Londres, 11 p.m, Quinta feira
Já estava o mais longe possível de casa e de tudo o que me preocupava lá. Tinha deixado todos os que amava para trás, especialmente os meus amigos: Robert e Brenda. Eles foram os únicos que me apoiaram e ajudaram na fase mais obscura da minha vida. Agora só estava eu, sozinha na estação de metro. Provavelmente, iria fazer uma "cama" e dormir.
Londres, 6 a.m, Sexta feira
POV Jack
Estava em casa, depois de mais uma de muitas semanas a estudar fora: Eu estava finalmente em casa.
Saiu do metro e olho para todas aquelas pessoas lá deitadas, sem casa e sabesse lá o porquê. Já os conhecia a todos, eram todos homens entre os quarenta e os setenta. Nunca tinha visto lá uma mulher e eu já ia lá à pelo menos três anos. Mas como sempre observava e comprimentava-os. Olhem para ver se havia alguém novo. Ela, uma rapariga com ar de seus vinte e poucos anos, estava acordada mas ainda deitada parecia estar com medo. Cada vez que via alguém novo, olhava para as suas roupas e pensava nestranha de estarem ali. Olhei para ela e ela olhou rapidamente para mim desviando o olhar. Tentava perceber o que tivera acontecido para ela estar ali, mas não tinha uma explicação. Olhem para trás e continuei a caminhar comprimentando os outros sem abrigo, deves em quando sentia o seu olhar sobre mim, e pude sentir que estava mais segura. Mesmo assim quando a olhava voltava a revirar-se e acabava por "adormecer". Admito que a sua beleza era magnífica, e neste caso não era bom. Qualquer um podia agarrar nela e leva-la embora. Era por isso que ela fingia dormir.
Cheguei a casa e os meus pais estavam na cozinha a tomar o pequeno almoço.
- Finalmente filho, demoras te a cumprimenta los a todos. - minha mãe sempre mal disposta mas a amava mais do que tudo.
- O pai está?
- Não ele foi para o café. Estava ansioso, para ver se alguém já foi lá à procura de trabalho.
- Hm. Hoje estava lá uma rapariga nova.
- Que pena, cada vez mais há pessoas nas ruas.
Apesar de não a conhecer aquele insignificante comentário da minha mãe ofendeu me.
POV Sophie
As pessoas aqui pareciam amigáveis. Estava com medo e por isso não saia da cama, alguns homens olhavam para mim com um ar malicioso e isso só me fazia sentir pior. Via ali no metro as pessoas a reencontrarem se e isso fazia com que me sentisse triste, saudades dos meus amigos e uma pequena parte da família. Tomo coragem e levanto me. Vou até ao banheiro, visto-me e lavo os dentes, a cara e molho um pouco o cabelo. Estava pronta para um novo dia, hoje ia oficialmente começar a trabalhar. Pelo menos ia ganhar algum dinheiro, para sobreviver nos próximos anos.
Começo a procurar pelas ruas de Londres, mas nada.
- Desculpe eu estou à procura de trabalho aqui, em Londres. Sabe algum estabelecimento que esteja à procura de empregada?
- Sim! Querida... - era uma mulher idosa. - há aqui um café que está à procura de empregada. Chama se Café Howell.
- Muito obrigada.
POV Jack
Estava a andar pela rua para ir ao café do meu pai, ficava no fim da rua.
Gostava de ver as pessoas a andarem de um lado para o outro, mas num dia de Inverno como este não havia ninguém na rua. Apenas uma rapariga vinha a correr desamparada. Aquele cara não era estranha.
POV Sophie
Perguntei a mais pessoas onde se localizava o café, estava a correr para lá. Caio esbarrada no chão, estava completamente inundada de lama e chuva, muita chuva. Coloco a cara dentro dos joelhos, ainda dentro da poça e começo a chorar era a única coisa que me apetecia fazer.
POV Jack
Vi ela cair e começar a chorar, sabia que aquele choro não era pela queda, mas sim por tristeza.
Corri até ela.
- Estás bem?
- Nã... - rapidamente ela se levantou e baixou um pouco a cabeça. - Sim estou bem! Agora preciso de ir...
Dei lhe espaço para passar, e vi que estava a ir para o mesmo caminho que eu.
- Vai para onde?
- Para o metro...
- Ah, vai viajar?
- Não. Vou dormir.
Percebi naquele momento quem ela era, a rapariga que eu vi hoje de manhã no metro.
- Qual é o seu nome?
- Sophie. - ela disse virando as costas.
- Jack! - disse gritando.
Ouvi uma risada dela e sorri de lado sem ela ver. Porque saiu ela do metro para vir aqui?
POV Sophie
Oficialmente era o pior dia da minha vida.
Sem trabalho, casa, família e amigos. Estava oficialmente sem nada. Apenas eu e os meu cobertores. Estava quase a chegar ao metro, mas estava tudo vazio, nem sequer um cobertor meu estava lá. O que ia fazer agora? Oficialmente, estava sem nada.
Londres, 12 p.m, Sexta feira
POV Jack
Estava no café do meu pai a ajudar com os pedidos, estávamos com falta de empregados.
- Jack! Acorda filho.
- Desculpa pai. Desculpa.
- Vá filho agora que não está aqui ninguém diz me lá no que estás a pensar.
- É uma rapariga pai.
- Ah eu sabia, alguém do campus?
- Não, e eu não gosto dela. Eu conheci ela hoje de manhã estava a dormir no metro, na rua. E voltei a vê la abocado.
- Filho, mas porquê isso agora? Tu sabes que as pessoas vão para a rua por razões horríveis.
- Mas ela é... diferente.
- Na rua à todo o tipo de pessoa, ela deve ser uma drogada ou prostituta.
- Nada disso pai! Eu nunca a tinha visto antes e ela não tem ar disso.
Saiu do café, estava decidiu a ir ao metro, sabia que ela estaria lá.
Chego lá e a vejo ela sentada num banco. Dava para ver o quanto ela estava triste.
Sentei me ao seu lado.
- Aqui? Outra vez?
- Sim, onde puderia estar...
Dou um sorriso sincero e ela surpreendeu se.
- O que quer de mim?
- Calma, nada. Só queria conversar...
- Hm. Diga sr. Só queria conversar.
- Porque veio parar aqui?
- Desculpa? Devo lhe alguma explicação?
- Esqueça apenas queria ajudar... - estava farto. O meu pai tinha razão deve ser alguma drogada ou prostituta. Levanto me mas logo sinto ela tocar no meu braço.
- Espera. Quer me ajudar? Sabe algum sitio onde eu possa trabalhar?
O que como assim? Um sítio... O café!
- Um sítio? Eu sei um.
- Onde é? Por favor eu preciso de um trabalho...
- Calma. A minha família tem um café naquela rua onde você estava hoje de manhã. Chama-se Howell Café's. Passa lá amanhã de manhã. - a única coisa que não me saia da cabeça era onde suas coisas estavam. - olha desculpa estar a perguntar, mas onde estam as suas coisas?
- Devem ter me roubado...
- O quê? Como você vai passar a noite?
- Eu me desenrrasco...
Boa noite completei mentalmente.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.