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História Crônicas ocultas de Tokyo- Asas do coelho negro - Frias lembranças do coelho negro- "Viva por mim".


Escrita por: Lubbock27

Notas do Autor


bom, chegamos ao final dessa fic. Fiz ela apenas em duas partes e me esforcei bastante, desculpem a demora, semana cheia, mas enfim, ai esta. Obrigado por lerem, mostrem a mais amigos e comentem para eu saber o resultado, afinal conclui a fic por aqui. Ate a próxima fic, by: lubba

Capítulo 2 - Frias lembranças do coelho negro- "Viva por mim".


Fanfic / Fanfiction Crônicas ocultas de Tokyo- Asas do coelho negro - Frias lembranças do coelho negro- "Viva por mim".



E mais uma noite caiu sobre o distrito onze, mas esta foi uma noite diferente, a noite em que a exterminadora de ghouls perdeu mais uma pessoa. Em algum beco escuto, mais um conflito direto da "Órus" contra a CCG, e foi neste beco sem significância que Akari Kazemura, a guardiã legal e tutora de Kaede, virou mais uma estatistica de mortes na guerra silenciosa. Kaede recebeu a notícia às exatas 21:00 da noite, e mesmo que a garota já cogitasse a possibilidade, Akari ainda não era alguem que ela estava disposta a perder, então ao receber a dura notícia de agentes nervosos na porta de sua casa, apenas manteve a compostura, fechou a porta, foi para o canto de seu quarto, sentou no canto da cama abraçando os joelhos e chorou por horas. Como já era sustentada pela CCG no programa de prodígios especiais, apenas foi emancipada dias depois e ficou sobre observação constante de agentes para evitar transtornos psicológicos. Na outra semana, após duros 7 dias que para Kaede era apenas uma semana sofrida e costumeira de sua vida, mais um treino na CCG, e finalmente ela ganhou sua quinque personalizada após vários ghouls mortos pelas suas mãos armadas de simples canivetes. Eram quinques bikaku, leves e fáceis de se manejar, mas eram um protótipo especial para a forma dela de lutar, consistente em dois aparelhos de 5 centimetros de comprimento e 4 de largura, postos sobre seus dois braços entre o cotovelo e o pulso, e quando era ativada, dos aparelhos saiam uma lâmina de um metro de comprimento, azul neon, afiadíssima e que formavam como extensões dos braços de kaede, que acostumada a matar usando apenas as mãos anteriormente, usaria estas quinques com perfeição, apesar de serem protótipos. Dois dias depois, Kaede pintou o cabelo, exatamente da mesma cor de sua quinque, primeiro tirando a cor, deixando totalmente branco, então pintou do meio até as pontas com o mesmo tom de azul da sua quinque, com algumas partes claras e outras escuras conforme as mechas dando um efeito de cor sem igual. "Você, como garota, pode ser mais vaidosa, pinte seus cabelos, suas unhas, coloque roupas que você se sinta mais livre..."- eram algumas das palavras de Akari, dentre outros milhares de conselhos que Kaede recebeu aprendendo novamente a viver com a liberdade de um cidadão comum fora de um cativeiro. E assim, lembrando e seguindo esses conselhos, Kaede mantinha viva a lembrança de Akari. Porém, muito mais do que simplesmente seguir os conselhos, Kaede queria fazer algo por Akari, algo que ela não foi capaz, algo que, alimentado por seu ódio aos ghouls, se tornou sua ambição de vida. Kaede jurou para si mesma, exterminar a "órus", acabar com a guerra silenciosa trazendo a vitória a raça humana, e assim ela saiu, toda noite, acompanhada de seu novo parceiro, exterminando qualquer ghoul que encontrasse. Aos poucos a "Órus" aumentou a atenção sobre a garota, a vendo como uma ameaça maior do que uma comum agente. Kaede precisava de algum agente mais experiente, a altura para acompanhar Kaede nas caçadas e a monitorar, além de ser forte para detê-la caso seje preciso. E só havia um homem naquele distrito capaz disso, Hijikata Hamura. Só que, algo que poucos sabiam, é que aquele agente era o antigo investigador sênior responsável por modernizar o modo de agir da CCG, ele não apenas matava os ghouls, era forte e inteligente o sulficiente para capturar os ghouls perigosos e os levar para a prisão onde a CCG poderia investigar e entender melhor os ghouls para combatê-los. Outra coisa que quase ninguém sabia era algo que mais tarde causaria um impacto por todo o 11° distrito: aquele agente cruel e calculista foi o que anos atrás capturou Arata Kirishima, o pai de Ayato, e estava naquele distrito investigando, entre outras tarefas, a fuga dele.

...

- precisamos...dar um jeito nessa garota Ayato... Você é o mais indicado. Preciso que seja bem discreto, e quando for a hora, execute ela sem falhas. - dizia Zaro para o garoto. Ayato estava na mansão do Zaro, além de trabalhar para ele, o chefe da "órus", tinha um quarto naquela mansão, afinal era o namorado da filha exigente de Zaro, Saeko Otsuba. Também morava naquela mansão o sobrinho de Zaro, e até então parceiro de Ayato. Kurono Otsuba.

- entendi, sem problemas, ainda... semana que vem acho que dá pra fazer isso- ele pegou uma folha com alguns nomes anotados, entre eles, um nome se destacava: "Kaede Kazemura."- vou procurar bem... -ele disse enquanto saiu daquela sala memorizando aquele sobrenome e o nome dela tambem, porém aquele nome o perturbava, tinha certeza de lembrar-se do tal nome, mas não lembrava de ninguém ao certo devido ao sobrenome ser um que ele nunca havia ouvido, então não conseguia lembrar daquela antiga Kaede de sua infância. Ayato andou até a saída da mansão, era noite, até que ouviu um barulho atrás de sí como passos, parando de andar, já havia reconhecido quem era, Kurono.

- ei...Kazemura né?- disse kurono se aproximando e ficando ao lado dele, mas sem parar de andar para fora.

- isso, Kaede Kazemura.- respondeu Ayato voltando a andar ao seu lado.

- beleza... Seguinte, uma Kazemura morreu na CCG um tempo desses, acho que já ajuda.- explicou kurono enquanto saiam da mansão indo até um carro.

- hm... pelo sobrenome deve ser alguma parente na CCG também, talvez a irmã.- falou Ayato em um tom sério enquanto entravam no carro.

- veremos né...- dizia Kurono dando partida no carro, ele tinha uma enorme tatuagem tribal no braço e um corpo mais forte fisicamente que o de Ayato, com cabelos vermelhos e longos amarrados em um rabo de cavalo não muito grande.

Então os dois foram até o necrotério da cidade, por ser um local bem abastecido de corpos humanos, a "órus" tinha um certo domínio do local por debaixo dos panos. Ao chegarem, desligaram o carro e sairam indo até a entrada dos fundos do necrotério onde tinham uma chave.

- Kuro, Ayato, faz tempo hein ? - disse um homem la dentro, de óculos e corpo magro com uma prancheta e uma caneta nas mãos olhando eles entrarem, estava de frente para um corpo em um gavetão na parede de armazenar os corpos.

- Rapaz, ta meio complicado de vir aqui com esse monte de pombos pela rua mas enfim, viemos a trabalho dessa vez ...- falou kurono se aproximando dele, Ayato seguia logo atrás olhando para o corpo ali, estava coberto por um pano mas ao que parecia era de algum homem qualquer.

- vamos direto ao ponto Taka, kazemura, alguma por ai? - disse Ayato virando o olhar para o homem ali.

- hm... Deixa eu ver- disse Takashi, apelidado Taka, enquanto olhava para sua prancheta passando algumas folhas - há sim, uma pombo que morreu a um tempinho ai - logo ele foi até o balcão deixando a prancheta e a caneta ao lado do corpo, sentando na cadeira em frente ao PC e abrindo um programa.- seguinte, só tem uma Kazemura desse mês, Akari Kazemura.

- tem endereço registrado? Algum parente que veio buscar? - perguntou Ayato se aproximando e olhando a tela do PC por trás de Taka.

- bom... - ele se virou na cadeira encarando Ayato e Kurono. - teve, além da galera da CCG, uma menina ai, afiliada dela, e sobre o endereço tem um aqui, ainda nesse distrito - ele disse mostrando o endereço para eles.

- bom, então é isso, hoje não da mais, ela deve ta pela ronda - disse Kurono para Ayato.

- Então... Amanhã... Eu dou uma olhada, ela deve ficar la pela CCG até a ronda então eu pego ela na saída da casa. - respondeu Ayato.

- beleza, vai precisar de mim?

- não, vai ser mais fácil eu ir sozinho...

- ok...

...

No outro dia, Kaede se preparou para mais um dia na central antes de sair para a ronda à noite. Arrumou sua quinque dupla embaixo das mangas do largo moleton roxo que usava, encima de uma blusa social branca que tinha de usar a serviço da CCG e uma calça preta. Antes de sair, deu uma ultima olhada no espelho, tinha uma fina, porém chamativa cicatriz ao lado do lábio formando uma pequena curva, além de uma outra cicatriz encima do olho direito que se estendia até a parte coberta por seus cabelos. Kaede usava uma meia franja pequena, mas por algum motivo, não cobria o olho com sua cicatriz, cobria o outro olho, assim como nunca cobriu com maquiagem suas cicatrizes no rosto, talvez por que...era algo que fazia parte dela, do que ela era por dentro, e por fora. Ao sair de casa, desceu as escadas de seu apartamento, seu cabelo branco desde a raiz e azul do meio até as pontas chamava a atenção das pessoas na rua que a olhavam estranho, inclusive pelas cicatrizes no rosto, mas era algo que ela pouco se importava. Atrás dela, um carro seguia, era o carro de Hijikata que a mantinha sob vigilância constante devido a seu passado, a mando da CCG. Porém, neste dia outra pessoa também a seguia, Ayato Kirishima. Ele esperou até que a garota passasse em uma rua pouco movimentada no caminho até o prédio da CCG, então se aproximou por sua costa e segurou seu pulso enquanto ela andava, assim a fazendo se virar enquanto disse:

- Kaede Kaze...- foi neste momento, quando a garota se virou e viu o rosto de Ayato, a única pessoa que restou de seu passado, aquela voz, aquele rosto, aquele toque, um fio da antiga Kaede reapareceu na garota, quando ela olhou fixo nos olhos do garoto relembrando o dia em que eles se separaram.

- A-Ayato...kun?...- disse kaede após alguns segundos olhando nos olhos de Ayato, este que também lembrou, é claro, só havia uma única Kaede em sua vida, ela poderia ter mudado o cabelo, ganhado cicatrizes, mudado o sobrenome, crescido, mas aquele olhar, aquele jeito de falar seu nome, era inconfundível, aquela garota significava demais para Ayato esquecer completamente. Logo ele soltou a mão dela e colocou a mão na lateral de seu rosto afastando a franja e olhando seu rosto.

- K-kaede... o que aconteceu com você? Você ta na CCG agora? Por que veio pra esse distrito? - Ayato não estava acreditando, ou melhor, não queria acreditar que havia reencontrado sua amiga de infância sob estas circunstâncias.

- Ayato... - ela disse segurando as mãos dele lentamente e abaixando.-  Você voltou... Como prometeu ... - ela disse olhando ele com um tom de voz calmo e acolhedor.

- Eu... - Ayato disse segurando sua mão e puxando a levando para um caminho diferente do que ela seguia- preciso falar com você...

- Ayato...e-eu ...tenho que ir...trabalho agora - ela dizia mantendo o tom calmo da voz e mesmo sabendo que teria problemas em faltar ao trabalho daquele jeito, não resistia, deixava-se ser guiada.

- Você terá outros dias para se justificar o quanto quiser, agora você vem comigo. - respondeu Ayato seriamente enquanto a levava sem soltar sua mão.

- ...tudo bem...- respondeu Kaede.
Eles andaram até uma cafeteria longe, pouco movimentada, e naquele horário, vazia. Ayato era um dos poucos que conhecia o local, era onde ele tomava café quase todos os dias. Ao entrar ele apenas fez um sinal pra garçonete de lá que já conhecia os gostos de Ayato, levando um café para ele e para Kaede tambem.
- Por que me trouxe aqui? - disse Kaede enquanto entrou e sentou em uma cadeira.

- Para conversar sem que ninguém atrapalhasse, tenho muito o que falar com você.

- Eu tambem... A quanto tempo chegou aqui?...

- um bom tempo, e você? O que tem feito todo esse tempo ? ...

- estou aqui a... Não sei, acho que alguns meses, não chega a ser um ano... Eu estive...- ela olhava fixo para Ayato exceto em alguns momentos em que relembrava de seu passado e manejava o olhar para baixo com as duas mãos na xícara de café, nelas haviam algumas pequenas cicatrizes na costa da mão e pelos dedos.- bom, meu pai tinha morrido então fui para um orfanato e desde lá...digamos passei por muitas coisas... E você?

Ayato olhava as mãos, o rosto, o cabelo, cada detalhe do corpo de Kaede durante a fala dela, realmente havia mudado muito.

- bom, eu fui pra casa do meu tio, passei por muitas coisas também... Perdi meus pais...

- sinto muito...

- não se preocupe, é passado, já to de boa...

- e sua irmã?...

- ela mudou pro..acho que foi o vigésimo distrito, arranjou um trampo, um apartamento normalzinho, provavelmente voltou a estudar pra lá, sei la, não falo com ela a muito tempo...

- Entendo...você cresceu bem, mas não mudou quase nada...- ela disse dando um leve e tímido sorriso de canto.

- Já você mudou bastante, e se me permite, ficou mais bonita ainda - ele disse seguido de um sorriso provocativo, kaede ficou mais acanhada, mas nem por isso perdeu o sorriso.

- obrigada... 

- outra coisa... Quando foi que comecou nessa vida de ser uma agente?...

- bom...minha madrasta era uma, e a CCG... Significa muito para mim...

- tem haver com as cicatrizes?...- perguntou Ayato em um tom mais serio.

- sim...- respondeu ela cobrindo uma mão com a outra após terminar o cafe.- Mas... Não quero falar sobre isso...não por enquanto...

- Entendo, sem problemas... Onde você ta morando?

- bom...umas 6 quadras do prédio da CCG... E você ?

- moro com...- Ayato parou para pensar um pouco- ...um amigo meu rico, eu trabalho para ele.

- trabalha com o que?

- serviços cujo não sou autorizado a revelar...- respondeu Ayato em um tom de brincadeira, para tentar encobrir o assunto sem parecer suspeito.

- Há sim... Bom, era para mim estar no trabalho agora, mas enfim, você resolveu me sequestrar...

- ha, não é a primeira vez que faco isto, e tambem não é a ultima que irei fazer...

- Bom, amanhã em vez de me sequestrar, você pode ir me visitar, passo até as 16:00 apenas em minha casa sozinha...

- então esta fechado, amanhã vou estar lá desde cedo.

- tudo bem... Só não espere um almoço muito bom... Não sei cozinhar nada...

- não se preocupe, eu como em casa... Apenas um café esta bom pra mim...

E assim os dois passaram algumas horas conversando, até que Kaede se tocou da hora e resolveu ir logo, se despedindo de Ayato. Mas o que ambos não sabiam, era que Hijikata observava toda a conversa ao longe, sem interferir, mas havia uma coisa naquele garoto que o incomodava, não demorou ate que o agente finalmente chegasse a uma conclusão, aquele rosto, aquela cor de cabelo, dos olhos... Lembrava estranhamente o rosto de Arata Kirishima, o homem que incessantemente Hijikata procurava e que Ayato já havia desistido de procurar após não encontrar nenhuma pista.

- Achei... A maldita cria do demonio...

Logo ele seguiu Ayato no caminho até a mansão de Zaro, guardando a localização do local. Naquela noite, Hijikata havia fotografado o rosto do garoto, e após muito procurar encontrou a identidade: Ayato Kirishima, o mesmo sobrenome de Arata e o filho registrado pelo mesmo. Ayato evitou não tocar no assunto da missão com Zaro ou Saeko e falou com Kurono para não dizer que haviam descobrido algo, Kurono questionou mas Ayato convenceu ele dizendo ser treta pessoal.

...

No outro dia Ayato acordou e se arrumou, saindo sem esperar Saeko acordar para ir na casa de Kaede. Quando chegou, bateu na porta, chamando ela. Mais uma vez Hijikata estava na rua em um carro vigiando a casa de Kaede, sem interferir na visita de Ayato, estava calmo enquanto armava seus planos, já havia comunicado a CCG e a mansão de Zaro começou a ficar sob observação.

- bom dia - disse Ayato com o sorriso clássico dele, enquanto kaede sorriu de leve abrindo a porta para ele entrar.

- bom...-respondeu ela enquanto ele entrava.

- rapaz...- Ayato olhou ao redor, na casa tinham coisas boas e até caras para uma adolescente que morava sozinha. - acho que vou trabalhar para a CCG- disse ele dando uma risada.

E assim, os dois passaram uma manhã juntos conversando, voltando a se conhecer, relembrando os velhos tempos, até que...

- Kaede... Eu... Preciso saber... De onde veio essas cicatrizes? Não dá pra esconder que você mudou, algo aconteceu e eu quero saber.

- Ayato eu... Não sei... Se devo lembrar...

- Me conte só o que estiver pronta para contar. - Ayato disse, kaede olhou para baixo e suspirou, eles estavam no quarto dela sentados na cama.

- depois que eu fui pro orfanato...uma mulher me adotou... Uma ghoul. Ela fazia...coisas comigo...por isso ganhei as cicatrizes e por isso fiquei assim, até a CCG me resgatar. - enquanto ela falava, inconscientemente, puxava as pontas da blusa de mangas longas para cobrir mais o braco, ela so vestia blusas assim devido as inúmeras cicatrizes pelo braço das torturas.

- entendi...- Ayato esticou os braços para ela segurando suas mãos, então lentamente foi levantando a manga da blusa dela vendo todas aquelas marcas por seu braco de várias formas diferentes incluindo marcas de queimaduras, cortes, mordidas e outros tipos de cicatrizes. Kaede arrepiou, desviou o olhar, mas não reagiu, afinal era o Ayato a fazer aquilo.

- Ayato...para...não quero que veja...o que sou hoje...

- Kaede...- logo ele olhou nos olhos da garota- eu só tenho você do antigo Ayato... Você mudou, eu tambem...mas mesmo com este novo Ayato, não quero perder você.- Ayato disse enquanto  se aproximou do rosto de kaede.- me deixe conhecer você de novo...- Ele falou, finalmente, colando os labios aos dela em um suave e calmo beijo. Kaede retribuiu ao beijo se integrando, sem mover as mãos que tremulavam de emoção enquanto Ayato as acareciava, com a outra mão em seu rosto. Aos poucos, Kaede foi se integrando mais, deixando Ayato lentamente tirar sua blusa, com ambos ainda sentados na cama, revelando inúmeras cicatrizes e marcas pelo corpo de kaede.

- Ayato... Melhor parar...- ela disse, estava insegura, por mais que não se importasse com as cicatrizes do rosto, tinha vergonha daquelas em seu corpo.

- Kaede... Eu quero você... Como você for... Nada que for parte de você é algo a se esconder de mim... - disse Ayato, Kaede desviou o olhar para o lado, confirmou com a cabeça e se soltou mais, porém ainda estava claramente insegura, então Ayato esticou a mão desligando o abajour, como a janela estava fechada, o quarto ficou escuro, então Ayato voltou a beijar a garota, sentindo ela cada vez se soltar mais, tirando seu sutiã, Ayato tirou sua camisa, depois sua calça e a calca de Kaede, ambos ficaram em silencio calados por beijos e curtos gemidos de kaede com os toques e beijos de Ayato por seu corpo, até que Ayato tirou a calcinha de Kaede e sua cueca, continuando a beijar a garota que agora seguia como ele conduzia, ele segurou a bunda da garota a levantando, ainda estava sentado na cama de frente a Kaede, então a garota lentamente foi sentando no membro de Ayato que a penetrou, Kaede arranhou as costas de Ayato enquanto mordia os lábios e gemia baixinho porém continuamente, até que sentiu sua virgindade se romper dando um alto gemido que percorreu o quarto, uma pontada de dor e prazer percorreu todo o corpo da garota extremessendo e enfim terminando de sentar no membro de Ayato enquanto um pouco de sangue escorreu de sua intimidade. Logo Ayato segurou a cintura da garota, guiando movimentos lentos porém intensos de cima a baixo da garota, que gemia sem cessar porém se contendo a gemer baixo no ouvido de Ayato, às vezes interrompida por beijos e carícias de Ayato em todo seu corpo, até que Kaede aumentou as movimentações, a dor foi substituída por um prazer estonteante que levou a garota ao êxtase. Após alguns minutos, Ayato chegou ao seu ápice de prazer, mas não parou por ai, ambos não queriam parar, e assim, em várias posições e de varias formas, Ayato e Kaede passaram toda a manhã e parte da tarde naquele quarto. Quando já era tarde, Ayato se arrumou e foi embora enquanto Kaede se preparou e foi para a CCG, mesmo que com dores para andar, se mover ou se sentar, aguentava bem qualquer dor devido as torturas.

Assim, uma semana se passou, Ayato se encontrava todo dia com Kaede e Saeko não desconfiava de nada, Zaro tinha muito o que resolver para monitorar onde Ayato ia e kurono apenas observava, sabia que haveriam problemas mas resolveu ficar calado e não se envolver para não sobrar para ele. Tudo ia bem, mas Ayato não podia esconder de uma pessoa aquela situação: Hijikata Hamura, e gracas a ele, a CCG descobriu a sede da "Órus", assim diminuindo as operações enquanto planejava uma única e grande operação para acabar com a "órus" de vez. E nesta operação, uma equipe especial, com hijikata e Kaede, receberam uma missao extra: matar um dos ghouls mais conhecidos do 11° distrito, o coelho negro.

Os dias passaram, até que a noite da operação chegou. Começou calma, Saeko saiu, indo mais uma vez ao 7° distrito resolver negócios para seu pai, afinal ela era a responsável pelas...relações exteriores da "órus". kurono mais uma vez estava na mansão, era um tipico vagabundo então o serviço  de guarda costas de Zaro lhe coube perfeitamente nas noites em que não saia com Ayato a serviços. Mas algo quebrou a calmaria da noite, quando Ayato recebeu uma mensagem em seu celular, era de algum número desconhecido.

" Caro filhotinho do Arata, estou aqui na casa de sua preciosa amiguinha Kaede Kazemura. Sim, eu sei quem você é, e se ainda quiser ver a garota viva, venha até a casa dela imediatamente."

Ayato teve um calafrio, alguém havia descoberto sobre ele, e mais ainda, alguem que conheceu seu pai. Não era algo a se ignorar, Ayato imediatamente jogou longe o celular e pegou sua máscara, saindo da mansão sem avisar nada. Correu para a rua da casa de Kaede por cima dos predios e becos já com a máscara no rosto, porém antes que pudesse chegar perto da casa de Kaede, avistou dois agentes na porta da mesma, um deles era o proprio Hijikata. Ayato rosnou embaixo da máscara, ativando seu kakugan e sua kagune, avançou nos agentes do alto atirando cristais com sua kagune que até então so tinha uma asa grande e uma pequena, menor que seu braço. Mas logo todos os cristais foram defendidos e esquivados por Hijikata, um homem alto e branco com cabelos mal tratados que caiam pela testa levemente grisalhos e uma quinque vermelha em forma de um grande machado que ele movia quase como se não tivesse peso.

- ora ora...quem apareceu...o coelhinho veio correndo para a armadilha...- falou hijikata enquanto o agente ao seu lado ativou sua quinque que era como uma longa e vermelha corrente com vários espinhos de cristal pelo decorrer da mesma. Ayato então saltou para o meio da rua a frente dos doia.

- vão pagar por isso...- disse ele olhando com os ameaçadores olhos vermelhos/negro para os agentes ali, até ouvir passos atrás de si, eram os passos de Kaede, que até então não sabia do plano nem da identidade de Ayato, apenas seguia as ordens de ficar na emboscada.

- Calado...maldito ghoul...- disse kaede se aproximando a passos lentos e calmos olhando fixo para Ayato e ativando sua quinque dupla exibindo as longas lâminas que se estendiam de seus braços.

- Kaede...- Ayato falou baixo, reparando que kaede não o reconhecia naquela forma, então suspirou, era inevitável o confronto  a essa hora, mas antes que pensasse em muita coisa, Kaede rapidamente usou sua enorme velocidade aparecendo perto de Ayato e atacando com as duas quinques, Ayato se viu obrigado a recuar indo para trás, mas logo após se abaixou para desviar da quinque do outro agente que veio por detrás dele se esticando do braço do agente por ser uma longa corrente, então hijikata comecou a avançar, atacando várias vezes com sua quinque enquanto Ayato usava sua enorme velocidade de Ukaku para ir desviando, mas havia alguém que acompanhava sua velocidade, Kaede, que surgia de surpresa em diversos ataques com as duas lâminas em Ayato que se defendia com a Kagune cristalizada como um escudo a sua frente. Os agentes, ja experientes, sabiam que Ayato não ia durar muito com toda aquela força e velocidade, ja que era um Ukaku, então o precionavam ao maximo para lhe cansar e finalizá-lo logo após. A quinque corrente atacava a cada brecha entre os ataques de Kaede e Hijikata, estes dois que se revezavam em sequências de ataques pela rua em Ayato que desviava e se defendia como podia, girando e saltando, se defendendo com a kagune, tentava atacar Hijikata mas era reprimido pela onda de ataques com o machado, as lâminas e a corrente, logo Ayato se viu cansando, e esta foi a chance de Kaede, que avançou girando e mandando um ataque com as lâminas diretamente na cabeca de ayato que se esquivou abaixando e se afastando, mas kaede ao aterrissar no chão novamente atacou com as lâminas girando o corpo para Ayato em uma sequência de golpes enquanto Ayato ainda recuperava o equilibrio, então a corrente discretamente veio por detrás de suas pernas, fincando na panturrilha da perna esquerda de Ayato cristais afiados o fazendo cair, Ayato viu sua derrota, Kaede avançou impiedosamente, atacando com as lâminas, sua kagune não seria rapida o bastante para defender e colocaria Kaede em risco, algo que Ayato não queria, então apenas fez uma coisa, levou a mão esquerda até sua máscara e tirou a mesma, usando a máscara que era de aço para desviar o corte da primeira lâmina enquanto sua kagune menor se cristalizou defendendo do corte da segunda lâmina. Neste exato momento, o rosto de Ayato foi exposto, Kaede finalmente reconheceu, o "coelho negro" era na verdade seu amante e único amigo Ayato. Imediatamente ela estagnou, ficou naquela posição, parada, olhando os olhos agora vermelhos e preto do garoto a sua frente, deitado no chão sangrando, uma criatura que ela tanto amou era da raça qual ela mais odiou.

- A...A-Ayato?...- disse ela, sem saber como reagir, recuando, com as mãos trêmulas.

- Pare de fraquejar garota! - gritou Hijikata enquanto o outro agente puxou a corrente que ainda estava com os cristais infincados na perna de Ayato, assim o fazendo ser puxado no ar contra o machado de Hijikata, Ayato rosnou e girou no ar se libertando da corrente e desviando do machado colocando a kagune no chão e freiando o movimento de ser lançado, parando a centimetros do golpe de Hijikata que acabou errando e acertando o chão deixando uma rachadura no asfalto. - Ghouls são só demônios que precisamos matar, prender e matar mais- Hijikata ergueu o machado voltando a atacar com golpes enquanto Ayato se arrastava para trás, já que sua perna não aguentava andar. - Eles merecem apenas morte, misericórdia é algo que apenas humanos merecem.

"Não..."- pensava kaede- "Ayato não é um demônio... aquela mulher que me torturou era um demonio... Ayato me deu alegria... Amor... Não... Não posso mata-lo...Ayato é a única pessoa que tenho agora que Akari morreu também... Não... Não posso ve-lo morrer também...n-não pode acontecer isto...não posso perder ele, não, não vou deixar que matem a única pessoa que tenho, não depois de nos reencontramos, não, não, não..." - enquanto pensava, Hijikata golpeava Ayato, que ia desviando se arrastando pelo chão, já estava cansado demais, usou muita energia, estava ferido, sua perna sangrava e o leve movimento causava dor, aos poucos o machado foi se aproximando mais do alvo, até que Hijikata o ergueu de forma definitiva mirando partir o corpo de Ayato ao meio.
- Morra, assim como um dia matarei o demônio de seu pai!- disse Hijikata baixando o machado, Ayato fechou os olhos esperando a morte... mas ela não chegou. Quando abriu os olhos, Kaede estava a sua frente com a coluna levemente curvada para trás, estava com os braços cruzados e as quinques tambem, ela havia tentado parar o machado, mas não foi capaz, o brutal e pesado golpe do machado cortou as lâmimas-quinque da garota e penetrou o corpo dela profundo, mas sem derruba-la, com seu corpo  parado em pé sustentado pela lâmina cravada em seu corpo ensanguentado e trêmulo.

- K-Kaede !- gritou Ayato, a garota apenas deu seu último sorriso enquanto seu coração parou de bater ali, após uma vida de sofrimento, dor, perdas...ela conseguiu fazer tudo ter valido a pena dando sua vida para salvar ao menos alguém que amava, ela não foi capaz de salvar seu pai, não foi capaz de salvar sua madrasta, mas foi capaz de salvar a última pessoa que ainda lhe significava algo, mesmo que custasse sua vida, aquele que ela fosse capaz de proteger ela protegeu, assim dando seu último e mais sincero sorriso, de ter sentido que no final, ela não se entregou a morte nenhum momento na cela, no quarto ou nas ruas, mesmo que nada mais valesse a pena e sua vida fosse apenas dor, enquanto ela tinha a vida, lutou por ela até o último suspiro, a vida e o bem mais precioso que ela possuia, que ela nunca desistiria, e este bem mais valioso apenas uma pessoa foi digno de receber: Ayato Kirishima, o coelho negro.

Hijikata foi tomado com uma expressão de odio no olhar, com as duas mãos no machado fez com ele um rápido movimento para o lado atirando longe o corpo de Kaede, bufando, logo se virando para Ayato.
- que disperdicio, mas enfim, apenas mais um cadáver nesta noite. -ele disse levantando o machado novamente e golpeando Ayato, mas desta vez foi diferente, quando o machado ia acertar Ayato no chão, a kagune menor do garoto em um enorme pulso de ódio e dor ficou de um tamanho 10 vezes maior golpeando com a ponta cristalizada o machado e o partindo em pedacinhos, enquanto a outra kagune tambem cresceu ficando do mesmo tamanho da outra, esta por sua vez foi rapidamente para o corpo de Hijikata golpeando e lançando longe com feridas enormes pelo corpo.

- Demônio... Bom... parabéns... Desgraçado de merda... Você acaba de acordar um dentro de mim...- Ayato disse levantando, ignorando a dor na perna que agora se regenerava e erguendo alto as duas enormes asas de Kagune. - e agora vou te mandar para o próprio inferno - concluiu Ayato, o agente com a corrente tentou erguer a quinque mas antes que pudesse sentiu apenas um vulto o atravessar, então todo o seu corpo foi fatiado em pedaços pelas garras de Ayato mais rapido que qualquer olho acompanhasse, hijikata tentou se levantar, estava sem sua quinque e com enormes feridas pelo corpo, cospindo sangue, se ergueu do chão, mas antes que pudesse pensar em algo levou um enorme chute no estômago de Ayato sendo jogado na parede, sentiu cada osso de seu corpo se quebrar no impacto, mas não parando por ai, foi alvejado por mais uma sequência de cristais da kagune de Ayato que perfuraram todo o seu corpo. Antes que pudesse morrer, Ayato apareceu em sua frente, apoiando a mão na parede e dando um chute na cabeça de Hijikata que esmagou o crânio como se fosse papel, enssanguentando toda a perna de Ayato, mas sem parar, Ayato começou a chutar o corpo, e foi chutando todos os restos de Hijikata gritando de ódio e espalhando sangue por toda a parede e a rua. Aquele foi o terceiro golpe do mundo em Ayato, não importava se tudo começasse a ir bem, o destino não liga, alguns são abençoados com a sorte e outros amaldiçoados com o azar, não importando sua vida, sua história, sua vontade ou seu carater. O ódio consumiu Ayato enquanto ele chutou até que cada osso, vícera e carne de Hijikata virasse apenas uma poça de sangue na rua esmagada e desfigurada, mas não adiantava, sua dor não passava. Ele se cansou daquilo, foi até o corpo de Kaede que ainda respirava, abaixou pegando ela no colo e apoiando sua cabeça perto de seu rosto no chão.

- por quê?... Não... Não precisava ter feito isso... Não...- Ayato dizia enquanto sua mão direita tremia olhando a enorme e profunda ferida no corpo da garota, Ayato não sabia o que fazer, não havia o que fazer, até que a mão de Kaede segurou a dele e ela olhou em seus olhos.

- Precisava... V-você me devolveu a vida que perdi... Mesmo que você pudesse se sacrificar por mim... E-eu não... Poderia mais viver sem você...

- Eu que não vou aguentar viver sem você... - dos olhos de Ayato duas lágrimas solitárias escorreram.

- Vai sim... Ayato... Viva... Por mim...- entre as várias lágrimas que preenchiam o rosto de Kaede, um sorriso se mantinha, não um sorriso como os outros, um sorriso verdadeiro e alegre. - Eu estarei sempre com você... Não importa o qual longe ficarmos... Assim como você sempre ficou comigo... Enquanto ficamos... Longe... - a mão da garota se ergueu para o pescoço de Ayato então com ela se erguendo em um último beijo, Ayato retribuiu, e ao fim dele, o coração de Kaede não batia mais.
Ayato já teve muitas noites que ele tinha como a pior noite de sua vida, mas com certeza aquela se tornou a mais marcante de todas. Ayato levantou, levou o corpo de Kaede para um enterro digno, apenas com ele, não deixaria o corpo da garota agora sem ninguém a deriva, não, resolveu dar a ela um descanço em paz. Quando voltou, a mansão de Zaro estava lacrada e cheio de agentes da CCG ao redor, Ayato ainda manteve a máscara de aço com um pequeno corte da lâmina de Kaede, era provisória, mas não iria se desfazer dela agora. Dias depois, se reencontrou com Saeko, ao qual não sabia ainda sobre Ayato e Kaede, e ela apenas informou a Ayato sobre a morte de Zaro, Kurono, e a "Órus" que se desfez. Ayato resolveu guardar aquela história, e a memória de Kaede para si, resolveu começar a lutar por mais poder com a aparência da ganância, mas no fundo, so queria lutar para ter poder para manter a vida que Kaede lhe deu. Em um dia, Ayato tomava café com Saeko na cafeteria em que frequentava, quando ouviu uma curiosa proposta da garota.

- Lembra da Aogiri?... Bom, agora que a CCG relaxou... Eu me informei com uns contatos... E eles vão precisar da Gata rosa- em referência a si mesma- e o Coelho negro... Você vem?...

E assim, Ayato seguiu sua jornada, esquecendo completamente seu pai, mas não esquecendo seu passado, sua vida, o que fez dele o que é hoje. Os dias se passaram, Saeko resolveu sair da Aogiri, mas Ayato não, Ayato resolveu apenas terminar com Saeko, não nutria por ela nenhum sentimento profundo afinal.

- bom, se é tudo que tem pra me dizer, boa sorte. - disse Saeko em seu último encontro com Ayato em um prédio abandonado.

- Sim, isso é tudo, e não preciso de sorte, você me conhece, e se cuide ok?

- Você é um idiota...- disse ela ainda mais nervosa mas por fim dando um sarcástico sorriso.- tente não morrer também, a CCG vai cair encima agora, adeus...- falou a garota virando-se e caminhando pelo corredor.

Ayato, o garoto, apenas se virou para a janela apoiando os cotovelos ali e vendo daquele predio algumas luses da cidade, então se relembrou de um outro momento em sua vida, sua infância, sua vida, os golpes que o mundo já lhe deu, mas nunca o derrubaram totalmente, apenas libertaram o outro monstro dentro de Ayato. A vida dele não foi uma história com final feliz, foi apenas uma história, com seus bons e maus momentos, finais não são felizes, nem tristes, só são finais, e talvez nem isto, afinal, cada final é um começo de uma nova história, e a de Ayato... estava longe de acabar.


Notas Finais


Bom, obrigado, espero ter alcançado o efeito emocional que busquei em cada cena, e como ja diria o proprio Ayato, ou melhor, eu: "Finais nao são felizes, nem tristes, são apenas finais."
Até a proxima, obrigado por lerem, comentem por favor suas reações e críticas.


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