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História Cronicas de Skyrim- Raed o Redguard. - A Garra Dourada


Escrita por: SorDuncan

Notas do Autor


O capitulo seria ainda maior. Mas tinha que estudar e outras pendências que atrasaram o envio. Enfim boa Leitura. Desculpe qualquer erro.

Capítulo 2 - A Garra Dourada


Fanfic / Fanfiction Cronicas de Skyrim- Raed o Redguard. - A Garra Dourada

Encontraram o primeiro corpo pregado a uma arvore.

Ele estava cravejado com flechas de penas escuras em meio a frio do caminho que levava a montanha. Sua arma estava na cintura e o escudo as costas, nem teve tempo de pega-lo. O segundo corpo estava na entrada da pequena torre construída na em uma curva que levava a elevação do caminho ate o topo, servia como base de vigia. Como outro seu corpo, estava do jeito que caiu, não foi revistado.

-Quem você acha que fez isso? – Sussurrou Faendal as costas de Raed que examinava o corpo.

-Soldados.

-Como tem certeza?

-Olhe todas essas pegadas. – Ele apontou as varias pegadas na neve. – Eles tinham uma missão e estavam apressados. Do contrario teriam saqueados os corpos e o local. Este inclusive tinha ouro.

Ele mostrou a pequena bolsa com algumas moedas e guardou em sua bolsa.

-Vamos temos que alcançar o local. Se tivermos sorte eles podem estar terminando o que foram fazer e terem ido embora. Se tivermos azar daremos de cara com eles e podem nos confundir com inimigos. Vamos.

Ouviram um barulho no assoalho acima.

O redguard sacou a espada e Faendal preparou o arco. Subira as escadas lentamente. O andar de cima tinha uma saída que com uma escadaria de madeira levava ao topo. Alguém tossia acima se engasgando ao que parecia no próprio sangue.

Raed guardou a espada assim que viu que não precisaria dela. Caído junto a parede estava um nórdico sentado, seu peito perfurado provavelmente por uma lança se engasgava por ter tido pulmão perfurado. Fato dele ainda esta vivo indicava que não tinha sido atingido há muito tempo.

-Que houve aqui? – perguntou Raed se ajoelhando.

O nórdico tentou falar, mas só borbulha saiu da sua garganta. Ele então apontou para o  lado indicando uma direção, depois pra sua própria garganta em um gesto bem claro do que queria. Seu olhar estava implorando misericórdia. Suspirando Raed sacou a adaga da cintura e cortou sua garganta em um corte limpo, ouvindo assim o ultimo suspiro do condenado bandido.

-Ele apontou para Falls Barrow. ou as gargantas se quiser abreviar o nome. – Falou Faendal.

-O que será que estavam procurando?

-Bem, é um local antigo muito maior do que aparenta ser. Ao descer tem uma series de portas que ninguém ousou abrir. Ha muitas historias que afugenta curiosos.

Raed se levantou pegando o machado de uma mão do morto aos seus pés.

- Já vamos descobrir. Tome, talvez precise. Uma adaga não será suficiente se alguém nos atacar.

Faendal pegou o machado e o prendeu na cintura.

À medida que subiam a montanha o ar ficava ainda mais rarefeito e os pés afundavam ainda mais na neve.  O vento que levantava a neve obscurecia o ceu, deixando aquele clima acinzentado. Eles se escoravam por vezes na parede negra e lisa da montanha, subindo vagorosamente ate o topo.

-Não achei que fosse tão longe, ou tão difícil acesso. – Gritou Raed para ser ouvido.

-Se fosse uma subida fácil, muitos fariam esse percurso. –Responde o elfo se apoiando na parede em quanto caminhava.


-E como sabe desse lugar?


-Cabras da montanha gostam de lugares altos.

Um tempo depois, o que pareceu mais longo do que de fato foi. Eles alcançaram o topo. Onde puderam enfim admirar os enormes arcos das ruinas e sentir o frio cortante  em sua pele.

Não havia árvores, apenas uma grande área plana com as ruinas à frente. Ruinas que não eram de fatos ruinas já que toda sua estrutura bem construída mantinha-se firme e intacta apesar das eras..

. O vendo soprava a neve diminuindo a visibilidade e deixando os protegidos parcialmente de possíveis arqueiros. Abaixando-se esgueiraram para trás de uma das rochas, e foram avançando devagar entre elas. O primeiro corpo apareceu alguns metros à frente.

Ele estava caído de costas com flechas em seu peito e uma em seu escudo que tinha as cores amarelas pintadas na madeira , estava desenhada a imagem da cabeça de um cavalo com crina trançada. Sua armadura de escamas não conseguiu evitar as flechas e ele não tinha conseguido levantar escudo a tempo. O vermelho tomava conta do manto também amarelo. A espada nem tinha chegado a ser desembainhada.

-Soldado de Whiterun. – Sussurou Faendal.

Tentaram olhar no alto, mas não via arqueiros devido a baixa visibilidade, só o vento que ficava mais forte. Havia outro corpo em uma estrutura de pedra próxima as escadas. Raed fez sinal para Faendal preparar o arco e tirou a espada. Com dois passos na neve fofa ele pegou o escudo e se ajoelhou levantando ele.

Apenas o vento bateu contra seu escudo.

Ele avançou com cuidado, se protegendo da maneira que podia com o escudo. Alcançaram o corpo perto das escadarias. Não era um soldado. Vestia uma armadura de pele e estava com uma lança cravada nele. Aquilo o intrigou. Fez sinal para que Faendal avançasse ate a coluna perto das escadas e então guardando a espada tirou a lança do corpo a usando como arma.

-Fique as minhas costas. Temos que subir as escadas e somos alvos fáceis assim.

Faendal nem relutou a ordem e ficou de arco pronto colado as suas costas protegendo a retaguarda. Subiram as escadas.

Bastou uma olhada para Raed abaixar o escudo e sua lança. No entanto indicou a porta das ruinas que estava entreaberta para Faendal manter a atenção.

O chão estava coberto de corpos, pelo menos uns sete deles. Apenas dois deles eram soldados, os outros pareciam saqueadores. Raed andou examinando os corpos rapidamente. Pegou moedas e joias de valor que tinham nos bolsos, incluindo soldados. As armas teriam algum valor, mas perderia tempo carregando. Ficou tentado pela espada de um dos soldados, mas resistiu com a ansiedade de Faendal.

-Temos que sair daqui. Não gosto de estar tão exposto.

-Eles estavam com pressa. Não há ninguém aqui, ao menos que tenham terminado o que vieram fazer e estão voltando. Nesse caso é melhor entrar e torcer para não os encontrar. Eles tinham uma missão clara aqui.

-Como sabe disso? Será que tem haver com a garra? – Indagou o elfo.

-Eles deixaram os corpos do jeito que os eliminaram. Estavam com pressa. Quanto à garra não sei dizer. Não cheguei a olhar pra ela pra alegar seu valor.

Foram caminhando ate a porta, Raed à frente com seu escudo e lança.

-A garra era dourada. Cumprida e tinha algumas gravuras de animais. Não sei a relação que teria com esse lugar. Mas Lucan alega que ouviu eles mencionarem esse local e que finalmente pegariam o que aqui estiver guardado.

-Interessante....

Atravessaram a porta que mal rangeu apesar de velha. O interior era enorme e estava bem aquecido para surpresa deles. Na verdade, só o fato de não estarem expostos ao vento já era reconfortante. Apesar das paredes estarem intactas, sua estrutura interna tinha ruinas e escombros. Caminharam sem fazer barulho e encontraram ratos enormes mortos, à frente três nórdicos foram mortos quase sem reação, deviam ter sido atacados adormecidos ainda.


-Eles nem conseguiram levantar – Observou Faendal.

- O vento deve ter abafado a batalha do lado de fora.

Desceram as escadas. As ruinas eram enormes, a descida parecia interminável. Ocasionalmente encontravam um ou outro bandido morto, encontraram ainda aranhas gigantes em uma das câmaras que protegiam uma porta que levava ainda mais para baixo. Mas o mais interessante foi que ao chegar a uma espécie de cripta no interior daquelas ruinas onde devia  ser o local de enterrar os guerreiros mortos com as suas armas.

. Encontraram corpos de soldados e bandidos aos pés de cadáveres que pareciam ter centenas de anos, devido a sua pele enrugada e cinza.

-Os mortos parecem ter levantado do tumulo. – Observou Raed.

-Necromancia?
-Acho que não. Não a jeito de magia em seus corpos. Só parece que voltaram a vida. –Ele se ergueu depois de analisar os corpos- Fique atento, e cuidado com as armadilhas.

Com a lança mostrou um bandido pregado a parede por estacas de uma armadilha de pressão.

Continuaram a descer. Encontraram um pequeno córrego que ao virar a esquerda descia ainda mais por passarela coberta de gelo, ate em fim voltar à espécie de ruinas. Tudo aquilo parecia ter séculos de idade e era difícil acreditar que algo tão grandioso estava escondido abaixo do solo.

Finalmente entraram em um corredor cumprido, cheio de tochas acessas e murais esculpidos ao que pareciam ser a muito, muito tempo. Retratavam batalhas entre humanos, elfos, dragões e outras raças já esquecida. Contavam uma historia antiga na qual eles não compreendiam.

No final havia uma entrada onde devia ter existido uma porta e o barulho de metal e outros estrondos que podiam ser de uma batalha, ecoavam distantes. Ao se aproximarem notaram no chão um semicírculo de pedra e agarrado a ele, enfiada em três perfeitos furos, estava uma chave. Uma chave em formato de garra dourada.

-Acho que encontramos sua garra Faendal.

Aproximaram-se, e escutaram um barulho crescente de passos. Alguém vinha correndo em sua direção. Esconderam-se atrás de uma coluna. Um Dunmer, um elfo negro surgiu, saltando a pequena meia lua de pedra e derrapou voltando e se jogando no chão para conseguir retirar a garra. No mesmo instante em que a retirou,  a meia lua de pedra rangeu subiu assim como outras maiores que surgiram formando porta e fechando a passagem.

Após pegar a garra o Dunmer começou a correr, mas Raed arremessando a lança com maestria, fez o seu joelho ser destroçado quando ela o atravessou, fazendo o elfo cair com um estrondo no chão, e a garra deslizar pelas pedras desgastadas do corredor. O ambiente então se encheu com os urros de dor do elfo ferido..

-Isso era realmente necessário? –Faendal  falou, parecendo ao mesmo tempo surpreso , irritado e até assustado. Mesmo assim foi ate a garra caída próximo a parede e a pegou em quanto olhava o ferido que se contorcia.

Raed se aproximou lentamente, seu rosto era um poço vazio, sem emoção alguma, ele fez a espada sair dramaticamente da bainha antes de cortar parte da lança com um movimento rápido e pisar no peito do Dunmer forçando ele o encarar nos olhos.

-Acho que você tem algumas coisas a responder? Por que a garra? O que estão fazendo aqui? E o que são aqueles mortos vivos?

-Eu não sei de nada...não sei de nada. – Ele se apressou a responder em uma voz quase sem folego. Não conseguia se mover.

-Acredito que você saiba mais do que imagina.

Ele deu pequeno toque com o pé na haste quebrada  da lança fazendo o Dunmer urrar de dor. Não olhou para Faendal.

-O que eram aqueles mortos vivos? O que estavam fazendo aqui?

-Eu não sei..Caralho! AHHH QUE DOOR!!! Abrigamos-nos aqui e eles levantaram seus túmulos e nos atacaram.

Raed se ajoelhou e pegou a haste girando bem lentamente.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!

-Melhore. Porque você roubou a garra em Riverwood?

Faendal se recusou a continuar presenciando aquilo voltou pelo corredor saindo dali.

-Me mandaram.... Me pegaram pra roubar.

      -Quem? –Parou de Girar a lança, mas não soltou a haste.


    -Os soldados.


    - Mentira.

     -Não, Não, eu juro. Eles me pagaram para roubar a garra. Era pra eu entregar ela ha dois dias atrás a comandante Lydia na floresta. Mas eu juntei uns rapazes com a promessa de tesouro e viemos para cá. Eles nos rastrearam.

    -Isso faz algum sentido. Obrigado.- Raed se levantou passando a espada de uma mão para a outra.

     -O que você vai fazer comigo...espera eu...argggh!

Fendal esperava no fim do corredor. Raed nunca tinha o visto daquela maneira, seu rosto demonstrava pura reprovação.

         -Passamos a assassinos agora? – Questionou ele.

-Ele teria fugido.

-Não precisava mata-lo.

-Não, não precisava. Mas ele não conseguiria voltar a superfície.

-Porque você destruiu a perna dele. –Faendal bufou , olhando a garra em sua mão.

-Você teria parado ele?

Faendal não respondeu. Ao invés disso olhou para a porta recém-fechada.

-E quanto aos que estão presos lá dentro? –Questionou apontando a porta com polegar.

-Eles nos mataram assim que nos vissem. É melhor torcer que eles encontrem outra saída e que estejamos bem distantes daqui.

Faendal sabia que era verdade o que ele disse. Ficou calado ate ele mostrar o que encontrara na bolsa do Dunmer.

-Ele falou a verdade afinal. Esses soldados deviam estar procurando alguma coisa presa aqui. Pagou para que ele roubasse a garra, mas foi estupido ao achar que conseguiria pegar algo de valioso e fugir deles.

Raed mostrou uma carta e junto dela havia um desenho quase perfeito da garra. Aquilo não era trabalho de um rude bandido era de um especialista.

Subiram refazendo todo o caminho e Raed revistou todos os corpos que pode, tirando, moedas joias ou pequenas coisas e fáceis de carregar, deixando a contragosto armas que tinha certeza que Liv conseguiria vender. Faendal se recusando a profanar os cadáveres não o ajudou. O acompanhou calado por toda subida, apenas reclamando do frio ao saírem das ruinas, pois o vento estava forte como nunca.

À noite os pegou na descida da montanha, que era infinitamente mais rápida que a subida. O frio castigava e o breu logo tomou conta forçando eles a acender tochas. Por fim Raed quebrou o silêncio que se mantinha.

-Se meu ato o incomodou fale Faendal. Entenderei se decidir desistir de me guiar ate a torre dos bandidos.

-Eu...eu não compactuo com assassinatos, ou torturas, mesmo entendendo e já tendo matado por necessidade. Sim, já matei,  não vou julga-lo, pois não conheço o seu passado, assim como não conhece o meu. Mas aquilo me pareceu errado.  Talvez eu tenha passado tempo demais em um ambiente calmo, onde se as barbaridades da guerra pareçam distantes.

Raed não falou nada e eles caminhara mais alguns metros calados. Sairam do caminho montanha e começavam a descer por um caminho já sem neve, indicando que a floresta estava próxima. Um lobo uivou no escuro.

-Perdão. Eu aprendi a sobreviver. A fazer o necessário e evitar que venham atrás. Aprendi que única certeza de não vingança é a morte. Mas também foi me ensinado a não ser visto se não quiser ferir alguém ou ferir pessoas desnecessárias. Ele estava fugindo com sua garra. Agi no instinto. Entendo caso desista de...

-Não vou desistir...eu vou te levar lá e te ajudar. Como falei. Não estou aqui para te julgar. – Interrompeu Faendal;- Acho que apenas me assustei, relembrando do mundo como ele realmente é. Você esta na vila a quase um ano, e nunca tinha visto esse seu lado, mas também nunca perguntei do seu passado. Vamos deixar isso para lá.

Prosseguiram. Algumas horas depois alcançaram a pequena cabana  contruida sobre uma arvore de grosso tronco que estava servindo de moradia a Raed. A lua estava bem alta no céu. Levaram muito tempo subindo e descendo a montanha e pelo que o elfo contara, a viagem seria ainda mais longa a torre e a Whiterun.

-Você pode ir pela manha Faendal.

-Não. Eu prefiro ir logo e voltar pela manha. Camilla ficara feliz com a garra.

-Então fique com a recompensa.

          -Eu prometi te entregar, eu...

              -É uma maneira de me desculpar mesmo que não seja a melhor.

     -Bem...septins nunca é demais vamos dividir o lucro. Eu te darei algo útil em compensação.

Raed assentiu com a cabeça , vendo o elfo sumir entre as arvores. A chama da tocha foi ficando distante ate desaparecer. O Redguard suspirou  e foi ate as escadas para subir a sua cabana e esperar o retorno no dia seguinte.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Logo posto proximo.


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