muita gordura ao esfolar o animal. Partiria assim que desmontasse tudo.

Foi quando ouviu.

Ele sentiu um arrepio antes mesmo de ouvir o primeiro rugido, então ele veio diferente de tudo que já havia ouvido, extremamente bestial e ameaçador. O céu ficou purpura depois das arvores ao seu lado direito, como se uma constelação girasse naquela direção, o chão tremeu, ele sem saber direito o que fazer encostou-se a uma arvore e sem saber por que, puxou o animal abatido para seus pés. Evitou que ele fosse pisoteado.

Todos os tipos de animais fugiram em direção oposta a rugido, alguns saltando outros pisoteando as coisas do seu acampamento que quase todo já estava desmontado. Aquilo não durou muito, logo todos passaram e se seguiu um silencio, silencio esse quebrado com o vento trazendo sons de gritos, batalha, novos rugidos e cheiro de fumaça.

Pela direção parecia vir do lado da fortaleza de Helgen. Ele foi ate suas coisas no chão e as guardou rapidamente, então pegou o animal morto.  Levaria um tempo ate seu destino e se não se apressasse agora poderia estragar a carne caso o sol esquentasse. Virou as costas aos sons trazidos pelo vento com alguma indiferença, mas foi ao se afastar das arvores que o viu.

Voando sobre o céu asas negras batiam ferozmente. A principio pensou ser um morcego ou alguma ave de rapina contra o fraco sol nublado, ate reparar nas garras, pescoço longo e aparência reptiliana. Não acreditou em seus olhos, mas contemplou aquilo pelos rápidos segundos que teve ate ele rodopiar e desaparecer entre as montanhas.

Pelos deuses. Um dragão!!’ – Ele pensou, ainda sem acreditar.

II

 

O caçador chegou antes do meio dia a pequena vila localizada no vale as margens leste do Rio Branco e protegida por montanhas e muralhas gastas e cheias de plantas que se enroscavam em suas pedras frias. Essa era a única proteção daquela pequena vila que servia de passagem aos viajantes e mercadores.

Mesmo sendo esse ponto de travessia era uma vila pequena, com poucas casas, mas possuía uma Ferraria, uma serralheria, uma loja e sua taberna. Assim que  o caçador se aproximou da taberna, atravessando os arcos dos muros da entrada da vila, , ouviu um cachorro o latindo e o visualizou correndo para seus pés pulando animado ao reconhecer. Seu dono, uma criança cheia de sardas no rosto se aproximou saltitando.

-Nossa, que grande esse cervo. – falou ele assim como o cachorro correndo ao redor do caçador e examinando o animal. O cachorro tentou pegar a perna do cervo.


-Dei sorte. Pode chamar Orgnar pra mim?


A criança nem esperou terminar e já saiu correndo com o cachorro ao seu lado entrando na taberna. Faendal o elfo da floresta que vivia na vila parou no meio da estrada assim que o viu, caminhando tranquilamente em sua direção.

-ora, ora, vejo que minhas dicas de caça geraram frutos.

Faendal era um bosmer que aparentava ter meia idade, mas o caçador sabia que ele devia ter muito mais do que aparentava, o que não impediu de se apaixonar pela dona da loja da vila na qual ele viu crescer. O jovem caçador ganhou simpatia dele ao ajuda-lo com uma carta ela, no qual ele só fez isso por o bardo o irritar demais com suas ofensas a sua terra. O caçador era um Redguard. E o bardo fez melodias insultando sua região e ao próprio.

-Sim, mas tive que perseguir pela margem do rio um pouco mais longe dessa vez- Respondeu o caçador Redguard olhando a porta se abrir e o Orgnar sair.

 foi caminhando ate a taberna com o elfo do lado e jogando o corpo em uma carroça que tinha do lado, perto das curtas escadas.

O dono da taberna era um nórdico musculoso e com rosto já cheio de rugas ao redor dos olhos por ter que dormir tarde e acordar cedo para trabalhar.  Sua barba dava ainda aspecto rude ao rosto, indicando que não devia tentar alguma coisa em sua taberna. Ele olhou o cervo na carroça e cruzou os braços.


-Trouxe um maior dessa vez. Pago metade- Orgnar coçou a barba - Não teve trabalho nem de esfolar o animal.


-Da ultima vez você me acusou de ter tirado carne e gordura ao esfolar. –Respondeu o caçador friamente.- Pagara o mesmo valor de antes que já era dois terços do que pagava ao Faendal.

O taberneiro finalmente o encarou e ficou em silencio um tempo. O caçador apenas esperou em quando Faendal observava com um sorriso divertido nos lábios.

-Então vai ter que dar algum desconto. – disse Orgnar por fim.

-Seu desconto esta na pele que não cobrarei. Lembro de você ter dito que precisava de pele.

Faendal gargalhou.

-Admita você perdeu nessa Orgnar. Aceite o acordo. Ele logo vai deixar o ramo da caça novamente para mim. Planeja partir em breve. E não vou abaixar meu preço.

O nórdico voltou a coçar a barba com um rosto rabugento de principio mas logo se deu por vencido.

-Tudo bem. Mas você trouxe um animal grande. Só posso te pagar metade agora, vai ter que esperar a outra parte.


-Aceito. Mas quero uma promissória garantindo esse pagamento. Vou dá-la a Alvor para receber por mim. – O redguard respondeu olhando para a ferraria no fim da vila.

 

-Eu não sei ler e escrever.


- Delphine sabe. Ela que recebe as mensagens da cidade. –Ele segurou riso ao ver o taberneiro protestar. –Também pode abater do pagamento um desjejum, gostaria de ovos com gema mole e pão, acompanhado de uma cerveja para descer. Onde deixo o cervo?

-Pode deixar nos fundos. Vou chamar Delphine. – A madeira dos pequenos degraus rangeu quando taberneiro os subiu e entrou novamente no estabelecimento.

-Bem Raed foi divertido. Mas tenho que voltar a serralheria, assim que terminar te encontro na taberna. Passar bem. – Faendal também se virou dando as costas e seguiu seu caminho.


-Passar bem Faendal - Respondeu o Redguard chamado Raed.

III

 

-Receio que não vamos ter todo o seu dinheiro. Você trouxe um cervo realmente grande dessa vez.

Delphine estava parada a porta do pequeno barraco atrás da taberna. O cervo estava pendurado por um gancho para avaliar seu tamanho e peso.

-Se for pra ser realmente justo com você, teria que lhe pagar parcelado e evitar novas dividas contigo futuras. Teria que vender essa carne na taberna para obter o lucro. – Ela falou de modo firme e Raed soube que era sincero.

Delphine era uma mulher bretã alta para padrões comuns, aparentava já ter passado da meia idade, mas tinha uma aparência que invejava mulheres mais novas. Sua postura era de uma guerreira não de uma dona de taberna, e as cicatrizes em seus braços confirmavam isso. Raed tinha certeza que ela teve um passado em meio a varias batalhas, e por não ser nórdica também entendia o porquê de evitar conflito.

-Teria pelo menos um terço? Pretendo partir em breve. De todo modo esse dinheiro não ficaria em minha mão. –Falou ele a olhando brevemente de lado, mas voltando a atenção ao corpo do Cervo pendurado.

-Bem....daria um pouco mais de 100 septins toda essa carne. Acredito que sim desde que façamos um esforço. Pela manha o movimento é menor. Mas se for ficar resto do dia podemos conseguir.- Ela o olhou novamente ainda de braços cruzados. –Agrnor falou que pretende que Alvor cobre a divida.

-Sim. Ele esta terminando um serviço para mim. Ai irei partir.  Não sei quanto tempo ficarei fora ou se retorno para falar a verdade. –Raed respondeu com sinceridade. Não sabia se haveria retorno.

-Para onde seu irmão foi? É atrás dele que você vai não é? Desculpe a curiosidade.

-Não, tudo bem. Ele foi se juntar no castelo daqueles caçadores de vampiros se não me engano. Ele acompanhou Eric, filho de um fazendeiro que conhecemos no nosso caminho. Achou que era melhor do que tentar uma vida aqui. Para falar a verdade estou partindo pela monotonia de uma vida normal.

-As vezes sobreviver é melhor do que se arriscar. –Ela falou isso quase que como um pensamento alto demais, suspirou e chutou uma pedra pequena aos seus pés. – Você é um guerreiro, um guerreiro sabe reconhecer o outro. Sei que sabe manejar uma arma, mas você não conhece essas terras. Evite as estradas e cuidado com os animais locais, eles são tão ferozes quanto os bandidos. Estamos em guerra então acredito que deva confiar apenas soldados em localidades, nunca na estrada. Enfim, desculpa os conselhos, sou uma mulher velha com simpatia por você. Você nos ajudou muito para sempre manter estoque de carne para ser servida. Assim como Faendal fazia.

-Eu agradeço os conselhos, irei lembrar-me deles com certeza. – Acenou com a cabeça com respeito devido a uma antiga guerreira.

-Va para seu desjejum, irei começar a esfolar em quanto a clientela esta baixa. Quando eu entrar irei ver com Agrnor o que consumiu e faço o abatimento e a promissória.

-obrigado.

Ele e deu as costas a ela que já se dirigia as facas e cutelo e entrou pelos fundos da taberna.

O ar quente o recebeu de braços abertos. A taberna era grande, e deveria ser já que possuía quartos para hospedagem. No meio do salão um braseiro de uns dois metros de comprimento jogava sua fumaça as palhas já escurecidas no teto alto. Havia mesas espalhadas com bancos de madeira e forradas com couro que comportava varias pessoas se possível. As vezes a noite ficava cheio de viajantes, mas com a guerra esses tempos diminuíram, o que já ocorreu meses antes de Red chegar.

Ogrnar fez sinal assim que o viu, e entrou para a cozinha, Raed mal olhou em volta quando lhe chamaram.


-Raed. Aqui. Aqui, sente comigo. – Gritou alguém da mesa da esquerda.

Raed o reconheceu de imediato. Liv era um nórdico barbudo e de barriga saliente que estava sentado sozinho em uma das mesas. Sua barba cheia e sua barriga alta o faziam parecer menor do que era, por isso o apelidavam de Liv o Anão. Raed foi ate ele.

-Achei que não o encontraria mais aqui amigo. Sente-se; - Liv estava terminando um prato com carnes e batatas, um barril de cerveja estava perto da sua caneca. –Quer comer algo?


-Obrigado. Mas já vou ser servido. – Ele olhou em volta, um Argoniano em volta de uma capa e capuz estava comendo em um canto afastado, sua boca reptiliana e seu rabo por baixo do banco eram visíveis , suas escamas brilhavam em um verde que se destacava pela luz das chamas. Raed voltou sua atenção a Liv

- De fato, se demorasse mais alguns dias não me encontraria aqui.


Ogrnar trouxe seu desjejum e ele o agradeceu. Cortando o pão com a mão, passou um pedaço na gema mole comendo em seguida, e bebeu um gole da sua cerveja que estava fresca e gostosa, e observou Liv devorar o resto da sua refeição.

-Riften certo? Já juntou dinheiro suficiente? É uma longa viagem. Seria bom poder descansar em estalagem do que ao céu aberto, e evitar problemas pelo caminho. Ouvir dizer que anda uma região muito conflitosa. Os exércitos estão acampando naquela região e acampam colidindo ocasionalmente.

-Quanto seria dinheiro suficiente?- Perguntou ele, se concentrando em comer seu desjejum.

-Seria o suficiente para um cavalo. Ajudaria a chegar mais rápido e evitar infortúnios. O problema é que com a guerra eles ficaram caros.

-Então não tenho o suficiente. Todo meu dinheiro foi pra uma armadura criada por Alvor e ainda o devo. Consegui um animal grande mas quase todo dinheiro já vai pra ele. Se for preciso faço trabalho pelo caminho. –Disse encerrando bebendo um gole da sua cerveja.

O argoniano do outro lado do salão se levantou, seu rabo balançava a ponta em quanto ele jogava moedas na mesa e se cobria ainda mais com a capa saindo da taberna. Raed teve a impressão que ele olhou em sua direção antes de sair.

-Bem se estiver disposto posso te dar um trabalho lucrativo. Alias eu não, o Jarl de Whiterun. – O mercador já terminara sua comida, agora enchia sua caneca da cerveja do barril na mesa.

-Estou ouvindo. – O redguard engoliu o ultimo pedaço de pão o encarando.

-O Jarl ocasionalmente espede recompensas por bandidos que assolam seu território. Veja bem deslocar soldados em tempo de guerra é arriscado e a sempre mercenários por ai. Acontece que chegou hoje um pedido sobre bandidos em um forte perto daqui e com uma recompensa alta por cada cabeça. Seria uma excelente oportunidade para você;


-Hum....então Jarl colocou alguma recompensa?

Raed mexia na borda da sua caneca com o dedo, tirando a espuma que ficara após esvaziar o conteúdo.

Liv começou a remexer na enorme bolsa que sempre levava consigo ao lado do corpo. Parou apenas quando a porta se abriu, mas voltou a mexer ao ver que era apenas Faendal que entrou. O elfo pediu uma bebida e se dirigiu ate eles.

-Olha ai uma excelente dupla para competição de bebidas, se bem que apostaria no Liv. O álcool não faz mais efeito nesse corpo.


Todos riram. Liv entregou na mão de Raed um pedaço de pergaminho.

-Você teria que achar alguém que saiba ler. Mas basicamente ai diz...

-onde fica a Fortaleza de Valtheim? – Ele interrompeu a fala do comerciante dando uma olhada rápida no conteúdo da carta ate o final- E que é Proventus Avenicci?

Liv ficou boquiaberto.

-Voce sabe ler?- Espantou-se o comerciante.

-Quem é Avenicci? –Insistiu Raed.

- É o conselheiro e administrador do Jarl de Whiterun.

-Então é a ele que tenho que levar a cabeça do líder. Onde fica essa fortaleza Faendal? – Ele olhou para Faendal.

-É uma torre ao Leste. Mas ela é um pouco complicada se estiver cheia de bandidos.

- Por quê?

-É uma torre com uma ponte de pedra ate outra pequena torre perto de uma cachoeira. Tirando em dias chuvosos quem estiver na ponte consegue ver qualquer pessoa que estiver chegando pela estrada à km de distancia.


-E pela montanha é possível chegar?


-Talvez, mas o terreno...


-Se tem pequena possibilidade, pode ser feito – Raed o interrompeu. – Me levaria ate lá?

-Bem.... – Faendal começou olhando seu copo vazio. – Podíamos nos ajudar.

-Acho que a ideia era não dividir a recompensa para ter o suficiente para mim.

-Não quero a recompensa, pelo menos não o dinheiro.- Faendal Olhou ao redor. – O irmão de Camilla foi assaltado noite passada, mas ele sabe onde podem ter ido os bandidos. Eu te levo ao seu destino e você me ajuda a recuperar o que foi roubado comigo. De todo modo seria ótimo ter um elfo com um arco em sua retaguarda.

-Acho que podemos nos ajudar. Ainda mais com isso. –Sorriu Maliciosamente Liv. – Esses bandidos costumam ter alguns bens. Caso os deixe em um local ou leve ate mim em Whiterun, poderia ganhar um trocado a mais.

-Quando você volta a Whiterun?


-Amanha pela manha.

-Vamos nos preparar para amanha então Faendal e partir no próximo dia logo cedo. Resolva tudo que tenha que resolver e me procure na minha cabana na floresta.

Eles ficaram planejando os detalhes. O local que Faendal gostaria de ir era mais próximo do que a torre do anuncio, ficando a oeste e menos de um dia de viagem. O acordo era Raed ajudar Faendal, voltarem, o elfo então coletaria a recompensa para o redguard e então ao ajudaria a tomar a torre, o deixando a caminho da cidade para coletar a recompensa.

-Bem acho que estamos acertados. –Liv começou a enrolar o mapa. – O que vocês encontrarem em Falls Barrow deve ser colocado naquela caverna. Mandarei alguém recolher. O que encontrar na Torre colocarão em minha pequena fazenda perto de Whiterun

Faendal então se virou para Raed. Há essa altura suas canecas já foram abastecidas mais de uma vez.

-Mas nos diga. Já que você estava caçando para aqueles lados. O que aconteceu para o lado de Helgen? Há fumaça no céu e a velha Hilde afirma que viu um dragão.

 -Não sei bem o que vi. Não reconheço a Fauna de Skyrim. Mas algo grande sobrevoou o céu saindo daquela direção. Ante disso o vento trazia som de luta.

Ele omitiu o que viu e como seu ficou purpura e ameaçador. Achou que não acreditariam nele.

-Pelos deuses. Ha fumaça naquela direção. Talvez tenha sido um animal, ainda existem monstros. Mais provável a guerra, ainda mais depois da morte do rei. As coisas andam tensas.

Liv terminou mais um barril e refletiu por um momento se deveria pedir outro. Por fim pediu acenando para o taberneiro.

-O que houve com o rei? Soube de sua morte há alguns dias, mas o que de fato aconteceu?

-Bem...- Liv limpou a garganta e se inclinou para cochichar. – O que dizem foi que o Ulfric o líder da rebelião o despedaçou com o poder da Voz. –Ele notou o olhar de Raed. – Não conhece o poder da voz? Os anciões que vivem no pico mais alto de Skyrim o dominam. É uma magia, mas é canalizado na voz, dizem que conseguem fazer coisas grandiosas com a voz, inclusive derrubar montanhas. Mas não sei o que de fato é historia ou lenda, mas todos os respeitam e os temem.

-Skyrim realmente tem de tudo, escola de magia, grupo caçador de vampiros, uma guerra. Essa guerra vai dificultar minha viagem. Não sei por que deixei aquele idiota do meu irmão partir com um inexperiente em primeiro lugar.

 

Ele se levantou da mesa.

– Bem amigos, acho que já traçamos um plano. Preciso resolver algumas coisas antes de voltar a minha cabana. Liv foi bom te ver de novo. Faendal até amanha.

Raed foi ate o balcão,. Delphine já tinha voltado e contabilizou os gastos dando a promissória e as moedas que lhe eram devidas. Não era muito mas já ajudaria. Ele agradeceu e saiu da taberna.

 

IV

 

-Foi um trabalho realmente excepcional Alvor.

Raed vestiu o punho da sua nova armadura de couro composta por varias camadas de couro nas partes criticas e acolchoada por dentro com pele macia. Ele examinava com atenção.

-As varias camadas fortalecem o couro. Dei uma atenção maior aos ombros e aos punhos, deixei parecido com uma saia nas pernas para ter mobilidade. Deve conseguir parar golpes de corte de espada e ate algumas flechas. O Ombro é reforçado. Só não posso garantir contra o aço bem trabalhado, que é mais duro e afiado que o ferro. Principalmente se for metal da Skyforge, as armas dos Companios chegam a cortar metal com facilidade.
 

-Escutei muitos elogios deles. – Raed comentou ainda examinando a armadura.

-São os maiores guerreiros e mercenários de Skyrim. Seus serviços não são baratos, mas são extremamente eficazes.

-Obrigado por aceitar a promissória Alvor. Sei que isso saiu mais caro que o combinado. Irei fazer um serviço com Faendal mandarei por ele restante do dinheiro.

-Farei um desconto pra você. Ah! Há já ia esquecendo. Tome. Você pediu para afiar, eu reforcei o punho para você.

Alvor pegou uma espada de ferro recém afiada e com punho de madeira reforçado com tiras de couro para evitar escorregar das mãos. Raed pegou e fez alguns movimentos com a espada testando seu peso. Alvor entregou uma pedra de afiar também

-Muito obrigado Mesmo Alvor. Espero voltar aqui em breve e rever a todos.

-Que os deuses te guiem Raed. E aprimore sua habilidade de metalúrgica. Fez um bom trabalho com essa espada e as adagas. Passar bem.

Partiu de Riverwood a caminho da sua cabana. Era quase uma hora de Riverwood, perto de uma elevação de pedras em uma arvore de tronco grosso e firme. Faendal Construiu aquela pequena cabana para caça, mas não a usava há muito tempo. Cedeu a Raed como agradecimento por ajudar afastar Sven de Camilla a humana que o encantara.

Como tinha passado boa parte do dia na vila chegara perto do anoitecer. A fumaça na direção que ficava Helgen quase não era mais visível e o céu escurecera indicando que viria chuva. O vento sibilava.

Antes de subir as escadas escondidas atrás de alguns galhos ele olhou em volta. Tinha a impressão de estar sendo seguido e parou vários momentos para notar, mas preferiu ignorar. Teria mais atenção se a sensação continua-se. Ele subiu e recolheu as escadas, abrindo a porta da pequena cabana e tirando um pequeno banco que estava perto da porta. Ele pegou algumas toras de lenha e cobriu-as novamente. Jogou as toras na estrutura de pedra colocada no chão da pequena cabana para evitar que as chamas a queimasse e com um sinal de mão acendeu as chamas com uma fraca magia de fogo..

Ele colocou uma panela no suporte sobre o fogo e remexeu alguns sacos pegando verduras, as colocou na panela e um pouco de carne guardada e completou com agua preparando sua sopa. A chuva começou logo em seguida. Ele comeu sua sopa com o som de gotas de chuvas que logo ficou mais forte e se ouviu trovões.

O vento trouxe um som de vozes distantes e Raed se ergueu apagando a  vela que servia de luz no pequeno aposento. Abriu um pouco à porta, o vento forte e o cheiro de terra molhada o atingiram e ele ficou olhando para baixo. Um relâmpago revelou dois nórdicos, um ajudando outro aparentemente ferido a caminhar indo em direção a Riverwood. Não olharam pra cima, apenas seguiram. Ele não sabe por que, mas resolveu esperar e longos minutos depois outro relâmpago revelou um terceiro homem atravessando a floresta. Esse parecia estar vestindo roupas imperiais. Ele seguiu o mesmo caminho e sumiu a vista. Outro relâmpago cortou o céu.

Raed fechou a porta e voltou a dormir.

 


Notas Finais


Como falei é um reboot da minha historia. Agora sem a necessidade de jogar o jogo para me dar inspiração. Os eventos típicos dos jogos são de minhas memorias e uso os personagens para auxilio. Quero levar a serio essa historia pós serve de hobbie. Espero que gostem e desculpe qualquer erro.


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